O Grupo Schneider Logemann & Cia Ltda. - SLC foi fundado em 1946.
Em 1965, um fato mudaria a história da agricultura no Brasil e o perfil do agricultor brasileiro em busca de mais desempenho no campo: o lançamento da primeira colheitadeira autopropelida do Brasil. O modelo SLC 65-A foi produzido em Horizontina, no interior do Rio Grande do Sul, na fronteira com a Argentina, pela Schneider Logemann. O equipamento era inspirado no modelo 55 da americana John Deere - uma das mais avançadas máquinas de então. Associação entre a Schneider Logemann e a Deere & Company, maior fabricante mundial de máquinas agrícolas, a SLC-John Deere investiu 70 milhões de reais na fábrica de tratores de Horizontina. Com isso, a empresa entrou no mercado brasileiro de tratores, um campo onde a Iochpe-Maxion era latifundiária.
Buscando expandir seu know-how tecnológico, em 1979 a SLC vendeu 20% de suas ações à John Deere e iniciaram uma história juntas no Brasil. Em 1983 foi lançado o modelo 6200, trazendo a tradicional cor verde e a tecnologia da líder mundial em equipamentos agrícolas. Em 1995, a SLC uniu-se à John Deere. Com o Mercosul derrubando barreiras, a nova empresa decidiu transferir a produção de tratores de Rosário, Argentina, para Horizontina, no Rio Grande do Sul. Por lá, ficou a montagem de motores, que passou de 1.500 para 6.000 unidades/ano. Por aqui, passaram a sair da linha de produção 4.500 tratores/ano. Em 1996, a John Deere adquiriu mais 30% do capital da SLC, e começaram a fabricar no Brasil os tratores SLC-John Deere.
Em 1965, um fato mudaria a história da agricultura no Brasil e o perfil do agricultor brasileiro em busca de mais desempenho no campo: o lançamento da primeira colheitadeira autopropelida do Brasil. O modelo SLC 65-A foi produzido em Horizontina, no interior do Rio Grande do Sul, na fronteira com a Argentina, pela Schneider Logemann. O equipamento era inspirado no modelo 55 da americana John Deere - uma das mais avançadas máquinas de então. Associação entre a Schneider Logemann e a Deere & Company, maior fabricante mundial de máquinas agrícolas, a SLC-John Deere investiu 70 milhões de reais na fábrica de tratores de Horizontina. Com isso, a empresa entrou no mercado brasileiro de tratores, um campo onde a Iochpe-Maxion era latifundiária.
Buscando expandir seu know-how tecnológico, em 1979 a SLC vendeu 20% de suas ações à John Deere e iniciaram uma história juntas no Brasil. Em 1983 foi lançado o modelo 6200, trazendo a tradicional cor verde e a tecnologia da líder mundial em equipamentos agrícolas. Em 1995, a SLC uniu-se à John Deere. Com o Mercosul derrubando barreiras, a nova empresa decidiu transferir a produção de tratores de Rosário, Argentina, para Horizontina, no Rio Grande do Sul. Por lá, ficou a montagem de motores, que passou de 1.500 para 6.000 unidades/ano. Por aqui, passaram a sair da linha de produção 4.500 tratores/ano. Em 1996, a John Deere adquiriu mais 30% do capital da SLC, e começaram a fabricar no Brasil os tratores SLC-John Deere.
Alguns anos mais tarde, em meados 1999, os Logemann venderam para a americana John Deere a cinquentenária fábrica de máquinas agrícolas e em 2001 a marca mundial foi incorporada no país, quando todos os equipamentos produzidos passaram a ter oficialmente o nome John Deere.
Após a SLC se desvincular da indústria de máquinas, notadamente tratores e colheitadeiras, passou a se concentrar em segmentos do agrobusiness. Produz principalmente soja, algodão em caroço, milho e outras culturas irrigadas. Tem uma concessionária John Deere para a região noroeste do Rio Grande do Sul.
Os conterrâneos da top model Gisele Bündchen estavam com muito dinheiro no bolso (não revelaram quanto) e atrás de novas oportunidades. Foi com uma ideia inovadora para o setor de alimentos que o engenheiro agrônomo e consultor gaúcho Cezar Lindenmeyer procurou a família Logemann em meados de 2000. Lindenmeyer propôs trabalhar apenas com gestão de marcas, logística e comercialização, o que pareceu atraente para os Logemann, conforme frisou com entusiasmo Eduardo Logemann, nascido em 1952, presidente da SLC Participações, a holding do grupo.
