Um dos fundadores do laboratório Aché, o empresário Victor Siaulys era filho de imigrantes lituanos. Teve uma infância simples e os primeiros empregos foram como vendedor de peixe e office-boy. Com esforço, conseguiu uma vaga e um diploma na Faculdade de Direito do Largo São Francisco. Mas foi como propagandista do laboratório farmacêutico Squibb, nos anos 1960, que o jovem advogado definiu sua carreira.
Em 1965, uniu-se a dois amigos da Squibb, Adalmiro Baptista e Antônio Depieri, com a ideia de criar uma loja de móveis na Lapa. Acabaram fundando uma empresa de representação para a venda de medicamentos, a Prodoctor.
Um ano depois, em 1966, os sócios compraram uma pequena fábrica e, inusitadamente, optaram por usar o nome da marca adquirida: Aché.
No decorrer dos anos, o Aché se acostumou ao modelo de copiar fórmulas químicas estrangeiras para produzir localmente medicamentos chamados "similares".
Em 1990, o Aché adquire 42% da americana Schering Plough do Brasil.
Em 1997, a empresa foi duramente afetada pela adoção da Lei de Patentes pelo Brasil. Sem poder usar fórmulas pesquisadas por terceiros, a Aché viu seu modelo de negócios se deteriorar.
Nas reuniões de diretoria, a falta de consenso sobre como reagir no novo cenário opôs representantes dos Depieri e Baptista. As divergências se agravaram em 2001, quando os norte-americanos da Schering Plough Corporation fizeram uma proposta para recomprar a fatia de 42% na Schering Plough do Brasil.
No auge dos debates sobre aceitar ou não a oferta da corporação norte-americana - que, dizia-se, embutia um prêmio de 25% sobre o valor econômico dos papéis -, Depieris e Baptistas trocaram acusações de incompetência e falsidade ideológica, apontando até atas de reunião que supostamente foram forjadas.
Desde 2003, no entanto, o laboratório recruta profissionais no mercado para tocar as tarefas executivas. Eloi Bosio foi o primeiro presidente não sócio desde a fundação. Em 2006, ano em que o grupo reestruturou sua administração, Bosio passa o bastão para José Ricardo Mendes da Silva.
Em 2005, o Aché compra o laboratório farmacêutico Biosintética, do empresário Omilton Visconde Júnior por 600 milhões de reais.
Em 1990, o Aché adquire 42% da americana Schering Plough do Brasil.
Em 1997, a empresa foi duramente afetada pela adoção da Lei de Patentes pelo Brasil. Sem poder usar fórmulas pesquisadas por terceiros, a Aché viu seu modelo de negócios se deteriorar.
Nas reuniões de diretoria, a falta de consenso sobre como reagir no novo cenário opôs representantes dos Depieri e Baptista. As divergências se agravaram em 2001, quando os norte-americanos da Schering Plough Corporation fizeram uma proposta para recomprar a fatia de 42% na Schering Plough do Brasil.
No auge dos debates sobre aceitar ou não a oferta da corporação norte-americana - que, dizia-se, embutia um prêmio de 25% sobre o valor econômico dos papéis -, Depieris e Baptistas trocaram acusações de incompetência e falsidade ideológica, apontando até atas de reunião que supostamente foram forjadas.
Desde 2003, no entanto, o laboratório recruta profissionais no mercado para tocar as tarefas executivas. Eloi Bosio foi o primeiro presidente não sócio desde a fundação. Em 2006, ano em que o grupo reestruturou sua administração, Bosio passa o bastão para José Ricardo Mendes da Silva.
Em 2005, o Aché compra o laboratório farmacêutico Biosintética, do empresário Omilton Visconde Júnior por 600 milhões de reais.
Em 2010, a presidência do board era do patriarca da família Baptista, Adalmiro Baptista.
Victor Siaulys morreu em março de 2009, depois de ter superado um câncer na tireoide, de pele e de próstata e de ter se tratado da leucemia. Depiere morreu no mesmo ano e Baptista, em 2016.
(Fonte: Gazeta Mercantil - 23.03.2009 / revista Capital Aberto - maio de 2010 / Valor - 09.05.2017 - partes)
(Fonte: Gazeta Mercantil - 23.03.2009 / revista Capital Aberto - maio de 2010 / Valor - 09.05.2017 - partes)
Nenhum comentário:
Postar um comentário