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31 de out. de 2011

Abril (Grupo Abril)

          A família Civita, fundadora da Editora Abril, tem origem na cidade italiana de Reggio Emilia, onde nasceu Carlo Civita, em 1878.
          O embrião da empresa foi formado em 1941 por Cesar Civita na Argentina e, nove anos depois, foi instalada no centro de São Paulo. Coube a Victor Civita (1907-1990), filho de Carlo, e irmão de Cesar, a fundação da editora em 1950. Inicialmente com o nome de Editora Primavera e logo depois, seguindo o nome na Argentina, Editoral Abril, passando no Brasil simplesmente para Editora Abril. A realização do sonho é contada como a frutificação de uma árvore, não por acaso, o logotipo da empresa, cujo nome teria razão lógica de ser: abril é o mês de primavera no Hemisfério Norte, de onde se originam os Civita.
          A Abril foi fundada com publicação no Brasil da revista em quadrinho do Pato Donald por Victor Civita. Era o início de um longevo relacionamento dos Civita com a Walt Disney nesse segmento. Depois foram lançadas as revistas Mickey, Tio Patinhas, Peninha e tantas outras.
          Com a editora progredindo no Brasil, Victor achou que era hora de o primogênito voltar ao país. "O que você quer fazer, quer mudar o mundo? Pois terá muito mais espaço trabalhando no que é seu", desafiou. Roberto havia recebido uma oferta da Time para trabalhar na sucursal de Tóquio depois de um estágio na revista em Nova York, consequência do bom desempenho nas cadeiras de jornalismo e administração na Universidade da Pensilvânia, uma das três que cursaria nos Estados Unidos.
          Depois de uma noite insone, Roberto retomou a conversa dizendo ao pai que seu projeto era fazer três revistas: uma semanal de informações, uma de negócios e uma dirigida ao público masculino.
          Aceita a proposta, voltou ao Brasil, e em outubro de 1958, aos 22 anos, roupa de americano e sotaque idem, que no decorrer dos anos se tornaria leve, mas não deixaria de ser cuidadosamente cultivado mediante uma constante mistura inglês-português, entrou no prédio da empresa no centro da capital paulista.
          Na tentativa de investir em televisão, Roberto viu a derrota de frente nas disputas com o Grupo Folha e as Organizações Globo. Durou pouco e rendeu dívidas astronômicas. Em compensação, faria história na imprensa com a introdução do conceito de publicações segmentadas (inédito no Brasil dos anos 1960) dirigidas a público de interesse específico, Playboy, Quatro Rodas, as femininas lideradas por Cláudia, e a estrela da companhia, Realidade, lançada em abril de 1966 disposta a produzir grandes, inovadoras, surpreendentes e ousadas reportagens naquele Brasil de ditadura iniciante, recalcitrante à abordagem de determinados temas, e de puritanismo reinante.
          A maior criação de Roberto foi a Veja, em 1968, com fracasso inicial, mas depois veio o sucesso absoluto e, trinta anos depois, dar-se-ia o apogeu editorial e financeiro que antecederia uma grande crise, entre 2011 e 2012.
          Em maio de 2006, quando estudava a alternativa de abril o capital na Bolsa de Valores, o Grupo Abril decidiu aceitar a oferta do Naspers, o maior grupo de mídia da África do Sul, em vender 30% do capital por 422 milhões de dólares. Nas palavras do presidente e editor. Roberto Civita, "uma opção pelo longo prazo".
          Em 2015, a companhia saiu do que havia se tornado seu braço mais rentável, a Abril Educação. A família Civita vendeu o controle desse negócio, por R$ 1,3 bilhão, à gestora de recursos Tarpon, que rebatizou a empresa de Somos Educação. Em abril de 2018, a Somos foi vendida à Kroton, a maior empresa de ensino do país.
          Em junho de 2018, depois de 68 anos editando revistas em quadrinhos da Disney, que acompanharam gerações de brasileiros, a Abril para de publicá-las. Segundo comunicado do diretor de assinaturas Ricardo Perez, o encerramento da publicação foi resultado de uma "revisão estratégica do Grupo Abril".
          No inicio de agosto de 2018, a Abril informa que passará a se concentrar nos seguintes títulos: Veja, Veja São Paulo, Exame, Quatro Rodas, Claudia, Saúde, Superinteressante, Viagem e Turismo, Você S/A, Você RH, Guia do Estudante, Capricho, M de Mulher, VIP e Placar. 
          As marcas remanescentes somam uma audiência de 15 milhões de usuários únicos por mês e 5,2 milhões de circulação nas versões impressas e digital por mês, de acordo com a companhia.
          Em 15 de agosto de 2018, o  Grupo Abril protocolou pedido de recuperação judicial na Vara de Recuperação Judicial e Falências de São Paulo. A dívida é de R$ 1,6 bilhão. O pedido engloba todas as companhias operacionais do grupo, incluindo Abril Comunicações e as empresas de distribuição de publicações agrupadas dentro da Dipar Participações, e de distribuição de encomendas Tex Courier. Da dívida de R$ 1,6 bilhão do grupo, cerca de R$ 900 milhões são com os bancos Bradesco, Santander e Itaú Unibanco. A fatia de cada um deles seria parecida.
          Desde 19 de julho, o grupo está sendo presidido por Marcos Haaland, no lugar de Giancarlo Civita. Haaland é sócio da Álvarez & Marsal, consultoria especializada em reestruturação de empresas
          Ao assumir a presidência da companhia, Haaland iniciou um profundo ajuste nas três frentes de negócios: a Abril Publicações, a distribuidora de revistas Dinap e a empresa de logística de encomendas Total Express. De imediato, demitiu 800 funcionários, fechou onze títulos – como Arquitetura e Construção, Boa Forma, Casa Claudia, Cosmopolitan, Elle e Minha Casa – e cortou custos em todos os departamentos, de limpeza à segurança. Haaland terá de solucionar também outro problema. Editoras que eram clientes da Dinap na parte da distribuição tiveram suas receitas de venda em banca retidas pela Abril, o que pode causar uma quebradeira no setor.
          E, a distribuição da própria Abril sofre transtornos. A revista Exame, que era para chegar na quinta-feira, dia 13 de setembro, só chegou no dia seguinte em algumas bancas. E, no dia seguinte, sexta-feira, pelo menos uma banca da avenida Paulista em São Paulo recebeu exemplares de assinantes da revista Veja, cuja venda em banca é proibida.
          No início da tarde de 20 de dezembro de 2018 o Grupo Abril fechou a venda de 100% das ações para a Calvary Investimentos do empresário Fábio Carvalho. A família Civita não só sai do comando daquele que já foi um dos maiores grupos editoriais do país, como deixa uma dívida de nada menos que R$ 1,6 bilhão com funcionários, bancos e fornecedores. Mesmo sob o novo controlador, os credores da editora devem reaver apenas uma fração daquilo que lhes é devido. Pelos termos do acordo assinado, os irmãos Giancarlo e Victor Civita, netos do fundador do grupo, ficam livres de quaisquer ônus e Fabio Carvalho assume a responsabilidade por todo o endividamento da empresa. Essa foi uma condição da família para aceitar ceder o controle da Abril, que está em recuperação judicial desde agosto.
          Segundo pessoas familiarizadas com os termos negociados, a família receberá um pagamento simbólico pela transferência do controle, já que Carvalho assume a dívida bilionária. Mas os Civita estão longe de sair de mãos vazias. Em fevereiro de 2015, quase dois anos após a morte do pai Roberto Civita, Giancarlo acertou a venda do controle da Abril Educação, hoje rebatizada como Somos Educação, para o fundo Tarpon por R$ 1,3 bilhão. Em dezembro daquele ano, pressionada pelos bancos credores durante negociação para alongar o perfil da dívida da Abril, a família aportou R$ 450 milhões na empresa. A maior parte do dinheiro da venda do segmento de educação, entretanto, ficou preservada.
          Fabio Carvalho, advogado que se especializou em assumir empresas em dificuldade, conta com o respaldo financeiro do banco BTG Pactual, que já financiou outras empreitadas suas no passado. 
O executivo é sócio das varejistas cariocas Leader e Casa & Vídeo. Carvalho já assumiu negócios em dificuldades que pertenciam ao BTG, como a Leader e a Bravante, de logística marítima.
Enquanto o empresário assumirá as ações, o banco, por meio de sua empresa de recuperação de crédito Enforce, negocia com os três bancos credores da empresa --Bradesco, Itaú e Santander-- para comprar com grande desconto os quase R$ 1 bilhão em dívidas bancárias. Essa parte do negócio, entretanto, ainda não foi fechada. Os bancos também precisam aprovar a venda das ações, já que títulos importantes da editora, como "Veja" e "Exame", foram dados em garantia pelas dívidas bancárias, juntamente com o edifício na Marginal Tietê, em São Paulo.
          A consultoria Alvarez&Marshal, onde Carvalho trabalhava, concluiu que a dívida da empresa é impagável e estruturou um plano de recuperação judicial que prevê desconto de 92% nos débitos, com 18 anos para pagamento. As dívidas trabalhistas estão fora desse patamar de desconto, pois têm prioridade legal.
          Em 8 de janeiro de 2019, o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), aprovou o negócio.
          Em 20 de fevereiro de 2019, Bradesco, Itaú e Santander teriam aprovado a venda da dívida da Editora Abril à Enforce. Os bancos são os maiores credores da companhia, que no total tem dívida de R$ 1,6 bilhão. Do R$ 1,1 bilhão em endividamento bancário, quase R$ 1 bilhão se refere a uma debênture. O Bradesco tem R$ 500 milhões desse papel (parte herdada do HSBC), o Itaú tem R$ 250 milhões e o Santander, outros R$ 250 milhões.
          Considerando dados de março de 2019, o grupo publica oito revistas impressas: Veja, Exame, Cláudia, Superinteressante, Quatro Rodas, Saúde, Você S.A. e Você RH. Mantém ainda alguns títulos online, como Capricho e Minha Casa. Além de ter reduzido custos com aluguel ao sair de sua tradicional sede, em São Paulo, a companhia demitiu cerca de 800 profissionais em agosto de 2018.
          Além da operação de mídia, o grupo mantém negócios como a Casa Cor – de eventos de arquitetura e decoração –, o serviço de entregas de encomendas Total Express, uma gráfica e um braço de distribuição de revista.
          Em 22 de fevereiro de 2022, o juiz Paulo Furtado de Oliveira Filho, da 2ª Vara de Falências e Recuperações Judiciais de São Paulo, decretou o encerramento da recuperação judicial do Grupo Abril, dono da editora Abril, que publica as revistas Veja, Capricho e Você S/A. O processo teve início em agosto de 2018, quando a Abril declarou ter acumulado R$ 1,6 bilhão em dívidas. Segundo a sentença de encerramento, até setembro do ano passado, 100% dos créditos em dólares e 99,4% dos valores em reais já tinham sido pagos.
          Em 12 de julho de 2022, a subsidiária da Amazon no Brasil concordou em comprar uma participação minoritária na Total Express. Diz-se que a Amazon adquiriu uma participação de 9,7% na Total. A Total tem foco em logística, especialmente serviços de transporte para empresas de comércio eletrônico. Com o negócio, a Abril está reduzindo sua posição na empresa, cuja razão social é Tex Courier.      
(Fonte: revista Exame - 24.05.2006 / revista Veja - 21.09.2016 - artigo sobre o livro Roberto Civita O dono da Banca, de Carlos Maranhão / jornal Folha de S.Paulo - 09.06.2018 / jornal Valor - 07.08.2018 / 15.08.2018 / revista IstoÉDinheiro - 11.09.2018 / Valor - 20.12.2018 / O Estado de S.Paulo - 08.01.2019 / Valor - 20.02.2019 / OESP - 25.03.2019 / Folha - 23.02.2022 /Valor - 12.07.2022 - partes)

