A Agip - Azienda Generale Italiana Petroli, pertence ao grupo italiano ENI - Ente Nazionale Idrocarburi, fundado por Enrico Mattei, em 1952. Logo depois da fundação da empresa Mattei anunciou na revista Domus um concurso da Agip, aberto a artistas. O concurso premiaria símbolos e cartazes que melhor representassem a empresa. Logo após a divulgação do resultado, Enrico instalou os cartazes e símbolos ganhadores às margens da rodovia que levava a Tarvisio. Acreditava que assim, teria melhores condições para avaliar o impacto de cada peça e escolher o vencedor final. Em companhia de Alberto Ali, então responsável pela publicidade da Agip, passou várias vezes de carro em frente aos cartazes e em determinado momento, diante do cartaz do cachorro de seis patas, exclamou: é este aqui. Basta e não se fala mais nisso.
Na ficha de inscrição do concurso, constava o nome do criador do cachorro: Giuseppe Guzzi. O seu cachorro, um tanto exótico, foi pintado em preto sobre o fundo amarelo. Tinha seis patas, um porte felino e soltava uma labareda vermelha pela boca. Mas, na verdade, o Cachorro Agip não nasceu das mãos de Giuseppe. Ele foi desenhado, pela primeira vez, pelo escultor Luigi Broggini, num guardanapo de papel numa tratoria de Milão, muito antes do lançamento do concurso.
Por ser escultor, Broggini sentiu-se acanhado em participar de um concurso publicitário, usando seu próprio nome. Por este motivo, Broggini pediu ao seu ex-aluno Giuseppe Guzzi, que justamente trabalhava numa empresa de publicidade, que "emprestasse" seu nome à obra criada por ele. E o símbolo se perpetuou. Até hoje, o "cachorro de seis patas" criado por Broggini, representa as empresas do grupo ENI, em todo o mundo. Broggini faleceu em 1983 e Guzzi, pouco depois do concurso desapareceu, com alguns comentários esparsos de que teria ido para a Argentina. Dele ninguém mais obteve notícias.
No Brasil, a Agip comprou inicialmente a Liquigás (vide origem da marca Liquigás neste blog), distribuidora de GLP, gás liquefeito de petróleo. Muito tempo depois, com o propósito de se fortalecer na distribuição de gasolina e outros derivados de petróleo, adquiriu, em 1998, a Cia. São Paulo, rede com 1.100 postos de serviços de combustível, então com 5% de participação no mercado.
Na distribuição de GLP, o chamado gás de cozinha, a Agip decidiu colocar seu nome junto ao da Liquigás, buscando sinergias em termos de marketing, talvez até por sua relativa grande exposição na Fórmula 1. Mudou então o logotipo para "AgipLiquigás" e passou por um gigantesco processo de alteração dos botijões, da pintura dos estabelecimentos de seus revendedores, caminhões, etc. Algum tempo depois, porém, notou que o esforço tinha sido em vão. Utilizando-se de uma pesquisa, foi fácil notar que a identificação da marca estava prejudicada, a ponto de alguns consumidores acharem que se tratava de concorrente. Voltou a estampar apenas "Liquigás", sempre acompanhado do cãozinho de seis patas soltando fogo pela boca, símbolo da Agip na Itália, desde a década de 1950 e que era chamado carinhosamente, por muitos na Liquigás, de "lobinha".
No Brasil, a Agip comprou inicialmente a Liquigás (vide origem da marca Liquigás neste blog), distribuidora de GLP, gás liquefeito de petróleo. Muito tempo depois, com o propósito de se fortalecer na distribuição de gasolina e outros derivados de petróleo, adquiriu, em 1998, a Cia. São Paulo, rede com 1.100 postos de serviços de combustível, então com 5% de participação no mercado.
Na distribuição de GLP, o chamado gás de cozinha, a Agip decidiu colocar seu nome junto ao da Liquigás, buscando sinergias em termos de marketing, talvez até por sua relativa grande exposição na Fórmula 1. Mudou então o logotipo para "AgipLiquigás" e passou por um gigantesco processo de alteração dos botijões, da pintura dos estabelecimentos de seus revendedores, caminhões, etc. Algum tempo depois, porém, notou que o esforço tinha sido em vão. Utilizando-se de uma pesquisa, foi fácil notar que a identificação da marca estava prejudicada, a ponto de alguns consumidores acharem que se tratava de concorrente. Voltou a estampar apenas "Liquigás", sempre acompanhado do cãozinho de seis patas soltando fogo pela boca, símbolo da Agip na Itália, desde a década de 1950 e que era chamado carinhosamente, por muitos na Liquigás, de "lobinha".
No primeiros meses de 1999, a Agip Oil arrematou, sozinha, um bloco para exploração de petróleo na Bacia de Santos por 134 milhões de reais e um ágio de 53.000%. Muita gente qualificou de maluquice o valor do lance. Apesar dessas críticas, o presidente da empresa no Brasil, Rocco Valentinetti, manteve o "nariz empinado", segundo definição de gente do setor. Poucos meses depois, com o anúncio de que a Petrobras descobrira na mesma área um megacampo com reservas potenciais de 600 milhões a 700 milhões de barris - avaliadas em 10 bilhões de dólares - indica que a Agip sabia o que estava fazendo ao entregar sua proposta.
Em maio de 2004, a Liquigás é adquirida pela Petrobras junto à Agip, por meio da coligada BR Distribuidora, por US$ 450 milhões. O negócio incluiu os ativos de lubrificantes e 1600 postos de combustíveis em dez estados que incluía as marcas Ipê e Companhia São Paulo. A empresa italiana decidiu reduzir seus negócios no Brasil, aparentemente depois de uma frustrante derrota para a BP (British Gas) e Shell, na aquisição da Comgás, até então pertencente ao Estado de São Paulo e responsável pela distribuição de gás natural em região de gigantesco desenvolvimento, abrangida pelos municípios de Sorocaba, Campinas e São José dos Campos e todos os municípios vizinhos, mais a Baixada Santista e a Grande São Paulo.
(Fonte: jornal interno da AgipLiquigás - Light / Agip Notícias Nov/dez.1998 - partes)
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