A empresa de imunoterapia BioNTech foi fundada em 2008. A biofarmacêutica, com sede em Mainz, no sudoeste da Alemanha, é pioneira em novas terapias para o câncer e outras doenças graves.
Ugur Sahin é um dos milhões de turcos que foram para a Alemanha em busca de uma vida melhor. Nascido em 1966, ele se mudou para o território alemão na infância, quando os pais conseguiram emprego na fábrica da Ford em Colônia. Sahin se formou em medicina na Universidade de Colônia, onde conheceu sua mulher, Oezlem Tuereci.
O casal decidiu fundar a BioNTech em 2008. O foco era desenvolver terapias para tratamento de câncer com vacinas personalizadas, capazes de ensinar as células a atacar o tumor presente no organismo.
A tecnologia de ponta da BioNtech foi o argumento utilizado para levar os papéis da empresa para a Nasdaq, em 10 de outubro de 2019.
Em um fim de semana de janeiro de 2020, Sahin leu um artigo sobre o vírus covid-19 na revista científica The Lancet e percebeu que uma pandemia com potencial de fechar escolas estava a caminho. Foi quando ocorreu mudança de foco para o combate ao covid-19.
“Na segunda-feira seguinte, ele chegou para a sua equipe e, embora a maioria deles fosse oncologista, os colocou para trabalhar no desenvolvimento da vacina”, disse em entrevista Thomas Strüngmann, empresário alemão do setor farmacêutico que desenvolveu projetos em parceria com Sahin.
Em fervereiro, Sahin procurou Kathrin Jansen, chefe de pesquisas e desenvolvimento de vacinas da Pfizer, para oferecer uma parceria no desenvolvimento da vacina. Jansen topou e Pfizer assumiu o compromisso de investir US$ 1 bilhão no projeto, incluindo um pagamento adiantado de US$ 185 milhões. O anúncio da parceria com a Pfizer, foi feito em 17 de março (2020).
Em junho, o Banco Europeu de Investimentos aceitou investir outros 100 milhões de euros, em duas parcelas de 50 milhões a serem liberadas de acordo com a evolução das pesquisas.
“Os investimentos que fizemos para desenvolver nossa plataforma de vacinas ao longo de 12 anos nos permitiram responder rapidamente à crise global com o início do programa de vacina contra a covid-19. Este financiamento nos permitirá atingir o próximo estágio de desenvolvimento do tratamento contra a covid-19”, disse o diretor financeiro e de operações da BioNTech, Sierk Poetting.
Assim como a norte-americana Moderna, a BioNTech busca um caminho diferente das técnicas tradicionais no desenvolvimento da sua candidata à vacina para covid-19. As biofarmacêuticas apostam no uso de mRNA, que tenta transformar as células do corpo em “fábricas de medicamentos”.
De uma forma geral, a maior parte dos estudos tradicionais parte da lógica de injetar no corpo de pacientes proteínas ou o próprio vírus, seja ele morto ou atenuado, para que o organismo possa produzir uma resposta imunológica contra o invasor.
Na técnica adotada pela BioNTech e Moderna, os cientistas trabalham com uma só parte do vírus, o mRNA, que carrega a instrução para o corpo produzir a proteína spike, presente no SARS-CoV-2. Caso o organismo, já com as proteínas spike, reconheça a presença da proteína do vírus, ele passa a produzir os anticorpos para combater o invasor.
A parceria entre uma empresa norte-americana (Pfizer), uma alemã (BioNtech) e uma chinesa, a Fosun Pharma, tem despontado entre as principais concorrentes.
Em julho de 2020, a Anvisa aprovou o ensaio clínico desta vacina no Brasil. Segundo a agência, o estudo seria feito em 29 mil pessoas no mundo, sendo que 5 mil no país. Se a vacina for aprovada, a Pfizer esperava conseguir produzir mais de 100 milhões de doses ainda em 2020, e potencialmente outras 1,2 bilhão de doses até o fim de 2021.