Accenture

          O novo nome da Andersen Consulting, Accenture, é uma palavra que, segundo a empresa, significa "foco no futuro". Provavelmente vem de Accent (em inglês, dirigir a atenção para), mais as últimas letras de future. A Accenture possui 373.000 funcionários no mundo (dados de março de 2016).
          Em 2021 a Accenture adquire a Founders Intelligence. “Com a aquisição, poderemos ajudar nossos clientes a criar iniciativas de crescimento que tenham impacto duradouro no futuro”, disse Lucy Cooper, líder em inovação da Accenture para a Europa. Fundada em 2013 em Londres, a Founders Intelligence é uma consultoria especializada em assessorar empresas na criação de valor dentro da nova economia digital. Para o CEO Rob Chapman, fazer parte da Accenture é uma grande oportunidade para funcionários e clientes. “Criamos a empresa para potencializar nosso talento empreendedor e ter impacto em grandes corporações. Estamos entusiasmados em poder fazer isso em uma escala ainda maior”, afirmou o fundador da consultoria.
(Fonte: jornal Valor - 22.03.2012 / Época Negócios - 16.11.2021 - partes)


           Continuous innovation and rapid transformation have been themes throughout Accenture's history, which the company traces to the 1950s with the installation of the first computer system for commercial use in the United States at General Electric’s Appliance Park facility.
           The company built its reputation primarily as a technology consultant and systems integrator. By the late 1980s, Accenture began offering a new breed of business integration solutions to clients—solutions that aligned organizations' technologies, processes and people with their strategies.
           Throughout its history, Accenture has expanded its offerings and capitalized on evolving management trends and technologies to benefit its clients. The company pioneered systems integration and business integration; led the deployment of enterprise resource planning, customer relationship management and electronic services; and has established itself as a leader in today's global marketplace.
           Accenture is a great success story by any measure. The company’s history has been more than 60 years in the making—from the earliest days as a pioneer in the new world of information technology in the 1950s to its position today as a Fortune Global 500 industry leader.
          Initially called Andersen Consulting, Accenture (Accent = to direct attention to + future) was formally established in 1989 when a group of partners from the Consulting division of the various Arthur Andersen firms around the world formed a new organization focused on consulting and technology services related to managing large-scale systems integration and enhancing business processes.
           That same year Accenture formalized Business Integration, its framework for aligning a client’s people, processes and technology in support of its overall strategy to enable all components of the client organization to work to enhance business performance. Accenture has evolved from a systems integrator to a global management consulting and technology services company, providing the full range of consulting, outsourcing and related technology services.
           A New Name, A New Direction. By 2000, Accenture had achieved more than a decade of tremendous growth, with net revenues exceeding US$9.5 billion and more than 70,000 professionals in 46 countries delivering to clients a broad range of consulting, technology and outsourcing services and solutions.
           On Jan. 1, 2001, the company changed its name to Accenture (from Andersen Consulting) as the result of an arbitrator’s decision in August 2000 that severed the contractual ties between Accenture and Andersen Worldwide Société Coopérative (AWSC). Accenture then launched one of the largest and most successful re-branding campaigns in corporate history. The new name reinforced Accenture’s new positioning and reflected the organization’s further growth and broadened set of capabilities.
           Since its inception in 1989, Accenture had operated as a group of locally owned independent partnerships or other entities in more than 40 countries. (Accenture is and has always been a global organization and has never operated under a U.S. holding company structure.) By 2001, it became apparent to Accenture’s partners that maintaining the organization’s existing partnership structure would limit the company’s ability to continue its growth. Therefore, the partners, more than half of whom were from countries other than the United States, decided to transition to corporate form, enabling Accenture to build and acquire the necessary capital to remain competitive and fuel its growth.
           In April 2001, Accenture’s partners voted overwhelmingly to pursue an initial public offering, and Accenture became a public company on July 19, 2001, when it listed on the New York Stock Exchange under the symbol ACN.
          Today Accenture is a global management consulting, technology services and outsourcing company, with more than 293,000 (373.000 in March 2016) people serving clients in more than 120 countries. Combining unparalleled experience, comprehensive capabilities across all industries and business functions, and extensive research on the world’s most successful companies, Accenture collaborates with clients to help them become high-performance businesses and governments. The company generated net revenues of US$28.6 billion for the fiscal year ended Aug. 31, 2013.
(Fonte: site da empresa - parte)

AbbVie / Allergan

          A fabricante de medicamentos AbbVie tem sede nos Estados Unidos e tem como um dos principais produtos a droga Humira, de tratamento de artrite.
          Em 25 de junho de 2019, a AbbVie anunciou acordo para comprar a produtora de botox Allergan por cerca de 63 bilhões de dólares, assumindo controle sobre uma das maiores marcas da indústria de cosméticos e em estratégia para reduzir dependência da companhia em relação à Humira.
          A farmacêutica AbbVie vinha sendo pressionada para diversificar seu portfólio uma vez que a Humira, medicamento mais vendido do mundo, está enfrentando competição de versões mais baratas na Europa e enfrenta expiração de patentes em 2023 nos Estados Unidos, seu mais importante mercado.
          A Humira, que gerou receita de cerca de 20 bilhões de dólares em 2018, sofreu uma primeira queda de vendas trimestrais nos três primeiros meses de 2019.
          O presidente-executivo da AbbVie, Richard Gonzalez, afirmou que a companhia está bem posicionada para a compra da Allergan por causa da grande quantidade de caixa gerado pela Humira.
           A sede da Allergan de Dublin, será transferida para os Estados Unidos.
(Fonte: DCI Reuter- 25.06.2019)

Abreu Garcia

          Nas alturas da Serra Catarinense, a família Abreu Garcia aproveita seu vinhedo situado a mil metros acima do nível do mar, rodeado de belas paisagens, para criar os vinhos de altitude Abreu Garcia.
          Situada no centro-sul do estado catarinense, no município de Campo Belo do Sul, a aproximadamente sessenta quilômetros de Lages, a vinícola tem em seus vinhedos as uvas merlot, malbec, pinot noir, cabernet sauvignon, sauvignon blanc e chardonnay.
          O frescor da noite e a luminosidade do dia envolvem a região e proporcionam um amadurecimento  prolongado das uvas. A seu tempo, elas se desenvolvem lentamente enquanto ganham corpo, cor e aromas, potencializados pelo clima ideal e maturação adequada dos frutos.
          A Fazenda Campo Belo, onde ficam os parreirais, já possui boutique, com vistas do horizonte, para receber os visitantes e, no futuro, os rótulos da casa poderão ser degustados no ambiente e harmonizados com pratos típicos.
(Fonte: brochura da marca)
     

Actis

          A empresa de administração de ativos britânica Actis chegou ao Brasil no final de 2007. O fundo é focado exclusivamente em países emergentes. No início de novembro de 2008, portanto, já durante a crise do sub-prime, o fundo tinha 450 milhões de dólares já captados para investir em companhias brasileiras. A procura de negócios no Brasil estava a cargo dos executivos Chu Kong e Patrick Ledoux.
          A Actis controla três empresas de energia renovável no país: Atlantic Energias Renováveis, que tem 642MW; Echoenergia, com 700MW em operação e 273MW em construção, também em projetos eólicos; e Atlas Renewable Energy, com 1,2GW em projetos de energia solar em operação ou em construção no Brasil ou outros países latino-americanos.
          A Actis lança sua quarta empresa de energia renovável no Brasil, desta vez com foco na operação de ativos. O primeiro ativo é a usina eólica de 137MW Babilônia, adquirida da EDP Renováveis por cerca de R$ 1,2 bilhão incluindo débito. O dinheiro a ser investido na nova companhia virá da empresa de private-equity Long Life Infraestruture.
          A Atlas Renewable Energy (criada em 2017), empresa que conta com US$ 600 milhões de um fundo criado pela gestora Actis para investimentos em geração de energia renovável, previa chegar ao fim de 2019 com quatro usinas solares em operação no Brasil, totalizando uma capacidade de 421 megawatts-pico (MWp, unidade de potência de projetos do tipo) e investimentos de R$ 1,3 bilhão.
          Na segunda quinzena de outubro de 2019, a Actis contratou o banco de investimento Credit Suisse para assessorá-la na negociação com eventuais compradores na venda da empresa de geração de energia Echoenergia.
(Fonte: revista Exame - 05.11.2008 / jornal Valor - 30.07.2019 / 21.08.2019 / 22.10.2019 - partes)

Adidas

          Uma lenda urbana diz que Adidas é a sigla para "All Day I Dream About Sports" ("O dia todo eu sonho com esportes"). Ou, "Soccer" (futebol) no lugar de "Sports". Mas é isso mesmo, uma lenda. A Adidas, fabricante alemã de vestuário e artigos esportivos, foi fundada por Adi Dassler, daí a origem do nome.
          Tudo começou em 1924, quando os irmãos Adolf (Adi) e Rudolph (Rudi) Dassler abriram uma empresa de tênis para futebol, a Dassler Schuhfabrik, no interior da Alemanha. Em 1936, durante os Jogos Olímpicos de Berlim, Jesse Owens ganha quatro medalhas de ouro usando tênis dos Dassler.
           Foi em 1948, depois de um desentendimento, que Adolf criou então a Adidas e seu irmão Rudolph, criou sua principal concorrente, inicialmente como Ruda, que mais tarde virou a Puma (vide origem da marca Puma neste blog).
          O logo da Adidas representa uma montanha e os obstáculos que as pessoas precisam superar.
          No início de 1993, o empresário francês Bernard Tapie vende a Adidas. A venda pegou os executivos da filial brasileira da companhia de calças curtas. Em São Paulo, eles haviam acabado de reestruturar a fabricação e as vendas das roupas da marca, que envolviam mais de dez empresas. Daquele momento para a frente, todas as peças de vestuário seriam feitas e comercializadas apenas pela Drastosa. Na França, o affaire da venda da Adidas ganhou corpo com as denúncias dos políticos conservadores. Eles queriam saber como Tapie conseguiu convencer o banco estatal Crédit Lyonnais e duas seguradoras recém-privatizadas a aumentar sua participação acionária na Adidas, reforçando o pool de investidores que ficou com os 78% de ações que pertenciam ao empresário. O negócio rendeu a Tapie 371 milhões de dólares.
          Em 2005, a Adidas adquire a americana Reebok, por 3,8 bilhões de dólares - quase 9 bilhões de reais.
          Ao comprar a Reebok, a Adidas demonstrou estar ciente de sua debilidade. Célebre por investir em tecnologia e qualidade, a marca é reverenciada por atletas profissionais que prezam a performance acima de tudo. Mas, quando se trata de escolher um par de tênis que pode ser usado tanto na academia de ginástica quanto para tomar um chope, o sujeito comum prefere a Nike.
          O objetivo da compra também era desafiar o domínio da concorrente Nike nos Estados Unidos. O jogo ficou bem mais parelho.
          Em 16 de fevereiro de 2021, a Adidas anunciou que irá descontinuar as operações da marca Reebok, que havia adquirido em 2005 por quase US$ 4 bilhões. A empresa diz que a decisão faz parte de sua nova estratégia de cinco anos. “Como resultado dessa revisão [de estratégias], a empresa decidiu agora iniciar um processo formal de desinvestimento da Reebok”, disse em nota publicada em seu site.
(Fonte: revista Exame - 03.03.1993 / revista Forbes Brasil - 29.03.2002 / revista Exame - 17.08.2005 / MSN Economia e Negócios - 29.10.2015 / Valor - 16.02.2021 - partes)

