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31 de out. de 2011

Afya

          A empresa brasileira de educação médica Afya, grupo educacional focado em medicina e saúde, que é listada na Nasdaq, foi idealizada em 2016 pelo economista Paulo Guedes, que assumiu o ministério da economia desde janeiro de 2019. Guedes trouxe R$ 100 milhões da empresa de investimentos em que era sócio, a Crescera. A família Esteves – os médicos Nicolau e Rosangela - são sócios fundadores.
e se uniu com a gigante alemã Beterslmann para criar a Afya, que é listada na Nasdaq.
          Os investidores da empresa são principalmente das áreas de educação, saúde e tecnologia. O grupo educacional tem como CEO o executivo Virgilio Gibbon.
          No final de julho de 2019, o grupo lança ações na Nasdaq e arrecada R$ 1,1 bilhão, o que indica um valor para a empresa de R$ 8,1 bilhões.
          Em 3 de novembro de 2019, a Afya anunciou a compra da instituição de ensino superior UniRedentor por R$ 225 milhões. A UniRedentor oferece cursos de graduação e pós-graduação na área de saúde no Rio de Janeiro e teve, em 2018, receita de R$ 108 milhões, segundo a Afya.
          Em meados de agosto de 2020, a Afya fechou a aquisição da Faculdade de Ciências Médicas da Paraíba por (FCMPB) por R$ 380 milhões. Segundo a Afya, a faculdade deverá apurar uma receita líquida de R$ 107 milhões em 2024, quando a instituição estará em sua plena capacidade de vagas ofertadas.
          Em fins de maios de 2021, a Afya Educacional fechou acordo para comprar a Unigranrio por R$ 700 milhões – o maior negócio já feito pela empresa, que nos dois anos anteriores adquirira 14 ativos. Com a transação, a Afya adiciona 1.700 estudantes de medicina à sua base. Considerando maios de 2021, o grupo tem 12.800 alunos matriculados nesse curso de graduação, com mensalidade média então de R$ 8.000. Medicina é o curso mais rentável do ensino superior no Brasil por causa de suas mensalidades, alta demanda e baixos índices de inadimplência e evasão.
          Em meados de 2021, a Bertelsmann - grupo de mídia alemão que possui ativos como a editora Penguin Random House, adquiriu participação na Afya, comprando 25% da gestora de private equity Crescera. Também em 2021, a Afya recebeu aporte de R$ 822 milhões do Softbank, que comprou 8,4% da empresa.
          A empresa oferece graduação em medicina e cursos preparatórios para a entrada nessa área.
          Em comunicado divulgado em 7 de março de 2022, a Afya informou que a família Esteves formalizou uma oferta de venda de 6 milhões de suas ações classe B (com maior poder de voto) para a Bertelsmann. Isso levará a participação da Bertelsmann na Afya para 57,5% dos atuais 45,6% do poder de voto. A participação da empresa alemã aumentará para 33,4% de 24,6% do capital total. A família Esteves, por outro lado, reduz seu poder de voto de 44,9% para 33,1%, ficando com 17,8% do total.
A transação custará US$ 161 milhões. A conclusão do negócio ainda depende de diligência e aprovação do conselho da Bertelsmann. Se tudo correr como esperado, a empresa alemã pagará ao casal Esteves US$ 26,90 por ação. Na Nasdaq, as ações da Afya estão sendo negociadas a US$ 12,23.
          Em 24 de maio de 2022, a Afya comprou o aplicativo para tratamento de diabetes e controle da glicemia Glic, por R$ 22 milhões, pagos à vista. A empresa ainda pode pagar um “earn out” — adicional a depender do desempenho do negócio após a venda —, de até R$ 12 milhões.
          Em 13 de outubro de 2022, após quase um ano de negociações, a Afya concordou em comprar duas instituições de ensino do Grupo Tiradentes (Unit) totalizando 340 vagas médicas, por R$ 825 milhões — ou R$ 2,4 milhões por vaga. É o maior negócio da Afya. Desde seu IPO em 2019, a empresa fez cerca de 20 aquisições por um valor combinado de R$ 3,6 bilhões. Com a aquisição, o Afya terá quase 3.100 vagas em medicina e 19.300 alunos. As duas instituições de ensino adquiridas devem ter uma receita líquida de R$ 261 milhões, e os programas médicos devem responder por 87% desse valor em 2024.
(Fonte: jornal Valor - 22.07.2019 / 04.11.2019 / 21.08.2020 / 28.05.2021 / 08.03.2022 / 24.05.2022 / 13.10.2022 - partes)

AIG

          A megasseguradora American International Group, Inc. (AIG) é uma organização de seguros global que atende clientes em mais de 100 países. As empresas AIG atendem clientes comerciais, institucionais e individuais por meio de uma das mais extensas redes mundiais de seguros. Além disso, as empresas AIG são provedoras líderes de seguro de vida e serviços de aposentadoria nos Estados Unidos.
          Em setembro de 2008, passou a ser controlada pelo governo americano, após ter seus alicerces abalados pela crise do sub prime. Passou então a ter um novo nome: AIU.
          A calamidade gerada a partir de Wall Street colocou diante dos olhos do público uma oferta ilimitada de histórias de horror: Joseph Cassano, diretor da sucursal da AIG em Londres, ganhou 280 milhões de dólares nos últimos oito anos, após ter deixado um prejuízo de 25 bilhões de dólares em sua operação. Ao ser demitido, passou a ganhar 1 milhão de dólares por mês como "consultor" da (própria) AIG, salva com dinheiro do Erário americano no meio da tempestade. A folha de pagamento dos executivos da empresa, nos últimos sete anos antes da bancarrota, somou 3,5 bilhões de dólares.
          No Brasil, até a fusão entre Itaú e Unibanco, em 3 de novembro de 2008, a AIG operava em parceria com o Unibanco.
          Em maio de 2009 o executivo Guillermo León começou a reorganização do escritório em São Paulo. Em julho, a matriz nos Estados Unidos enviou 30 milhões de dólares para ajudar a reerguer sua filial brasileira.
          As ações ordinárias da AIG estão listadas na Bolsa de Valores de Nova York e na Bolsa de Valores de Tóquio.
(Fonte: revista Exame - 05.11.2008 / 29.07.2009 / LinkedIn - partes)

Ágora Investimentos

          A Ágora Corretora de Títulos e Valores Mobiliários iniciou suas atividades no mercado de capitais em 1993 com foco no investidor institucional estrangeiro, mas ampliou sua área de atuação, passando a atender também ao investidor institucional doméstico. O termo Ágora vem do latim e significa "distribuidores". Em 2000, a Ágora lança a ferramenta para a realização de operações na Bolsa através da Internet, a VipTrade.
          Em 2001, a Ágora fundiu suas atividades com a Sênior Corretora, empresa fundada em 1987, surgindo então a Ágora Senior Corretora de Títulos e Valores Mobiliários.
          No ano seguinte, em 2002, a Ágora Senior inicia  um plano de expansão e abre sua primeira filial em Ribeirão Preto. Mas é em 2004 que imprime um ritmo maior com a abertura de filiais em Campinas, Brasília, Porto Alegre, Curitiba e Florianópolis. Também abre filial em Belo Horizonte (Ex Exata). Absorve as operações da Égide Corretora de Títulos e Valores Mobiliários, com suas filiais no Centro e Barra da Tijuca no Rio de Janeiro e em Juiz de Fora (MG).
          Em 2005, cria parceria com a Opus Participações, que passou a deter 23% do capital da Ágora Senior. O endereço da matriz passa do Leblon para Botafogo, no Rio de Janeiro. A empresa inicia o processo de fortalecimento da marca Ágora com a união dos sites Ágora Senior e VipTrade, formando o Portal Ágora.
          A empresa decide encerrar as atividades em algumas filiais como Porto Alegre em 2005 e Curitiba, Ribeirão Preto e Barra da Tijuca em 2006.
          Em 2006,  as cores e a logomarca passaram de Ágora Senior para apenas Ágora. A empresa abre uma filial em Nova York. A Opus faz um aumento de sua participação e passa a deter 53% do capital da Ágora que passa a deter 47% da Opus Gestão de Recursos, empresa de gestão de recursos do Grupo Opus.
          A Ágora recebe certificação da BM&F em todas as categorias em que atua, em 2007: Web Broker, Execution Broker, Carrying Broker and Retail Broker.
          No início de março de 2008, o Bradesco anunciou a aquisição da Ágora Holdings, então a maior corretora do país, tornando-se líder no segmento de homebroker. O negócio foi fechado no valor de 500 milhões de reais mais 330 milhões de reais em função das ações da Bovespa e da Bolsa de Mercadorias & Futuros (BM&F) detidas pela Ágora. O pagamento seria feito com emissão de ações do banco de investimentos do Bradesco (BBI) e a operação ainda dependia de aprovação do Banco Central (BC), que a aprovou em 5 de setembro de 2008. Due dilligence foi feita logo nos primeiros meses depois do negócio. A Ágora passou a operar concomitantemente com a Corretora Bradesco.
          Em meados de novembro de 2019, o Bradesco informa aos seus acionistas, clientes e ao mercado em geral que sua controlada indireta Ágora Corretora de Títulos e Valores Mobiliários S.A. assumirá, em até 120 dias, as operações de clientes pessoas físicas e jurídicas não institucionais da Bradesco S.A. Corretora de Títulos e Valores Mobiliários.
          A centralização das operações de varejo na Ágora CTVM, segundo a empresa, constitui passo importante para consolidar uma nova plataforma de investimentos denominada “Casa de Investimentos”, que oferecerá mais opções de produtos e facilidades para os clientes realizarem seus investimentos.
          A plataforma, que já atendia não correntistas do banco, passaria a ter 813 mil clientes a partir da chegada daqueles que eram atendidos pela Bradesco Corretora. Desses, 150 mil são ativos. Com a combinação de forças, seriam R$ 50 bilhões em ativos sob custódia. Em novembro de 2019, a nova Ágora tinha 16% de participação no mercado de corretagem de renda variável. A XP liderava o mercado com 50% de participação, e o Itaú Unibanco vinha em seguida, com cerca de 18%.
          Mas, para os pequenos investidores, o Bradesco foi cruel com essa mudança. Unilateralmente, mudou o modus operandi da cobrança de tarifas. Para operações de compra e venda com valores baixos, o custo ficou inviável. Somente investimentos maiores, a partir de R$ 7.000,00 por operação, o custo na Ágora é mais interessante do que o cobrado pela Bradesco Corretora. Felizmente, com o advento das fintechs como provável causa, a Ágora baixou bem os preços cobrados nas transações. Outro retrocesso na corretora Ágora vê-se no momento de acessar as informações para Imposto de Renda, onde constam os Rendimentos Tributáveis exclusivamente na Fonte e os Rendimentos Isentos ou Não Tributáveis. O investidor se depara com a mensagem "Essa informação deve ser fornecida pela empresa que creditou o rendimento". Quem estava acostumado a acessar, ano após ano, essas informações na Corretora Bradesco, ficou chupando o dedo.
          A Bradesco Corretora continuará a operar normalmente para o segmento de investidores institucionais.
          Na horripilante semana mais curta (com menos pregões) do Carnaval de 2020, em que a queda semanal do Ibovespa foi comparada a algumas semanas da crise de 2008, o pequeno investidor sentiu na pele o que é ser pequeno na bolsa brasileira. Quem costumava fazer transações com boa performance no home broker, ficou a ver navios durante várias horas daquela semana, sem conseguir sequer acessar o home broker. Não se sabe e nunca se saberá se o problema foi da Ágora ou da bolsa como um todo.
          Considerando dados do final de outubro de 2020, a Ágora tem 490 mil clientes e 51,4 bilhões em ativos sob custódia.
(Fonte: O Globo - 06.03.2008 / IN-Inv.eNotícias - 13.11.2019 / Valor - 15.11.2019 / Wikipédia / MoneyTimes - 21.09.2020 - partes)

