Em 2008, um grupo de cientistas chineses se reuniu para um churrasco em Toronto, quando as conversas giraram em torno das vacinas de sua terra natal, que há muito tempo estavam aquém do mundo desenvolvido em qualidade e segurança. Quatro deles decidiram agir. Deixaram posições de destaque em farmacêuticas globais no Canadá para estabelecer uma empresa de biotecnologia a meio mundo de distância em Tianjin, na China, na esperança de produzir vacinas em pé de igualdade com países ocidentais.
A CanSino Biologics, frequentemente abreviada como CanSinoBIO, foi fundada em 13 de janeiro de 2009 em Tianjin, pelos quatro cientistas chineses Yu Xuefeng, Zhu Tao, Qiu Dongxu e Helen Mao Huihua. A empresa não explica mas, na criação de sua denominação CanSino, "Can" é em homenagem ao Canadá e "Síno" vem do grego e significa povo chinês.
Em julho de 2018, a CanSino entrou com um pedido para listar suas ações na Bolsa de Valores de Hong Kong e teve sua estreia em 28 de março de 2019.
A empresa possui um portfólio de vacinas em fase de pesquisa, incluindo a Ad5-EBOV para prevenir o Ebola e a Ad5-nCoV para o Covid-19. Ambos são desenvolvidos em conjunto com o Instituto de Biotecnologia da (e a) Academia de Ciências Médicas Militares do Exército de Libertação Popular.
A CanSino também colaborou com o Conselho Nacional de Pesquisa do Canadá no desenvolvimento de vacinas. As duas organizações começaram a colaborar em 2013 e depois trabalharam juntas para desenvolver uma vacina contra o Ebola.
Em março de 2020, a CanSino fez um acordo para colaborar com o NRC no desenvolvimento do candidato à vacina Covid-19 Ad5-nCoV, para ajudar a encerrar a pandemia do Covid-19, com planos de realizar um ensaio clínico no Canadá.
O CEO da CanSino, Yu Xuefeng, ex-executivo da unidade canadense de vacinas da farmacêutica Sanofi, mantém contatos no Canadá e na China, mesmo quando as divergências geopolíticas polarizam os dois países. Yu reforçou as proezas científicas de sua empresa ao se associar à maior organização de pesquisa do governo canadense. Na terra natal, trabalhou com um proeminente cientista militar chinês, primeiro com uma vacina contra o ebola, e agora, com a vacina experimental de coronavírus da CanSino.
A CanSino Biologics está no centro das atenções globais: conexões dos dois lados do Pacífico a colocam entre as líderes na corrida por uma vacina contra o coronavírus.
Um porta-voz da empresa chinesa, citando reportagens da mídia em maio (2020), disse que o primeiro-ministro do Canadá, Justin Trudeau, apoia os pesquisadores canadenses que trabalham em ensaios clínicos para uma vacina contra o coronavírus com a CanSino.
Em maio de 2020, a CanSino se tornou a primeira empresa a publicar globalmente um estudo científico completo sobre seus primeiros testes em humanos, um passo importante porque permite que pesquisadores do mundo todo avaliem o potencial da vacina. O Ad5-nCoV foi o primeiro candidato a vacina Covid-19 no mundo a iniciar testes em Fase II em humanos.
A empresa — que ainda não gera receita e registrou perda de US$ 22 milhões em 2019 — até agora conseguiu acompanhar e, ocasionalmente, superar gigantes farmacêuticas ocidentais com a velocidade de seus testes iniciais de vacina contra o coronavírus. A pesquisa ainda é muito incipiente para saber se a vacina da CanSino, ou mesmo de qualquer empresa, fornecerá a bala mágica que países buscam para reabrir as economias em meio à pandemia. Mas as incursões da CanSino mostram que a jovem indústria de biotecnologia da China se torna uma concorrente global e uma ferramenta poderosa para o presidente Xi Jinping.
Apoiando a CanSino, há uma velha conhecida do setor farmacêutico norte-americano. A companhia tem como um de seus principais investidores a Lilly Asia Ventures, braço de venture capital da Eli Lilly no continente asiático. E na corrida entre países pelo acesso à vacina, a CanSino tem do seu lado também o Canadá. Em maio de 2020, o conselho nacional de pesquisa canadense anunciou que iria trabalhar ao lado dos chineses para acelerar o desenvolvimento e produção da vacina.