Aché

          Um dos fundadores do laboratório Aché, o empresário Victor Siaulys era filho de imigrantes lituanos. Teve uma infância simples e os primeiros empregos foram como vendedor de peixe e office-boy. Com esforço, conseguiu uma vaga e um diploma na Faculdade de Direito do Largo São Francisco. Mas foi como propagandista do laboratório farmacêutico Squibb, nos anos 1960, que o jovem advogado definiu sua carreira.
          Em 1965, uniu-se a dois amigos da Squibb, Adalmiro Baptista e Antônio Depieri, com a ideia de criar uma loja de móveis na Lapa. Acabaram fundando uma empresa de representação para a venda de medicamentos, a Prodoctor.
          Um ano depois, em 1966, os sócios compraram uma pequena fábrica e, inusitadamente, optaram por usar o nome da marca adquirida: Aché.           
          No decorrer dos anos, o Aché se acostumou ao modelo de copiar fórmulas químicas estrangeiras para produzir localmente medicamentos chamados "similares".
          Em 1990, o Aché adquire 42% da americana Schering Plough do Brasil.
          Em 1997, a empresa foi duramente afetada pela adoção da Lei de Patentes pelo Brasil. Sem poder usar fórmulas pesquisadas por terceiros, a Aché viu seu modelo de negócios se deteriorar.
          Nas reuniões de diretoria, a falta de consenso sobre como reagir no novo cenário opôs representantes dos Depieri e Baptista. As divergências se agravaram em 2001, quando os norte-americanos da Schering Plough Corporation fizeram uma proposta para recomprar a fatia de 42% na Schering Plough do Brasil.
          No auge dos debates sobre aceitar ou não a oferta da corporação norte-americana - que, dizia-se, embutia um prêmio de 25% sobre o valor econômico dos papéis -, Depieris e Baptistas trocaram acusações de incompetência e falsidade ideológica, apontando até atas de reunião que supostamente foram forjadas.
          Desde 2003, no entanto, o laboratório recruta profissionais no mercado para tocar as tarefas executivas. Eloi Bosio foi o primeiro presidente não sócio desde a fundação. Em 2006, ano em que o grupo reestruturou sua administração, Bosio passa o bastão para José Ricardo Mendes da Silva.
          Em 2005, o Aché compra o laboratório farmacêutico Biosintética, do empresário Omilton Visconde Júnior por 600 milhões de reais.
          Em 2010, a presidência do board era do patriarca da família Baptista, Adalmiro Baptista.
          Victor Siaulys morreu em março de 2009, depois de ter superado um câncer na tireoide, de pele e de próstata e de ter se tratado da leucemia. Depiere morreu no mesmo ano e Baptista, em 2016.
(Fonte: Gazeta Mercantil - 23.03.2009 / revista Capital Aberto - maio de 2010 / Valor - 09.05.2017 - partes)

         

Açominas

          A Açominas - Aços Minas Gerais, foi fundada nos anos 1970, em Ouro Branco, a 100 quilômetros de Belo Horizonte.
          Em seus tempos de estatal, nunca deu um lucro que proporcionasse um retorno minimamente aceitável para o capital investido. Se tivesse continuado nas mãos do governo, provavelmente teria permanecido a mesma. Não haveria dinheiro para novos investimentos e a gestão governamental a manteria engessada e como um cabide de emprego.
          Em setembro de 1993, a Açominas foi privatizada. O leilão é vencido pelo consórcio formado pela CEA (Fundo de Participação Acionária dos Empregados da Açominas - CEA, possibilitando aos funcionários a compra de 20% das ações no leilão de privatização da Açominas), Grupo Mendes Júnior, Banco Econômico, BCN, BEMGE/Credireal, CVRD e Aços Villares. Primeiro acordo de acionistas garante o controle acionário da empresa para o Grupo Mendes Júnior e o CEA.
          No início de sua vida como empresa privatizada, a Açominas sofreu uma sangria de dinheiro. Sob administração do grupo mineiro Mendes Júnior, líder do consórcio que a arrematou em leilão, a empresa chegou a ter um prejuízo de 600 milhões de dólares.
          A companhia foi salva por um rearranjo societário. Em 1995, a Mendes Júnior e seus sócios - Bemge, Credireal e BCN - deixaram a sociedade, entregando o controle ao grupo gaúcho Gerdau, que passou a dar as cartas na empresa, e à Natsteel, uma siderúrgica de Cingapura.
          O grupo Gerdau e a Natsteel passam a participar efetivamente da sociedade em 1997 e assinam, juntamente com o CEA, o novo acordo de acionistas.
          Em 2000 o lucro, de 101 milhões de dólares, para uma receita de 651 milhões, foi o maior da história. O número de funcionários diminuiu de 6.000 para 3.300. A produtividade triplicou nos primeiros sete anos após a privatização.
          Em 2002, o grupo Gerdau compra ações da Natsteel e assume posição majoritária no controle acionário da Açominas. Acordo de acionistas passa a ter dois signatários, Gerdau e CEA.
          Em novembro de 2007, é dado início à operação do novo alto-forno da Gerdau Açominas, construído em apenas 22 meses de obra, onde foram aplicados US$ 1,5 bilhão, resultado do maior investimento da história do Grupo Gerdau no Brasil. A produção anual da maior siderúrgica do grupo passou de 3 para 4,5 milhões de toneladas de aço.
(Fonte: revista Exame - 30.05.2001 / 21.11.2007 / Wikipédia - partes)

ADM (agronegócios)

          Centenária empresa americana de agronegócios, a Archer Daniels Midland (ADM) é uma das maiores empresas do setor do mundo, líder na produção de etanol nos Estados Unidos e, no Brasil, além de explorar a produção de óleo de palma, no estado do Pará, produz óleo de soja das marcas Concórdia e Corcovado, que antes pertenciam à Sadia. A ADM tem a segunda maior capacidade instalada de biodiesel do Brasil. Tem fábricas em Campo Grande (MS), Rondonópolis (MT) e Uberlândia (MG).
          Na matriz, em maio de 2006, a executiva Patricia Woertz assume o comando da empresa.
          De volta ao Brasil, em 2013 começa a ganhar corpo a produção de óleo de girassol com a aquisição de planta de esmagamento de grãos em Campo Novo do Parecis (MT), região em que a empresa passou a apostar no plantio e a concentrar a compra de matéria prima onde estão seus fornecedores incentivados pela companhia a aumentar o plantio.
          Presente no porto de Santos desde 1997, em 2016, a ADM investe R$ 287 milhões para minimizar os efeitos de poluição nas operações com grãos. O investimento também resultará em aumento da capacidade de seu armazém.
          Depois de quatro anos de trabalho e um investimento de R$ 240 milhões, a ADM inaugura, em junho de 2017, em Campo Grande (MS), sua terceira planta de proteína de soja, a primeira desse tipo no hemisfério sul.
          Em 16 de agosto de 2018, a ADM anuncia aos seus funcionários no país a conclusão da compra da Algar Agro, divisão agrícola da empresa brasileira de telecomunicações. 
          Em 11 de janeiro de 2019, a ADM anunciou a compra da unidade Florida Chemical, da Flotek Industries, por US$ 175 milhões. A empresa é especializada em sabores e fragrâncias baseadas em frutas cítricas.
          No início de janeiro de 2020, a ADM anunciou, em Chicago, a aquisição da Yerbalatina, fabricante de extratos e ingredientes à base de plantas com sede em Colombo, na região metropolitana de Curitiba.
          Com um faturamento global na faixa dos US$ 70 bilhões por ano, a Archer Daniels Midland é a segunda maior produtora de alimentos do mundo, só perdendo para a suíça Nestlé, e à frente da Bunge e da JBS.
(Fontes: revista Exame - 30.08.2006 / jornal Valor Econômico - 27.12.2014 / revista Época Negócios - outubro 2015 / jornal Valor International edition - 03.02.2016 / 08.06.2018 / 16.08.2018 / Época Negócios - 11.01.2019 / Valor - 07.01.2020 - partes).

Acer

          Muito se fala sobre a fúria de crescimento dos chamados Tigres Asiáticos (pelo menos antes da crise de 1997), mas pouco se conhece dos empreendedores que estão por trás desses países. Na pequena Ilha de Formosa quem quiser contar a história de como cresceram as garras desse tigre no início dos anos 1990 terá certamente de conhecer Stan Shih.
          No começo da década de 1970, com 25.000 dólares no bolso, Shih criou uma empresa de computadores, a Acer.
          A Acer de Shih é o que se pode chamar de paradigma das empresas high-tech dos Tigres Asiáticos. E Shih, um dos melhores exemplos de entrepreneur daquela região. Nascido em 1944 em Lunkang, um vilarejo de pescadores na costa sudoeste de Formosa, Shih passou a infância vendendo ovos de pata para ajudar a sobrevivência da família. Até graduar-se em engenharia, em Formosa, em 1971, enfrentou sérias dificuldades, típicas de outros chineses de sua idade.
          Quando trabalhou na Unitron, em seu primeiro emprego como engenheiro, Shih projetou, desenvolveu e comercializou a primeira calculadora de mesas de Formosa. Já na Qualitron, para onde se transferiu logo depois, liderou o primeiro projeto de pen watch do mundo, as canetas com diminutos relógios de cristal líquido que se difundiram pelo planeta nos anos 1970.
          Na Acer, o primeiro produto foi um microprocessador vendido com preço muito baixo. Ele foi o precursor da entrada da empresa no circuito internacional dos negócios.
          Shih transformou a Acer na única companhia asiática não japonesa a participar do grupo de líderes de fabricantes mundiais de computadores pessoais.
          No Brasil, a Acer tem planos de longo prazo. Tinha um representante desde 1992, a ACBr, que era o distribuidor da companhia.
          Quase vinte anos depois, em 1992, de suas linhas de montagem saía um computador a cada 15 segundos. Naquela época, a Acer tinha um faturamento anual de 1,2 bilhões de dólares.
(Fonte: revista Exame - 04.08.1993) 

ACT Networks

          A ACT Networks é uma pequena empresa fabricante de equipamentos de telecomunicações, sediada em Camarillo, nos arredores de Los Angeles.
          Braço da Promon Engenharia nos EUA, a ACT abriu o capital na Nasdaq no dia 5 de maio de 1995. A Promon, com sede em São Paulo, tinha 22%  do capital da ACT.
          Os 30 milhões de dólares captados seriam utilizados na expansão da empresa, com novos produtos, e em marketing nos 56 países onde a ACT já atuava.
          A empresa disputava o mercado de equipamentos para transmissão integrada de voz, dados, fax e redes multimídia. Era um setor pequeno, de 250 milhões de dólares no mundo, mas que, segundo especialistas, deveria atingir 2 bilhões dois nos depois.
          Para a Promon, os investimentos na ACT faziam parte da estratégia de obter mais receita fora do país. Em 1994, o mercado externo representou cerca de 5% dos 316 milhões de dólares que a empresa faturou.
(Fonte: revista Exame - 07.06.1995)