Afluente T

          A Afluente Transmissão de Energia Elétrica - Afluente T, nasceu em 2009, a partir da cisão de outra empresa controlada do Grupo Neoenergia, a Afluente Geração e Transmissão de Energia Elétrica. Essa, por sua vez, havia sido criada em 2005 para assumir os ativos de geração e transmissão desverticalizados da Companhia de Eletricidade do Estado da Bahia (Coelba), também pertencente ao Grupo. ​
          A Afluente T opera subestações no estado da Bahia, ligadas a um total de 489 quilômetros de linhas de transmissão. Com potência instalada de 600 MVA, 87,8% empresa está sob controle do Grupo Neoenergia.
          Os ativos da Afluente T, que integram a rede básica, são como segue:
Subestações: ​Brumado II​​Camaçari IVFordFunilItagibá PóloTomba
Linhas de Transmissão de 138 kV: Funil-Poções C1
Linhas de Transmissão de 230 kV: Tomba-Governador Mangabeira C1/C2Itagibá-Brumado II -C1Funil-Itagibá C1Polo-Ford C1/C2Camaçari IV-Polo C1/C2Camaçari IV-Tomba C1
(Fonte: site da empresa)


Água de Colônia (Kölnisch Wasser / Eau de Cologne)

     A original Água de Colônia 4711 (Echt Kölnisch Wasser / Original Eau de Cologne) é um clássico da perfumaria internacional, praticamente uma lenda que já conta com mais de 200 anos de tradição. Criada em 1792, na cidade alemã de Colônia (daí a origem do termo Eau de Cologne) a água recebeu a denominação 4711 quando a Alemanha foi invadida pelas tropas napoleônicas. Antes era conhecida como “Água Milagrosa”, pelas suas características revigorantes e refrescantes. Durante a ocupação da cidade, foi realizada uma numeração sequencial em todas as casas e a dos proprietários da marca onde era fabricada recebeu o número 4711. Após a saída dos invasores eles resolveram adotar esse numeral como marca registrada.
     O produto fez sucesso imediato e logo se espalhou pelo mundo todo. O compositor Richard Wagner e o dramaturgo Goethe eram clientes da marca. Hoje ela é exportada para mais de 60 países. O design e o rótulo do frasco são o mesmo desde 1822, sendo também considerado por muitos um belo objeto decorativo. Produzido com ingredientes 100% naturais, a água de colônia tem em sua fórmula laranja, lavanda, lima, tangerina e óleo de neroli. O efeito revigorante de 4711 agrada tanto aos homens quanto às mulheres, que atestam, inclusive, suas qualidades terapêuticas no combate ao calor, à poluição e ao estresse diário.
(Fonte: Drogaria Iguatemi - 14.07.2011)

Arvedi Metalfer

     Em 1963, Giovanni Arvedi funda a empresa na Itália, onde concentra suas operações no norte do país, com quatro unidades, incluindo uma aciaria e uma fábrica de peças.
     A marca italiana entrou discretamente no Brasil, "para estudar o mercado", em 2009, com a importação para clientes brasileiros, principalmente de tubos para cilindros hidráulicos e eixos para caminhões. Em dezembro de 2012 termina a construção de sua fábrica em Salto (SP), a primeira fora da Itália  e em outubro de 2013 sela o início de sua produção local, com a fabricação de tubos de aço soldados destinados principalmente ao mercado automotivo.
      Sua produção atual na Itália gira em torno de 500 mil toneladas de tubos de aço, com faturamento superior a 2 bilhões de euros.
(Fonte: jornal Valor - 02.10.2013)

Alfa Romeo

          Quando foi fundada, a fábrica se chamava Anonima Lombarda Fabbrica Automobili. Palavras em italiano que formam a sigla ALFA. Não muito tempo depois, em 1915, a empresa foi adquirida por Nicola Romeo, que acrescentou seu nome.
          A "macchina" do tradicional escudo com os dois símbolos da cidade de Milão, onde a marca foi criada. Uma cobra devorando um humano não é o tipo de coisa que se esperaria ver em um logotipo de uma marca de carros. O logo bizarro da Alfa Romeo, que foi criado em 1910, retrata a serpente devoradora de pessoas Biscone e uma cruz vermelha. Esses símbolos heráldicos estão fortemente associados com a cidade italiana de Milão, onde a companhia foi fundada. A cruz vermelha no fundo branco remonta ao mais antigo estandarte da Província, datado de 1405, enquanto a serpente foi herdada do brasão da nobre família Visconti. Suas funções têm sido simbolizar ao longo da história da marca, sagacidade, potência, bons presságios e sorte.
          Produzido em 1966, o Alfa Romeo Spider é considerado um dos carros mais sexy de todos os tempos. O Alfa Romeo 2000 Spider Touring (1961) e o Alfa Romeo Duetto Spider (1967), são considerados por muitos como uns dos mais belos conversíveis de todos os tempos.
          Em 1969, a Fiat comprou a Alfa-Romeo, que passou a fazer parte de seu grupo. É considerada a rival italiana de Audi, BMW e Mercedes-Benz.
          A marca Alfa Romeo esteve aqui em duas ocasiões: como fabricante, entre 1974 e 1986, e importada pela Fiat, de 1991 a 2006. Em seus últimos momentos por aqui, os belíssimos 156 e 147 dividiam o showroom com os Fiat Palio e Mille.
          No Brasil, poucas marcas são lembradas com tanto saudosismo. Apesar das críticas de falta de confiabilidade dos veículos e alto custo de manutenção, a Alfa ainda tem uma legião fiel de fãs.
          Depois de globalizar e renovar a Jeep, o grupo FCA concentra forças na Alfa Romeo. A marca voltou a produzir sedãs de tração traseira como o elegante Giulia e teve suas vendas impulsionadas em 2017 pelo estonteante SUV médio Stelvio.
(Fonte: jornal Gazeta Mercantil - 09.05.2002 - Nivaldo Nottoli / BI Business Insider - MSN - 20.11.2015 / Quatro Rodas (MSN) - 09.05.2017 / iCarros-msn - 03.04.2018) -  partes)

AG Andrade Gutierrez

     Era o ano de 1948, em Minas Gerais, quando Roberto e Gabriel Andrade e Flávio Gutierrez, até então apenas amigos, deram início à história da AG, abrindo caminho para a construção de estradas. No início, eram apenas três funcionários e um trator. O primeiro trabalho foi contratado pela prefeitura de Belo Horizonte, para a canalização na rua Rio Grande do Norte.
     Foi na década de 1990 que a Andrade Gutierrez começou a diversificação de seus negócios e hoje atua em mais de 40 países em áreas como engenharia e construção, logística, saúde, energia, defesa e segurança, infraestrutura, saneamento (com participação na Sanepar), concessões (com participação na CCR) e telecomunicações. Antecipando-se à abertura de mercado, criou em 1993 a AG Telecom. A partir daí construiu a maior empresa de telecomunicações das Américas, a Oi e uma das três principais empresas de contact center do mundo, a Contax.
     Em 2015, a empresa, então com 118000 funcionários no Brasil, vê sua imagem fortemente chamuscada na operação da Polícia Federal denominada Lava-Jato, culminando, em junho, com a prisão de seu presidente Otávio Azevedo.
     No início de maio de 2016 a Andrade Gutierrez anuncia ter assinado com os investigadores da Lava-Jato um acordo de leniência - a delação premiada para as pessoas jurídicas. Com isso, a companhia colaborará com os inquéritos, em troca do perdão de parte das penas. Poderá ainda continuar exercendo contratos com o governo. Em contrapartida, terá de devolver  1 bilhão de reais aos cofres públicos. Reconhecendo os erros graves, em 9 de maio (2016) a AG publica nos jornais comunicado pedindo desculpas ao povo brasileiro.
     Em meados de 2017, como a única das grandes construtoras a sair da "lista negra" de empresas impedidas de serem contratadas pela Petrobras, o grupo Andrade Gutierrez mira o setor privado e o mercado externo para voltar a crescer e recuperar o tamanho que possuía em 2014 - um faturamento de R$ 10 bilhões, a valores de julho de 2017.
     Nos últimos dias de dezembro de 2017, a AGC Energia, subsidiária da Andrade Gutierrez, vende suas 53.403.756 ações ordinárias que possuía na estatal mineira Cemig, correspondente a 12,69% do capital social. A venda dos papeis foi na B3, Bolsa de Valores de SãoPaulo.
(Fonte: Informe publicitário da empresa - Exame 21.08.2013 / jornal Valor 27.10.2013 / revista Exame 22.07.2015 / revista Veja 18.05.2016 / jornal Valor online 24.07.2017 / 26.12.2017 - partes)

AGF

          A seguradora francesa AGF - Assurances Générales de France foi fundada em 1818. Está presente em 34 países nos cinco continentes. No Brasil, aportou em 1904. A AGF Brasil Seguros conta com 37 escritórios localizados por todo o país.
(Fonte: material publicitário - revista Exame - 23.10.1996) 