A CanSino Biologics, frequentemente abreviada como CanSinoBIO, foi fundada em 13 de janeiro de 2009 em Tianjin, pelos quatro cientistas chineses Yu Xuefeng, Zhu Tao, Qiu Dongxu e Helen Mao Huihua. A empresa não explica mas, na criação de sua denominação CanSino, "Can" é em homenagem ao Canadá e "Síno" vem do grego e significa povo chinês.
Em julho de 2018, a CanSino entrou com um pedido para listar suas ações na Bolsa de Valores de Hong Kong e teve sua estreia em 28 de março de 2019.
A empresa possui um portfólio de vacinas em fase de pesquisa, incluindo a Ad5-EBOV para prevenir o Ebola e a Ad5-nCoV para o Covid-19. Ambos são desenvolvidos em conjunto com o Instituto de Biotecnologia da (e a) Academia de Ciências Médicas Militares do Exército de Libertação Popular.
A CanSino também colaborou com o Conselho Nacional de Pesquisa do Canadá no desenvolvimento de vacinas. As duas organizações começaram a colaborar em 2013 e depois trabalharam juntas para desenvolver uma vacina contra o Ebola.
Em março de 2020, a CanSino fez um acordo para colaborar com o NRC no desenvolvimento do candidato à vacina Covid-19 Ad5-nCoV, para ajudar a encerrar a pandemia do Covid-19, com planos de realizar um ensaio clínico no Canadá.
O CEO da CanSino, Yu Xuefeng, ex-executivo da unidade canadense de vacinas da farmacêutica Sanofi, mantém contatos no Canadá e na China, mesmo quando as divergências geopolíticas polarizam os dois países. Yu reforçou as proezas científicas de sua empresa ao se associar à maior organização de pesquisa do governo canadense. Na terra natal, trabalhou com um proeminente cientista militar chinês, primeiro com uma vacina contra o ebola, e agora, com a vacina experimental de coronavírus da CanSino.
A CanSino Biologics está no centro das atenções globais: conexões dos dois lados do Pacífico a colocam entre as líderes na corrida por uma vacina contra o coronavírus.
Um porta-voz da empresa chinesa, citando reportagens da mídia em maio (2020), disse que o primeiro-ministro do Canadá, Justin Trudeau, apoia os pesquisadores canadenses que trabalham em ensaios clínicos para uma vacina contra o coronavírus com a CanSino.
Em maio de 2020, a CanSino se tornou a primeira empresa a publicar globalmente um estudo científico completo sobre seus primeiros testes em humanos, um passo importante porque permite que pesquisadores do mundo todo avaliem o potencial da vacina. O Ad5-nCoV foi o primeiro candidato a vacina Covid-19 no mundo a iniciar testes em Fase II em humanos.
A empresa — que ainda não gera receita e registrou perda de US$ 22 milhões em 2019 — até agora conseguiu acompanhar e, ocasionalmente, superar gigantes farmacêuticas ocidentais com a velocidade de seus testes iniciais de vacina contra o coronavírus. A pesquisa ainda é muito incipiente para saber se a vacina da CanSino, ou mesmo de qualquer empresa, fornecerá a bala mágica que países buscam para reabrir as economias em meio à pandemia. Mas as incursões da CanSino mostram que a jovem indústria de biotecnologia da China se torna uma concorrente global e uma ferramenta poderosa para o presidente Xi Jinping.
Apoiando a CanSino, há uma velha conhecida do setor farmacêutico norte-americano. A companhia tem como um de seus principais investidores a Lilly Asia Ventures, braço de venture capital da Eli Lilly no continente asiático. E na corrida entre países pelo acesso à vacina, a CanSino tem do seu lado também o Canadá. Em maio de 2020, o conselho nacional de pesquisa canadense anunciou que iria trabalhar ao lado dos chineses para acelerar o desenvolvimento e produção da vacina.
(Fonte: Wikipédia / Época Negócios / Bloomberg - 02.07.2020 - partes)
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