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6 de out. de 2011

Cachaça do Barão

           A Cachaça do Barão nasceu na Fazenda Santa Cruz (de 1880), em Araras (SP), em 2008, e o nome homenageia o Barão de Arary, antigo proprietário das terras onde hoje se espalham bois e canaviais dos Zurita. Ivan Zurita, o patriarca da família, ainda dava expediente como presidente da multinacional suíça Nestlé (ele comandou a Nestlé por mais de uma década, de 2001 a 2012).
          O produto teve a comercialização interrompida em 2013, quando a AgroZ, presidida por Ivan Zurita, passou por uma crise. No período em que deixou de ser comercializada no varejo, continuou sendo vendida a "confrades", que podiam comprar barris especiais. Entre eles estavam figuras ilustres como Hebe Camargo, o cantor Roberto Carlos e Ronaldo (Fenômeno).
          Em janeiro de 2018, foi deferido o pedido de recuperação judicial do grupo agrícola, que tem dívida de 240 milhões de reais, considerando valores de meados de 2018.
          Se antes era uma diversão para Ivan Zurita, agora ele pretende fazer com que a Cachaça do Barão ajude a pagar a dívida do grupo e deixou a marca nas mãos da filha Daniela e do genro Leonardo Queiroz, que deixou a Apple em 2017 pelo desafio de reativar a Cachaça do Barão, a marca de cachaça do sogro, que estava em banho maria desde 2012.
          A cachaça voltou a ser distribuída em junho de 2018, em empórios. E, conforme explica Queiroz "agora, o canal é bares, restaurantes, hotéis… Não vai ser em qualquer lugar que se poderá encontrar a Cachaça do Barão. Em São Paulo, há endereços como o Varanda e a Rodeio. Nós trabalhamos direto com esses pontos para ativar as vendas".
          O relançamento deu-se na Fazenda Santa Cruz, em Araras, interior de São Paulo. Essa é a principal propriedade da AgroZ. E é cachaça para barão mesmo. A garrafa mais simples tem seu preço em torno de 120 reais.
          No portfólio, há cachaças envelhecidas em jequitibá rosa e em amendoim por 3 anos e em carvalho europeu, por 3 e por 5 anos.
(Fonte: Veja São Paulo - 20.06.2018 / Forbes Brasil - 23.06.2018 / devotosdacachaça.com.br)

Farinha Láctea

          Foi para salvar a vida de uma criança que o farmacêutico suíço Henri Nestlé criou em 1866 uma fórmula de alimento infantil misturando leite de vaca, farinha de trigo e açúcar. Nascia assim a Farinha Láctea, o primeiro produto da Nestlé que, anos mais tarde, se tornaria uma das líderes no setor de alimentação.
          No brasil, começou a ser vendida, via importação, em 1876, apenas dez anos após ter sido criada.
(Fonte: revista Mundo Estranho - Abril 2015)

2 de out. de 2011

Surpresa (chocolate)

     O chocolate "Surpresa" foi um dos chocolates mais icônicos e amados pela criançada nas décadas de 1980 e 1990.  Seus mini cartões postais, justamente aí a surpresa, pois só podiam ser vistos após abrir a barrinha de chocolate, faziam a alegria das crianças que ficavam ávidas para aumentar suas coleções.
     E ele está de volta. A Nestlé (vide origem da marca Nestlé neste blog) relançou o célebre chocolate “Surpresa”, só que dessa vez em formato de ovo de Páscoa. A novidade foi apresentada no Salão de Páscoa, realizado em São Paulo, na terça-feira, 7 de fevereiro de 2017. O ovo vem acompanhado por um álbum e dez cards de uma das coleções mais amadas, a “Dinossauros”. Ao todo, são três álbuns e 30 cards colecionáveis sobre dinossauros.
(Fonte: jornal Gazeta do Povo - 08.02.2017 - parte)

5 de out. de 2011

Ovomaltine

     Ovomaltine, um achocolatado feito à base de cereal extraído da cevada, foi idealizado em 1904, por um médico suíço, que buscava combater a subnutrição infantil. Em 1959, o consumidor que quisesse experimentar uma receita com Ovomaltine tinha duas alternativas. Comprava o pote no supermercado ou ia até a rede de lanchonetes Bob's, que havia acabado de criar o milk shake Ovomaltine. Nos últimos anos, novas categorias foram estudadas, como a de achocolatados prontos para beber, sorvetes e chocolate em barra (este, pela Hershey's).
      O produto chega ao Brasil nos anos 1940. Em 1968, Ovomaltine foi vendido para o Laboratório Wander, que mais tarde comercializou a marca para a suíça Sandoz, que depois originou a Novartis, ao se unir com a alemã Ciba-Geigy.
     Em 2002, a Novartis vende a marca para a inglesa ABF. Mas, nos Estados Unidos, a marca foi arrematada pela Nestlé (vide origem da marca Nestlé neste blog). Até 2006, a marca no Brasil era administrada por Londres. Desde 2007, uma equipe local foi contratada no país para cuidar da marca.
(Fonte: jornal Brasil Econômico - 15.07.2010 - parte)