Alibaba

           Diz a história que Ali Babá, um pobre lenhador árabe, encontra uma caverna onde 40 ladrões escondem um tesouro roubado. Sozinho, ele descobre as palavras mágicas capazes de abri-la ("Abra-te Sésamo") e recolhe para si toda a fortuna.
           Em 1999, no auge das empresas ".com", mas já com alguns sinais da crise que se avizinhava, o chinês Jack Ma, ex-professor de inglês, filho de músicos, convenceu 18 alunos a fundarem em Hangzhou, na China, o Alibaba, hoje um gigante do comércio eletrônico.
           É interessante frisar quão peculiar é o bilionário chinês Jack Ma – e o quanto ele lutou para ser um empreendedor de sucesso. Apenas para começar, o então Ma Yun não teve uma carreira estudantil de destaque na escola. Ele tentou entrar em Harvard dez vezes – e foi rejeitado em todas. Então, foi para outra faculdade e resolveu procurar um emprego. Ma Yun se inscreveu em 30 vagas diferentes – e, novamente, foi rejeitado em todas (incluindo a rede de fast food KFC).
           Depois do trauma, Ma Yun adotou o nome Jack Ma e resolveu aprender inglês. Por nove anos, ia diariamente ao principal hotel da cidade para conversar e guiar os turistas, de graça.
           Depois que ele criou o negócio de comércio eletrônico Alibaba, o dinheiro demorou para chegar. Quando ia a restaurantes, ele conta que diversas vezes a conta já vinha paga, com uma nota: “eu ganhei muito dinheiro com o Alibaba, e eu sei que você não. Obrigado.”
           Ma gosta de dizer que não entende de tecnologia, mas ele foi um dos primeiros empreendedores digitais do país. Depois de lançar uma espécie de catálogo de empresas chinesas, Ma idealizou o Alibaba, portal de comércio eletrônico entre empresas. A companhia nasceu em seu apartamento na cidade de Hangzhou. Em certo momento, quase 20 funcionários se amontoavam na casa de Ma (um apartamento de dois quartos).
           Mais do que um site de comércio eletrônico para empresas, o Alibaba é hoje um conglomerado de internet. No portfólio, estão companhias como a Taobao ("em busca de tesouros", em mandarim), especializada no e-commerce para consumidores finais e o TaoBao Mall (Tmall) focado na venda de produtos de grandes marcas. Nomes como Adidas, Samsung, Apple, Disney e Nike, abriram lojas próprias dentro do shopping virtual Tmall, lançado por Ma em 2008 como uma plataforma para que as marcas de renome pudessem vender diretamente para os chineses.
           O Taobao nasceu quase como um movimento defensivo. Mas não demorou muito para o Alibaba ver que conhece o mercado chinês melhor que o eBay. E a defesa virou ataque. Ma é um estudioso das artes marciais, e elas têm como um dos princípios usar a força do inimigo contra ele. Quando o eBay chegou, cheio de dinheiro, a estratégia foi deixá-lo gastar para educar o mercado sobre comércio eletrônico. O Aliexpress vende produtos chineses para consumidores no exterior, inclusive brasileiros. O Alibaba é responsável por 60% dos pacotes que transitam pelo correio chinês. Os serviços usam o Alipay, sistema de pagamento online que tem enorme presença em celulares e é usado como cartão de crédito ou débito.
           Com margem operacional em torno de 45% o Alibaba chamou a atenção de investidores para seu IPO (oferta inicial de ações), realizado em 18 de setembro de 2014 na bolsa de Nova York,  em que a companhia levantou US$ 25 bilhões. A abertura de capital é a maior da história mundial, acima dos US$ 22 bilhões obtidos pelo Agricultural Bank of China nas bolsas de Hong Kong e Xangai em 2010 (Facebook levantou US$ 16 bilhões). O grupo tem 322 milhões de usuários de internet (dados de 2011), mas nem sequer metade da população está online - ou seja, uma massa de 600 milhões de consumidores ainda segue inexplorada. Hoje a empresa tem 24 mil funcionários.
           Ma deixou o cargo de CEO em 2013 e assumiu a presidência do conselho. Oficialmente, o novo CEO é Daniel Zhang, mas Ma continua dando as ordens. Na sua ausência, quem assume o comando é Joe Tsai, um advogado formado pela Universidade de Yale que fazia parte dos 18 fundadores. Tsai é hoje o segundo maior acionista individual da empresa.
           E o Alibabá, segundo Ma, tem clara a ideia de prioridades: "Que os investidores de Wall Street nos xinguem se quiserem. Vamos continuar seguindo nosso princípio de clientes em primeiro lugar, funcionários em segundo e investidores em terceiro". Mas, Ma também deverá administrar a ira de fornecedores (e não fornecedores). A Kering, por exemplo, dona de marcas de luxo como Gucci, Puma e Alexander McQueen, processou o Alibaba em maio de 2015, alegando que o Taobao é um paraíso da pirataria. No serviço, a Kering alega ter encontrado 37 mil bolsas Gucci falsas em mais de 2,7 mil lojas. A holding francesa não está sozinha. Um levantamento feito pela State Administration for Industry & Commerce em janeiro (2015) descobriu que 67% dos produtos analisados no Taobao eram falsificados, o que não ajuda nada a credibilidade do site. Cairá sobre os ombros de Ma definir se o Alibaba, tal qual a mitologia árabe, estará vinculado a um grupo de ladrões.
          O setor de tecnologia cresceu tão rápido que, quando o governo chinês se deu conta, já estava fora de seu controle. Uma luz vermelha se acendeu nas salas do Partido Comunista Chinês. Agora, o PCC se movimenta. Vem com uma regulação firme sobre as big techs dentro da Grande FireWall da China. Em abril de 2021, o Alibaba recebeu uma multa de US$ 2,75 bilhões por práticas monopolistas. A Ant, braço financeiro da gigante, foi impedida de fazer seu IPO em novembro de 2020. Se Ma não se preocupava com a regulação, parece que o jogo virou.
(Fonte: revista Exame - 30.11.2011 - pág. 124 / Exame 28.05.2014 - pág. 106 / Exame 17.09.2014 / revista Época Negócios dezembro 2015 / Exame.com (via MSN) - Mariana Fonseca - 24.01.2017 / Época Negócios 10.07.2021 - partes).

Akros

          A Akros, empresa especializada na fabricação de conexões de PVC, caixas e assentos sanitários, foi fundada na década de 1970 por Ninfo König e outros dois sócios, em Joinville, Santa Catarina. König trabalhava na Tubos Tigre e criou a Akros justamente para concorrer com o antigo empregador.
          Nessa época, a economia do país estava em franco crescimento, o mercado absorvia tudo o que se produzisse. Na década de 1980 a situação inverteu-se. Como outras empresas pequenas em seu setor, a Akros quase foi engolida pela crise.
          König tratou então de torná-la mais competitiva. Em 1982, foram criados os primeiro círculos de controle de qualidade, com participação de um quinto dos então 213 funcionários. Algum tempo depois, todos passaram a atuar no controle de qualidade dos produtos fabricados pela empresa.
          Em setembro de 1992, foi batido o martelo para a aquisição de um terreno de 11.000 metros quadrados no valor de 2,5 milhões de dólares. Até aí nada demais, não fosse a participação de funcionários. Um grupo de trinta funcionários de diversas áreas da Akros recebeu, dois meses antes, a missão que pouco tinha a ver com suas funções. Eles deveriam dar o veredito sobre a compra do imóvel.
          Segundo König, todas as decisões passam pelo chão de fábrica. O operário opina e participa. A empresa já contava com 900 funcionários.
          O investimento foi a partida para um amplo programa de expansão, cujo objetivo era triplicar a capacidade de empresa em cinco anos.
          A administração participativa implantou um programa de treinamento que resultou na adoção de técnicas japonesas de produção, como o just-in-time e kanban. Boa parte das chefias foi eliminada. O resultado foi uma empresa mais enxuta, com apenas três níveis hierárquicos: diretoria, gerência e operários.
          Em 6 de outubro de 1999, o grupo suíço Amanco, que já atuava no país através da Fortilit, anunciou a aquisição do controle da Akros, com sete fábricas, um dos maiores fabricantes de tubos e conexões de pvc do País, por valor não revelado, mas provavelmente superior a US$ 100 milhões. O presidente do Grupo Amanco, o brasileiro Júlio Moura, anunciou a compra e a integração da Akros à Amanco, que já tinha sua maior fábrica no país, em Sumaré, interior de São Paulo.
(Fonte: revista Exame - 16.09.1992 / Diário do Grande ABC - 06.10.1999 - partes)

Airbnb

          Em 2007, os jovens Brian Chesky e Joe Gebbia dividiam um apartamento em São Francisco, nos Estados Unidos, e procuravam maneiras de aumentar a renda. Uma das ideias que surgiram foi colocar colchões na sala e alugar o local para participantes de uma conferência que aconteceria na cidade. Criaram um blog para atrair hóspedes, e o resto é parte da história da internet. A dupla, junto com outro amigo, Nathan Blecharczyk, criou o site Airbnb, uma plataforma onde pessoas com quartos livres podem alugá-los para desconhecidos, basicamente um site de compartilhamento pago de moradias para curtas temporadas.
          Em avaliação feita em abril de 2015, a empresa foi avaliada em 13 bilhões de dólares. É um caso clássico de inovação disruptiva - a despretensiosa ideia nascida da necessidade de aumentar o orçamento está transformando a indústria hoteleira mundial.
          Entre a fase do colchão na sala e a de quase celebridades do Vale do Silício, os três jovens passaram por uma aceleradora de startups, um programa com o objetivo de treinar empreendedores por meio de palestras, consultorias e encontros com empresários mais experientes e investidores. No caso Airbnb, a aceleradora foi a Y Combinator, uma das mais respeitadas do mundo.
          Para sobreviver à pandemia do Covid-19, o Airbnb precisou aprender duras lições. A primeira foi a importância da agilidade. Para se adaptar ao mercado, a resposta do CEO da companhia, Brian Chesky, teve de ser rápida. As grandes cidades eram a fortaleza do Airbnb e foram elas que fizeram a plataforma crescer nos últimos anos. Mas era preciso mudar. Em junho de 2020, a empresa redesenhou seu site e app. Houve alterações para que o algoritmo passasse a mostrar aos viajantes as opções de aluguel perto de onde estavam. Em 8 de julho, a empresa alcançou uma meta que antes parecia distante: o número de reservas se igualou ao patamar anterior à pandemia. Em agosto, mais da metade delas eram feitas para locais a até 480 quilômetros da residência dos turistas.
          O Airbnb tem mais de 1,5 milhão de imóveis em 34 mil cidades de 190 países.
(Fonte: revista Exame - 01.04.2015 / msn - 12.05.2016 / Época Negócios - 17.10.2020 - partes)

Air Koryo

           No início da década de 1950, a Sokao - Soviet-North Korean Airline se estabeleceu como uma joint venture Norte-coreana-Soviética para conectar Pyongyang com Moscou. Voos regulares começaram no mesmo ano. Os serviços foram suspensos durante a Guerra da Coreia.
          A aerovia estatal norte-coreana Air Koryo se formou sob o controle da Civil Aviation Administration of Korea - CAAK, iniciando as operações em 21 de setembro de 1955 com aviões Lisunov Li-2, Antonov An-2 e Ilyushin II-12. Em 1960, juntaram-se à frota os aviões Ilyushin Il-14s e Ilyushin Il-18s.
          A Air Koryo é considerada a pior companhia aérea do mundo. Todos os anos, ela recebe somente uma estrela no ranking mundial mais importante, o Skytrax, que avalia serviço e conforto de centenas de empresas aéreas. Os destinos regulares internacionais operados pela estatal são rotas a partir de Pyongyang, a capital do país, com destino a Pequim, Shenyang, Xangai e Dandong, na China; e Vladivostok, na Rússia, entre outras.
          Entre os motivos de a empresa ter uma péssima reputação estão a qualidade do serviço de bordo e uma péssima avaliação das amenidades para os clientes oferecidas em seu hub – o aeroporto internacional de Sunang, na capital Pyongyang.
          Muitos clientes reclamam que os procedimentos de emergência são anunciados de forma superficial, que há bebidas efervescentes "difíceis de identificar" e que os motores das aeronaves são "incrivelmente barulhentos". Outros especificam detalhes sobre o entretenimento de bordo: geralmente músicas que reverenciam Kim Jong-un e documentários sobre a família do ditador.
          A frota da Air Koryo pode ser considerada um “museu aéreo”. São, em grande parte, aviões dos tempos da União Soviética e que atraem, principalmente, aficionados por aviação: modelos ucranianos (Antonov An-24) e russos (Ilyushin Il-18, Il-20, Il-22 e Il-38; além de Tu-134 e Tu-154) que fazem geralmente voos domésticos na Coreia do Norte.
          Os interiores de modelos mais antigos, como Antonov e Ilyushin, são retrô e, em alguns deles, os passageiros podem dobrar as poltronas da frente para ter mais espaço para as pernas. Mesmo tendo grande parte uma frota das décadas de 1960, 1970 e 1980, a empresa não renovou suas cabines para garantir maior comodidade aos clientes.
          Nas aeronaves mais antigas, como no Ilyushin Il-62, os pilotos da empresa não podem esperar por cockpits modernos com telas digitais e instrumentos de última geração. No perfil Calflier001, na plataforma Flickr, é possível ver fotos de aviões da empresa estatal norte-coreana.
          A frota da companhia, porém, não é formada somente por "dinossauros do ar". Há modelos mais novos também, como os Tupolevs Tu-204 recebidos a partir de 2007 e que operam geralmente as rotas internacionais da companhia. Mas a idade média das aeronaves passa de 30 anos. Não se pode esquecer de uma coisa: não importa a idade do avião, o mais importante é a manutenção.
          Além dos destinos regulares, a Air Koryo tem rotas esporádicas, de acordo com a demanda de passageiros, para Bangcoc, na Tailândia; Kuala Lampur, na Malásia; e Kuwait.
          De acordo com o site da companhia estatal norte-coreana, há bilhetes para Pyongyang, a partir de Pequim, de Shenyang, de Vladivostok, de Shangai e de Dandong.
          Apesar de ter uma frota em que a média de idade passa de 30 anos, a empresa registrou apenas um acidente com vítimas: em 1983, um Ilyushin Il-62 da CAAK (predecessora da Air Koryo) colidiu com as montanhas Fouta Djallon, na Guiné, matando as 23 pessoas a bordo.
          Em março de 2006, a empresa norte-coreana ficou proibida de usar o espaço aéreo europeu por não cumprir com os padrões internacionais de segurança. Porém, em 2010, a União Europeia levantou parcialmente a proibição depois que a estatal introduziu dois Tupolev Tu-204, aeronaves que satisfazem os padrões de segurança estipulados por Bruxelas.
(Fonte: dw.com - 29.11.2017 - Fernando Caulyt / Wikipédia)