Em dezembro de 2000, os Logemann, aproveitando uma oportunidade, fizeram a aquisição das marcas de arroz e feijão Namorado e Butuí, então pertencentes a duas cooperativas gaúchas. Para isso foi criado o braço SLC Alimentos. O negócio foi capitaneado por Lindenmeyer, então com 51 anos, que conhecia bem esse mercado, pois trazia na bagagem mais de uma década como executivo da Josapar, líder de mercado com a marca Tio João.
Em 2001, a empresa adotou oficialmente o nome SLC, como há muito tempo era conhecida no mercado.
Mas o retorno da SLC Alimentos deixou a desejar. Em 2002, com a inclusão de uma linha de empacotados (ervilha, lentilha, milho, pipoca para microondas, farinhas e farofas, entre outros) e a compra de uma marca de produtos light, a Free For Life, o negócio passou a dar prejuízo. A Marca Free For Life foi comprada da curitibana Bionutricion, já incluindo um contrato de licenciamento de imagem da atriz global Cristiana Oliveira. Mas nem a imagem da atriz ajudou. A SLC demorou a perceber as diferenças entre distribuir, vender e gerir uma marca de arroz e fazer isso com empacotados e produtos light, conforme reconheceu Lindenmeyer.
No final de 2003, a SLC definiu que o negócio de empacotados seria desacelerado e a linha enxugada. A empresa se deparou também com um concorrente forte: a paulista Yoki, dona de 40% de participação.
Após a SLC se desvincular da indústria de máquinas, notadamente tratores e colheitadeiras, passou a se concentrar em segmentos do agrobusiness. Produz principalmente soja, algodão em caroço, milho e outras culturas irrigadas. Tem uma concessionária John Deere para a região noroeste do Rio Grande do Sul.
Os conterrâneos da top model Gisele Bündchen estavam com muito dinheiro no bolso (não revelaram quanto) e atrás de novas oportunidades. Foi com uma ideia inovadora para o setor de alimentos que o engenheiro agrônomo e consultor gaúcho Cezar Lindenmeyer procurou a família Logemann em meados de 2000. Lindenmeyer propôs trabalhar apenas com gestão de marcas, logística e comercialização, o que pareceu atraente para os Logemann, conforme frisou com entusiasmo Eduardo Logemann, nascido em 1952, presidente da SLC Participações, a holding do grupo.
Em dezembro de 2000, os Logemann, aproveitando uma oportunidade, fizeram a aquisição das marcas de arroz e feijão Namorado e Butuí, então pertencentes a duas cooperativas gaúchas. Para isso foi criado o braço SLC Alimentos. O negócio foi capitaneado por Lindenmeyer, então com 51 anos, que conhecia bem esse mercado, pois trazia na bagagem mais de uma década como executivo da Josapar, líder de mercado com a marca Tio João.
Em 2001, a empresa adotou oficialmente o nome SLC, como há muito tempo era conhecida no mercado.
Mas o retorno da SLC Alimentos deixou a desejar. Em 2002, com a inclusão de uma linha de empacotados (ervilha, lentilha, milho, pipoca para microondas, farinhas e farofas, entre outros) e a compra de uma marca de produtos light, a Free For Life, o negócio passou a dar prejuízo. A Marca Free For Life foi comprada da curitibana Bionutricion, já incluindo um contrato de licenciamento de imagem da atriz global Cristiana Oliveira. Mas nem a imagem da atriz ajudou. A SLC demorou a perceber as diferenças entre distribuir, vender e gerir uma marca de arroz e fazer isso com empacotados e produtos light, conforme reconheceu Lindenmeyer.
No final de 2003, a SLC definiu que o negócio de empacotados seria desacelerado e a linha enxugada. A empresa se deparou também com um concorrente forte: a paulista Yoki, dona de 40% de participação.
Logemann comandou pessoalmente o braço agrícola do grupo até 2004, quando foi buscar o executivo Arlindo Moura na ex-fábrica de máquinas agrícolas da família. A expansão acelerada do agronegócio fez com que Logemann se retirasse do dia-a-dia para se dedicar à estratégia do grupo.
A SLC foi uma das primeiras do setor a ter ações negociadas na bolsa brasileira. O ano, 2007, foi marcado por uma euforia e um número recorde de IPOs no país. Como se sabe hoje, alguns negócios não conseguiriam se manter de pé, mas tudo que a SLC fez desde então foi crescer. Regada por um agressivo plano de aquisição de terras, arrendamentos e parcerias, a área plantada pela SLC dobrou desde a abertura de capital, totalizando 392.921 hectares na safra 2016/17.