22 de mar. de 2024

Tirolez

          Foi em Tiros, pequena cidade do interior de Minas Gerais, que os jovens engenheiros Cícero e Carlos Hegg viram a oportunidade de empreender e, em 1980, começa uma história de amor pelo queijo.
          Os irmãos adquiriram a indústria de laticínios Franco, fabricante do queijo Mineirão, e logo começaram a busca por leite de qualidade na região, que é conhecida como uma das bacias leiteiras mais importantes do país. 
          Os primeiros produtos produzidos naquela época foram o queijo prato e a manteiga. Em 1981, o carinho pela cidade que tão bem os acolheu levou à mudança do nome Mineirão para Tirolez. Uma homenagem à cidade de Tiros.
          Aqui, um parênteses: a criação do nome provavelmente foi criatividade/sagacidade/marketing dos fundadores, pois o gentílico de Tiros é tirense. Também o "z" no final, foi criatividade, já que tirolês, do Tirol (Áustria) seria com "s" pela regra gramatical. O "pulo do gato", porém, pode estar no fato de na língua alemã haver muitas cidades (e países) cujos nomes terminam com "z", como Bregenz, capital de Vorarlberg, estado que faz divisa com o Tirol, Schweiz (Suíça, em alemão), Bludenz, Linz, Sulz (cidades da Áustria), Hörbranz, Meckatz, Riedholz (cidades alemãs, próximas à Áustria) e Vaduz, capital de Liechtenstein.
          A década de 1990 foi marcante para a Tirolez. As vendas, que antes se concentravam no Sudeste do país, ganharam o Brasil. Em 1992, foi lançada a primeira linha de queijos especiais produzidos no país (Queijos Gouda, Suíço, Estepe, Emmental) e, em 1994, foi introduzido no mercado brasileiro a primeira linha de queijos light, como o queijo mussarela, queijo prato e o queijo minas padrão light. Em 1999, a expanção alcançou o mercado externo, levando os queijos Tirolez para diversos países dos cinco continentes.
          Acompanhando as necessidades do mercado e dos consumidores, em 2008, foi inaugurada a categoria de cremes no país, com o lançamento do Creme de Ricota Tirolez, produto que é sucesso na mesa dos brasileiros. Dois anos mais tarde, a Tirolez foi pioneira em mais um lançamento, o Creme de Minas Frescal.  
          Em 2010, a Tirolez adquiriu uma pequena fábrica no município de Caxambu do Sul, em Santa Catarina.. A construção de uma nova fábrica no local começou nos últimos meses de 2021.
          Em 2015, lançamos a linha Zero Lactose Tirolez, que chegou ao mercado contando com os queijos Mussarela, Prato, Minas Frescal, Minas Padrão e Cottage.
          Em 2023, a empresa lançou o Tirolez Stick, um palito de Mussarela com 7,5 de proteínas, prático, saboroso, saudável, e perfeito para qualquer momento do dia.
          Em janeiro de 2024, chega à empresa o executivo Marcel de Barros, que entra como CEO da empresa. Os irmãos fundadores tornaram-se então conselheiros estratégicos. É a Tirolez apostando em gestão profissional para impulsionar o crescimento.
          Em sua primeira entrevista como CEO da Tirolez, Marcel de Barros disse esperar que sua experiência de mais de 20 anos no setor de laticínios contribua para o crescimento contínuo da empresa. O executivo, que passou 24 anos na Nestlé no Brasil e em outros países da América Latina, tem a tarefa de fortalecer a governança de Tirolez.
          Barros, que liderou a divisão de Laticínios e Produtos Culinários da Nestlé no Brasil, também quer se concentrar em processos em seu novo cargo. “A Tirolez é uma empresa inovadora e ágil. Por outro lado, trago a experiência administrativa de uma empresa multinacional. Na minha opinião, é uma boa combinação”, disse ele.
          O foco da Tirolez está na nova fábrica em Caxambu do Sul, inaugurada em março de 2024, que deverá ser um pilar de progresso ao impulsionar as vendas em até 20% em três anos. Segundo Barros, a fábrica fortalecerá a posição da empresa na região Sul e permitirá chegar também às demais regiões.
          Nesta nova fase, o crescimento orgânico deverá continuar a ser a prioridade da empresa, mas “as potenciais oportunidades de M&A serão analisadas caso a caso”. “Se for algo que possa acelerar a execução da nossa estratégia, vamos analisar”, acrescentou.
          Além de Caxambu do Sul, a Tirolez também investiu nos últimos anos em uma unidade de produção de brie e camembert em Tiros, Minas Gerais, e na modernização da fábrica de gorgonzola e queijo azul na mesma cidade. Na fábrica de Lins, em São Paulo, a linha de cream cheese foi ampliada e automatizada. No total, foram investidos R$ 300 milhões em cinco anos. 
          Com uma capacidade de produção de 5.000 toneladas de mussarela por mês, a empresa dispõe de “tecnologias muito avançadas em termos de produção de queijo”, o que deverá “aumentar a nossa competitividade no mercado e ajudar a apoiar o crescimento”. A planta deverá atingir plena capacidade em 2025.
          Os produtos são feitos nas cinco fábricas localizadas nos estados de Minas Gerais (Tiros e Arapuá), São Paulo (Monte Aprazível e Lins) e Santa Catarina (Caxambu do Sul).
          Considerando números de 2023, a Tirolez já ultrapassou R$ 1 bilhão de faturamento
Fonte: site da empresa / jornal Valor/Globo Rural - 22.03.2024)

5 de out. de 2011

Paçoca Amor

          A Paçoca Amor foi criada pela Sing’s em 1959. A Sing’s foi uma empresa 100% brasileira, muito tradicional no ramo dos doces e balas até os anos 1980.
          Diferente de todas as paçocas do mercado, a lendária Paçoca Amor ganhou o público por sua consistência seca, que esfarelava na boca, dando a impressão de ser nada mais do que pó de amendoim com gosto de infância. 

          Nas primeiras décadas, a palavra “paçoca” não aparecia na embalagem do produto. O doce era chamado apenas de “doce de amendoim”, pois sua consistência e sabor eram únicos. A palavra “paçoca” só passou a ser usada na década de 1980.
          A Sing’s foi vendida para a Nestlé em 1993, que passou a fabricar seus produtos. Em 2001, a multinacional argentina Arcor comprou algumas marcas da Nestlé, entre elas a Paçoca Amor. A Arcor é a atual fabricante do doce.
          Mesmo mudando de dono algumas vezes, a Paçoca Amor nunca mudou o layout básico de sua embalagem. Até a palavra Sing’s, nome do primeiro fabricante, é mantida na embalagem até hoje.
          As cores e coração da embalagem são tão icônicos que o tema é usado em diversos outros produtos e ocasiões para expressar o amor. Roupas para bebês, convites de casamento, lembranças… o coração vermelho sobre fundo amarelo está presente nos lugares mais inusitados.
          Como um amor verdadeiro, a paçoca Amor também virou tatuagem para os mais fanáticos.
          Em 2012, a loja Tok & Stok lançou uma linha de móveis e objetos inspiradas na Paçoca Amor
          Em 2015, a Pipó, empresa que fabrica pipocas semi-artesanais de sabores incomuns, lançou um produto em acordo com a Arcor, a pipoca de paçoca Amor.
          Em 2017, a Arcor anunciou o produto com uma nova embalagem e uma nova fórmula, mais cremosa. Isso não agradou muito os antigos fãs da paçoca, que inundaram o SAC da empresa reclamando que o produto estava como outro qualquer do mercado, e não mais com as características que fizeram a Paçoca Amor um doce tão memorável.
          Procurando diversificar seus produtos, e ao mesmo tempo mexer com o emocional dos mais saudosistas, a Arcor lançou no natal de 2017 o panetone recheado com sabor de Paçoca Amor.

          O doce ainda é encontrado, para alegria dos mais saudosistas.
(Fonte: revista Veja São Paulo - 28.03.2018)

6 de out. de 2011

Indaiá (água)

          Quando a Indaiá foi fundada, beber água mineral era um luxo para poucos no Brasil. Investir na produção da bebida em 1967 representava uma aposta no futuro - que, afinal, se revelaria acertada. O consumo per capita de água engarrafada no Brasil, em meados de 2017, beira os 100 litros por ano, segundo dados da consultoria americana BMC. Em 2010, eram 87 litros. Até a virada da década, os brasileiros bebiam mais refrigerante do que água, mas a relação se inverteu - considerando dados de julho de 2017 o consumo de água é 39% superior ao de refrigerante.
          O principal ativo da empresa, que pertence ao grupo Edson Queiroz, que produz também a água Minalba, são suas 41 fontes hídricas, localizadas em 15 estados. Ter fontes e fábricas próximas dos mercados consumidores reduz as despesas com o transporte e assegura a regularidade no abastecimento do varejo. Uma das unidades fica no município cearense de Horizonte.
          Em 27 de março de 2018 o Grupo Edson Queiroz fechou a compra do negócio de água no Brasil da Nestlé. A transação envolve as marcas Petrópolis e São Lourenço e as fábricas localizadas nos Estados do Rio de Janeiro, Minas Gerais e São Paulo.
          Pelo acordo firmado, além da aquisição das marcas São Lourenço e Petrópolis, a Indaiá/Minalba vai produzir e distribuir a marca Nestlé Pureza Vital, a partir de um acordo de licenciamento. A empresa também terá a concessão de distribuição das marcas globais premium Perrier, S. Pellegrino e Acqua Panna, que são importadas.
          O conglomerado Edson Queiroz atua também nas áreas de comunicação, agroindústria, fabricação de eletrodomésticos e distribuição de gás (Nacional Gás).
(Fonte: revista Exame Melhores & Maiores - 2017 / jornal Valor - 28.03.2018 - partes)