Air Minas

          A companhia aérea Air Minas foi criada pelo empresário Clésio Andrade em 2004. Dois anos depois, em 2006, a empresa foi comprada por R$ 7 milhões pela paulista Braspress Transportes e Encomendas Urgentes, então presidida pelo mineiro Urubatan Helou.
          O primeiro voo foi São Paulo-Varginha-Divinópolis e Belo Horizonte. Em 2007, ampliou para Uberlândia e Ipatinga. Em 2008, lançou um voo Uberlândia-Uberaba. No começo de 2010, passou a operar em Montes Claros.
          A Air Minas tinha 15 voos em operação distribuídos em Minas Gerais nos aeroportos da Pampulha, em Belo Horizonte, Montes Claros, Ipatinga, Uberlândia, Uberaba e em São Paulo, no aeroporto de Guarulhos.
          Em 2009, a companhia transportou 59,61 mil passageiros. Mas, em 2010, suas operações foram suspensas. Tinha então aproximadamente cem funcionários.
          No sábado, 28 de maio de 2010, aconteceu o último voo da Air Minas Linhas Aéreas. Nos dias que se sucederam, uma atendente da companhia compareceu ao aeroporto da Pampulha para passar informações. Todos os clientes teriam sido avisados por e-mail sobre o encerramento das atividades. Algum tempo antes, a empresa já havia parado de comercializar passagens. E os funcionários também já estariam sabendo há pelo menos um mês.
          A suspensão das operações da empresa sugeriam uma retomada das atividades em algum momento futuro, após fazer a readequação dos voos e colocação de novas aeronaves. Ninguém da empresa informou quando as operações seriam retomadas.
(Fonte: jornal O Tempo - 31.05.2010)

Agropalma

          A Agropalma foi criada nos anos 1980 pelo banqueiro (ex-Real e Alfa) Aloysio de Andrade Faria e opera basicamente em tirar óleo de palmeiras no Pará para venda a clientes como Nestlé e General Mills, que o utilizam na produção de itens como batom, xampu e sorvete.
          No passado, a extração dependia do desmatamento de vastas áreas de vegetação nativa para abrir espaço para as palmeiras e de altas doses de pesticidas para garantir a produtividade.
          Na Agropalma, a abertura de novas lavouras cessou em meados dos anos 1990. De lá para cá, técnicas modernas de manejo, como o plantio de leguminosas para conter a erosão, e o uso de arapucas com feromônio para atrair e matar pragas permitiram aumentar a produtividade em quase 70% e fazer as pazes com os ambientalistas.
          Atualmente, a produção anual é certificada com o selo "Desmatamento zero", da ONG Greenpeace. A preocupação ambiental ampliou a demanda pelo óleo da Agropalma, que cobra até 10% mais do que a concorrência.
          Considerando dados de 2018, a empresa tem receitas que giram em torno de 1,2 bilhão de reais.
(Fonte: revista Exame - 20.12.2017)
      

Ailiram

     Ailiram é um anagrama (neste caso, fazendo-se exatamente a leitura ao contrário) do nome da cidade de Marília, interior de São Paulo, onde a fábrica de biscoitos foi fundada. Em 1988, a Ailiram é vendida para a multinacional suíça Nestlé.

Grupo Algar

          A Algar, companhia mineira com foco em telecomunicações, foi fundada pelo imigrante português Alexandrino Garcia, em 1954 em Uberlândia. Tempos depois, já sob o comando do filho Luiz Alberto Garcia, nascido em 1935, e o neto Luiz Alexandre já atuando na companhia, a empresa passou a atuar também nas áreas de agricultura, serviços e entretenimento.
          No segmento agroalimentar a Algar entrou por volta de 1978.
          Luiz Alberto Garcia, principal acionista, herdou de seu pai Alexandrino, uma espécie de cartola mágica. Trata-se do grupo ABC Algar. Durante trinta anos, Garcia não parou de sacar do chapéu negócios e mais negócios, como se fossem coelhos. Em sua época de fastígio o grupo chegou a controlar 54 empresas em setores diversos, como telefonia, eletrônica, informática, agroindústria e construção civil. A corrida terminou em 1988 - contra a parede. Depois de perder 40 milhões de dólares e quase ir à lona, Garcia deixou de lado os modos mineiros e chutou o balde. Afastou parentes do comando, vendeu e fundiu empresas, encolheu de 13.200 para 6.000 o contingente de empregados. A dieta deu certo.
          Garcia chegara à conclusão, aos 56 anos, de idade, de que era hora de abdicar do poder. Um endividamento de curto prazo de 122,3 milhões de dólares e o vermelho no balanço - foram 13 milhões de dólares de prejuízo em 1988 - lavaram-no a decidir-se pela profissionalização da gestão do ABC. Quando ele afastou-se do dia-a-dia dos negócios em 1989, o grupo estava numa situação pré-concordatária.
          Na Cie. des Machines Bull, o fabricante francês de computadores com o qual tem uma joint venture, a ABC Bull, Garcia recrutou um executivo calejado em tirar empresas do buraco, o italiano Mário Grossi, nascido em 1929. Ao assumir a vice-presidência executiva do ABC Algar, em 1989, ele teve a precaução de não afastar nenhum dos antigos diretores do grupo.
          Ao cabo de três anos de reestruturação, nos primeiros meses de 1992 o grupo ABC Algar estava mais esguio e exibia algum lucro colhido em 1991. Rossi não deixou pedra sobre pedra. Durante a reestruturação, 41 das 64 empresas existentes desapareceram do organograma. Dos 13.000 funcionários, sobraram 5.300. Os treze níveis hierárquicos que encontraram ao chegar caíram para apenas três.
          Para Grossi, o endividamento não era o principal problema. O que preocupava, mesmo, era a continuidade do monopólio estatal da telefonia, no qual a CTBC é apenas um enclave. "Queremos a competição e que o cliente decida quem vai lhe prestar serviços", disse Grossi.
          No início de agosto de 1995, com Mário Grossi como principal executivo da Algar, foi anunciada a ampliação da sociedade entre o grupo Algar, e o Bull, da França. Com a fusão, nasceu uma empresa, batizada de Algar Bul Computer & Comunication, ABC&C, com faturamento de 200 milhões de dólares. Formado por onze empresas, o grupo então recém-nascido estende seus braços para Chile, Argentina e Uruguai, além do Brasil.
          A associação com o Bull significou a divisão da Algar ao meio. Toda a área de informática foi para a ABC&C. No Algar ficaram os negócios de telecomunicações e atividades menores, como a agroindústria. Essa não foi a primeira associação do Algar com o Bull. Em 1985, os grupos criaram a ABC Bull para fabricar computadores de grande e pequeno portes. A ABC Bull, com a fusão, passou para os domínios da ABC&C.
          No final dos anos 1990 e início dos anos 2000, os ventos não sopraram a favor da companhia que tem sua sede em Uberlândia, no Triângulo Mineiro.
          Os problemas começaram com a expansão do grupo em telecomunicações após a abertura do setor, sempre mantendo a operadora CTBC - Companhia Telefônica Brasil Central como eixo principal. Numa tentativa de conquistar o mercado vedado à operadora em 1967, quando o governo estatizou toda a telefonia brasileira e a CTBC teve sua área de atuação congelada no norte de São Paulo e no triângulo Mineiro, a empresa entrou com tudo na privatização da Telebrás em 1998. A CTBC atende a oitenta municípios das ricas regiões da Alta Mogiana, Alto Paranaíba, sul de Goiás, leste de Mato Grosso do Sul e Triângulo Mineiro. O grupo decidiu comprar participações em duas operadoras de telefonia móvel, a Tess, no interior paulista, e a ATL, no Rio de Janeiro. Para entrar no jogo a Algar contraiu uma dívida de 2 bilhões de reais.
          O negócio não se revelou tão interessante porque o grupo não tinha fôlego financeiro para acompanhar os investimentos dos sócios nas duas operadoras. Para evitar o pior a Algar vendeu essas participações.
          Em meados de 1999, a grande dúvida do setor era se o Algar não teria ficado grande demais em pouco tempo. Na ATL, onde a Algar Telecom era majoritária (os outros sócios eram a Williams International Telecom e a SKTI), a intenção era ficar com 51% das ações ordinárias e 35% do capital total. Mas o grupo se viu obrigado a deter 73% do total. Um dos parceiros, a empreiteira Queiroz Galvão, decidiu se concentrar em seu principal negócio, a construção civil. O Algar teve de comprar sua parte por 120 milhões de reais. Depois, o grupo, a pedido do governo, assumiu um terço do capital total da Tess, que estava às voltas com um conflito entre seu acionistas - o grupo sueco Telia, a brasileira Eriline e o empresário paranaense Cecílio do Rego Almeida. Somem-se a isso as obrigações da ATL, que pagou 1,5 bilhão de reais pela concessão, 40% dos quais no ato (a Algar fez um empréstimo-ponte de 250 milhões de dólares, para honrar a sua cota).
          Nos primeiros anos da década de 2000 o grupo tinha 12 empresas controladas. A então última empresa nascida dentro da Algar foi a ACS Call Center, criada em 1999. O prédio da ACS foi construído dentro de uma fazenda de 600 hectares. O saguão do prédio da CTBC exibe um berrante ao lado de uma painel da artista plástica Tomie Ohtake. O berrante é tocado toda vez que uma meta é cumprida pela operadora.
          O ensinamento mais marcante que o fundador Alexandrino Garcia deixou para os herdeiros foi o de nunca se desesperar diante dos problemas. Seu filho Garcia, em outros tempos dono de um temperamento irascível, conseguiu dominar seus impulsos e conduzir os negócios a salvo das intempéries. O mar ajudou-o a entender que em certas ocasiões é melhor esperar as águas se acalmarem para só então imprimir maior velocidade à embarcação. Navegador com décadas de experiência, no Carnaval de 2001 navegou sozinho de Florianópolis a Búzios no Rio de Janeiro.
          Em 2003, depois de 25 anos no segmento agroalimentar, a Algar, através da ABC Inco (hoje Algar Agro), tinha números vistosos: não só exportava para a Europa como detinha a primeira posição no ranking de óleo de soja em Minas Gerais com a marca ABC. Produz também farelo com a marca Raçafort.
          No inicio de 2018, o acionista controlador vende 25% do capital social e votante da Algar Telecom para a Archy LLC, uma afiliada do fundo soberano de Cingapura GIC Investments.
          Em 8 de maio de 2021, a Algar Telecom firmou contrato para compra de 85,2% a 100% do capital social da Vogel Telecom, por R$ 600 milhões, conforme fato relevante enviado à Comissão de Valores Mobiliários (CVM). A aquisição foi feita pela subsidiária integral Algar Soluções em TIC. A transação poderá chegar a 100% das ações.
          Em 18 de março de 2024, a Positivo Tecnologia, fabricante brasileira de computadores e celulares fundada em 1989, anunciou a aquisição da Algar TI Consultoria S.A., divisão de serviços de tecnologia da Algar, por R$ 235 milhões. O negócio, que envolve pagamento antecipado de R$ 190 milhões e o restante de R$ 45 milhões em 12 meses com base no desempenho da empresa adquirida, é o maior da história da Positivo. Nos 12 meses encerrados em 30 de setembro de 2023, a Algar TI registrou receita bruta de R$ 459 milhões e taxa composta de crescimento anual (CAGR) de 19% nos últimos três anos, conforme divulgado pela Positivo. A Algar TI tem clientes na Argentina, Colômbia e México. Esses países geram 20% da receita anual da Algar TI. “Isso nos dá internacionalização e experiência em outros mercados”, disse o executivo.
(Fonte: revista Exame - 27.04.1994 / 16.08.1995 / 28.07.1999 / revista Forbes - 18.07.2001 / jornal Valor - 01.01.2018 / 08.05.2021 / 19.03.2024 - partes)

