O Banco Goldmine foi fundado no Rio de Janeiro em 1989. Era controlado por Marcelo Steinfeld e seu filho Roberto, nascido em 1955. A família Steinfeld, de judeus poloneses, estabeleceu-se no Brasil na década de 1930.
Seus administradores se notabilizaram no governo Sarney, em 1989, por ter feito dinheiro grosso especulando com ouro às vésperas da eleição presidencial. A eleição passou, mas o banco continuou na lista dos maiores investidores de ouro do país. Tal destaque não é obra do acaso. É que o banco controlado pela família Steinfeld, faz parte de um conglomerado com forte atuação nos minérios. Pertencem ao grupo duas das principais empresas do setor, a Cindam, responsável por 92% das exportações de diamantes do Brasil, e a fundidora Goldmine, também uma das maiores do país.
Com apenas três anos de fundação, o banco conseguiu marcar o seu nome no mercado. O problema é que sua imagem ficou ligada a uma atuação nem sempre ortodoxa na praça. Ao dar algumas tacadas consideradas de mau tom no mercado de câmbio em 1991, o banco foi pilhado pelo Banco Central.
No início de 1993, o banco decidiu passar a vida a limpo. Para enterrar as manchas do passado, promoveu uma mudança radical em sua atuação. De uma vez só, trocou de nome, adotou uma nova estratégia mercadológica, contratou executivos de primeira linha e alterou o organograma. O nome Goldmine, muito ligado ao passado, ficou restrito à fundidora. A banco passou a se chamar Cindam, mesmo nome da empresa de diamantes.
Além das áreas de câmbio e ouro, o banco passou a atuar em outros mercados, como o de derivativos, e na administração de recursos de terceiros. Outra novidade foi a criação de um departamento de reestruturação de empresas.
Para mudar seu perfil, o banco passou por um processo de reestruturação. Roberto Steinfeld, que era o comandante, passou a presidir o conselho de administração no lugar do pai. Nathan Blanche, um dos sócios minoritários e até então a face mais conhecida da banco, passou a responder apenas pelas áreas de câmbio e ouro.
Com a mudança, abriu-se espaço para a contratação de dois nomes de peso oriundos de antigos governos. Para a presidência foi contratado o ex-secretário executivo do Ministério da Economia Luís Antônio Gonçalves. A área de reestruturação de empresas ficou sob a direção de Luiz Chrisóstomo, ex-superintendente do BNDES. Ambos passaram a ter participação minoritária do banco.
(Fonte: revista Exame - 03.02.1993)
Seus administradores se notabilizaram no governo Sarney, em 1989, por ter feito dinheiro grosso especulando com ouro às vésperas da eleição presidencial. A eleição passou, mas o banco continuou na lista dos maiores investidores de ouro do país. Tal destaque não é obra do acaso. É que o banco controlado pela família Steinfeld, faz parte de um conglomerado com forte atuação nos minérios. Pertencem ao grupo duas das principais empresas do setor, a Cindam, responsável por 92% das exportações de diamantes do Brasil, e a fundidora Goldmine, também uma das maiores do país.
Com apenas três anos de fundação, o banco conseguiu marcar o seu nome no mercado. O problema é que sua imagem ficou ligada a uma atuação nem sempre ortodoxa na praça. Ao dar algumas tacadas consideradas de mau tom no mercado de câmbio em 1991, o banco foi pilhado pelo Banco Central.
No início de 1993, o banco decidiu passar a vida a limpo. Para enterrar as manchas do passado, promoveu uma mudança radical em sua atuação. De uma vez só, trocou de nome, adotou uma nova estratégia mercadológica, contratou executivos de primeira linha e alterou o organograma. O nome Goldmine, muito ligado ao passado, ficou restrito à fundidora. A banco passou a se chamar Cindam, mesmo nome da empresa de diamantes.
Além das áreas de câmbio e ouro, o banco passou a atuar em outros mercados, como o de derivativos, e na administração de recursos de terceiros. Outra novidade foi a criação de um departamento de reestruturação de empresas.
Para mudar seu perfil, o banco passou por um processo de reestruturação. Roberto Steinfeld, que era o comandante, passou a presidir o conselho de administração no lugar do pai. Nathan Blanche, um dos sócios minoritários e até então a face mais conhecida da banco, passou a responder apenas pelas áreas de câmbio e ouro.
Com a mudança, abriu-se espaço para a contratação de dois nomes de peso oriundos de antigos governos. Para a presidência foi contratado o ex-secretário executivo do Ministério da Economia Luís Antônio Gonçalves. A área de reestruturação de empresas ficou sob a direção de Luiz Chrisóstomo, ex-superintendente do BNDES. Ambos passaram a ter participação minoritária do banco.
(Fonte: revista Exame - 03.02.1993)
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