Hershey's

          A Hershey Company, anteriormente chamada Hershey Foods Corporation, foi fundada em 1894 por Milton S. Hershey. A indústria de chocolates é sediada na cidade com mesmo nome, Hershey, localizada na Pensilvânia.
          A Hershey aportou no Brasil em 1998 e importou seu produtos até 2001, quando adquiriu, por 18 milhões de dólares, aparentemente uma bagatela, a unidade de chocolate da Visconti. A multinacional americana, então líder em seu país na fabricação de chocolates, mandou pelo menos 15 profissionais ao Brasil, entre auditores, engenheiros e advogados para analisar a empresa.
          As negociações duraram quatro meses e foi concretizada em 31 de julho (2001). A Hershey's, como a empresa é mais conhecida, tinha o direito de usar a marca em produtos de chocolates da Visconti, inclusive ovos de Páscoa, por dez anos. Os primeiros investimentos foram feitos na fábrica adquirida em São Roque.
          Em 2015, a Hershey inicia o processo de extinção da parceria de distribuição que tinha com a Bauducco desde 2008. Em 2016, o acordo foi completamente finalizado.
          Em maio de 2019, quase 120 anos depois de chegar aos mercados, a Hershey’s fará a primeira alteração no design das suas barras de chocolates. O logo da marca estampado nos tabletes desde 1900 será substituído por 25 emojis, como o smile, um punho fechado e o joinha. Para alegria dos tradicionalistas, a mudança não será por muito tempo. A nova linha de barras será vendida por um período limitado durante as férias de verão no hemisfério norte. Segundo a empresa, serão comercializadas 25 milhões de unidades com o novo formato. O apreço ao tradicional é uma das marcas características da Hershey’s. A empresa lançou a linha Hershey’s Gold, uma mistura de chocolate com caramelo, no ano passado. Antes disso, a última novidade havia sido lançada em 1995, com a Cookies ‘n Cream. A primeira mudança na produção veio apenas em 1939, com a criação da Hershey’s Special Dark.
(Fonte: IstoÉDinheiro - 16.05.2019 - parte)


English version:
     Hershey arrived in Brazil in 1998, operating as importer until 2001, when it acquired the Visconti plant in Brazil and brands including Iô-Iô Crem and Granulados Visconti, for $18 million. In 2002, the company began its local production.
     In January 2008, Hershey made an agreement with Pandurata Netherlands (owner of Bauducco) for sale and distribution of Hershey products in Brazil. In the joint venture, Hershey held a 51% stake, and Pandurata the other 49%. “The company made some mistakes in the process of nationalizing the brand in Brazil and ended up opting for the partnership with Bauducco to have national presence, while it dedicated to innovations,” Mr. Marcel Sacco, director general in Brazil says.
     In 2015, american chocolate manufacturer Hershey  restructured its business in Brazil, having ended a seven-year partnership with Brazilian cookies and cakes brand Bauducco. Hershey makes in the country only about R$ 300 million ($78 million) of its $7.1 billion in global sales.
     The separation was amicable. After the repurchase of the Bauducco part, the companies continue working together. The merchandising part continues being handled by Bauducco. In the North and Northeast regions, Bauducco will remain as Hershey’s master distributor. Bauducco will also provide storage and distribution services to Hershey.
     The company strengthened its local team and plans investments in its São Roque, São Paulo plant to accelerate its pace of expansion in the coming years, becoming Brazil’s third brand in sales volume. It aims to triple its revenue by 2020, reaching R$1 billion.
     To get there, the company made changes in the distribution, production, marketing and sales departments. To manage these sectors, which were coordinated by Bauducco, Hershey hired 87 people in São Paulo and set up its own office in the city, opened on October 13, 2015. Previously, Hershey executives were based at Bauducco’s headquarters, located in Guarulhos, in the metropolitan region of São Paulo. With this measure, the company increased its workforce in Brazil by 16.5%, to 613 people.
     Hershey is the fifth-largest chocolate maker in the world, with a 7.3% market share. It trails Mars (14.5%), Mondelez (14.3%), Nestlé (12.4%) and Ferrero Group (9.1%), according to Euromonitor International. In Brazil, it is the fourth-largest chocolate brand, behind Lacta (Kraft Foods/Mondelez), Garoto and Nestlé (both controlled by the Swiss food company).
(Fonte: jornal Valor International - November 2015)

Cadbury

          Por volta de 2000, a britânica Cadbury, então capitaneada pelo executivo americano Todd Stitzer, definiu que o Brasil era um mercado potencial, até então intocado pela empresa, e que deveria ser explorado. Naquela época, a Cadbury encontrou uma oportunidade de compra na Argentina, com a empresa de doces local Stani. A companhia preferiu a aquisição a entrar no Brasil via desenvolvimento de produtos ao longo do tempo, o que poderia levar tempo demais.     
          Em 2002, a Cadbury esteve envolvida na primeira tentativa de levar a companhia capixaba de chocolates Garoto, que pertencia à família Meyerfreund. Perdeu para a Nestlé. Em fevereiro de 2004, o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) vetou a compra. No início do mês seguinte, a Nestlé entrou com pedido de revisão da decisão e, muito tempo depois, levou a Garoto em definitivo.
          Em março de 2003, a Cadbury fez o maior negócio de sua história, ao pagar 4,2 bilhões de dólares pela empresa americana Adams.
          Em fevereiro de 2010, antes da cisão da Kraft Foods Inc. que gerou a Mondelez (em 2012), a Cadbury foi adquirida pela Kraft Foods. A Cadbury era líder mundial em confeitos e também responsável pela fabricação dos chocolates Dairy Milk.
(Fonte: revista Exame - 17.03.2004 - parte)

5 de out. de 2011

Negresco

          Tecnicamente, o biscoito Negresco, ou Oreo nos Estados Unidos, é um "sanduíche de biscoitos de chocolate" - feito com açúcar, farinha, óleo, xarope de milho e, é claro, chocolate.
          Comer o biscoito recheado com um copo de leite é o costume mais universal. Na difusão desse costume, há grande influência do Oreo, vendido nos Estados Unidos, principalmente.
          A origem do nome não está clara.
          Vendido em mais de cem países, o Negresco, ou Oreo, é sem dúvida um dos biscoitos mais universais.
          Os fãs do biscoito, que geralmente são as mulheres, seguem o ritual: "twist, lick, dunk" ("rodar, lamber, mergulhar"), rodar o biscoito para soltá-lo, lamber o creme de baunilha do interior e mergulhar os biscoitos em um copo de leite.
          O Negresco, produzido pela Nestlé, tem um concorrente de peso, o Oreo, que é produzido pela Mondelez, ex-Kraft Foods.
          O biscoito Negresco chegou ao Brasil em 1989.
          Na época do Black Power, entre os negros, ser chamado de Oreo (preto por fora, branco por dentro) era um insulto, disse, em 1991, um historiador do biscoito Oreo, Gerald Thompson.
(Fonte: Mandel NGAN/France Presse - Folha de S.Paulo online - 07.03.2012)