ACS

          A ACS foi fundada por Alexandre Zaramella, Leandro Maia e Bruno Miranda, em São José dos Campos, interior de São Paulo. A ideia de produzir aviões no Brasil surgiu quando Zaramella e seu sócio, Leandro Maia, trabalhavam na Airbus. Após sete anos como engenheiros na Embraer, onde participaram da criação dos jatos ERJ 145, EMB 170 e EMB 190, passaram um ano na Inglaterra trabalhando nos dois novos aviões da empresa europeia, o jato de passageiros A350 e o cargueiro militar A400M.
          De volta ao Brasil, após criarem a ACS, decidiram entrar no mercado em um segmento específico, o de aeronaves leves esportivas (LSA, na sigla em inglês) com seu ACS-Sora. Com pequenas modificações, o Sora é a versão comercial do desenho original, criado pelo professor Cláudio Barros, da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG).
(Fonte: revista IstoÉDinheiro - 21.01.2009)

Academia do Café

     A Academia do Café tem sede em Belo Horizonte. O ponto alto é a seleção de grãos: para o expresso e demais variações de preparo, como cappuccino, é usado um blend próprio, cuja composição varia a fim de manter um bom equilíbrio entre acidez e doçura. Nos filtros, como o cada vez mais onipresente Hario V60 e a prensa francesa, entram microlotes, um deles produzido por Henrique Cambraia em Santo Antônio do Amparo, no sul de Minas Gerais.
     A casa também serve a curiosa combinação entre café extraído a frio - o chamado cold brew -, água de coco e gelo.
     Em São Paulo, a Academia do Café chegou em maio de 2017 e desde então ocupa o endereço da Rua Fradique Coutinho, Vila Madalena, que antes abrigava o Ekoa Café, cujos donos são parceiros nessa empreitada.
(Fonte: revista Veja São Paulo - 19.07.2017)

Adriática / Original (cervejas)

Cerveja Adriática       
          A Companhia Cervejaria Adriática (originalmente Cia. Cervejaria Adriática S.A.), produzia, em 1911, as marcas Operária, Primor, Brilhante e Cachorrinha. Na fusão com a Companhia Antarctica Paulista, em 1945, apenas a cerveja Original foi mantida no portfólio. A Companha Antarctica Paulista se uniu à Cia. Cervejaria Brahma, em 1999, formando a AmBev.
          Em outubro de 2015, a AmBev relança a Adriática - puro malte. Quem passa a produzir é a Antarctica e é distribuída em garrafas de 600ml. Ela tem aproximadamente 10 IBUs (unidades de amargor), é menos amarga que a Serramalte,  Tem uma coloração dourada brilhante, puxando para uma tonalidade mais acobreada. No aroma, um dulçor do extrato de malte presente, somado com um herbal. No paladar. o amargor é equilibrado e leve, mas não remanescente. É encontrada em 500 pontos de venda distribuídos entre Rio de Janeiro, Ponta Grossa, Curitiba, São Paulo e Ribeirão Preto. Os bares que a servem prezam as cervejas de garrafa de 600ml.
          O lançamento aconteceu no Boteco Original, na cidade de Ponta Grossa, Paraná. A cerveja, com novo rótulo "super premium" foi feita na fábrica recém inaugurada e pegou emprestado a receita da cerveja que era produzida na cidade no início do século 20 e que circulou até 1945.
          A Adriática que volta, é precursora da Original. Ela é puro malte e uma das marcas que acabou ficando para trás na fusão da Companhia Cervejaria Adriática e Companhia Antarctica Paulista. Sabor agradável, leve, amargor levíssimo e aromas levemente herbais.
          É uma homenagem à Companhia Cervejaria Adriática e às raízes pontagrossenses da empresa.

Cerveja Original
          A história da cerveja Original começou em 1906, quando um jovem chegado da Alemanha, Henrique Thielen, fundou a Cervejaria Adriática, em Ponta Grossa, onde hoje está instalado o ‘Shopping Antartica’. Utilizando equipamentos trazidos de seu país natal, Henrique produziu seus primeiros rótulos: Operária, Primor, Brilhante e Cachorrinha.
          Posteriormente, a cerveja Adriática entrou em circulação. Em 1928, a cervejaria passou a produzir a cerveja Original tipo Pilsen. No seu rótulo constava “Para amantes de cerveja fortemente dosada com lúpulo, e que ganhou distribuição para o Rio e São Paulo. Em 1945, a família Thielen vendeu a Cervejaria Adriatica para a Cia. Antarctica Paulista. Foi aí que ela ganhou o nome que tem até hoje: Antarctica Original. O rótulo ainda mantém alguns elementos originais – como o fundo amarelo, a tipologia e o losango azul com a inscrição “pilsen”. Hoje a Original faz parte do portfólio da Ambev.
(Fonte: site Maria Cevada, por Amanda Henriquezs / MHM, por Leonardo Filomeno - partes)

Aço Cearense

     O grupo Aço Cearense foi fundado por Vilmar Ferreira, cearense nascido em 1950 no pequeno município chamado Marco, cuja referência principal é ser próximo da turística Jericoacoara, no noroeste do Ceará.
     Vilmar (como é conhecido por todos) sempre "foi bom de conta". Lembra que era o melhor aluno da sua classe em matemática e, com facilidade, solucionava questões que desafiavam a habilidade em cálculos do professor. Mas Vilmar estudou apenas até a sétima série. Quarto filho em uma família de 13 irmãos, ele precisou começar a trabalhar precocemente. As aulas mais avançadas de matemática que teve foram práticas no mundo dos negócios. A vida era repleta de necessidades para o  jovem Vilmar. Se nunca chegou a dormir de barriga vazia, pode-se dizer que não passou muito longe disso. Teria, algumas vezes, dividido um ovo com o irmão no jantar.
     Com 15 anos, já fora da escola, Vilmar largou o trabalho com os pais na roça e virou comerciante de ovos e galinhas. Também matava porco, boi, cabra, cortava em pedacinhos, e saía vendendo em cima de um jumento. Ou nas costas mesmo.
     Quando completou 19 anos, em 1969, Vilmar deixou Marco com destino à capital Fortaleza. Empregado em um mercadinho de subúrbio da capital, o empresário conta que ganhava um terço de um salário mínimo. Não demorou muito e ele foi promovido a gerente da loja. Como o patrão não falou em ajustar o salário, Vilmar também não quis tocar no assunto. Mesmo sem o aumento da promoção, conseguiu juntar algumas economias. Somado com outro tanto de um dos irmãos, Vilmar montou uma pequena mercearia e conforme prosperavam os negócios, foi trazendo irmãos, pais e cunhados de Marco para uma vida mais promissora em Fortaleza.
     O empresário já passava dos 25 anos quando um acidente de automóvel o obrigou a passar três meses afastado dos negócios. E se o olho do dono engorda o boi (como diz o ditado), sem o olho do dono a mercearia quebrou. Ele perdeu tudo. O recomeço foi montar um pequeno depósito de bebidas. Os negócios iriam bem não fosse o fato de o setor de bebidas não ser "abençoado" segundo Seu Francisco, pai de Vilmar, religioso, que argumentou que "não estava feliz com o ramo do filho, que vender bebida não traz felicidade para o homem". Foi o que bastou para que uma semana depois, Vilmar vendesse todo negócio para começar do zero, de novo. Mas desta vez não mais mudaria de ramo.
     Com o dinheiro da venda do depósito, o empresário montou uma pequena loja de aço, com dois funcionários. Era o embrião do grupo Aço Cearense que hoje conta com quatro empresas: uma siderúrgica em Marabá, no Pará (a Sinobras, que fabrica aços longos, como vergalhões), uma distribuidora de aço (a Aço Cearense Comercial), uma plantação de eucalipto no estado do Tocantins (a Sinobras Florestal) e uma indústria de tubos e perfis (a Aço Cearense Industrial). Além disso, o grupo tem uma participação de 1% na hidrelétrica de Belo Monte.
     Cerca de 35% dos gastos de produção do grupo Aço Cearense está ligado a importações. A empresa é uma das maiores distribuidoras de aços planos do país, com material importado de várias origens, o que torna importante o país ter o câmbio valorizado. Da pequena loja de aço o empresário formou o grupo com 4,8 mil funcionários diretos e faturamento ao redor de R$ 2,3 bilhões.
     No início de maio e 2017, com débito de R$ 1,8 bilhões, incluindo bancos e fornecedores o Grupo Aço Cearense pede proteção contra a falência, buscando evitar a inadimplência de sua dívida em meio a turbulentas negociações com credores. Segundo a senhora Alice Ferreira, filha do fundador e CFO de grupo, a empresa pretende manter os 3.800 funcionários e seguir um plano mais realista de pagamento de débitos.
(Fonte: jornal Valor online - 03.12.2014 / 09.05.2017 - partes)

Advent

          O Advent é um fundo global de private equity com forte presença local e ampla experiência em investimentos de varejo no Brasil e no exterior. Foi fundado em 1990 e aportou no Brasil em 1997.
          Desde 1996, quando chegou ao mercado de gestão de capital de risco, até meados de 2007, o Advent investiu em 33 companhias de diferentes setores. Tornou-se então o maior gestor de capital de risco da América Latina.
          Tem forte atuação na área educacional. A gestora foi uma das principais acionistas da Kroton de 2009 a 2013. Depois que vendeu a participação na Kroton, a Advent investiu na gaúcha FSG, vendendo a posição em fevereiro de 2018. Quando a fusão da Estácio com a Kroton foi vetada, comprou ações da Estácio até acumular 11% do capital.
          Em 4 de junho de 2018, o Advent International e a rede de supermercados Walmart, a maior varejista do mundo, fecharam acordo sobre a venda de 80% da subsidiária do Brasil para o fundo. Os 20% restantes ficaram com o Walmart. Em 2017, o faturamento do Walmart (no Brasil) foi de R$ 28,2 bilhões. Esse é o maior negócio global em faturamento da Advent.
          A prioridade do Advent no Walmart, seria encerrar a política de "preço baixo todo dia", que nunca decolou no Brasil. Os concorrentes trabalham muito com promoções que, pelo que se sabe, é o que chama a atenção do consumidor brasileiro. Investir em atacarejo e clubes de compras, nichos de negócio em franca expansão no Brasil e no mundo, deverá ser um dos focos do Advent. 
          Mundialmente, desde 1990, a Advent realizou 40 investimentos no segmento de varejo em 14 países. No Brasil desde 1997, já investiu em mais de 30 empresas brasileiras de diversos setores, como Easynvest, Kroton (em 2009, o fundo comprou indiretamente 29% de participação e, em 2013, terminou seu desinvestimento na empresa), Estácio, Grupo Fleury, Restoque e Dudalina, Cetip, restaurantes Viena e CSU CardSystem.
          No início de abril de 2024 a processadora de pagamentos Nuvei, com presença na América Latina, fechou acordo para ser adquirida pelo Advent. A processadora foi avaliada em cerca de US$ 6,3 bilhões e o acordo manterá a equipe de liderança comandada pelo CEO, Philip Fayer. Com a operação, a Nuvei deixará de ser listada em bolsa.
(Fonte: revista Exame - 29.08.2007 / 21.02.2018 / jornal Valor 04.06.2018 / Exame.com - 04.06.2018 / iupana - 05.04.2024 - partes)