Álcalis

          A estatal Companhia Nacional de Álcalis está instalada em Arraial do Cabo, no Rio de Janeiro. Em 1992, chegou-se a discutir a possibilidade de fechá-la. Seu leilão de privatização, em julho de 1992, demorou 1 minuto e não pagou nem um centavo a mais do que o preço mínimo, de 78 milhões de dólares.
          O comprador foi o empresário José Carlos Fragoso Pires, dono da companhia de navegação Frota Oceânica e da maior empresa salineira do país, a Cirne. O fato de Fragoso Pires, estabelecido no Rio, ser um produtor de sal é que viabilizou o negócio. É que o sal é a principal matéria-prima para a produção da barrilha, fabricada pela Álcalis. Havia problemas, contudo. Previa-se que no ano de 2004 a Álcalis teria de parar a produção porque suas reservas de calcário, outra matéria-prima importante, estariam exauridas. A menos, claro, que fossem feitos investimentos que o Estado não podia fazer.
          Além de fazer investimentos, a empresa enxugou o quadro de funcionários. Dos 1.100 existentes, 250 foram demitidos. Herculano Leal de Araújo, então presidente da Álcalis e da Cirne, notou também inchaços bizarros: a área administrativa da empresa tinha 46 empregados que ocupavam 114 salas (isso mesmo, mais salas que empregados) distribuídas em quatro pavimentos em um prédio no centro do Rio.
(Fonte: revista Exame - 03.02.1993)

Altria (antiga Philip Morris)

          As raízes da empresa Altria remontam a 1847, quando a Philip Morris abriu uma tabacaria em Londres. Sete anos depois, a produção de seus próprios cigarros começou.
          Em 1919, a sede da empresa mudou-se de Londres para Richmond, no estado americano da Virginia. O quartel general situa-se em Nova York.
          Nos anos 1970, o grande avanço veio com uma campanha publicitária bem-sucedida. O Marlboro Cowboy foi lançado como um símbolo de liberdade e independência.
          O Altria Group Inc. é um dos principais produtores mundiais de tabaco e cerveja. O grupo inclui as subsidiárias Philip Morris, E.U.A. Smokeless Tobacco Company, John Middleton, Ste. Michelle Wine Estates e Philip Morris Capital Corp., oferecendo uma ampla gama de serviços de estímulo, leasing e financiamento em todo o mundo. Entre eles estão marcas bem conhecidas como Marlboro, L & M, Parlamento, Copenhaguen, Miller (cerveja) ou Foster's.
          Em 1988, a Philip Morris comprou a Kraft Foods por 12,9 bilhões de dólares. Como em 1985, a Philip Morris tinha adquirido a General Foods, esta última torna-se, em 1989, uma divisão da Kraft Foods que passa a se chamar Kraft General Foods. Um ano depois, a General Foods foi totalmente dissolvida dentro das divisões da Kraft.
          Em 1994, então há um bom tempo sob o fogo cerrado dos antitabagistas americanos, a Philip Morris passou a enfrentar problemas dentro de seu próprio campo. A direção já decidira que não iria mais separar a companhia em duas unidades independentes - uma para as operações com fumo e outra para o ramo alimentício. A decisão desagradou parte dos acionistas. O fervor antifumo que tomou conta dos Estados Unidos vinha jogando para baixo o valor das ações da empresa.
          Em meados de 1994, o executivo Geoffrey Bible, fumante inveterado, assume o lugar de Michael Miles, que comandara a empresa nos anos anteriores e nunca colocou um cigarro na boca. Miles caiu em meio a uma revolta dos grandes acionistas da empresa com o preço das ações, hostilizado pelo conselho de administração e pelos próprios funcionários. É que na Philip Morris boa parte da remuneração dos executivos vem da opção de compra de ações, numa proporção muito maior que em outras grandes companhias. Se os papéis da empresa se desvalorizam, o patrimônio dos executivos encolhe automaticamente.
          Bible entrou disposto a bater de frente com os antitabagistas. E diz que o problema da divisão da companhia em duas (separando tabaco e alimentos) ficará engavetado. Faz coro com ele R. William Murray, o novo chairman da Philip Morris, que também assumiu para herdar parte das funções de Miles. Bible e Murray não descartavam definitivamente a divisão, mas deixaram claro que ela não seria feita naquele momento. Miles apresentara formalmente a proposta de divisão numa dramática reunião do conselho de administração da Philip Morris. Era, a seu ver, a melhor maneira de defender os interesses dos acionistas. Foi derrotado. Estava selado seu destino. Poucas semanas depois espirrava da companhia, embora com uma gorda bolada de cerca de 4,5 milhões de dólares de ações da empresa em seu poder.
          Músculos a Philip Morris tinha para reagir. Ela era uma das poucas companhias do mundo que podem mostrar, em seu catálogo de produtos, sessenta marcas fortes. Cada uma delas faturava pelo menos 100 milhões de dólares por ano. Bible e Murray prometeram uma Philip Morris mais agressiva tmbém no exterior e destacaram a expansão internacional de sua cerveja, a Miller. Eles contavam com o apoio da eminência parda da companhia, Hamish Maxwell, ex-chairman, o arquiteto da compra da Kraft e da General Foods. Apesar de ter se aposentado das funções executivas em 1991, Maxwell ainda mantinha um escritório em frente à sede da Philip Morris em Nova York e exercia enorme influência como um dos diretores do conselho de administração.
          No início de 1995, um dos mais bem guardados segredos da Philip Morris veio à tona numa biblioteca pública de Nova York: a empresa estava desenvolvendo um cigarro eletrônico. Isso mesmo, não era piada. O cigarro era movido a pilha e controlado por um microchip, sendo sensível a pressões recebidas. Logo estaria sendo testado junto aos consumidores. A invenção estava patenteada pela Philip Morris. Veio a público justamente por isso: estava nos microfilmes de patentes da biblioteca. O cigarro eletrônico foi mais uma tentativa da indústria tabagista de produzir um cigarro sem fumaça, numa reação às pressões da cruzada antifumo.
          Em 1996, a Kraft Foods adquire a Lacta.
          Em outubro de 1997, a Philip Morris vende a Kibon para a Gessy Lever (hoje Unilever).
          Com a aquisição pela Philip Morris, da Nabisco, em julho de 2000, esta funde-se à Kraft Foods Inc. que se torna a segunda maior empresa de alimentos do mundo (perdendo somente para a Nestlé).
A Nabisco, já sob o guarda-chuva da Philip Morris, comprou em 2000 a empresa de alimentos Jacobs Suchard, nascida da fusão de fabricantes europeus de chocolate.
          A Philip Morris colocou a Kraft na Bolsa no início de 2001, quando o crescimento da empresa começou a sofrer desaceleração.
          Em 2003, a Philip Morris foi renomeada para Altria.
          Em janeiro de 2007, ao constatar que o setor de alimentos rende claramente menos que o de tabaco, a Philip Morris, que possuía 89% da Kraft, se separou definitivamente desta empresa por uma operação de spin-off (distribuição de ações entre seus acionistas). O capital da Kraft está atualmente distribuído entre acionistas institucionais, nenhum dos quais possui mais de 2%. Cada ação vale aproximadamente de 35 dólares.
          Em 2012, a Kraft Foods dividiu-se em duas companhias independentes, com sua unidade de snacks (segmento onde está a Lacta) passando a se chamar Mondelēz International. A outra unidade, que continua com o nome Kraft, comanda os produtos processados, como queijos e massas.
          Em março de 2015, o grupo brasileiro 3G Capital, dono da Heinz, compra a Kraft Foods (a parte cindida em 2012 que permaneceu com este nome), formando a Kraft Heinz.
(Fonte: revista Exame - 22.06.1994 / 20.07.1994 / 15.02.1995 - parte)

German version:
          Die Wurzeln des Unternehmens reichen bis ins Jahr 1847 zurück, als Philip Morris ein Tabakgeschäft in London eröffnete. Bereits sieben Jahre später startete die Produktion eigener Zigaretten. 1919 wanderte der Firmensitz von London nach Richmond, Virgina. In den 1970er-Jahren gelang mit einer erfolgreichen Werbekampagne der große Durchbruch. Dabei wurde der Marlboro Cowboy als Symbol für Freiheit und Unabhängigkeit ins Leben gerufen.
          Altria Group Inc. zählt zu den weltweit führendenTabak - und Bierherstellern. Zum Konzern gehören die Töchter Philip Morris, U.S. Smokeless Tobacco Company, John Middleton, Ste. Michelle Wine Estates sowie Philip Morris Capital Corp., die rund um den Globus eine breite Produktpalette von Genussmitteln bis Leasing- und Finanzierungsdienstleistungen anbieten. Darunter befinden sich bekannte Marken wie Marlboro, L&M, Parliament, Copenhagen, Miller oder Foster’s.
          2003 entschied sich das Management, wegen aufkommender Imageproblemen der Tabakindustrie, den Namen in Altria Group Inc. zu ändern, um damit die Lebensmitteltochter Kraft und die Brauereigruppe Miller zu stärken. Zum Schutz vor Schadenersatzklagen wurde Kraft Foods 2007 abgespalten und das internationale Zigarettengeschäft unter dem Namen Philip Morris 2008 als eigenständiges Unternehmen an die Börse gebracht. Somit konzentriert sich Altria nun vollständig auf den Heimatmarkt USA.
(Fonte: Europas Erstes Finanzportal Boerse.de)

