A ascensão da família para a preeminência internacional iniciou-se em 1744, com o nascimento de Mayer Amschel Rothschild (1744-1812), em Frankfurt am Main, Alemanha. Foi filho de Amschel Moses Rothschild (nascido cerca 1710), um cambista que havia negociado com o Príncipe de Hesse. Nascido no gueto judaico (chamado "Judengasse"), Mayer construiu uma casa de finanças e espalhou seu império por instalar cada um de seus cinco filhos nos principais centros financeiros europeus, para conduzir negócios. Foi Mayer que proferiu a famosa frase: "Os acionistas são ovelhas ou tigres".
Seus filhos foram:
Amschel Mayer Rothschild (1773–1855): Frankfurt (faleceu sem filhos e sua fortuna foi herdada pelos irmãos Salomon e Calmann).
Salomon Mayer Rothschild (1774–1855): Viena.
Nathan Mayer Rothschild (1777–1836): Londres.
Calman Mayer Rothschild (1788–1855): Nápoles.
Jakob Mayer Rothschild (1792–1868): Paris.
Nathan se estabeleceu na Inglaterra em 1798, ano que é considerando o início da dinastia. Primeiramente ele fundou uma companhia têxtil com capital de £20.000 (que seriam equivalente hoje em dia a £1,9 milhões). Ele (Nathan Mayer Rothschild) também começou uma operação de corretora de valores na bolsa de Londres — a London Stock Exchange e posteriormente, em 1811 fundou um banco, o N M Rothschild & Sons Ltd. que segue controlado pela família Rothschild até os dias de hoje. Em 1818, ele garantiu um empréstimo de 5 milhões de libras (equivalente a 340 milhões de libras em 2017) para o governo da Prússia, e a emissão de títulos para empréstimos para governos foi uma marca dos negócios de seu banco. Ele ganhou uma posição de tal poder na cidade de Londres que, em 1825-26, conseguiu fornecer moeda suficiente para o Banco da Inglaterra, a fim de evitar uma crise de liquidez no mercado. Assim como os demais bancos abertos na Europa pela família Rothschild, o N M Rothschild & Sons forneceu crédito a governos durante épocas de guerra e crises.
Salomon Mayer Rothschild (1774–1855): Viena.
Nathan Mayer Rothschild (1777–1836): Londres.
Calman Mayer Rothschild (1788–1855): Nápoles.
Jakob Mayer Rothschild (1792–1868): Paris.
Nathan se estabeleceu na Inglaterra em 1798, ano que é considerando o início da dinastia. Primeiramente ele fundou uma companhia têxtil com capital de £20.000 (que seriam equivalente hoje em dia a £1,9 milhões). Ele (Nathan Mayer Rothschild) também começou uma operação de corretora de valores na bolsa de Londres — a London Stock Exchange e posteriormente, em 1811 fundou um banco, o N M Rothschild & Sons Ltd. que segue controlado pela família Rothschild até os dias de hoje. Em 1818, ele garantiu um empréstimo de 5 milhões de libras (equivalente a 340 milhões de libras em 2017) para o governo da Prússia, e a emissão de títulos para empréstimos para governos foi uma marca dos negócios de seu banco. Ele ganhou uma posição de tal poder na cidade de Londres que, em 1825-26, conseguiu fornecer moeda suficiente para o Banco da Inglaterra, a fim de evitar uma crise de liquidez no mercado. Assim como os demais bancos abertos na Europa pela família Rothschild, o N M Rothschild & Sons forneceu crédito a governos durante épocas de guerra e crises.
Dos filhos de Mayer Amschel Rothschild que empreenderam, Nathan foi aquele que obteve o maior sucesso nos negócios. Em vista das dificuldades para exportar impostas pelo bloqueio do Canal da Mancha, Nathan se voltou para os mercados financeiros de Londres, onde acabou fazendo fortuna. Havendo cada um dos filhos de Mayer estabelecido uma filial bancária nos principais centros de negócios da Europa, os Rothschilds foram de fato o primeiro banco a ter operações internacionais, em diversos mercados. Nathan foi um pioneiro em finanças internacionais e utilizando-se de uma rede de correspondentes para se comunicar com seus irmãos, atuou como uma espécie de Banco Central da Europa – Intermediando compras para reis, socorrendo bancos centrais dos países europeus e financiando projetos de infraestrutura como ferrovias, que ajudaram o começo da revolução industrial.
Nathan Mayer Rothschild é reconhecido pelo seu papel na defesa do fim do tráfico de escravos, financiando a emissão de 15 milhões de libras esterlinas que eram necessárias para aprovar a Lei de Abolição da Escravatura em 1833.