Grupo Pereira

          A empresa que começou pelas mãos do casal de agricultores Hiltrudes e Ignácio Pereira, em 1962. Ele comprou um cavalo e ela cuidava dos produtos que seriam distribuídos. Com o tempo, o cavalo se transformou numa carroça, depois num caminhão que acabou virando um atacado, em Itajaí, Santa Catarina.
          A partir da década de 1980, o varejo se tornou a área mais importante, principalmente nas inexploradas fronteiras agrícolas do Centro Oeste.
          Na década de 2010, o atacarejo virou a principal fonte de receitas, ganhando espaço desde então. Agora, a rede acelera o digital e a expansão geográfica.          
          O Grupo Pereira atua no varejo e atacado com as bandeiras Comper, Fort Atacadista e Bate Forte. As três bandeiras estão espalhadas nos estados do Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Santa Catarina, São Paulo e no Distrito Federal.
          Em maio de 2021, então como um dos maiores varejistas de alimentos do país, o Grupo Pereira, traz sua bandeira de atacarejo para São Paulo. A primeira loja da marca Fort Atacadista seria aberta em dezembro (2021), em Jundiaí. O desafio de crescer em São Paulo não é novo para o grupo. O atacadista Bate Forte está há mais de 20 anos no estado, tem 540 vendedores e três centros de distribuição. São cerca de 20 mil clientes, sendo a maioria minimercados com até quatro caixas para pagamento.
          O teste com o atacarejo, porém, não será simples. Além de apresentar uma nova marca, o grupo terá de enfrentar na região Jundiaí todos os grandes concorrentes.
          Porém, a bandeira tem alguns diferenciais em relação a outros atacarejos. Entre eles, a prioridade nos perecíveis, com bons hortifrútis e açougues, bem como importados exclusivos. As lojas também têm um visual voltado às classes A e B, sem a imagem de loja de produto básico barato.
          A companhia tem 86 unidades de negócios entre as quais 29 lojas do Comper (rede de supermercados), 37 lojas do Fort Atacadista (atacarejo) e 6 filiais do Atacado Bate Forte (atacadista de distribuição) e 1 loja Fort Farma (Sempre Fort farmácias). Fazem parte do grupo também a Vuon (cartão de crédito e benefícios) e Perlog (logística). O Grupo Pereira possui, ainda, um centro de distribuição exclusiva da Nestlé no Mato Grosso do Sul (Broker Pantanal) e a BF Cosméticos, atacado de higiene e beleza e distribuidora exclusiva L’oreal para Mato Grosso do Sul e Mato Grosso.
          Com faturamento de R$ 8,8 bilhões no ano passado, o Pereira ocupa a quinta posição no ranking da Abras (Associação Brasileira de Supermercados) de 2020, em termos de faturamento, atrás de Carrefour, GPA, Cencosud e Muffato.
           Com sede no Mato Grosso (mas originalmente de Santa Catarina), além das 73 unidades o grupo tem mais de 700 RCAs (representantes comerciais autônomos) que atendem milhares de estabelecimentos em todo o país. O grupo tem mais de 14.000 funcionários. Lucas Pereira, membro da família fundadora, é diretor da bandeira Bate Forte.
          Em 27 de setembro de 2023 o Grupo Pereira inaugurando hoje a primeira loja de sua bandeira de atacarejo, a Fort Atacadista, em Santos, no litoral paulista, em um ponto onde antes funcionava o Makro Atacadista. A meta a curto prazo, provavelmente já em 2024, é chegar à cidade de São Paulo com uma loja de atacarejo nas imediações da Marginal do Tietê. “Seria superimportante para o grupo estar na principal cidade do País”, diz Lucas Pereira, diretor de Negócios e neto do fundador da rede. A estreia da rede na capital paulista depende de encontrar um ponto comercial adequado, o que, na sua visão, é o principal desafio do momento. Segundo o executivo, a empresa, que já tem uma loja Fort em Jundiaí (SP), inaugurada em 2022, está acostumada com a concorrência dos gigantes nacionais do setor e também dos varejistas regionais paulistas. Tanto que já atua também com o atacado tradicional no Estado de São Paulo. Além do formato de lojas de atacarejo da Fort, o grupo Pereira opera com as bandeiras Comper (de Comercial Pereira), de supermercados, e Bate Forte, de atacado. E em 27 de setembro (2023) também inaugurou sua segunda loja da Fort no Rio Grande do Sul, em Viamão.
          Considerando dados de setembro de 2023, o Grupo Pereira é a sétima maior rede de supermercados do País, com faturamento de R$ 11,2 bilhões em 2022.
          Com as duas novas lojas inauguradas em 27 de setembro, o grupo chega a 111 pontos de venda, dos quais metade de atacarejo, que responde por 70% da receita atual da companhia. O restante está pulverizado entre supermercados, o atacado tradicional, varejo farmacêutico, postos de gasolina, serviços de logística, agência de viagem e crédito oferecido por meio do cartão próprio. A rede está hoje em seis Estados – Santa Catarina, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Goiás, Rio Grande do Sul e São Paulo – e no Distrito Federal.
(Fonte: site da empresa / Estadão conteúdo - 12.05.2021 / 27.09.2023 - partes)

31 de out. de 2011

Ama

           Ama é a nova água mineral da gigante de bebidas Ambev. A marca batizada de Ama - prefixo de várias palavras relacionadas à chuva na língua indígena tupi, segundo a empresa (mas que combina com as iniciais de AmBev, combina) - é lançada no final de fevereiro de 2017. A companhia já teve, no final dos anos 1990 e começo da década de 2000, uma marca própria de água mineral, a Fratelli Vita, herança da antiga Brahma que foi descontinuada.
           O novo produto marca uma guinada na estratégia de sustentabilidade da Ambev (vide origem da marca AmBev InBev AB Inbev neste blog) para fora dos muros de suas fábricas. Em 2010, a companhia assumiu como bandeira o tema que teria mais afinidade com seu negócio: a água, principal matéria-prima de seus produtos. Dali em diante, em parceria com as ONGs ambientalistas WWF e TNC, vem atuando na proteção e na recuperação de rios e nascentes Brasil afora.
          A questão é que os resultados das ações implementadas, como o plantio de matas ciliares, só serão percebidos no longo prazo. Desde o final de 2015, os executivos da Ambev vinham estudando maneiras de tornar a política de água da companhia perceptível aos olhos dos consumidores de maneira imediata. Após uma sondagem com especialistas, eles chegaram a uma questão urgente: a seca do Nordeste. Estima-se que 35 milhões de brasileiros ainda não tenham acesso a água potável, e é nessa região que está boa parte deles.
           O passo seguinte foi buscar quem pudesse orientar a decisão do que fazer na prática. A Ambev escolheu a Avina, respeitada fundação familiarizada com a região e com o assunto. Por meio da entidade, a empresa entrou em contato com o Sistema Integrado de Saneamento Rural (Sisar), ONG que estrutura a operação e a manutenção de sistemas de abastecimento de água e esgoto no interior nordestino.
           Com o apoio do Sisar, a Ambev deu início a um projeto piloto: o financiamento de perfuração de poços e a instalação de painéis solares em três pequenas comunidades rurais cearenses. Considerando dados de junho de 2019, a Água Ama está presente em 13 comunidades do Ceará, sete sistemas construídos, e seis cisternas instaladas, com 10.700 pessoas atendidas no Estado.
          Segundo a empresa, 100% do lucro de cada garrafa é destinado a projetos que levam água potável ao semiárido brasileiro.
          A produção da água Ama já está em andamento em São Paulo, mas, por enquanto, nada de vendas da Ama em bares e restaurantes nos estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Paraná e Minas Gerais. É que nesses estados a Ambev tem contrato de distribuição com a Nestlé, das marcas São Lourenço e Pureza Vital. Quando acabar o contrato de distribuição, não deverá ser renovado.
          Em março de 2017, as gôndolas da rede Pão de Açúcar começaram a ser abastecidas com a água mineral Ama.
          A água Ama é engarrafada pela Lindoiano Fontes de Águas Minerais Eireli. A fonte está localizada na Avenida Benedito Severino, 286 - Parque das Águas Minerais, em Lindoia, interior de São Paulo.
(Fonte: revista Exame - 18.01.2017 / 29.03.2017 / O Estado (Ceará) 14.06.2019 - parte)