Alliança Saúde e Participações (ex-Alliar) / CDB

          O laboratório paulista Centro de Diagnósticos Brasil (CDB) foi fundado em 1998 na Vila Gumercindo, zona sul de São Paulo, por Sergio Tufik e seu primo Roberto Kalil.          
          A Alliar Médicos à Frente, empresa de diagnósticos de saúde, que atua com foco em diagnóstico por imagem, foi criada em 2011 a partir da fusão de quatro empresas no setor de diagnóstico por imagem. Uma das empresas é o Cedimagem, de Juiz de Fora, no interior de Minas Gerais, representada por seu sócio, Cláudio Ramos. Rogério de Aguiar Ferreira, líder do grupo dos quatro primeiros laboratórios que deram origem à Alliar, vendeu sua participação - na época de 36% - no ano seguinte, depois da formação da empresa. Entre 2012 e 2018, a empresa realizou aquisições associativas de mais de 20 empresas. Nesse período, ainda abriu mais de 40 novas unidades.
          Em novembro de 2014, o grupo Alliar destacou-se quando comprou o laboratório CDB, que pouco depois passou a representar 40% do faturamento da companhia. Após a compra, a sede da Alliar foi transferida para o prédio em que funciona o CDB. 75 médicos, entre os quais, Tufik, Kalil e Ramos, e o fundo de investimentos Pátria são donos do grupo. O genro e o filho de Kalil tornaram-se, respectivamente, diretor médico e diretor comercial da Alliar.
           Em 2016, o grupo Alliar fez um IPO (sigla em inglês para "oferta pública de ações"). Passou então a ser listado na BM&FBovespa. Com o dinheiro inicialmente arrecadado (700 milhões de reais), a empresa teria condições de impor bom ritmo de expansão. Uma parcela de 36% do valor seria reinvestida na empresa e a outra parte iria para os donos do negócio. A Alliar está registrada na B3 com o nome Centro de Imagem Diagnóstico S.A..
          Em julho de 2019, a empresa estava listada na Bolsa com 30% das ações negociadas no mercado. Os fundadores do CDB detinham 31% das ações, e o fundo Pátria Investimentos 25%. Médicos-sócios e administradores detinham 14% das ações.
          Em fato relevante de 28 de outubro de 2021, a Alliar comunica que recusou a proposta de compra de 24 milhões de ações da companhia pela MAM Asset Management, empresa que gerencia fundos ligados ao empresário Nelson Tanure. Na proposta foi oferecido o valor de R$ 19,00 por ação até o dia 3 de novembro. Após essa data o valor seria reduzido para R$ 15,00 por ação. A recusa da oferta, que teve a unanimidade dos acionistas controladores, foi justificada por estar desalinhada com a visão e objetivos dos controladores, inclusive quanto ao real valor intrínseco da companhia.
          Em 29 de novembro de 2021, a Alliar comunicou ao mercado que seu bloco de acionistas controladores aceitou a oferta da MAM Asset Management, gestora controlada pelo empresário Nelson Tanure, para a aquisição de até 62,6 milhões de ações, ao preço de R$ 20,50 cada uma. A aprovação da proposta era válida até essa data.
          Em 21 de dezembro de 2021, a Fonte de Saúde Fundo de Investimento, ligado ao empresário Nelson Tanure, adquire até 62.399.842 ações ordinárias da Alliar, uma das três maiores redes de diagnóstico do país, pelo valor de R$ 1,279 bilhão.
          Em abril de 2022, depois de oito meses de negociações, o empresário Nelson Tanure assumiu o controle da rede de medicina diagnóstica Alliar, com participação de 63,28% da companhia. Do total, 37,96% das ações foram adquiridas do bloco de controle.
          A Alliar atua com 118 unidades de atendimento. A companhia está presente em mais de 40 cidades de 10 estados brasileiros. Seu parque tecnológico inclui mais de 120 equipamentos de ressonância magnética, 50 tomógrafos e 350 ultrassons.
          A Alliar tem nova denominação social: Alliança Saúde e Participações.
          A Alliança Saúde participa do consórcio que venceu o leilão de licitação de concessão do Heuro Hospital de Urgência e Emergência Regional de Cacoal, em Rondônia.
          Em 14 de agosto de 2023, após um ano e meio de idas e vindas, a oferta pública de ações (OPA) foi realizada. Tanure desembolsa R$ 891 milhões e passa a deter 93,3% da Alliança.
 (Fonte: revista Exame - 02.03.2016 / revista Veja - 09.11.2016 / InfoMoney / Eleven Financial 28.10.2021 /Valor - 29.11.2021 / Eleven Financial - 22.12.2021 / Valor - 18.04.2022 / 02.06.2022 / O Globo - 14.08.2023 - partes)

Ama

           Ama é a nova água mineral da gigante de bebidas Ambev. A marca batizada de Ama - prefixo de várias palavras relacionadas à chuva na língua indígena tupi, segundo a empresa (mas que combina com as iniciais de AmBev, combina) - é lançada no final de fevereiro de 2017. A companhia já teve, no final dos anos 1990 e começo da década de 2000, uma marca própria de água mineral, a Fratelli Vita, herança da antiga Brahma que foi descontinuada.
           O novo produto marca uma guinada na estratégia de sustentabilidade da Ambev (vide origem da marca AmBev InBev AB Inbev neste blog) para fora dos muros de suas fábricas. Em 2010, a companhia assumiu como bandeira o tema que teria mais afinidade com seu negócio: a água, principal matéria-prima de seus produtos. Dali em diante, em parceria com as ONGs ambientalistas WWF e TNC, vem atuando na proteção e na recuperação de rios e nascentes Brasil afora.
          A questão é que os resultados das ações implementadas, como o plantio de matas ciliares, só serão percebidos no longo prazo. Desde o final de 2015, os executivos da Ambev vinham estudando maneiras de tornar a política de água da companhia perceptível aos olhos dos consumidores de maneira imediata. Após uma sondagem com especialistas, eles chegaram a uma questão urgente: a seca do Nordeste. Estima-se que 35 milhões de brasileiros ainda não tenham acesso a água potável, e é nessa região que está boa parte deles.
           O passo seguinte foi buscar quem pudesse orientar a decisão do que fazer na prática. A Ambev escolheu a Avina, respeitada fundação familiarizada com a região e com o assunto. Por meio da entidade, a empresa entrou em contato com o Sistema Integrado de Saneamento Rural (Sisar), ONG que estrutura a operação e a manutenção de sistemas de abastecimento de água e esgoto no interior nordestino.
           Com o apoio do Sisar, a Ambev deu início a um projeto piloto: o financiamento de perfuração de poços e a instalação de painéis solares em três pequenas comunidades rurais cearenses. Considerando dados de junho de 2019, a Água Ama está presente em 13 comunidades do Ceará, sete sistemas construídos, e seis cisternas instaladas, com 10.700 pessoas atendidas no Estado.
          Segundo a empresa, 100% do lucro de cada garrafa é destinado a projetos que levam água potável ao semiárido brasileiro.
          A produção da água Ama já está em andamento em São Paulo, mas, por enquanto, nada de vendas da Ama em bares e restaurantes nos estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Paraná e Minas Gerais. É que nesses estados a Ambev tem contrato de distribuição com a Nestlé, das marcas São Lourenço e Pureza Vital. Quando acabar o contrato de distribuição, não deverá ser renovado.
          Em março de 2017, as gôndolas da rede Pão de Açúcar começaram a ser abastecidas com a água mineral Ama.
          A água Ama é engarrafada pela Lindoiano Fontes de Águas Minerais Eireli. A fonte está localizada na Avenida Benedito Severino, 286 - Parque das Águas Minerais, em Lindoia, interior de São Paulo.
(Fonte: revista Exame - 18.01.2017 / 29.03.2017 / O Estado (Ceará) 14.06.2019 - parte)

Alelo / Elo / Stelo / Livelo / Cielo / Cateno

Alelo
          Fundada em 2003, com matriz em Alphaville (Barueri-SP), a Alelo é uma empresa do Banco do Brasil e Bradesco que administra cartões-benefício e pré-pagos. Em 2008, os cartões Visa Vale, administrados pela Alelo, foram considerados pela consultoria Global Monitor e pela revista Exame uma das dez maiores inovações da última década e o “Melhor Cartão Pré-Pago Corporativo do Mundo” pelo Paybefore Awards. Especialista na gestão de cartões-benefício,aqueles concedidos pelas empresas aos seus funcionários.
          A empresa administra cartões Refeição, Alimentação, Cesta Natal e combustível, e cartões pré-pagos para viagem (MoneyCard) e de presente (Prepax).
          Líder no mercado de cartões de refeição e alimentação, a Aleloalçou para seu comando, nos últimos dias de 2018, o executivo, Cesario Nakamura, com 13 anos de Bradesco,  num momento de acirramento da concorrência. A companhia passará a disputar espaço com outros dois bancos no bilionário mercado dos benefícios corporativos.

Elo
          Bradesco, Banco do Brasil e Caixa Econômica Federal (com menor participação) lançaram a bandeira Elo em 2010/2011 com foco em clientes de baixa renda. Em novembro de 2018, a Elo expande a área de clientes corporativos e de rendas mais altas com acordo feito com a Discover concedendo a ele direitos exclusivos na bandeira Diners.
          Em 30 de agosto de 2019, a Cielo firma contrato com a Elo no valor de R$ 100 milhões. A Cielo vai prestar à Elo serviços de captura, roteamento, processamento e direcionamento das transações de pagamento referentes a arranjos de pagamento. Trata-se de contrato entre partes relacionadas uma vez que a Cielo e a Elo têm em seu bloco de controle, de forma direta ou indireta, o Banco do Brasil e o Bradesco.

Stelo
          Para se defender das "maquininhas", BB e Bradesco criaram a Stelo, que compete no filão da PagSeguro. A Stelo é a marca de combate da Cielo, mais vendida em bancos e redes sociais. A Cielo pretende conciliar a expertise da Stelo com o que está sendo desenvolvido dentro da companhia para a venda de maquininhas com a marca Cielo.

Livelo
           Resultado de parceria entre Bradesco e Banco do Brasil, o programa de fidelidade Livelo 
foi lançado em junho de 2016. Quando foi criada, a empresa de fidelidade recebeu como aporte dos controladores, os pontos que os cerca de 10 milhões de portadores de cartões de crédito desses dois bancos tinham nas respectivas instituições. Só a partir de então começou a acumular na própria empresa a pontuação desses clientes.
          O Livelo possibilita o resgate de pontos dos cartões de crédito participantes do programa Fidelidade Bradesco Cartões e do Ponto Pra Você, do Banco do Brasil. Os pontos podem ser trocados contando com uma variedade de 700 mil produtos e serviços.       
          Nas empresas de fidelidade, a receita líquida é apurada quando os pontos são resgatados. A rede de parceiros da Livelo é formada por 40 empresas, como Fastshop, Magazine Luiza, Netshoes, Zattini, Zarpo e Submarino Viagens, e companhias aéreas domésticas e estrangerias.
          As empresas de fidelidade das companhias aéreas - Smiles (Gol), Multiplus (Latam), Tudo Azul (Azul), e Amigo (Avianca Brasil), além da Dotz, a maior do varejo no Brasil, também têm relações comerciais com a Livelo, uma vez que os pontos acumulados no Bradesco e no Banco do Brasil podem ser transferidos para essas concorrentes.
          O presidente da empresa é o executivo Alexandre Rappaport.

Cielo
          No início de 2018, a Cielo pagou R$ 87,5 milhões por 70% das ações da Stelo, empresa na qual já tinha 30% de participação. Com a totalidade do controle, a companhia entra de cabeça no mercado de venda de "maquininhas" para PMEs.
          Em 18 de setembro de 2018, no meio da crescente concorrência no mercado de leitoras de cartão, a Cielo lança a máquina leitora de cartões Lio + e pagamentos QR Code. A nova máquina leitora de cartões traz um proposta inovadora, uma vez que é um smartphone que pode também ser usado como um terminal que aceita transações com cartões de débito e crédito de sessenta marcas.
          Em 26 de agosto de 2019, a Cielo anunciou o lançamento do aplicativo Cielo Pay. O produto tem como alvo o cada vez mais disputado micro e pequeno empreendedor, que poderá fazer as transações comerciais via QR Code pelo smartphone, sem precisar da maquininha POS. A oferta consiste também em um serviço similar a uma conta corrente, para que o comerciante possa movimentar os valores recebidos pelo aplicativo. O download estará disponível nas plataformas Android e IOS a partir do dia 14 de outubro, mas os testes já começaram a ser feitos pelos colaboradores da companhia.
          Em 30 de agosto de 2019, a Cielo firma contrato com a Elo no valor de R$ 100 milhões. A Cielo vai prestar à Elo serviços de captura, roteamento, processamento e direcionamento das transações de pagamento referentes a arranjos de pagamento. Trata-se de contrato entre partes relacionadas uma vez que a Cielo e a Elo têm em seu bloco de controle, de forma direta ou indireta, o Banco do Brasil e o Bradesco.
          Em 15 de junho de 2020, o WhatsApp começa a oferecer no Brasil um serviço de pagamento e transferência de dinheiro pelo aplicativo, em uma parceria com a Cielo. É a primeira vez que o app do Facebook oferece esse tipo de serviço e a Cielo tem a oportunidade de inovar em um meio extremamente concorrido, passando a se destacar ainda mais no setor e aumentando suas margens de mercado. A Cielo seria capaz de aumentar consideravelmente seu volume de transações, especialmente porque atenderá pequenas e médias empresas.
          Após menos de uma semana de operações, o recurso de pagamentos do WhatsApp foi suspenso por ordem do Banco Central do Brasil. Segundo o órgão regulador, foi tomada a decisão de "preservar um ambiente competitivo adequado que garanta a operação de um sistema de pagamento inter-operacional, rápido, seguro, transparente, aberto e econômico".