Agip

           A Agip - Azienda Generale Italiana Petroli, pertence ao grupo italiano ENI - Ente Nazionale Idrocarburi, fundado por Enrico Mattei, em 1952. Logo depois da fundação da empresa Mattei anunciou na revista Domus um concurso da Agip, aberto a artistas. O concurso premiaria símbolos e cartazes que melhor representassem a empresa. Logo após a divulgação do resultado, Enrico instalou os cartazes e símbolos ganhadores às margens da rodovia que levava a Tarvisio. Acreditava que assim, teria melhores condições para avaliar o impacto de cada peça e escolher o vencedor final. Em companhia de Alberto Ali, então responsável pela publicidade da Agip, passou várias vezes de carro em frente aos cartazes e em determinado momento, diante do cartaz do cachorro de seis patas, exclamou: é este aqui. Basta e não se fala mais nisso.
           Na ficha de inscrição do concurso, constava o nome do criador do cachorro: Giuseppe Guzzi. O seu cachorro, um tanto exótico, foi pintado em preto sobre o fundo amarelo. Tinha seis patas, um porte felino e soltava uma labareda vermelha pela boca. Mas, na verdade, o Cachorro Agip não nasceu das mãos de Giuseppe. Ele foi desenhado, pela primeira vez, pelo escultor Luigi Broggini, num guardanapo de papel numa tratoria de Milão, muito antes do lançamento do concurso.
           Por ser escultor, Broggini sentiu-se acanhado em participar de um concurso publicitário, usando seu próprio nome. Por este motivo, Broggini pediu ao seu ex-aluno Giuseppe Guzzi, que justamente trabalhava numa empresa de publicidade, que "emprestasse" seu nome à obra criada por ele. E o símbolo se perpetuou. Até hoje, o "cachorro de seis patas" criado por Broggini, representa as empresas do grupo ENI, em todo o mundo. Broggini faleceu em 1983 e Guzzi, pouco depois do concurso desapareceu, com alguns comentários esparsos de que teria ido para a Argentina. Dele ninguém mais obteve notícias.
           No Brasil, a Agip comprou inicialmente a Liquigás (vide origem da marca Liquigás neste blog), distribuidora de GLP, gás liquefeito de petróleo. Muito tempo depois, com o propósito de se fortalecer na distribuição de gasolina e outros derivados de petróleo, adquiriu, em 1998, a Cia. São Paulo, rede com 1.100 postos de serviços de combustível, então com 5% de participação no mercado.
           Na distribuição de GLP, o chamado gás de cozinha, a Agip decidiu colocar seu nome junto ao da Liquigás, buscando sinergias em termos de marketing, talvez até por sua relativa grande exposição na Fórmula 1. Mudou então o logotipo para "AgipLiquigás" e passou por um gigantesco processo de alteração dos botijões, da pintura dos estabelecimentos de seus revendedores, caminhões, etc. Algum tempo depois, porém, notou que o esforço tinha sido em vão. Utilizando-se de uma pesquisa, foi fácil notar que a identificação da marca estava prejudicada, a ponto de alguns consumidores acharem que se tratava de concorrente. Voltou a estampar apenas "Liquigás", sempre acompanhado do cãozinho de seis patas soltando fogo pela boca, símbolo da Agip na Itália, desde a década de 1950 e que era chamado carinhosamente, por muitos na Liquigás, de "lobinha".
          No primeiros meses de 1999, a Agip Oil arrematou, sozinha, um bloco para exploração de petróleo na Bacia de Santos por 134 milhões de reais e um ágio de 53.000%. Muita gente qualificou de maluquice o valor do lance. Apesar dessas críticas, o presidente da empresa no Brasil, Rocco Valentinetti, manteve o "nariz empinado", segundo definição de gente do setor. Poucos meses depois, com o anúncio de que a Petrobras descobrira na mesma área um megacampo com reservas potenciais de 600 milhões a 700 milhões de barris - avaliadas em 10 bilhões de dólares - indica que a Agip sabia o que estava fazendo ao entregar sua proposta.
           Em maio de 2004, a Liquigás é adquirida pela Petrobras junto à Agip, por meio da coligada BR Distribuidora, por US$ 450 milhões. O negócio incluiu os ativos de lubrificantes e 1600 postos de combustíveis em dez estados que incluía as marcas Ipê e Companhia São Paulo. A empresa italiana decidiu reduzir seus negócios no Brasil, aparentemente depois de uma frustrante derrota para a BP (British Gas) e Shell, na aquisição da Comgás, até então pertencente ao Estado de São Paulo e responsável pela distribuição de gás natural em região de gigantesco desenvolvimento, abrangida pelos municípios de Sorocaba, Campinas e São José dos Campos e todos os municípios vizinhos, mais a Baixada Santista e a Grande São Paulo.
(Fonte: jornal interno da AgipLiquigás - Light / Agip Notícias Nov/dez.1998 - partes)

Aena

          A espanhola Aena Desarollo Internacional é o maior operador aeroportuário do mundo em número de passageiros por ano. A empresa é controlada pelo governo espanhol que detém uma participação de 51%. As demais ações são negociadas em bolsa de valores. A Aena opera em 17 países.
          No leilão de privatização de aeroportos brasileiros realizado em março de 2019, a Aena foi vencedora no bloco do Nordeste, o que selou sua entrada no Brasil. A empresa dividiu a disputa com a Zurich e o consórcio Região Nordeste - formado pela gestora brasileira Pátria com a alemã C. Durante o viva-voz, a oferta da Aena, que foi assessorada pelo Bank of America, se manteve na liderança pelo bloco quase todo o tempo.
          As outras duas concorrentes protagonizaram uma disputa pelo segundo lugar, ambas se posicionando estrategicamente para o caso de a espanhola ter problemas na habilitação e ser excluída da disputa.
          Faltando 15 segundos para o encerramento do pregão, contudo, a Zurich elevou sua proposta para R$ 1,851 bilhão. Em seguida, a Aena cobriu a concorrente com a proposta de R$ 1,9 bilhão, ágio de 1.010,69%, e se sagrou vencedora. Segundo uma fonte, a espanhola tinha fôlego para fazer uma proposta ainda maior pelo lote.
          O bloco do Nordeste engloba os aeroportos do Recife (PE), Maceió (AL), Aracaju (SE), Juazeiro do Norte (CE), João Pessoa (PB) e Campina Grande (PB).
          Juntos, os aeroportos do Nordeste devem ter uma movimentação de 13,2 milhões de passageiros em 2019, volume que deve chegar a 41 milhões de passageiros por ano em 2049, segundo as projeções da Anac.
          Em 18 de agosto de 2022, a Aena arrematou por R$ 2,45 bilhões um bloco SP-MS-PA-MG de 11 aeroportos, que inclui o terminal de Congonhas, em São Paulo, segundo mais movimentado do país em número de passageiros. Único interessado no lote, o consórcio espanhol ofereceu um valor 231,02% acima do lance inicial mínimo, de R$ 740,1 milhões. Também integram o bloco os aeroportos de Campo Grande, Corumbá e Ponta Porã, no Mato Grosso do Sul, Santarém, Marabá, Carajás/Parauapebas e Altamira, no Pará, e Uberlândia, Uberaba e Montes Claros, em Minas Gerais.
          Hoje, a empresa opera terminais em Recife (Pernambuco), Maceió (Alagoas), João Pessoa (Paraíba), Aracaju (Sergipe), Juazeiro do Norte (Ceará) e Campina Grande (Paraíba). Globalmente, o grupo opera 46 aeroportos na Espanha (incluindo Barajas, em Madri), um no Reino Unido (Londres-Luton), 12 no México, dois na Colômbia e dois na Jamaica.
          Em 17 de outubro de 2023, a Aena assume a operação do aeroporto de Congonhas, o mais movimentado do país, com planos de ampliar o terminal de passageiros e revitalizar o aeroporto de São Paulo. A companhia tem até junho de 2030 para finalizar as obras, conforme o contrato de concessão. No entanto, a meta é entregar até junho de 2028 as iniciativas previstas na fase IB, que incluem a construção de um novo terminal de passageiros. A Aena pretende praticamente duplicar a área do terminal, passando dos atuais 40 mil metros quadrados para 80 mil metros quadrados, segundo o diretor presidente da concessionária, Santiago Yus.
(Fonte: jornal Valor - 15.03.2019 / UOL - 18.08.2022 / Valor - 19.08.2022 / Estadão - 26.09.2023 - partes)

ADP

          Em 1949, um jovem contador chamado Henry Taub iniciou um negócio que era único no passado: ele oferecia um serviço capaz de processar a folha de pagamento de qualquer empresa. Henry completou seu primeiro ano com meia dúzia de clientes estáveis e lucros de US$ 2,000. Logo ele se uniu ao seu irmão mais novo, Joe, e a um amigo comum, Frank Lautenberg. Juntos, eles criaram a Automatic Data Processing, Inc., conhecida hoje como ADP.
          Já em 1955, eles direcionaram seus esforços para a terceirização que só passou a ter presença forte no mercado décadas mais tarde. Para vender os serviços, a ADP começou a educar o mercado sobre o conceito de outsourcing, ou terceirização. O desafio era convencer empresários e contadores de que a ADP processaria em menor tempo suas folhas de pagamento e ao mesmo tempo, garantiria o sigilo das informações.
          Em 1957 a ADP mudou seu processamento manual de folhas de pagamento para um sistema automatizado usando cartões perfurados. A decisão, muito arriscada para a época, preparou a empresa para a introdução do processamento em mainframe.
          A companhia se tornou conhecida em 1961, expandindo seus serviços originais para abrigar também as principais necessidades de informação sobre folha de pagamento e Recursos Humanos dos empregadores, fossem eles grandes ou pequenos. Denominado Employer Services (Serviços para Empregadores), esse é o mais antigo negócio da ADP.
          Em 1962, a ADP abriu um centro de dados independente no distrito financeiro de Nova York, para fornecer suporte às corretoras de valor de Wall Street. A Brokerage Services, da ADP, fornece serviços de processamento de apólices e comunicações aos investidores para empresas em todo o mundo.
          A ADP Brasil foi fundada em 1966.
          A empresa adquiriu, em 1980, uma pequena empresa de serviços de avaliação de danos de veículos. A Claims Services conecta as maiores empresas de seguro, oficinas e serviços de reciclagem de partes automotivas em vários continentes, com dados essenciais para auxiliar os clientes a operar melhor seus negócios.
          Com o crescimento da Internet, em 1998 a ADP lançou o EasyPayNet. Com ele, as empresas poderiam enviar e receber informações, sendo o início dos serviços de Cloud Computing (computação em nuvem) atuais.
          Em 2009 a ADP continuou a inovar e lançou seus serviços via aplicativos de smartphone nos EUA.
          Considerando dados do final de 2019, a ADP tem faturamento aproximado de 10,9 bilhões de dólares e cerca de 740 mil clientes em todo o mundo. Todos eles são assessorados por 55 mil empregados, mais da metade deles são também acionistas da empresa.
          A Dealer Services tem mais de 14.000 clientes, incluindo revendas, distribuidores e indústrias automobilísticas em 50 países. No Brasil atende mais de 4.000 empresas com as suas soluções para Folha de Pagamento e Recursos Humanos. Atualmente, a solução está totalmente desenvolvida em plataforma web, oferendo todas as vantagens do Cloud Computing.
(Fonte: site da empresa)

Adria / Isabela / Zabet / Basilar

Adria
          A fábrica de biscoitos e massas Adria foi criada em 1951, em São Geraldo, Porto Alegre, por uma família de imigrantes italianos.
          Em setembro de 1994, a Adria pertencia à Borden, empresa americana dos setores alimentício e químico.
          No final da década de 1990, a Adria foi adquirida pelo grupo argentino Macri.
          Em 2003, a Adria é adquirida pela M. Dias Branco.

