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1 de mar. de 2023

Itaipu Binacional (Usina Hidrelétrica de Itaipu)

          Usina Hidrelétrica de Itaipu (em castelhano: Itaipú, em guarani: Itaipu) é uma hidrelétrica binacional localizada no Rio Paraná, na fronteira entre o Brasil e o Paraguai. A barragem foi construída pelos dois países entre 1975 e 1982. O nome Itaipu foi tirado de uma ilha que existia perto do local de construção. Na família linguística tupi-guarani, o termo significa "pedra na qual a água faz barulho", através da junção dos termos itá (pedra), i (água) e pu (barulho).
          Na década de 1970, com o apoio do governo brasileiro, foram assinados mais de 300 contratos de financiamento com cerca de 70 credores (do Brasil, Paraguai e outros países).
          Quando foi concluída, a Itaipu era a maior barragem do mundo, título que manteve por 21 anos até a construção da Hidrelétrica das Três Gargantas, na China, em 2003. 
          A usina é operada pela empresa Itaipu Binacional. É um empreendimento binacional administrado por Brasil e Paraguai no rio Paraná na seção de fronteira entre os dois países, a 15 quilômetros ao norte da Ponte da Amizade.
          O seu lago possui uma área de 1 350 km2, indo de Foz do Iguaçu, no Brasil e Ciudad del Este, no Paraguai, até Guaíra e Salto del Guairá, 150 quilômetros ao norte. Possuindo 20 unidades geradoras de 700 MW cada e projeto hidráulico de 118 m, Itaipu tem uma potência de geração (capacidade) de 14 mil MW.
          A Usina de Itaipu fazia parte da lista oficial de candidatas para as Sete Maravilhas do Mundo Moderno, elaborada em 1995 pela revista Popular Mechanics, dos Estados Unidos, mas não ganhou o título.
          Meio século depois, a Itaipu Binacional continua sendo peça chave para a segurança energética dos dois países. Com 20 unidades geradoras e 14.000 MW de capacidade instalada, Itaipu é líder mundial na geração de energia limpa e renovável, respondendo por 8,6% do Brasil e 86,3% do Paraguai nos últimos 12 meses.
          Em 28 de fevereiro de 2023, a Hidrelétrica de Itaipu pagou sua última parcela, quitando a dívida da construção da usina. O pagamento de US$ 115 milhões foi o último em 50 anos após a assinatura do contrato entre Brasil e Paraguai para a realização da maior obra do século XX. O valor é de US$ 107 milhões para o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e US$ 8 milhões para a empresa de energia Eletrobras, recursos que financiaram os estudos, construção e operação da usina e instalações auxiliares.
          Apesar da importância histórica do momento, o evento teve pouca importância e os presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Mario Abdo Benítez não compareceram. Nem mesmo o novo CEO brasileiro escolhido pelo presidente Lula, o deputado Enio Verri, esteve presente. A empresa ainda é comandada pelo vice-almirante Anatalicio Risden Junior, indicado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro. O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, havia confirmado presença, mas cancelou na última hora.
          A empresa destaca o esforço e a vontade dos países que a possuem durante o processo de alívio da dívida, buscando o equilíbrio financeiro. Entre as soluções estão a redução gradual das taxas de juros dos empréstimos correntes, a dolarização da dívida por ser binacional, a fixação e posterior eliminação do fator de reajuste anual para manter constante o valor das parcelas em dólares, entre outras.
          Itaipu é a usina que mais gerou eletricidade no mundo, com mais de 2,91 bilhões de megawatts-hora fornecidos aos dois países desde que começou a operar em 1984, energia suficiente para abastecer o mundo inteiro por 46 dias. O colossal esforço de construção resolveu um impasse histórico na fronteira que remonta ao século XVIII, superando desafios energéticos e diplomáticos.
          O próximo passo é revisar o Anexo C, cláusula do tratado que estabelece as bases financeiras e de serviços da eletricidade. A grandiosidade da hidrelétrica também se reflete na complexidade regulatória do tratado que rege sua existência. Sobre a possibilidade de revisão das condições de venda de energia elétrica, fala-se em liberar a venda de energia ou deixar as regras como estão. Até que os parceiros cheguem a um acordo, os termos do tratado assinado em 1973 permanecerão em vigor.
(Fonte: Wikipédia / jornal Valor - 28.02.2023)

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