Ailiram

     Ailiram é um anagrama (neste caso, fazendo-se exatamente a leitura ao contrário) do nome da cidade de Marília, interior de São Paulo, onde a fábrica de biscoitos foi fundada. Em 1988, a Ailiram é vendida para a multinacional suíça Nestlé.

5 de out. de 2011

Perrier

     De acordo com a lenda, em 218 A.C., Hannibal estava viajando com seus soldados a caminho de Roma, e após cruzar a Espanha, montou acampamento em um local que posteriormente ficaria conhecido como Les Bouillens. Nesse local havia uma fonte de água borbulhante que os soldados acharam particularmente refrescante. Tal fonte ficou famosa e é citada em diversos momentos ao longo da história.
     Em 1894, as terras onde a fonte estava localizada foram arrendadas para um médico de Nîmes, Dr. Louis Perrier, que 4 anos depois estava vendendo a água da fonte e seus benefícios numa época dominada pelo vinho.
     A água mineral Perrier tem seu engarrafamento em Vergèze, no sul da França. É uma água mineral natural reforçada com gás natural da fonte e apresenta paladar singular, com bastantes bolhas, o que dá à Perrier uma característica única. Atualmente a marca é detida pela Nestlé.
(Fonte: Wikipédia)

6 de out. de 2011

Bunge (Bunge y Born)