Demorou dez anos, durante os quais houve três "sérias" tentativas, para a Camil convencer a família Logemann a vender a SLC Alimentos. O acordo finalmente foi levado a cabo em 26 de outubro de 2018, por R$ 308 milhões. A aquisição permitirá à Camil melhorar sua participação nas regiões Norte e Centro-Oeste. A SLC Alimentos possuía planta em Paraíso do Tocantins (TO) e um centro de distribuição em Conceição do Araguaia (PA), que fizeram parte do negócio. A marca Namorado da SLC Alimentos se somou à marca Pop da Camil. A SLC tinha também as marcas Butuí, Bonzão e Americano, que também passam para o portfólio da Camil.
A SLC foi uma das primeiras do setor a ter ações negociadas na bolsa brasileira. O ano, 2007, foi marcado por uma euforia e um número recorde de IPOs no país. Como se sabe hoje, alguns negócios não conseguiriam se manter de pé, mas tudo que a SLC fez desde então foi crescer. Regada por um agressivo plano de aquisição de terras, arrendamentos e parcerias, a área plantada pela SLC dobrou desde a abertura de capital, totalizando 392.921 hectares na safra 2016/17.
Demorou dez anos, durante os quais houve três "sérias" tentativas, para a Camil convencer a família Logemann a vender a SLC Alimentos. O acordo finalmente foi levado a cabo em 26 de outubro de 2018, por R$ 308 milhões. A aquisição permitirá à Camil melhorar sua participação nas regiões Norte e Centro-Oeste. A SLC Alimentos possuía planta em Paraíso do Tocantins (TO) e um centro de distribuição em Conceição do Araguaia (PA), que fizeram parte do negócio. A marca Namorado da SLC Alimentos se somou à marca Pop da Camil. A SLC tinha também as marcas Butuí, Bonzão e Americano, que também passam para o portfólio da Camil.
Com a venda da SLC Alimentos, a SLC Agrícola passa a se concentrar na produção de grãos e fibras.
No final de novembro de 2020 a SLC anuncia a aquisição das operações agrícolas da Terra Santa por R$ 550 milhões. As duas companhias assinaram um acordo não vinculante que estabelece a incorporação das ações da Terra Santa, expandindo a área de plantão da SLC Agrícola em 130 mil hectares, ou 27%. Em julho de 2021, a SLC Agrícola concluiu a incorporação da Terra Santa Agro e, a partir do dia 2 de agosto, a nova empresa Terra Santa Propriedades Agrícolas será negociada no Novo Mercado da B3. Em 19 de outubro de 2021, a Terra Santa informa, em comunicado, que passou a ser uma companhia
fechada, deixando de ter ações de sua emissão listadas para a negociação na B3.
Em outubro de 2021, a SLC divulga que usa caçadores de pragas para evitar uso excessivo de defensivos agrícolas. Tecnologia de ponta e treinamento contínuo para times formados nas próprias fazendas estão na base do crescimento da SLC Agrícola.
Outra
forma de a SLC Agrícola monetizar o ativo
imobiliário é por meio de joint ventures. A
SLC LandCo é uma delas, responsável pelo
desembolso relativo à aquisição de terras,
abertura e limpeza de áreas, aplicação de
corretivos de solo e construção da
infraestrutura. O fundo de private equity
inglês Valiance é sócio da joint venture,
com participação, atualmente (junho de 2023), de 18,8%.
Dessa forma, a SLC Agrícola contribuiu
com terras, e a Valiance, com capital,
cujo montante não revelado é destinado a
adquirir mais terras. Assim, a SLC Agrícola
arrenda e opera as terras da SLC LandCo
à medida que elas ficam prontas para
o plantio. O portfólio da SLC LandCo é
atualmente de 86.574 hectares. Já a SLCMIT é uma parceria com o Mitsui & Co.
Ltd., um dos maiores grupos empresariais
do Japão. Essa operação conjunta é
voltada apenas para a produção agrícola,
ou seja, sem investimento em terras.
A SLC-MIT arrenda 21.898 hectares
em São Desidério (BA) pertencentes à
Mitsui & Co. e 16.213 hectares em Porto
dos Gaúchos (MT) pertencentes à SLC
Agrícola S.A. A joint venture opera as
terras e paga arrendamentos para a
proprietária da terra ao longo de 99 anos.
Os lucros e o investimento são divididos
proporcionalmente, e a SLC Agrícola
recebe uma remuneração pela gestão
da operação
(Fonte: revista Exame - 22.05.1996 / 20.10.1999 / revista Amanhã - maio de 2001 / site John Deere / Exame.com - 05.11.2008 / 21.11.2017 / ValorInveste - 27.11.2020 / 19.07.2021 / Época Negócios - 20.10.2021 / Exame - maio 2023 - partes)
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