Ugur Sahin é um dos milhões de turcos que foram para a Alemanha em busca de uma vida melhor. Nascido em 1966, ele se mudou para o território alemão na infância, quando os pais conseguiram emprego na fábrica da Ford em Colônia. Sahin se formou em medicina na Universidade de Colônia, onde conheceu sua mulher, Oezlem Tuereci.
O casal decidiu fundar a BioNTech em 2008. O foco era desenvolver terapias para tratamento de câncer com vacinas personalizadas, capazes de ensinar as células a atacar o tumor presente no organismo.
A tecnologia de ponta da BioNtech foi o argumento utilizado para levar os papéis da empresa para a Nasdaq, em 10 de outubro de 2019.
Em um fim de semana de janeiro de 2020, Sahin leu um artigo sobre o vírus covid-19 na revista científica The Lancet e percebeu que uma pandemia com potencial de fechar escolas estava a caminho. Foi quando ocorreu mudança de foco para o combate ao covid-19.
“Na segunda-feira seguinte, ele chegou para a sua equipe e, embora a maioria deles fosse oncologista, os colocou para trabalhar no desenvolvimento da vacina”, disse em entrevista Thomas Strüngmann, empresário alemão do setor farmacêutico que desenvolveu projetos em parceria com Sahin.
Em fervereiro, Sahin procurou Kathrin Jansen, chefe de pesquisas e desenvolvimento de vacinas da Pfizer, para oferecer uma parceria no desenvolvimento da vacina. Jansen topou e Pfizer assumiu o compromisso de investir US$ 1 bilhão no projeto, incluindo um pagamento adiantado de US$ 185 milhões. O anúncio da parceria com a Pfizer, foi feito em 17 de março (2020).
Em junho, o Banco Europeu de Investimentos aceitou investir outros 100 milhões de euros, em duas parcelas de 50 milhões a serem liberadas de acordo com a evolução das pesquisas.
“Os investimentos que fizemos para desenvolver nossa plataforma de vacinas ao longo de 12 anos nos permitiram responder rapidamente à crise global com o início do programa de vacina contra a covid-19. Este financiamento nos permitirá atingir o próximo estágio de desenvolvimento do tratamento contra a covid-19”, disse o diretor financeiro e de operações da BioNTech, Sierk Poetting.
Assim como a norte-americana Moderna, a BioNTech busca um caminho diferente das técnicas tradicionais no desenvolvimento da sua candidata à vacina para covid-19. As biofarmacêuticas apostam no uso de mRNA, que tenta transformar as células do corpo em “fábricas de medicamentos”.
De uma forma geral, a maior parte dos estudos tradicionais parte da lógica de injetar no corpo de pacientes proteínas ou o próprio vírus, seja ele morto ou atenuado, para que o organismo possa produzir uma resposta imunológica contra o invasor.
Na técnica adotada pela BioNTech e Moderna, os cientistas trabalham com uma só parte do vírus, o mRNA, que carrega a instrução para o corpo produzir a proteína spike, presente no SARS-CoV-2. Caso o organismo, já com as proteínas spike, reconheça a presença da proteína do vírus, ele passa a produzir os anticorpos para combater o invasor.
A parceria entre uma empresa norte-americana (Pfizer), uma alemã (BioNtech) e uma chinesa, a Fosun Pharma, tem despontado entre as principais concorrentes.
Em julho de 2020, a Anvisa aprovou o ensaio clínico desta vacina no Brasil. Segundo a agência, o estudo seria feito em 29 mil pessoas no mundo, sendo que 5 mil no país. Se a vacina for aprovada, a Pfizer esperava conseguir produzir mais de 100 milhões de doses ainda em 2020, e potencialmente outras 1,2 bilhão de doses até o fim de 2021.
A Anvisa aprovou o uso da vacina contra a covid-19 da Pfizer BioNtech em fevereiro de 2021.
(Fonte: Estadão - 02.07.2020 / Época Negócios - 22.07.2020 - partes)
(Fonte: Estadão - 02.07.2020 / Época Negócios - 22.07.2020 - partes)
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