          A trajetória do grupo Bunge está associada à história da industrialização brasileira. Sua rede de moinhos, que começou a ser montada em 1906 com a aquisição do Moinho Santista, espraiou-se por todo o país. Na década de 1920, aconteceu a primeira diversificação com a fabricação de sacos de algodão. Em plena crise de 1929, o grupo ergueu sua primeira fábrica de tecidos, a Tatuapé. Na mesma época, ingressou com a Sanbra no ramo de óleos e gorduras vegetais à base do caroço de algodão. Mais tarde, nos anos 1950, a Sanbra foi a pioneira na fabricação de óleos e margarinas a partir da soja. As incursões por ramos fora da área de alimentos começaram antes da II Guerra Mundial. Em 1938, foi criada a Serrana, o braço do Bunge no setor de cimento e fosfatados. Na metade dos anos 1950, surgiu a Tintas Coral. A partir dos anos 1970, um novo surto de investimentos: o grupo expandiu-se para o setor financeiro (com um banco, uma corretora de valores e uma seguradora), para o imobiliário (com a construção do Centro Empresarial - na Zona Sul de São Paulo) e para o setor de informática (com a Proceda).
          Mesmo em meio à sua pior crise o braço brasileiro continuou a ser o mais forte desse grupo cuja origem remonta ao século XIX. Mais precisamente, a 1818. Naquele ano, surgiu em Amsterdã, na Holanda, a Koninklijke Bunge, empresa importadora de produtos das colônias holandesas. Mais tarde, em 1859, a sede da empresa foi transferida para Antuérpia, na Bélgica. Ali, o empreendimento se transformou numa das primeiras companhias de comercialização de grãos do mundo. Em 1874, os negócios com trigo trouxeram a empresa à América Latina. Os belgas Ernest Bunge e Jorge Born fundaram, em Buenos Aires, a Casa Bunge y Born, à qual se juntou, alguns anos mais tarde, o alemão Alfred Hirsch, avô do presidente mundial do grupo por muitos anos, Octavio Caraballo.
          Dado o seu porte, o grupo nem sempre pôde evitar a notoriedade. Na Argentina, essa notoriedade esteve frequentemente misturada com hostilidade. Em 1947, o presidente Juan Domingo Perón elegeu o Bunge y Born como um de seus inimigos favoritos. Num artigo, intitulado "Os vende-pátrias", Perón escreveu: "Na República Argentina funciona um grande consórcio capitalista internacional, sob a denominação Bunge y Born. Essa organização explorou o campo argentino durante cinquenta anos, pagando preços irrisórios, e teve enormes lucros com a comercialização do trabalho e da produção alheios". Com o ataque, o Bunge y Born, a maior multinacional de capital latino-americano, transformou-se rapidamente num símbolo do imperialismo para os nacionalistas argentinos. Sua sede, um centenário edifício na esquina das ruas 25 de Mayo e Lavalle, no centro de Buenos Aires, era alvo fácil para as manifestações políticas. As hostilidades como que rosnaram em setembro  de 1974 com o sequestro de Jorge e Juan Born por um comando do grupo terrorista Monteneros, de inspiração peronista. Os dois irmãos foram libertados, nove meses depois, mediante o pagamento de um fabuloso resgate de 60 milhões de dólares e a obrigação de expor em todas as empresas do grupo um busto de Evita Perón, a "mãe dos descamisados" argentinos.
          Como consequência, a direção do grupo resolveu sa ir do país. Mario Hirsch, tio de Caraballo, então presidente do Bunge y Born, transferiu-se para Madri, onde permaneceu até morrer em 1987. Os irmãos Juan e Jorge Born e Caraballo rumaram para São Paulo, que passou a ser a sede mundial do grupo após a morte de Hirsch. Jorge assumiu o posto que já fora de seu pai, Jorge Born II, e nele permaneceu até que Caraballo o derrubou, em junho de 1991. Nesse ano, a sede mundial voltou a ser em Buenos Aires.
          No final da década de 1980, o Bunge era um conglomerado diversificado com negócios que incluíam de tecidos a processamento de dados, e de margarinas a imóveis. Apenas no Brasil, reunia sob seu guarda-chuva mais de 100 empresas, que empregavam 30.000 funcionários. Lento, pesado e disperso, o Bunge começou a perder dinheiro. A partir de 1990, vergastado pela furiosa combinação de recessão com abertura de mercado, o Bunge transformou-se numa máquina de prejuízos. O endividamento cresceu em progressão geométrica. Em 1991, o Bunge devia na praça 500 milhões de dólares, a maior parte em papéis de curto prazo.
          O moral ficou combalido. Os executivos, inertes, perderam o rumo. Pior, as divergências entre os principais acionistas, as famílias Born, Hirsch-Caraballo e De la Tour, veladas durante os tempos de abundância, irromperam abruptamente. Em junho de 1991, Jorge Born III, o presidente mundial do grupo, foi derrubado num golpe arquitetado e conduzido pelo maior acionista individual do Bunge, o argentino Octavio Caraballo. Perigo à vista. Grandes empresas, ao contrário do que muito imaginam, também morrem.
          No início da reorganização, negócios foram passados adiante como a General Biscuit e o fechamento de uma indústria de detergentes. Mas o grupo precisava achar um nome forte para o comando. Em dezembro de 1991, por indicação de Juan Born, que à época dirigia o ramo brasileiro dos negócios, chegou-se ao nome de Ludwig Schmitt-Rhaden. Juan, o irmão mais novo de Jorge Born, o conhecera no tempo em que Schmitt-Rhaden presidia a subsidiária brasileira da Degussa, o colosso alemão da mineração e química.
          Os emissários do Bunge encontraram Schmitt-Rhaden confortavelmente instalado na cadeira de presidente da Degussa Corporation, a filial americana da Degussa, para onde fora transferido ao deixar o Brasil. Mesmo não havendo planos para voltar ao Brasil, Schmitt-Rhaden aceitou a proposta que contemplava alguns atrativos.
          Na melhor tradição do grupo, sua presença foi cuidadosamente mantida em sigilo durante algum tempo. Nos quatro meses transcorridos até que fosse oficialmente empossado, em março de 1992, manteve-se quase que recluso, sem um único e escasso contato com qualquer de seus futuros subordinados. O "esconderijo" era num prédio da Avenida Faria Lima pertencente à Serfina, a holding dos acionistas. Lá, ele devorava relatórios e documentos que os consultores da McKinsey, que varria a empresa, iam produzindo em quantidades industriais.
          Já sob o comando de Schmitt-Rhaden, a partir de 1992, após um trabalho de pente fino, o grupo vendeu as empresas de cimento (Serrana), de tintas (Coral), de informática (Proceda), a seguradora (Vera Cruz) e o banco. No setor têxtil manteve apenas um investimento minoritário na Alpargatas-Santista. O Bunge ficou com um núcleo de negócios mais coeso - trigo e derivados, soja, óleos e margarinas (Delícia) e fertilizantes (Serrana).
          Na primeira quinzena de julho de 1992, o Bunge y Born anunciou internamente mais uma importante mudança em sua direção no Brasil. O argentino Felix Devoto, que nos quatro anos anteriores atuou como principal executivo da estratégica área de alimentos do grupo, deixaria em breve o cargo para retornar a Buenos Aires. Seu lugar seria ocupado pelo brasileiro Norberto Fatio, então lotado na gerência da divisão de consumo da área de alimentos.
          No início de julho de 1994, o grupo Bunge recrutou o executivo Roberto Hirscheimer, que presidia a subsidiária brasileira da JI Case, um dos maiores fabricantes de máquinas de terraplanagem do mundo. Hirscheimer passou a presidir o Moinho Fluminense, a holding que controla a Sanbra e a área de trigo do Bunge. Com faturamento de 1 bilhão de dólares em 1994, o Moinho Fluminense era a terceira empresa do ramos de alimentos no Brasil, logo depois da Nestlé e da Sadia.
          Sob a batuta de Oscar Bernardes, sucessor de Schmitt-Rhaden no comando no Brasil, o Bunge adquire, do grupo Hering, em 1997, a maior esmagadora brasileira de soja, a Ceval, que faturou 1,8 bilhão de dólares em 1996, num negócio que girou entre 550 e 700 milhões de dólares. Nessa mesma época, criou a Bunge Agribusiness, com sede em Nova York, sob o comando do então recém contratado executivo holandês Reize van Giffen. Essa nova holding, situada abaixo da Bunge International, passou a administrar todas as atividades que o grupo tinha interesse em manter, distribuídas pelos Estados Unidos, Brasil e Argentina.
          Também nessa época, 1997 em diante, a Bunge desperta voracidade no setor de fertilizantes, comprando as principais companhias do setor: Serrana e Manah, além da Fertisul, Elekeiroz, Ouro Verde, Quimbrasil, Arafértil, Ipiranga e Iap . Passou então a ter 35 fábricas, o que fazia com que seu parque fabril ficasse próximo a áreas de cultivo de grãos. A Bunge era fornecedora e compradora de insumos para fertilizantes. Vendia 30% da matéria-prima que produzia, mas comprava no exterior, em dólares, cerca de 55% dos componentes que usava em seus adubos (dados de meados de 2001). Para reduzir os custos fixos, a companhia comprou 52% da Fertifós, controladora da Fosfértil e da Ultrafértil, produtoras de matérias-primas para fertilizantes.
          Uma das tradições do então quase bicentenário Bunge, era manter ciosamente em segredo os seus negócios. No dia 25 de maio de 1998, o Bunge abandonou seu habitual mutismo e surpreendeu o mercado soltando uma bomba: a intenção de vender todas as suas operações na área de alimentos industrializados. E não era pouca coisa. As peças mais valiosas colocadas na vitrina eram duas empresas líderes em seus mercados - a brasileira Santista Alimentos e a argentina Molinos Rio de La Plata. A Santista, por exemplo, era dona da farinha de trigo Sol, da margarina Delícia e dos pães Pullman (hoje nas mãos da Bimbo Brasil), marcas dominantes em seus ramos. Também estavam à venda a Bunge da Austrália e a Gramoven, da Venezuela. Era um bloco de negócios que somou um faturamento bruto de 3,4 bilhões de dólares em 1997 - o equivalente a 25% da receita total do grupo, de 12,8 bilhões de dólares. Podia ser liquidada ainda a área de carnes da Ceval, cuja marca Seara era a terceira do mercado brasileiro.
          Em meados de 2001, a Santista, divisão da Bunge Alimentos, investiu 12 milhões de reais para tentar impulsionar a maionese Maionegg's. Os investimentos compreenderam uma fábrica inteiramente nova, reformulação do produto e gastos com marketing. A marca era a terceira no mercadpo, atrás de Hellmann's e Gourmet, pertencentes |à Unilever.
          A Bunge queria desfazer-se dessas empresas para concentrar todo seu esforço no comércio de grãos, processamento de soja e fertilizantes. Essa decisão foi tomada por seus acionistas, representantes das famílias Born, Hirsch-Caraballo e De La Tour D'Auvergne - descendentes dos fundadores e majoritários do controle. No encontro para tratar dos negócios, no hotel Righa, em Nova York, eles aprovaram as recomendações dos dois então principais executivos do grupo, o alemão Ludwig Schmitt-Rhaden e o brasileiro Oscar Bernardes, para que o Bunge se concentrasse nos negócios em que seus ancestrais fizeram fortuna: as commodities agrícolas (soja, milho e algodão, entre outras).
          Em 2003, a Bunge vende para a cearense J.Macêdo o segmento de massas, farinhas e misturas para bolo. Em julho de 2006, o elo com J.Macêdo se estreitou. Os moinhos da J.Macêdo passaram a ser administrados em parceria com a Bunge, o que permitiu à J.Macêdo se concentrar ainda mais no desenvolvimento e na promoção de produtos de consumo.
          Em 2007, a Bunge começou a construir a posição de destaque que tem hoje no mercado sucroalcooleiro brasileiro, quando os investimentos estrangeiros no segmento estavam no auge. Comprou unidades que pertenciam ao Grupo Tenório, à trading Tate & Lyle e ao tradicional Grupo Moema, do interior paulista - a maior tacada, avaliada em US$ 1,5 bilhão, valor que incluiu dívidas - e virou protagonista em uma área na qual não tinha tradição.
          De 2010 a 2014 a Bunge Brasil foi comandada pelo executivo Pedro Parente.
          Em 2013, a Bunge vende sua unidade de fertilizantes para a norueguesa Yara (vide origem da marca Yara neste blog).
          Em agosto de 2015, a Bunge compra o Moinho Pacífico, de Lawrence Pih, com a intenção de reforçar sua presença no Estado de São Paulo.
          A Bunge é dona das marcas Primor (trigo, óleo de soja, molho de tomate), Delícia (margarina), Soya (óleo de soja, milho etc) vinda da Ceval e produz para o Grupo Pão de Açúcar o óleo de soja Qualitá. Possui unidades de produção em Gaspar (SC), Ipojuca (PE), Luís Eduardo Magalhães (BA), Luiziânia (GO), Rondonópolis (MT) e Araçatuba (SP) .
          No final de maio de 2017, a Bunge, então uma das maiores processadoras de soja e milho do mundo, estaria à venda. A suíça Glencore, empresa de mineração e commodities, incluindo combustíveis e produtos agrícolas, fez uma proposta oficial pela companhia. A informação é da agência de notícias Dow JonesApesar de ainda não estar claro o estágio das negociações, a negociação estaria próxima de ser fechada. O atual valor de mercado da Bunge ultrapassa os US$ 10 bilhões. Já a Glencore possui valor aproximado de US$ 55 bilhões. A ideia do CEO do grupo europeu, Ivan Glasenberg, seria ampliar a presença nos Estados Unidos, aproveitando a forte presença da Bunge, que alcançou US$ 43 bilhões em vendas em 2016.
          No Brasil, a Bunge é o maior exportador de commodities agrícolas. Contudo, após o boom das exportações conquistado em suas operações no continente americano, a Bunge não vem conseguindo administrar de forma eficiente a série de colheitas recordes dos Estados Unidos e da América do Sul, que exerceram pressão sobre o valor dos grãos.
          Em 22 de julho de 2019, Bunge e BP anunciaram a fusão dos negócios brasileiros de bioenergia, criando a joint venture BP Bunge Bioenergia - cada uma terá 50% de participação.
          Em 20 de janeiro de 2022, a Bunge anunciou a aquisição de 33% de participação na Sinagro, revendedora de grãos e produtos agrícolas com forte atuação na região do Cerrado.
(Fonte: revista Exame - 22.07.1992 / 22.12.1993 / 20.07.1994 / 01.07.1998 / revista Forbes Brasil - 15.08.2001 / Exame - 22.08.2001 / jornal Gazeta do Povo online - 23.05.2017 / jornal Valor - 16.05.2018 / Eleven Financial - 20.01.2022 - partes)