Isabela
          Em 1954, com apenas seis funcionários, a Massas Alimentícias Ltda. é fundada na Colônia Dona Isabel, na cidade gaúcha de Bento Gonçalves, situado a 121 quilômetros de Porto Alegre, por quatro amigos comerciantes e agricultores que viram a necessidade de comercializados de massas na região.
          No ano seguinte, 1955, o  prédio de 160 metros quadrados recebeu os primeiros equipamentos industriais iniciando a produção das massas alimentícias.
          Três anos depois, em 1958, todo o maquinário foi trocado, triplicando a produção e aumentando a qualidade.
          Em 1959, tem início a distribuição de biscoitos e a torrefação do Café Puro Pio XI.
          A homenagem à ex-colônia Dona Isabel foi feita em 1963, com a criação da nova razão social da empresa, que passa a se chamar Isabela Produtos Alimentícios.
          O ano de 1967 foi marcado pela dinamização da estrutura operacional da empresa, modernização de embalagens, lançamentos de produtos, aperfeiçoamento do sistema de vendas e entregas. Foi inaugurado o primeiro depósito da Isabela em Porto Alegre e novos caminhões foram adquiridos.
          Em 1974, foi concretizada a construção de um novo parque industrial, de 150 mil metros quadrados para a  produção de massas e biscoitos.
          No primeiro semestre de 1997, a empresa foi adquirida pelo grupo argentino Socma, comandado pelo empresário Francisco Macri. A compra foi feita através da coligada Canale.
          Mais tarde, a empresa passa para as mãos da gigante M. Dias Branco.
          Em maio de 2017, a M. Dias Branco iniciou a construção, com investimento de R$ 300 milhões com recursos próprios, de seu novo moinho em Bento Gonçalves. A inauguração, no mesmo local onde a empresa já conta com uma fábrica de biscoitos e massas da marca Isabela, acontece em junho de 2019. A partir de então, a fábrica tem o abastecimento de matéria-prima garantido exclusivamente para a empresa.

Zabet
          A história da fábrica de biscoitos Zabet começou em 1960, em Lençóis Paulista, interior do estado de São Paulo, pelas mãos de imigrantes espanhóis que haviam chegado ao Brasil em 1955. Desde a fundação, a empresa trouxe em sua filosofia e seus produtos o sentimento de família unida. Do tamanho família das embalagens à qualidade primorosa dos biscoitos, a Zabet está presente em muitos momentos e lembranças felizes, há várias gerações.
          Em outubro de 1997, a Zabet foi adquirida pelo grupo Argentino Socma, comandado pelo empresário Francisco Macri. A compra foi feita através da coligada Canale.

Basilar
          Em 1964, numa época em que fazer macarrão de qualidade era um privilégio de poucos, a fabricante de massas Basilar, um modesto pastifício de Jaboticabal, interior de São Paulo, se propôs a comercializar a sua receita especial de família, aquela com sabor irresistível, passada de mãe pra filha, feita com amor e que sempre fica no ponto certo. Trazendo em seu próprio nome o significado de "fundamental" e "base de tudo", o pequeno comércio logo expressou sua personalidade e ficou conhecido como fabricante do "macarrão de verdade".
          No ano de 1996 a empresa foi adquirida pelo grupo argentino Socma, comandado pelo empresário Francisco Macri. A compra foi feita através da coligada Canale.


Adria / Isabela / Zabet / Basilar
          Em 1999, foram consolidadas as empresas Adria e Basilar e, posteriormente, a Zabet e Isabela.
Adria, Isabela, Zabel e Basilar pertenciam então ao grupo Socma - Sociedad Macri, um dos maiores grupos da Argentina, pertencente ao empresário Francisco "Franco" Macri.
          As quatro companhias foram integradas em 2001, sob o guarda-chuva da Adria Alimentos do Brasil. A partir de então, a Adria, com forte projeção no cenário nacional, passa a ter o controle de três marcas regionais, a Basilar, a Isabela e a Zabet.
          Em 2003, a Adria foi adquirida pelo grupo M. Dias Branco, de Fortaleza, líder nacional na fabricação e venda de biscoitos e massas alimentícias, atuando ainda nos segmentos de moagem de trigo, refino de óleo, gorduras, margarinas e cremes vegetais, além dos setores imobiliários e de hotelaria, estando presente em todo o território nacional.
          Em 2012, a Adria Alimentos do Brasil Ltda. foi incorporada à M. Dias Branco S.A. Ind. e Com. de Alimentos, tornando-se uma única empresa.
(Fonte: site das empresas / Wikipédia / revista Exame - 19.11.1997 / 20.10.1999 / Valor -06.05.2019 - partes)

Adyen

          A empresa holandesa de pagamentos Adyen foi fundada em 2006 por Pieter van der Does, nascido em 1970 e Arnout Schuijff, nascido em 1968. Eles estabeleceram a companhia como Adyen, que, na língua do Suriname, significa “começar mais uma vez”. A plataforma foi construída para aceitar uma boa variedade de moedas e opções de pagamentos e já foi adotada por gigantes da indústria da tecnologia, como eBay, Spotify e Netflix.
          Em junho de 2018, a Adyen fez oferta pública de ações.
          Schuijff e van der Does trabalham juntos no setor do comércio eletrônico desde 2000, de acordo com Hemmo Bosscher, diretor de comunicação da Adyen. Schuijff e seu irmão, Joost, fundaram a Bibit, outra plataforma eletrônica de pagamentos. Van der Does foi contratado para a equipe de vendas e, depois, promovido ao cargo de líder do departamento comercial. O banco britânico Royal Bank of Scotland comprou a Bibit em 2004 por US$ 100 milhões.
          Quando Schuijff decidiu criar a plataforma que posteriormente se tornaria a Adyen, chamou van der Does para liderar as operações de negócios e ser a cara da empresa, permitindo que ele próprio pudesse focar na parte de tecnologia. “Eles fizeram um acordo bem definido quando fundaram a empresa”, explica Bosscher.
          Pieter van der Does é o CEO da empresa e tem 4,8% das ações. Arnout Schuijff é o diretor de tecnologia e possui 6,4% das ações. Considerando o valor das ações em maio de 2019, ambos eram bilionários. Joost Schuijff, que investiu na empresa, possui uma participação de quase 3%. No que diz respeito aos bilionários, os parceiros de negócios são humildes. Schuijff e van der Does ainda andam em suas motos antigas na sede da Adyen em Amsterdã. Van der Does continua com os mesmos hobbies: escalada e montanhismo.
          A Adyen processou US$ 82 bilhões em pagamentos no primeiro semestre de 2018. A empresa também expandiu sua força de trabalho em mais de 25% em 2018, adicionando quase 200 funcionários à folha de pagamento.
(Fonte: revista Forbes Brasil - 14.05.2019)

Adama

          A Adama é uma empresa de agrotóxicos de origem israelense controlada pela ChemChina.
          Em 2019, a Adama fez várias aquisições e investimentos como forma de apoiar sua estratégia de crescimento. No quarto trimestre, a companhia adquiriu duas empresas: a peruana de agrotóxicos AgroKlinge e a empresa franco-suíça SFP.
          Também nos últimos meses de 2019, a companhia adquiriu uma participação minoritária na Agricover, uma das principais distribuidoras de insumos agrícolas da Romênia.
          Nos primeiros meses de 2020, durante a pandemia do Coronavírus, a empresa procedeu a interrupção das operações na cidade chinesa de Jingzhou, na província de Hubei.
(Fonte: jornal Valor - 30.03.2020)

Adubos Trevo

          A empresa de fertilizantes Adubos Trevo era líder de mercado nos anos 1980 e 1990.
          Em 1999, se viu mergulhada em dívidas que a obrigaram a ceder 51% das ações a um consórcio de 11 bancos.
          No final do ano 2000, estando numa situação nada boa, a Adubos Trevo foi adquirida pelo grupo norueguês Norsk Hydro.
          Já nos primeiros três anos da Trevo sob novo comando, houve um salto no volume de vendas, que mais que duplicou no período 2000 a 2003. Parte desse avanço deve ser creditada à incorporação de três fábricas da Hydro no Nordeste. Mas a correção do rumo só se explicou pelas mudanças que foram implantadas, comandadas pelo presidente que assumiu a Trevo, o norueguês Tom Consoli.
          No início de 2004, a divisão de fertilizantes da Hydro, passou a denominar-se Yara. A Trevo passou a concentrar todas as operações da Yara no Brasil.
          Em abril de 2004, a empresa inaugurou uma fábrica em Rondonópolis, em Mato Grosso, onde investiu 2 milhões de dólares.
(Fonte: revista Exame - 29.09.2004) 

Adobe / Macromedia

          A Adobe é a número 1 em editoração eletrônica. Seu programa mais popular é o Acrobat, que permite apresentar na tela do computador documentos bem-acabados, como se fossem páginas de revistas, livros ou jornais.
          A marca recebeu esse nome em homenagem ao Rio Adobe, que fica em Los Altos, na Califórnia. A casa do co-fundador da marca, John Warnok ficava próximo ao rio.
          Em abril de 2005, o mundo da tecnologia foi sacudido com o anúncio da compra da Macromedia pela Adobe por 3,4 bilhões de dólares.
          A Macromedia, líder em software para a construção de sites e animações na internet, ficou famosa com o Flash, o programa mais usado para ver animação na web.
          Reunidas, as duas formam o segundo maior fabricante mundial de programas para computadores pessoais. O problema é a distância do líder. Na dianteira do setor, reina absoluta a Microsoft, com vendas quase 20 vezes superiores às das duas juntas.
          Com a aquisição da Macromedia, a Adobe pretendia somar os recursos do Acrobat aos do Flash para criar e distribuir pela internet conteúdos informativos e animados não apenas para computadores pessoais, mas também para aparelhos sem fio, como celulares ou computadores de mão.
          Para Bruce Chizen, principal executivo da Adobe, a união das capacidades das duas empresas geraria uma nova "plataforma tecnológica  que defina o setor". As duas companhias já foram grandes rivais. Agora, o domínio tende a ser tão absoluto no mercado de ilustração e manipulação de fotos que a aquisição pode ser questionada pelos órgãos reguladores americanos.
          Mas o principal incômodo deve ser mesmo a Microsoft. Uma semana após o anúncio da aquisição, o próprio Bill Gates demonstrou o Metro, programa similar ao Acrobat, que seria embutido na versão seguinte do Windows, com lançamento previsto para 2006.
(Fonte: revista Exame - 08.06.2005)

Aerovias S.A. Minas Gerais

          A companhia aérea Aerovias S.A. Minas Gerais servia basicamente cidades de Minas GeraisFoi fundada em 7 de fevereiro de 1944 e iniciou voos em 1945.
          Tinha a base de suas operações no Aeroporto de Pampulha, em Belo Horizonte e, durante sua trajetória operou com quatro aeronaves. No período de 1944 a 1946 tinha em sua frota as aeronaves Stinson SM-8A, Stinson SR-8B Reliant (duas) e Fiat G.2. Em 1946, retirou de linha essas aeronaves e passou a voar com quatro Douglas DC-2/C-39.  
          A companhia aérea encerrou suas atividades no dia 23 Novembro de 1949, quando decretou falência.