Cateno
          A empresa de soluções de meios de pagamento Cateno é resultado de uma sociedade entre o Banco do Brasil e a credenciadora de cartões Cielo. A palavra cateno significa "cadeia", na tradução do latim.
          A Cateno é especializada na gestão e criação de soluções de meios de pagamento. Os cartões de crédito e débito Ourocard, do Banco do Brasil, têm 700 transações por segundo. Com cartões usados no país e exterior, essas operações representam a maior parte do faturamento da Cateno.
          Novas interfaces de programação de aplicações, conhecidas como APIs, num total de 45, foram desenvolvidas pela equipe de tecnologia da Cateno desde 2018. Essas ferramentas permitem que os estabelecimentos que são clientes realizem operações como consultas de saldos e extratos, pagamentos, transferências de valores e recargas de celular.
          Com uma equipe enxuta de 82 funcionários, a empresa faturou 702 milhões de dólares em 2018. Boa parte do resultado vem da gestão da conta de pagamento dos cartões de débito e crédito Ourocard, do Banco do Brasil. A Cateno recebe uma taxa sobre todas as transações realizadas. A empresa também vem diversificando os negócios, com cartões pré-pagos para pequenos e médios empreendedores.
(Fonte: Exame Melhores & Maiores - agosto 2019)

(Fonte: jornal Valor - 08.03.2018 / 17.07.2018 / 21.11.2018 / 06.03.2019 / site Livelo / IstoÉDinheiro 01.02.2019 /02.09.2019 / Valor - 09.09.2019 / 15.06.2020 - partes)
Valor -m 17

Alegra Foods

          A Alegra Foods, frigorífico de carne suína, é uma sociedade entre as cooperativas paranaenses Castrolanda, Frísia (anteriormente conhecida como Batavo) e Capal.
          A severa escassez de milho que atingiu os produtores de frangos e suínos do país em 2016 atrasou o plano de negócios da Alegra Foods em dois anos.
          A Alegra Foods fornece carne para a Ceratti.
(Fonte: jornal Valor - 17.01.2017 - parte)

Alaska (sorveteria)

          A cidade de São Paulo foi tomada nos últimos anos pela inauguração de várias sorveterias com sabores e propostas diferentes. Todos esses estabelecimentos devem tributo à pioneira Alaska.          Inaugurada em 1910, na Rua Doutor Rafael de Barros, no Paraíso, ela é conhecida pelas porções generosas e clássicos como sundae, a vaca preta (sorvete de chocolate com Coca Cola), o ice cream soda (sorvete de creme com refrigerante de limão), a famosa cassata (bolo de sorvete de 1,5 quilo com chantili e frutas em calda) e o marshmallow.
          A casa é também conhecida por sua seleção de sabores diferentes, como passas ao rum, miski e nozes com damasco.
          Nenhum produto, no entanto, faz mais sucesso que a banana split, famosa por servir com folga duas pessoas. A casa está desde aproximadamente 1975 sob a mesma administração e mantém o visual das tradicionais sorveterias do passado.
          Na sexta-feira, dia 17 de maio de 2019, a sorveteria, um dos mais antigos e tradicionais estabelecimentos da cidade do segmento, fechou as portas. Pessoas ligadas à família afirmaram a Veja São Paulo que os proprietários Lino Seabra e a mulher, Lucia Seabra, estão com a saúde debilitada e não conseguem mais tocar o negócio.
(Fonte: revista Veja - 14.09.2016 / Veja SP - 22.05.2019 - partes)

Alphabet

          Alphabet é a holding, criada em 2015, que engloba a Google e a Waymo, a subsidiária que atua no desenvolvimento de carros autônomos.

German version:
          Unter dem Namen Alphabet Inc. firmieren seit 2015 die verschiedenen Produkte und Softwarelösungen von Google, den Pionier aus der Internetbranche. Die Ursprünge des Unternehmens reichen bis ins Jahr 1998 zurück. An der Stanford-Universität in Kalifornien machten die jungen Studenten und späteren Gründer Larry Page und Sergey Brin eine Forschungsarbeit über eine ausgeklügelte Website-Suche zur Geschäftsgrundlage. Nachdem diese Suchmaschine die Kapazität der Uni-Server überlastet hatte, war es an der Zeit dieses vielversprechende Projekt unter Echtzeitbedingungen zu testen. Ziel war es dem Nutzer genau die Informationen überall und jederzeit zur Verfügung zu stellen, nach denen wirklich gesucht wurde. Google Inc. wurde am 04. September 1998 ins Leben gerufen und veränderte die (virtuelle) Welt.
          Die Internetseite Google-Search wurde innerhalb weniger Jahre zur meistgenutzten Website überhaupt und bearbeitete mehrere Milliarden Suchanfragen pro Tag. Umsatz und Gewinn machte Google mit passgenauer Werbung zu den eingegebenen Suchanfragen.  Mitbewerber wieYahoo!, Bing von Microsoft und Co. gerieten in der Beliebtheit der Nutzer weit ins Hintertreffen.
          Doch Google hatte neben dem Ziel des freien Informationszugangs für Alle im Netz schon immer die Geschäftsfelder der Zukunft fest im Visier. Denn wie der 2015 eingeführte Firmenname schon andeutete, wird jeder Buchstabe des Alphabet´s zur besseren Differenzierung für einen Dienst oder ein Produkt stehen:
          Einige Beispiele dafür sind der im Jahr 2004 gestartete Gmail-Dienst und die ein Jahr später folgenden digitalen Kartendienste Google Maps und Google Earth. Ebenfalls 2005 kaufte Google den Softwarehersteller Android und brachte damit im Verlauf des Jahres 2008 ein eigenes Betriebssystem für Smartphones heraus. Seit dem Jahr 2006 gehörte die Videoplattform Youtube zum Unternehmen, während der Internetbrowser Google Chrome am 02. September 2008 eingeführt wurde. Weitere Onlinedienste sind Drive, Hangouts, Photos und das soziale Netzwerk Google+.
          Im Jahr 2012 übernahm der Softwareriese aus dem Silicon Valley die Firma Nest, einen Spezialist auf dem Gebiet der Smart Home Automation. Durch die intelligente Vernetzung und Steuerung der heimischen Geräte sollen Ressourcen dank des technologischen Fortschritts geschont werden.
          Außerdem wurden jährlich stetig steigende Milliarden US-Dollar in Forschung und Entwicklung gesteckt, die im Geschäftsbereich Googlex zusammengefasst wurden. Hier standen vor allem erneuerbare Energien, Biotechnologie und selbstfahrende Autos im Fokus. Diese wurden mit weiteren Zukäufen durch Google Capital und Google Ventures als Investmentgesellschaften weiter ausgebaut.
          Der Börsengang erfolgte am 18. August 2004 an der New York Stock Exchange (NYSE). Die Aktie ist sowohl im Nasdaq 100 als auch im S&P 500 gelistet. Seit der Umfirmierung werden die ehemaligen Google Class-C-Aktien ohne Stimmrecht als Alphabet Class-C unter der WKN:A14Y6H gehandelt, die  Class-A-Anteile haben die WKN: A14Y6F.
(Fonte: Europas Erstes Finanzportal Boerse.de)

Alcanorte

          A fábrica de barrilha (nome comercial dos carbonatos de sódio) Alcanorte é um dos projetos de indústria de base concebidos nos anos 1970 pelo governo militar, em nome do desenvolvimento econômico autônomo e da segurança nacional.
          Por volta de 1978 a fábrica começou a ser erguida em Macau, no Rio Grande do Norte. Nas primeiras duas décadas (1978-1998), chegou a consumir 120 milhões de dólares do contribuinte e jamais conseguiu produzir um só grama desse insumo empregado na fabricação de mais de 2.000 produtos industriais, como o vidro e materiais de limpeza.
          Em 1994, o controle da estatal foi adquirido pelo Grupo Fragoso Pires, sediado no Rio de Janeiro. Mas o grupo não conseguiu ativá-la por falta de recursos.
          No final de julho de 1998, o Fragoso Pires reuniu-se no Rio de Janeiro com executivos da U.S. Salt Corporation, uma das cinco maiores produtoras de barrilha do mundo, e da Florida Power and Light, uma geradora de energia e ali deslancharam as negociações para a compra da Alcanorte.
          O interesse da U.S. Salt se justificava: o Brasil só produzia 25% da barrilha consumida no país e o único produtor nacional, a Companhia Nacional de Alcalis, ex-estatal, não demonstrava fôlego na competição com os estrangeiros.
(Fonte: revista Exame - 12.08.1998)  

Allianz

          Die münchner Allianz Aktiengesellschaft blickt auf eine mehr als hundertjährige Geschichte zurück. Im Jahre 1890 wurde in Berlin der Vorläufer, die „Transport– und Unfallversicherer“ gegründet. Relativ früh, schon um die Jahrhundertwende, konnten 20 Prozent des Geschäfts auf internationalen Boden verdient werden. Dabei wurde bereits 1893 in London eine Filiale eröffnet.
         1922 kommt es im Zuge der Expansion zur Umfirmierung in Allianz Leben. Nach dem Zweiten Weltkrieg schaut sich der Versicherer ab Ende der 50er Jahre nach Beteiligungen und Übernahmen auf dem europäischen Kontinent um. 1973 wurde die Allianz Aktiengesellschaft erstmals zum größten Versicherer innerhalb des europäischen Staatenverbunds.
          Zwischen 1986 und 1997 akquirierte das Unternehmen Wettbewerber in den Kernmärkten England, USA (Fireman’s Fund) und Frankreich (AGF). Ende der 90er Jahre wurde die Vermögensverwaltung von der Allianz als eigenständiges Geschäftsfeld (heutige Allianz Global Investors) etabliert.
          Die Allianz ist im Versicherungsgeschäft hierzulande Marktführer und bedient weltweit über 70 Millionen Insurance-Kunden in etwa 70 Ländern. Das Geschäft der Allianz gliedert sich in drei Kernsegmente: das klassische Versicherungsgeschäft (Marktführer in der Schaden– und Unfallversicherung sowie in der Lebensversicherung), dem Asset Management (die Allianz zählt zu den weltweit fünf größten Vermögensverwaltern) und dem Bankgeschäft (Allianz Bank).
          Die Allianz Aktie war von Anfang an im DAX enthalten und ist damit ein Dax-Urgestein. Ein Meilenstein zu Beginn des neuen Jahrtausends war der Erwerb der Dresdner Bank 2001, von der sich die Allianz 2008/2009 aber wieder trennte. In den west–, nord– und südeuropäischen Heimatmärkten ist die Allianz traditionell stark verwurzelt. In Mittel– und Osteuropa und in Asien–Pazifik gehört der Versicherer zu den führenden internationalen Versicherern. Zu den größten Konkurrenten gehören AXA, Generali und ING.
          Die Allianz Aktie wurde 1985 erstmals an der Berliner Börse gehandelt und ist seit November 2000 an der NYSE notiert. Neben der Mitgliedschaft im Dax ist die Aktie auch im Euro Stoxx 50 gelistet. Anleger können neben einem Direktinvestment über die Börse auch in Derivate sowie Eurex-Optionen investieren. Die wichtigsten Kennzahlen sowie eine Risiko-Einstufung zur Allianz-Aktie finden Sie im kostenlosen boerse.de-Aktienreport.
(Fonte: Europas Erstes Finanzportal Boerse.de)

Amacoco

          A empresa Amacoco fabrica a água de coco em caixinha das marcas Kero Coco e Trop Coco. Em 2009, a Amacoco foi adquirida pela norte-americana PepsiCo.
(Fonte: UOL - 29.08.2017)