5 de out. de 2011

Passatempo

     Congestionamentos são habituais nas noite do Itaim. Nas 98 ruas do bairro, existem mais de 100 opções de bares, restaurantes e baladas frequentadas por um público cheio de disposição juvenil para varar a noite. No número 446 da rua Jerônimo da Veiga, estava a casa noturna Passatempo, ou "Passa", para os habitués. Por lá, estacionavam os mesmos modelos de carros luxuosos que circulam na região e, deles, desembarcavam mulheres de minissaia com os cabelos longos escovados e homens de calça jeans grifada com topete moldado com gel.
     Inaugurada em 1992, a boate era uma das mais antigas da cidade (perdia para o Café Piu Piu, então com 31 anos, e para a Biroska, com 45), uma longevidade rara em um mercado efêmero, em que as casas fecham as portas ou passam por uma repaginada após três anos. Mas, em 20 de dezembro de 2014, o Passatempo apagou as luzes. "A noite mudou. O público trocou a Cavalgada do Roberto Carlos pelo "cavalinho" do funk, e eu me cansei", lamenta Lilia Klabin, a proprietária. Ela é uma das herdeiras da Klabin, a maior produtora e exportadora de papéis para embalagens do país. Quando terminou seu casamento, decidiu comprar a boate que frequentava, a Sun Flash, e abrir no local o bar. Teria feito esse investimento por amor à MPB, pois, se precisasse viver disso já teria fechado as portas há tempo.
     No Passatempo tudo era entoado ao vivo. Quatro bandas por noite se revezavam no palco. Em ocasiões especiais, subiam ao palco figurões da MPB com Alcione, Toquinho e Sidney Magal.
     Poderia ser simplesmente o fim do empreendimento, como tantos outros que ficam apenas na lembrança dos ex-frequentadores. Mas, em meados de novembro de 2016, os sócios Maurício Neves e o deputado federal Guilherme Mussi abrem no mesmo endereço uma casa voltada para solteirões ricos, com o mesmo perfil de clientes e a mesma brigada de garçons de gravata-borboleta. O nome? Passa. A empresária Lilia Klabin, fundadora da balada original, entrou com uma ação exigindo a troca de nome. Neves defende-se argumentando que há mais de dez empresas com registros iguais. E, não se sabe se para alfinetar, mas explica que mudaram o cardápio e a decoração "para acabar com o ar decadente" (acontece que a casa está fechada há quase dois anos). Lilia não teria procurado a Justiça apenas por vaidade intelectual. Ela estaria em busca de um imóvel no mesmo bairro para reabrir o Passatempo. 
(Fonte: revista Veja São Paulo - 03.12.2014 / 30.11.2016 - partes)

Passatempo
          Passatempo também é uma marca de biscoito, pertencente à gigante suíça do setor de alimentos Nestlé.

5 de jun. de 2022

SIG

          A SIG, empresa especializada em soluções de envase e embalagens cartonadas, foi fundada em 1853 e tem sua sede em Neuhausen, na Suíça. No Brasil, a empresa atua desde 2003, atendendo a gigantes como Nestlé, Pepsico e Vigor.
          Para ampliar sua capacidade produtiva no país, a companhia assinou, no início de junho de 2022, a compra de 100% da Scholle IPN, empresa brasileira com sede em Vinhedo, interior de São Paulo, que produz sistemas e soluções para embalagens sustentáveis de bebidas e outros líquidos.
          O valor da compra supera 1 bilhão de euros. “A aquisição da Scholle IPN consolida a SIG como líder mundial em embalagens inovadoras e sustentáveis”, afirmou o presidente e gerente geral das Américas da SIG Combibloc, Ricardo Rodriguez. “Ela é consistente com nossa estratégia de expansão geográfica e de categoria, acompanhada de ganhos de participação em mercados-chave.”
          Considerando dados de maio de 2022, a capacidade produtiva no Brasil é de 4,5 bilhões de embalagens por ano. A empresa está presente em 70 países.
(Fonte: IstoÉDinheiro - 03.06.2022)