Adnoc

          A Adnoc - Abu Dhabi National Oil Company é a estatal de petróleo de Abu Dhabi, um dos sete emirados que formam os Emirados Árabes Unidos.
          Em 13 de maio de 2018, a Adnoc anunciou um plano de investimentos de US$ 45 bilhões nos próximos cinco anos, junto com parceiros, para entrar para o grupo das maiores empresas globais de refino e distribuição (downstream) de produtos derivados de petróleo e gás.
          A empresa pretende construir um polo de refino e petroquímica integrado ao complexo industrial de Ruwais. O projeto deve abrir mais de 15 mil postos de trabalho e contribuir com 1% de produto interno bruto (PIB) local.
(Fonte: jornal Valor - 14.05.2018)

Agfa HealthCare

     Agfa HealthCare, a member of the Agfa-Gevaert Group, is a leading global provider of diagnostic imaging and healthcare IT solutions. The company has nearly a century of healthcare experience and has been a pioneer on the healthcare IT market since the early 1990's. Today Agfa HealthCare designs, develops and delivers state-of-the-art systems for capturing, managing and processing diagnostic images and clinical/administrative information for hospitals and healthcare facilities, as well as contrast media solutions to enable effective medical imaging results. The company has sales offices and agents in over 100 markets worldwide.
(Fonte: LinkedIn)

Afya

          A empresa brasileira de educação médica Afya, grupo educacional focado em medicina e saúde, que é listada na Nasdaq, foi idealizada em 2016 pelo economista Paulo Guedes, que assumiu o ministério da economia desde janeiro de 2019. Guedes trouxe R$ 100 milhões da empresa de investimentos em que era sócio, a Crescera. A família Esteves – os médicos Nicolau e Rosangela - são sócios fundadores.
e se uniu com a gigante alemã Beterslmann para criar a Afya, que é listada na Nasdaq.
          Os investidores da empresa são principalmente das áreas de educação, saúde e tecnologia. O grupo educacional tem como CEO o executivo Virgilio Gibbon.
          No final de julho de 2019, o grupo lança ações na Nasdaq e arrecada R$ 1,1 bilhão, o que indica um valor para a empresa de R$ 8,1 bilhões.
          Em 3 de novembro de 2019, a Afya anunciou a compra da instituição de ensino superior UniRedentor por R$ 225 milhões. A UniRedentor oferece cursos de graduação e pós-graduação na área de saúde no Rio de Janeiro e teve, em 2018, receita de R$ 108 milhões, segundo a Afya.
          Em meados de agosto de 2020, a Afya fechou a aquisição da Faculdade de Ciências Médicas da Paraíba por (FCMPB) por R$ 380 milhões. Segundo a Afya, a faculdade deverá apurar uma receita líquida de R$ 107 milhões em 2024, quando a instituição estará em sua plena capacidade de vagas ofertadas.
          Em fins de maios de 2021, a Afya Educacional fechou acordo para comprar a Unigranrio por R$ 700 milhões – o maior negócio já feito pela empresa, que nos dois anos anteriores adquirira 14 ativos. Com a transação, a Afya adiciona 1.700 estudantes de medicina à sua base. Considerando maios de 2021, o grupo tem 12.800 alunos matriculados nesse curso de graduação, com mensalidade média então de R$ 8.000. Medicina é o curso mais rentável do ensino superior no Brasil por causa de suas mensalidades, alta demanda e baixos índices de inadimplência e evasão.
          Em meados de 2021, a Bertelsmann - grupo de mídia alemão que possui ativos como a editora Penguin Random House, adquiriu participação na Afya, comprando 25% da gestora de private equity Crescera. Também em 2021, a Afya recebeu aporte de R$ 822 milhões do Softbank, que comprou 8,4% da empresa.
          A empresa oferece graduação em medicina e cursos preparatórios para a entrada nessa área.
          Em comunicado divulgado em 7 de março de 2022, a Afya informou que a família Esteves formalizou uma oferta de venda de 6 milhões de suas ações classe B (com maior poder de voto) para a Bertelsmann. Isso levará a participação da Bertelsmann na Afya para 57,5% dos atuais 45,6% do poder de voto. A participação da empresa alemã aumentará para 33,4% de 24,6% do capital total. A família Esteves, por outro lado, reduz seu poder de voto de 44,9% para 33,1%, ficando com 17,8% do total.
A transação custará US$ 161 milhões. A conclusão do negócio ainda depende de diligência e aprovação do conselho da Bertelsmann. Se tudo correr como esperado, a empresa alemã pagará ao casal Esteves US$ 26,90 por ação. Na Nasdaq, as ações da Afya estão sendo negociadas a US$ 12,23.
          Em 24 de maio de 2022, a Afya comprou o aplicativo para tratamento de diabetes e controle da glicemia Glic, por R$ 22 milhões, pagos à vista. A empresa ainda pode pagar um “earn out” — adicional a depender do desempenho do negócio após a venda —, de até R$ 12 milhões.
          Em 13 de outubro de 2022, após quase um ano de negociações, a Afya concordou em comprar duas instituições de ensino do Grupo Tiradentes (Unit) totalizando 340 vagas médicas, por R$ 825 milhões — ou R$ 2,4 milhões por vaga. É o maior negócio da Afya. Desde seu IPO em 2019, a empresa fez cerca de 20 aquisições por um valor combinado de R$ 3,6 bilhões. Com a aquisição, o Afya terá quase 3.100 vagas em medicina e 19.300 alunos. As duas instituições de ensino adquiridas devem ter uma receita líquida de R$ 261 milhões, e os programas médicos devem responder por 87% desse valor em 2024.
          No início de maio de 2024, a Afya anunciou a aquisição de 100% do centro universitário Unidompedro e faculdade Dom Luiz, da Bahia, por R$ 660 milhões.
(Fonte: jornal Valor - 22.07.2019 / 04.11.2019 / 21.08.2020 / 28.05.2021 / 08.03.2022 / 24.05.2022 / 13.10.2022 / 03.05.2024 - partes)

AIG

          A megasseguradora American International Group, Inc. (AIG) é uma organização de seguros global que atende clientes em mais de 100 países. As empresas AIG atendem clientes comerciais, institucionais e individuais por meio de uma das mais extensas redes mundiais de seguros. Além disso, as empresas AIG são provedoras líderes de seguro de vida e serviços de aposentadoria nos Estados Unidos.
          Em setembro de 2008, passou a ser controlada pelo governo americano, após ter seus alicerces abalados pela crise do sub prime. Passou então a ter um novo nome: AIU.
          A calamidade gerada a partir de Wall Street colocou diante dos olhos do público uma oferta ilimitada de histórias de horror: Joseph Cassano, diretor da sucursal da AIG em Londres, ganhou 280 milhões de dólares nos últimos oito anos, após ter deixado um prejuízo de 25 bilhões de dólares em sua operação. Ao ser demitido, passou a ganhar 1 milhão de dólares por mês como "consultor" da (própria) AIG, salva com dinheiro do Erário americano no meio da tempestade. A folha de pagamento dos executivos da empresa, nos últimos sete anos antes da bancarrota, somou 3,5 bilhões de dólares.
          No Brasil, até a fusão entre Itaú e Unibanco, em 3 de novembro de 2008, a AIG operava em parceria com o Unibanco.
          Em maio de 2009 o executivo Guillermo León começou a reorganização do escritório em São Paulo. Em julho, a matriz nos Estados Unidos enviou 30 milhões de dólares para ajudar a reerguer sua filial brasileira.
          As ações ordinárias da AIG estão listadas na Bolsa de Valores de Nova York e na Bolsa de Valores de Tóquio.
(Fonte: revista Exame - 05.11.2008 / 29.07.2009 / LinkedIn - partes)

Ágora Investimentos

          A Ágora Corretora de Títulos e Valores Mobiliários iniciou suas atividades no mercado de capitais em 1993 com foco no investidor institucional estrangeiro, mas ampliou sua área de atuação, passando a atender também ao investidor institucional doméstico. O termo Ágora vem do latim e significa "distribuidores". Em 2000, a Ágora lança a ferramenta para a realização de operações na Bolsa através da Internet, a VipTrade.
          Em 2001, a Ágora fundiu suas atividades com a Sênior Corretora, empresa fundada em 1987, surgindo então a Ágora Senior Corretora de Títulos e Valores Mobiliários.
          No ano seguinte, em 2002, a Ágora Senior inicia  um plano de expansão e abre sua primeira filial em Ribeirão Preto. Mas é em 2004 que imprime um ritmo maior com a abertura de filiais em Campinas, Brasília, Porto Alegre, Curitiba e Florianópolis. Também abre filial em Belo Horizonte (Ex Exata). Absorve as operações da Égide Corretora de Títulos e Valores Mobiliários, com suas filiais no Centro e Barra da Tijuca no Rio de Janeiro e em Juiz de Fora (MG).
          Em 2005, cria parceria com a Opus Participações, que passou a deter 23% do capital da Ágora Senior. O endereço da matriz passa do Leblon para Botafogo, no Rio de Janeiro. A empresa inicia o processo de fortalecimento da marca Ágora com a união dos sites Ágora Senior e VipTrade, formando o Portal Ágora.
          A empresa decide encerrar as atividades em algumas filiais como Porto Alegre em 2005 e Curitiba, Ribeirão Preto e Barra da Tijuca em 2006.
          Em 2006,  as cores e a logomarca passaram de Ágora Senior para apenas Ágora. A empresa abre uma filial em Nova York. A Opus faz um aumento de sua participação e passa a deter 53% do capital da Ágora que passa a deter 47% da Opus Gestão de Recursos, empresa de gestão de recursos do Grupo Opus.
          A Ágora recebe certificação da BM&F em todas as categorias em que atua, em 2007: Web Broker, Execution Broker, Carrying Broker and Retail Broker.
          No início de março de 2008, o Bradesco anunciou a aquisição da Ágora Holdings, então a maior corretora do país, tornando-se líder no segmento de homebroker. O negócio foi fechado no valor de 500 milhões de reais mais 330 milhões de reais em função das ações da Bovespa e da Bolsa de Mercadorias & Futuros (BM&F) detidas pela Ágora. O pagamento seria feito com emissão de ações do banco de investimentos do Bradesco (BBI) e a operação ainda dependia de aprovação do Banco Central (BC), que a aprovou em 5 de setembro de 2008. Due dilligence foi feita logo nos primeiros meses depois do negócio. A Ágora passou a operar concomitantemente com a Corretora Bradesco.
          Em meados de novembro de 2019, o Bradesco informa aos seus acionistas, clientes e ao mercado em geral que sua controlada indireta Ágora Corretora de Títulos e Valores Mobiliários S.A. assumirá, em até 120 dias, as operações de clientes pessoas físicas e jurídicas não institucionais da Bradesco S.A. Corretora de Títulos e Valores Mobiliários.
          A centralização das operações de varejo na Ágora CTVM, segundo a empresa, constitui passo importante para consolidar uma nova plataforma de investimentos denominada “Casa de Investimentos”, que oferecerá mais opções de produtos e facilidades para os clientes realizarem seus investimentos.
          A plataforma, que já atendia não correntistas do banco, passaria a ter 813 mil clientes a partir da chegada daqueles que eram atendidos pela Bradesco Corretora. Desses, 150 mil são ativos. Com a combinação de forças, seriam R$ 50 bilhões em ativos sob custódia. Em novembro de 2019, a nova Ágora tinha 16% de participação no mercado de corretagem de renda variável. A XP liderava o mercado com 50% de participação, e o Itaú Unibanco vinha em seguida, com cerca de 18%.
          Mas, para os pequenos investidores, o Bradesco foi cruel com essa mudança. Unilateralmente, mudou o modus operandi da cobrança de tarifas. Para operações de compra e venda com valores baixos, o custo ficou inviável. Somente investimentos maiores, a partir de R$ 7.000,00 por operação, o custo na Ágora é mais interessante do que o cobrado pela Bradesco Corretora. Felizmente, com o advento das fintechs como provável causa, a Ágora baixou bem os preços cobrados nas transações. Outro retrocesso na corretora Ágora vê-se no momento de acessar as informações para Imposto de Renda, onde constam os Rendimentos Tributáveis exclusivamente na Fonte e os Rendimentos Isentos ou Não Tributáveis. O investidor se depara com a mensagem "Essa informação deve ser fornecida pela empresa que creditou o rendimento". Quem estava acostumado a acessar, ano após ano, essas informações na Corretora Bradesco, ficou chupando o dedo.
          A Bradesco Corretora continuará a operar normalmente para o segmento de investidores institucionais.
          Na horripilante semana mais curta (com menos pregões) do Carnaval de 2020, em que a queda semanal do Ibovespa foi comparada a algumas semanas da crise de 2008, o pequeno investidor sentiu na pele o que é ser pequeno na bolsa brasileira. Quem costumava fazer transações com boa performance no home broker, ficou a ver navios durante várias horas daquela semana, sem conseguir sequer acessar o home broker. Não se sabe e nunca se saberá se o problema foi da Ágora ou da bolsa como um todo.
          Considerando dados do final de outubro de 2020, a Ágora tem 490 mil clientes e 51,4 bilhões em ativos sob custódia.
(Fonte: O Globo - 06.03.2008 / IN-Inv.eNotícias - 13.11.2019 / Valor - 15.11.2019 / Wikipédia / MoneyTimes - 21.09.2020 - partes)

