A indústria química Lanxess é originária de uma cisão mundial de parte da área de produtos químicos e polímeros da alemã Bayer, ocorrida em julho de 2004. A empresa nasceu como uma companhia sem dono, com capital pulverizado e negociado na bolsa de Frankfurt.
No Brasil, quem assumiu o comando quando de sua criação foi o paulistano Marcelo Lacerda. Formado em direito e administração de empresas, Lacerda começou a carreira como advogado da Bayer em 1998. Galgou postos em diversas áreas até chegar a diretor financeiro da subsidiária brasileira. Na época da cisão, ele decidiu trocar um alto posto na Bayer para comandar uma empresa nova porque era a única oportunidade que via para se tornar presidente.
A empresa no Brasil teve que inventar da noite para o dia uma identidade própria, segundo Lacerda. "E, embora a matriz tenha dado algumas diretrizes, tivemos muito espaço para criar um estilo de trabalhar", conclui.
O estilo de trabalhar, a que Lacerda se refere, engloba, por exemplo, anúncios (ruidosos) de negócios fechados ou uma meta alcançada. Assim que o chefe toca o sino no escritório, dezenas de executivos e vendedores se reúnem para comemorar. O ritual, incorporado ao dia-a-dia da empresa por volta de meados de 2006, é o símbolo de uma nova - e agitada - cultura que Lacerda adotou na companhia.
Mas, para que ocorram comemorações, é necessário o cumprimento de metas mais agressivas. Em contrapartida, os vendedores passaram a ter mais autonomia.
Nem todos se adaptaram ao choque proposto pelo executivo. Dos 480 funcionários que compunham a empresa na época da cisão, 180 saíram no meio do caminho. Outras 100 pessoas foram contratadas ao longo de três anos para repor as baixas.
Um dos desafios de Lacerda foi melhorar o ânimo dos 400 funcionários da operação brasileira, que de uma só vez perderam o sobrenome corporativo e ficaram com o negócio à época considerado menos charmoso e promissor dentro da antiga estrutura da Bayer.
A unidade brasileira da Lanxess tem sua sede em São Paulo.
(Fonte: revista Exame - 24.10.2007)
No Brasil, quem assumiu o comando quando de sua criação foi o paulistano Marcelo Lacerda. Formado em direito e administração de empresas, Lacerda começou a carreira como advogado da Bayer em 1998. Galgou postos em diversas áreas até chegar a diretor financeiro da subsidiária brasileira. Na época da cisão, ele decidiu trocar um alto posto na Bayer para comandar uma empresa nova porque era a única oportunidade que via para se tornar presidente.
A empresa no Brasil teve que inventar da noite para o dia uma identidade própria, segundo Lacerda. "E, embora a matriz tenha dado algumas diretrizes, tivemos muito espaço para criar um estilo de trabalhar", conclui.
O estilo de trabalhar, a que Lacerda se refere, engloba, por exemplo, anúncios (ruidosos) de negócios fechados ou uma meta alcançada. Assim que o chefe toca o sino no escritório, dezenas de executivos e vendedores se reúnem para comemorar. O ritual, incorporado ao dia-a-dia da empresa por volta de meados de 2006, é o símbolo de uma nova - e agitada - cultura que Lacerda adotou na companhia.
Mas, para que ocorram comemorações, é necessário o cumprimento de metas mais agressivas. Em contrapartida, os vendedores passaram a ter mais autonomia.
Nem todos se adaptaram ao choque proposto pelo executivo. Dos 480 funcionários que compunham a empresa na época da cisão, 180 saíram no meio do caminho. Outras 100 pessoas foram contratadas ao longo de três anos para repor as baixas.
Um dos desafios de Lacerda foi melhorar o ânimo dos 400 funcionários da operação brasileira, que de uma só vez perderam o sobrenome corporativo e ficaram com o negócio à época considerado menos charmoso e promissor dentro da antiga estrutura da Bayer.
A unidade brasileira da Lanxess tem sua sede em São Paulo.
(Fonte: revista Exame - 24.10.2007)
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