5 de out. de 2011

Montesanto Tavares

     O grupo familiar exportador de café Montesanto Tavares tem sede em Minas Gerais, com fazenda no município de Angelândia.
     O Montesanto Tavares é hoje liderado pela terceira geração da família produtora de café. Ricardo Tavares está no comando. O pai de Ricardo Tavares, Aprígio, começou a vender café nos anos 1960 e comprou a marca Três Corações em 1984, que foi vendida tempos depois. Os irmãos Tavares se juntaram cedo no comércio de café e agora seu filhos tomam parte dos negócios da família. Em 2004 é fundada a companhia holding Montesanto Tavares.
     Em janeiro de 2016 a empresa abre um escritório de vendas em Lausanne, um núcleo de comércio de café na Suíça. O escritório é ocupado pela Ally Coffee, uma das empresas de trading  do grupo mineiro, que é focada na venda de especialidades brasileiras de café, segmento que atualmente apresenta forte crescimento. A base suíça vai suprir a demanda de cafés especiais de lojas e torrefadores do Reino Unido, Itália, França, Holanda, Alemanha e Suécia, dentre outras nações europeias. O grupo já exporta para a Nestlé, na Suíça. O Montesanto tem também outras tradings como Atlantica, Cafebras e InterBrasil que atuam no mercado de commodities com preços menores e qualidade inferior de café.
     A Montesanto tavares tem escritórios em Plantation (Florida), em Los Angelis e em Greenville (Carolina do Sul), nos Estados Unidos. Entre seus clientes estão Starbucks e a unidade da Coca-Cola
Green Mountain Coffe, assim como cafeterias e torrefadores menores. As vendas são focadas no café brasileiro, mas a Ally também comercializa grãos de produtores do Kenia, Etiópia, Indonésia e América Central.
     Com dados de 2016, a companhia holding Montesanto Tavares vende em torno de 3 milhões de sacos por ano, alcançando aproximadamente receita de 2,1 bilhões de reais anuais.
(Fonte: jornal Valor - International Edition - 08.04.2016)

6 de out. de 2011

J.Macêdo

          José Dias de Macêdo, nascido em 1920, empreendedor nordestino típico, começou a vida de empresário aos 19 anos, como representante comercial de alimentos e utensílios domésticos. O negócio cresceu, mas seu pulo-do-gato foi a importação de jipes Willys, um veículo robusto utilizado na Segunda Guerra. O modelo imediatamente se tornou um sucesso em Fortaleza e rendeu o primeiro milhão de dólares a Macêdo. E dali surgiu um dos maiores grupos nordestinos, com atuação em diversos setores.
          A J.Macêdo foi criada no início dos anos 1940, mas a entrada no setor de trigo deu-se na década de 1950. Depois de enfrentar certa dificuldade para comprar o primeiro moinho, a empresa floresceu. Irrequieto, realizado no mundo dos negócios, Macêdo tentou também a carreira política - o que acabou lhe rendendo o apelido de "Senador" que o acompanhou por toda a vida. Seu principal concorrente, a M.Dias Branco, tem seu quartel-general instalado a menos de 50 metros da sede da J.Macêdo em Fortaleza. 
          Desde a década de 1940, a J.Macêdo tenta expandir sua atuação - muitas vezes de forma pouco convencional. Além do trigo, que sempre foi a linha mestra do grupo -, investiu em áreas tão distintas quanto importação de veículos, lojas de eletrodomésticos, frigoríficos, cervejarias e tecelagem. No auge de sua diversificação, entre os anos 1970 e 1980, o grupo chegou a englobar quase 30 empresas diferentes ao mesmo tempo. E, com exceção da moagem de trigo, todas elas trilharam o mesmo caminho - depois de um curto período de exuberância, fracassaram e desapareceram.
          Em maio de  1993, já com o filho Amarílio Proença de Macêdo como principal executivo da J.Macêdo, o grupo assinou com a GP Investimentos, empresa cujos proprietários eram os acionistas majoritários do Banco Garantia, da Brahma e das Lojas Americanas, acordo prevendo sua participação mediante a aquisição de ações preferenciais de seu carro chefe, a J.Macedo Alimentos.
          É pouco frequente ver os donos de uma empresa familiar, com boa saúde financeira e respeitada em todo o país, aceitar a presença de um sócio ao qual terão de dar satisfações e com quem dividirão futuras decisões estratégicas. Amarílio, que teve muitas dificuldades para convencer o pai, via vantagens claras no acordo. O J.Macêdo tinha planos de expansão, e para isso iria precisar de muito dinheiro. Uma de suas metas era disputar a liderança na produção de macarrão, na qual tinha pela frente concorrentes como a Adria e o Bunge y Born. No setor de biscoitos ele teria que enfrentar empresas como Confiança e Nestlé.
          Amarílio, nascido em 1945, formado em administração de empresas pela Universidade Federal de Fortaleza, enfatizava que procurava ficar sempre com as antenas ligadas nos conceitos mais modernos no mundo dos negócios. A convivência com Marcel Herrmann Telles, então presidente da Brahma e Carlos Alberto Sicupira, então principal executivo da GP Investimentos, iam naturalmente de encontro a esses anseios. Sicupira já tinha em mente preparar a empresa para a abertura de capital.
          Na década de 1970, Amarílio, já pensando em marcas nacionais, enfrentou oposição de muitos produtores regionais em relação à criação do que viria a se tornar o carro-chefe da empresa: a farinha de trigo Dona Benta.
          A J. Macêdo S.A., empresa de capital aberto, tem suas ações listadas no Novo Mercado do BM&FBovespa (B3).
          A empresa atua com a marca Dona Benta na área de moagem de trigo, e na produção de massas e biscoitos. É proprietária também da marca Sol. Tem unidades em Fortaleza, Salvador (Simões Filho) e Londrina e encomenda produção em unidades de terceiros em Ponta Grossa e Cascavel, ambas no Paraná.
          Por volta de 2003, Amarílio passou a capitanear aquela que talvez seja a maior virada estratégica da história da companhia. Por mais de cinco décadas, a J.Macêdo dedicou-se a produzi farinha de trigo para outras indústrias de alimentos - um negócio grande, mas pressionado por lucros candentes. Ele determinou que a empresa sairia dessa área e se transformaria numa nova potência nacional de produtos de consumo. Seu primeiro movimento foi a compra das marcas da multinacional Bunge no segmento de massas, farinhas e misturas para bolo.
          Em julho de 2006, o elo com o Bunge se estreitou. Os moinhos passaram a ser administrados em parceria com a Bunge, o que permitiu à J.Macêdo se concentrar ainda mais no desenvolvimento e na promoção de produtos de consumo.
          A guinada carregava consigo um dos maiores desafios de Amarílio à frente da J.Macêdo: a construção de marcas nacionais. O primeiro acordo com a Bunge fez com que o portfólio da companhia passasse de 11 para 20 marcas - entre elas Petybon, Dona Benta e Sol. No processo, a J.Macêdo incorporou duas fábricas em São Paulo e uma na Paraíba. O crescimento repentino gerou o caos, só resolvido tempos depois com um amplo programa de reestruturação.
(Fonte: revista Exame - 09.06.1993 / 27.09.2006 - partes)

30 de out. de 2011

Baton

          O chocolate infantil mais vendido do Brasil, o Baton, foi lançado em 1948 e se chamava "Leite e Mel". É produzido pela chocolates Garoto, pertencente à Nestlé.
(Fonte: site da empresa)