Em 1875, Benjamin Disraeli, o primeiro-ministro predileto da rainha
Vitória, mandou um bilhete
através de seu secretário particular informando Lionel Nathan de Rothschild (o filho mais velho de Nathan Mayer Rothschild) de que o tesouro de sua majestade requisitava a soma de 4 milhões de libras (naquela época equivalente a mais de 5% de todo o orçamento anual do governo britânico) com o objetivo de adquirir o Canal de Suez. O crédito
foi aprovado no mesmo dia.
Disraeli foi o único primeiro-ministro a quem a rainha Vitória
permitia que se sentasse diante
dela durante os despachos semanais. A um desafeto na Câmara
dos Lordes que o “acusou” de
ser judeu, Disraeli disse a frase
que ficou famosa: “Sim, sou judeu, e quando os ancestrais do
nobre cavalheiro eram selvagens brutais em uma ilha desconhecida, os meus eram sacerdotes no templo de Salomão”.
A casa francesa (capitaneada inicialmente por Jakob Mayer Rothschild), teve o seu apogeu no século XIX, apesar dos maus momentos do anti-semitismo francês. Quando o socialista François Mitterrand nacionalizou 39 bancos franceses em 1982, a Banque Rothschild saiu das mãos da família, que procurou asilo com os primos ingleses da NM Rothschild e na operação Rothschild North America, controlada 50/50 pelas duas casas.
Em 1986, os socialistas caíram e os Rothschild voltaram candidatos a uma nova licença. Nesses 17 anos, a Rothschild & Cia. foi reinventada, mesmo se transformando em um pequeno banco de 550 funcionários (dados de 2002). Os primos ingleses conseguiram manter-se independentes na onda de aquisições que levaram uma dezena de bancos londrinos familiares a ser devorados pelos gigantes americanos Citigroup, Goldman Sachs e Morgan Stanley. Saíram de sena os centenários Fleming e Kleinwort Benson, Warburg e Morgan Grenfell.
Renascido em 1986, o Banque Rothschild pôde recrutar novos talentos e refazer a cultura. O ano 2000 foi bom para mediação em fusões e aquisições, mas em 2001 o mercado desabou. Rothschild e Lazard são os dois únicos bancos de família sobreviventes com independência.
Com escritório no Brasil, em 1999, a subsidiária brasileira atuou como intermediária na aquisição de uma participação de 26,2% no Pão de Açúcar, no valor de 1 bilhão de dólares, pelo francês Casino.
Em 2010, Nigel Higgins é nomeado como principal executivo da companhia. É a primeira vez que um executivo não membro da família assume tal posição em seus 213 anos de história.
Dois anos depois, em 2012, a família Rothschild, capitaneada por David de Rothschild, define que pretende assegurar "controle de longo prazo" sobre seu império bancário internacional por meio da fusão de seus ativos franceses e britânicos numa única instituição e a adoção de uma nova forma de governança que protege a empresa contra tomadas de controle hostis (a adoção de uma estrutura de sociedade limitada atuará como proteção contra tentativas de tomada de controle).
David é o tataraneto de Mayer Amschel Rothschild, o fundador da dinastia, e descendente do barão James de Rothschild, que fundou um banco em Paris em 1812.
O Rothschild é uma das maiores firmas de assessoria independente, com dezenas de escritórios, presente em 42 países e com mais de 3 mil funcionários.
(Fonte: revista Carta Capital - 15.05.2002 / jornal Valor - 10.04.2012 / Wikipédia / Estadão - 14.01.2024 - partes)
Renascido em 1986, o Banque Rothschild pôde recrutar novos talentos e refazer a cultura. O ano 2000 foi bom para mediação em fusões e aquisições, mas em 2001 o mercado desabou. Rothschild e Lazard são os dois únicos bancos de família sobreviventes com independência.
Com escritório no Brasil, em 1999, a subsidiária brasileira atuou como intermediária na aquisição de uma participação de 26,2% no Pão de Açúcar, no valor de 1 bilhão de dólares, pelo francês Casino.
Em 2010, Nigel Higgins é nomeado como principal executivo da companhia. É a primeira vez que um executivo não membro da família assume tal posição em seus 213 anos de história.
Dois anos depois, em 2012, a família Rothschild, capitaneada por David de Rothschild, define que pretende assegurar "controle de longo prazo" sobre seu império bancário internacional por meio da fusão de seus ativos franceses e britânicos numa única instituição e a adoção de uma nova forma de governança que protege a empresa contra tomadas de controle hostis (a adoção de uma estrutura de sociedade limitada atuará como proteção contra tentativas de tomada de controle).
David é o tataraneto de Mayer Amschel Rothschild, o fundador da dinastia, e descendente do barão James de Rothschild, que fundou um banco em Paris em 1812.
O Rothschild é uma das maiores firmas de assessoria independente, com dezenas de escritórios, presente em 42 países e com mais de 3 mil funcionários.
(Fonte: revista Carta Capital - 15.05.2002 / jornal Valor - 10.04.2012 / Wikipédia / Estadão - 14.01.2024 - partes)
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