Afluente T

          A Afluente Transmissão de Energia Elétrica - Afluente T, nasceu em 2009, a partir da cisão de outra empresa controlada do Grupo Neoenergia, a Afluente Geração e Transmissão de Energia Elétrica. Essa, por sua vez, havia sido criada em 2005 para assumir os ativos de geração e transmissão desverticalizados da Companhia de Eletricidade do Estado da Bahia (Coelba), também pertencente ao Grupo. ​
          A Afluente T opera subestações no estado da Bahia, ligadas a um total de 489 quilômetros de linhas de transmissão. Com potência instalada de 600 MVA, 87,8% empresa está sob controle do Grupo Neoenergia.
          Os ativos da Afluente T, que integram a rede básica, são como segue:
Subestações: ​Brumado II​​Camaçari IVFordFunilItagibá PóloTomba
Linhas de Transmissão de 138 kV: Funil-Poções C1
Linhas de Transmissão de 230 kV: Tomba-Governador Mangabeira C1/C2Itagibá-Brumado II -C1Funil-Itagibá C1Polo-Ford C1/C2Camaçari IV-Polo C1/C2Camaçari IV-Tomba C1
(Fonte: site da empresa)


Água de Colônia (Kölnisch Wasser / Eau de Cologne)

     A original Água de Colônia 4711 (Echt Kölnisch Wasser / Original Eau de Cologne) é um clássico da perfumaria internacional, praticamente uma lenda que já conta com mais de 200 anos de tradição. Criada em 1792, na cidade alemã de Colônia (daí a origem do termo Eau de Cologne) a água recebeu a denominação 4711 quando a Alemanha foi invadida pelas tropas napoleônicas. Antes era conhecida como “Água Milagrosa”, pelas suas características revigorantes e refrescantes. Durante a ocupação da cidade, foi realizada uma numeração sequencial em todas as casas e a dos proprietários da marca onde era fabricada recebeu o número 4711. Após a saída dos invasores eles resolveram adotar esse numeral como marca registrada.
     O produto fez sucesso imediato e logo se espalhou pelo mundo todo. O compositor Richard Wagner e o dramaturgo Goethe eram clientes da marca. Hoje ela é exportada para mais de 60 países. O design e o rótulo do frasco são o mesmo desde 1822, sendo também considerado por muitos um belo objeto decorativo. Produzido com ingredientes 100% naturais, a água de colônia tem em sua fórmula laranja, lavanda, lima, tangerina e óleo de neroli. O efeito revigorante de 4711 agrada tanto aos homens quanto às mulheres, que atestam, inclusive, suas qualidades terapêuticas no combate ao calor, à poluição e ao estresse diário.
(Fonte: Drogaria Iguatemi - 14.07.2011)

Arvedi Metalfer

     Em 1963, Giovanni Arvedi funda a empresa na Itália, onde concentra suas operações no norte do país, com quatro unidades, incluindo uma aciaria e uma fábrica de peças.
     A marca italiana entrou discretamente no Brasil, "para estudar o mercado", em 2009, com a importação para clientes brasileiros, principalmente de tubos para cilindros hidráulicos e eixos para caminhões. Em dezembro de 2012 termina a construção de sua fábrica em Salto (SP), a primeira fora da Itália  e em outubro de 2013 sela o início de sua produção local, com a fabricação de tubos de aço soldados destinados principalmente ao mercado automotivo.
      Sua produção atual na Itália gira em torno de 500 mil toneladas de tubos de aço, com faturamento superior a 2 bilhões de euros.
(Fonte: jornal Valor - 02.10.2013)

Alfa Romeo

          Quando foi fundada, a fábrica se chamava Anonima Lombarda Fabbrica Automobili. Palavras em italiano que formam a sigla ALFA. Não muito tempo depois, em 1915, a empresa foi adquirida por Nicola Romeo, que acrescentou seu nome.
          A "macchina" do tradicional escudo com os dois símbolos da cidade de Milão, onde a marca foi criada. Uma cobra devorando um humano não é o tipo de coisa que se esperaria ver em um logotipo de uma marca de carros. O logo bizarro da Alfa Romeo, que foi criado em 1910, retrata a serpente devoradora de pessoas Biscone e uma cruz vermelha. Esses símbolos heráldicos estão fortemente associados com a cidade italiana de Milão, onde a companhia foi fundada. A cruz vermelha no fundo branco remonta ao mais antigo estandarte da Província, datado de 1405, enquanto a serpente foi herdada do brasão da nobre família Visconti. Suas funções têm sido simbolizar ao longo da história da marca, sagacidade, potência, bons presságios e sorte.
          Produzido em 1966, o Alfa Romeo Spider é considerado um dos carros mais sexy de todos os tempos. O Alfa Romeo 2000 Spider Touring (1961) e o Alfa Romeo Duetto Spider (1967), são considerados por muitos como uns dos mais belos conversíveis de todos os tempos.
          Em 1969, a Fiat comprou a Alfa-Romeo, que passou a fazer parte de seu grupo. É considerada a rival italiana de Audi, BMW e Mercedes-Benz.
          A marca Alfa Romeo esteve aqui em duas ocasiões: como fabricante, entre 1974 e 1986, e importada pela Fiat, de 1991 a 2006. Em seus últimos momentos por aqui, os belíssimos 156 e 147 dividiam o showroom com os Fiat Palio e Mille.
          No Brasil, poucas marcas são lembradas com tanto saudosismo. Apesar das críticas de falta de confiabilidade dos veículos e alto custo de manutenção, a Alfa ainda tem uma legião fiel de fãs.
          Depois de globalizar e renovar a Jeep, o grupo FCA concentra forças na Alfa Romeo. A marca voltou a produzir sedãs de tração traseira como o elegante Giulia e teve suas vendas impulsionadas em 2017 pelo estonteante SUV médio Stelvio.
(Fonte: jornal Gazeta Mercantil - 09.05.2002 - Nivaldo Nottoli / BI Business Insider - MSN - 20.11.2015 / Quatro Rodas (MSN) - 09.05.2017 / iCarros-msn - 03.04.2018) -  partes)

AG Andrade Gutierrez

     Era o ano de 1948, em Minas Gerais, quando Roberto e Gabriel Andrade e Flávio Gutierrez, até então apenas amigos, deram início à história da AG, abrindo caminho para a construção de estradas. No início, eram apenas três funcionários e um trator. O primeiro trabalho foi contratado pela prefeitura de Belo Horizonte, para a canalização na rua Rio Grande do Norte.
     Foi na década de 1990 que a Andrade Gutierrez começou a diversificação de seus negócios e hoje atua em mais de 40 países em áreas como engenharia e construção, logística, saúde, energia, defesa e segurança, infraestrutura, saneamento (com participação na Sanepar), concessões (com participação na CCR) e telecomunicações. Antecipando-se à abertura de mercado, criou em 1993 a AG Telecom. A partir daí construiu a maior empresa de telecomunicações das Américas, a Oi e uma das três principais empresas de contact center do mundo, a Contax.
     Em 2015, a empresa, então com 118000 funcionários no Brasil, vê sua imagem fortemente chamuscada na operação da Polícia Federal denominada Lava-Jato, culminando, em junho, com a prisão de seu presidente Otávio Azevedo.
     No início de maio de 2016 a Andrade Gutierrez anuncia ter assinado com os investigadores da Lava-Jato um acordo de leniência - a delação premiada para as pessoas jurídicas. Com isso, a companhia colaborará com os inquéritos, em troca do perdão de parte das penas. Poderá ainda continuar exercendo contratos com o governo. Em contrapartida, terá de devolver  1 bilhão de reais aos cofres públicos. Reconhecendo os erros graves, em 9 de maio (2016) a AG publica nos jornais comunicado pedindo desculpas ao povo brasileiro.
     Em meados de 2017, como a única das grandes construtoras a sair da "lista negra" de empresas impedidas de serem contratadas pela Petrobras, o grupo Andrade Gutierrez mira o setor privado e o mercado externo para voltar a crescer e recuperar o tamanho que possuía em 2014 - um faturamento de R$ 10 bilhões, a valores de julho de 2017.
     Nos últimos dias de dezembro de 2017, a AGC Energia, subsidiária da Andrade Gutierrez, vende suas 53.403.756 ações ordinárias que possuía na estatal mineira Cemig, correspondente a 12,69% do capital social. A venda dos papeis foi na B3, Bolsa de Valores de SãoPaulo.
(Fonte: Informe publicitário da empresa - Exame 21.08.2013 / jornal Valor 27.10.2013 / revista Exame 22.07.2015 / revista Veja 18.05.2016 / jornal Valor online 24.07.2017 / 26.12.2017 - partes)

AGF

          A seguradora francesa AGF - Assurances Générales de France foi fundada em 1818. Está presente em 34 países nos cinco continentes. No Brasil, aportou em 1904. A AGF Brasil Seguros conta com 37 escritórios localizados por todo o país.
(Fonte: material publicitário - revista Exame - 23.10.1996)