Alcatel-Lucent

     A companhia foi criada em 2008 pela fusão da francesa Alcatel com a canadense Lucent.
     Em abril de 2015, a Alcatel-Lucent e a Nokia (vide origem da marca Nokia neste blog) selam a união de seus negócios. A nova companhia que surge da operação tem receita na casa dos US$ 29 bilhões. Atua nas áreas de infraestrutura para telefonia fixa e móvel e também de redes de comunicação empresarial. Além de um amplo estoque de patentes na área de telecomunicações.
     O negócio foi fechado por 16,6 bilhões de euros, mais que o dobro do que a Microsoft pagou para ficar com a divisão de celulares da Nokia, em 2013. O acordo inclui a Bell Laboratories, criada por Alexander Graham Bell em 1880, e suas várias patentes. O laboratório foi a única iniciativa que mantém o nome Alcatel-Lucent; todo o resto foi transformado em Nokia. A sede da companhia é na Finlândia, mas os escritórios franceses permanecem abertos.
(Fonte: Olhar Digital - 15.04.2015 / jornal Valor online - 23.04.2015 - partes)


Alaska (fundo de investimentos)

          Luiz Alves Paes de Barros, nascido em 1947, Henrique Bredda e Ney Miyamoto fundaram, em meados de 2016, a empresa de gerenciamento de ativos chamada Alaska. Luiz Alves, formado em economia pela Universidade de São Paulo, vem de uma tradicional família dona de uma das maiores usinas de açúcar do estado de São Paulo na primeira metade do século passado.
          Alaska é um acronismo para Angela, Luiz Alves e Skipper, gestora que pertencia aos sócios Bredda e Miyamoto. A letra que está faltando, um "A", está esperando por um novo sócio, brincam os executivos. Angela Freitas é a filha de Gabriel Rodrigues, fundador da Universidade Anhembi Morumbi. Ela administrava a área financeira do grupo de educação e hoje comanda a Gamaro Desenvolvimento Imobiliário. Foi nos últimos anos que ela tomou gosto pelo mercado de ações.
          A gestora tem sua sede no Itaim Bibi, bairro da zona sul de São Paulo, em edifício localizado na esquina das ruas Joaquim Floriano e Bandeira Paulista. Em 28 de julho de 2018, um incêndio atingiu o prédio, que foi esvaziado rapidamente, e nada grave aconteceu - só a laje foi alvo das chamas.
          A empresa administra o fundo de ações Alaska Black. Luiz Alves administrava desde agosto de 2003 um fundo próprio chamado Poland, que, renomeado, passou a se chamar Alaska Poland e tem três investidores: Luiz Alves, sua esposa e seu filho.
          A Alaska conta hoje (fevereiro de 2019) com mais de 100.000 cotistas e patrimônio de 7 bilhões de reais. Em abril (2019), já estaria com aproximadamente 150.000 cotistas.
(Fonte: jornal Valor - 15.01.2018 / Nord Research - 11.04.2019 / Valor 21.05.2019 - partes)

AmBev InBev AB Inbev

AmBev         
          Era o ano de 1988 quando os banqueiros do Banco Garantia Jorge Paulo Lemann, Marcel Herrmann Telles e Carlos Alberto Sicupira compraram a Brahma, uma pequena cervejaria com sede no Rio de Janeiro.
          Marcel Telles foi alçado por Lemann à presidência da Brahma em 1989, escolhido entre os melhores executivos do banco Garantia. A Marcel deve ser creditada a decisão de investir agressivamente no marketing da Brahma e da Skol, de apostar na expansão internacional dos negócios da empresa, que abriu uma fábrica em 1996 na Argentina. Em 1994, a Brahma já havia expandido as operações para a Argentina, Paraguai e Venezuela.
          Carlos Alberto Sicupira, desde que deixou o dia-a-dia da Lojas Americanas, no início de 1992, passou a dedicar-se à atividade de caçador de novos negócios. Vislumbrou possibilidades de sociedades ou mesmo aquisição de várias empresas. Pouquíssimas foram as que interessaram. Entre elas estava a Indústrias de Bebidas Müller, de Pirassununga (SP), fabricante da aguardente 51, procurada pela GP Investimentos em 1992/1993. A família Müller, porém, recusou-se a conversar sobre o assunto.
          A Brahma se expandiu exponencialmente, mas, pasmem, quem realmente fez a empresa crescer foi a marca Skol, que ultrapassou a Brahma e assumiu a condição de cerveja mais consumida no país.
          Em meados de abril de 1999, num almoço no restaurante Fasano (ou Gero?) em São Paulo, onde estavam Marcel Telles da Brahma e Victorio De Marchi, da Antarctica, um dos assuntos foi a dívida que cada empresa tinha em dólares, pouco tempo depois da desvalorização do Real, ocorrida no início daquele ano. Não necessariamente por causa disso, mas dali teria surgido a ideia da fusão das duas empresas. Em um esquema de sigilo absoluto, o assunto foi levado a outros membros das diretorias das duas empresas e, batido o martelo, uma equipe foi montada para analisar todos os dados das empresas, o que não era pouco. Abrangia as diversas marcas de cerveja, refrigerantes, caminhões, dezenas de unidades fabris, fornecedores e centenas de revendedores. Nenhuma notícia poderia vazar antes da divulgação oficial simultânea para todo o mercado. Depois de 75 dias de um trabalho exaustivo feito em um andar do prédio da agência DMB&D, participante da equipe, Antarctica e Brahma se uniram para criar a Companhia de Bebidas das Américas - AmBev. "AmBev", saiu na realidade do nome da filial criada nos Estados Unidos: American Beverage Company. O nome, Ambev, sugerido por Marcel Telles já na primeira reunião, indicava que a empresa queria crescer nas Américas, segundo Victorio De Marchi, ex-presidente da Antarctica e conselheiro da Ambev.
          Ao apresentar a Ambev, em julho de 1999, a Antarctica, de 3,3 bilhões de reais de faturamento, e a Brahma, de 7 bilhões de reais, lançaram o Brasil de forma espetacular na era das megafusões. Com 16.500 funcionários, 50 fábricas e produzindo 8,9 bilhões de litros de bebida por ano, a AmBev passou a ser a quinta maior empresa de bebidas e a terceira maior cervejaria do mercado - no mundo. Passou a ser um gigante com fôlego e apetite para co  mprar ou abrir fábricas no exterior, justificando o slogan de "multinacional verde-e-amarela".
          No dia 11 de novembro de 1999, a Secretaria de Acompanhamento Econômico do Ministério da Fazenda, finalmente divulgou o parecer sobre a fusão da AmBev. E o alvoroço foi enorme. A AmBev tinha discursos prontos para cinco decisões diferentes da secretaria, entre elas até um parecer totalmente contrário à fusão. Não passou pela cabeça de ninguém, porém, que a Seae pudesse falar na venda de uma marca inteira, com todos os seus ativos. Mas foi o que aconteceu. A sugestão recaiu sobre a Skol. A explicação é que a Skol só tem cervejas, enquanto a Brahma e Antarctica trabalham também com refrigerantes, águas e outras bebidas. Não teria lógica mandar a AmBev se desfazer da cerveja Antarctica e continuar com o guaraná Antarctica. Lógica é o que mais faltou à Seae na opinião da AmBev. "Se vendermos a Skol, será a primeira vez em que as companhias ficam menores depois de uma fusão", disse Marcel Herrmann Telles. A decisão do Cade ainda estava por vir.
          A AmBev teve que vender a marca Bavaria (então com 4,5% do mercado, a Bavaria foi vendida para a canadense Molson, por US$ 98 milhões, em 2000), por imposição do Cade. Mas, além das marcas Brahma, Brahma Extra, Skol e Antarctica, ficou ainda com as marcas Bohemia, Original, Caracu e Serramalte que pertenciam à Antarctica.
          Poucos meses depois da fusão, no final de 1999, a Skol era a líder de vendas em cervejas, com 26,8% do mercado de marcas pílsen, o mais disputado. A Antarctica tinha 12,9% do mercado. A Brahma aparecia com 21,3%, a Kaiser possuía 14,5% e a Schincariol, 8,7%.
          Nos cinco anos seguintes a companhia ganhou mercado na América do Sul. Um ano depois de a fusão ter sido aprovada pelo Cade em 2000, a Ambev já havia comprado duas fábricas no Uruguai. Nos primeiros dias de maio de 2002, a Ambev compra participação na Quilmes argentina, deixando bem clara a vontade expansionista na América Latina. Pagou US$ 346,7 milhões por 37,5% do capital total da Quinsa, detentora da marca Quilmes, então dona de 69% do mercado argentino. E ficou com a opção de ficar com o controle no futuro. A Quilmes tinha fábrica também na Bolívia, no Chile, no Paraguai e no Uruguai.
          Em julho de 2017, a AmBev adquiriu um conjunto de marcas de bebidas mistas pertencentes à Mark Anthony Group, no Canadá, por US$ 350 milhões.
         Em dezembro de 2017, a empresa anuncia a aquisição da Tenedora, titular de quase a totalidade da Cervecería Nacional Dominicana. A compra envolveu o pagamento de US$ 926,5 milhões à E. León Jimenez (ELJ) e foi finalizada em janeiro de 2018, quando então a AmBev passou a ter 85% de participação na Tenedora e os outros 15% ficaram com a ELJ.
          Considerando a marca Antarctica, no passado, os consumidores falavam das cervejas de determinada fábrica. Em entrevista à revista Exame, em março de 2018, Victorio De Marchi foi perguntado se isso se perdeu e se a receita das marcas tradicionais mudou. De Marchi explicou que "havia certa preferência mesmo. Em São Paulo, as cervejas de Ribeirão Preto ou de Agudos eram as mais valorizadas. A Antarctica de Joinville (Santa Catarina) era a melhor do mundo, muito famosa. Mas mantivemos as fórmulas originais, o mercado é que mudou."
          Em agosto de 2018, a companhia inaugurou o Centro de Inovação e Tecnologia Cervejeira (CIT) -, um dos mais modernos centros de inovação cervejeira do mundo, localizado no Parque Tecnológico da Universidade Federal do Rio de Janeiro. Trata-se do sexto centro do grupo AB Inbev no mundo, com cerca de 80 pessoas, sendo mais de 10 mestres-cervejeiros, com a missão de fermentar novas ideias para o mercado brasileiro. Dois lançamentos saíram de lá: a Skol Hops e Skol Puro Malte. Em menos de um ano no mercado, Skol Hops já estaria apresentando volumes equivalentes às vendas da linha Brahma Extra, e a Skol Puro Malte teria chegado para ser a primeira puro malte leve do mercado.
          No início de 2020, foi estabelecida em Lages, na Serra catarinense, a Fazenda de Lúpulo Santa Catarina. Já nos primeiros meses, o lúpulo plantado rendeu uma colheita que foi destinada à produção da primeira cerveja feita em escala industrial com lúpulo brasileiro. A produção ficou por conta da Lohn Bier, de Lauro Müller (SC), e resultou no rótulo Green Belly (barriga verde), uma Hop Lager que foi vendida em uma edição limitada. No segundo momento do projeto, foi criado um viveiro que vai ter a capacidade de produzir 60 mil mudas de lúpulo na etapa inicial. As mudas serão doadas para agricultores familiares na região, que pela temperatura fria e a alta incidência solar tem condições favoráveis para o cultivo. A fazenda Santa Catarina é um projeto da Ambev, que toca o projeto com um braço de inovação. O objetivo é incentivar a produção de lúpulo para atender ao mercado nacional, deixando o setor cervejeiro menos dependente das importações.
          Em setembro de 2020, a Ambev inaugurou uma fábrica de latas com capacidade para produzir 1,5 bilhão de latas por ano devido à maior demanda de clientes que bebem em suas casas, uma vez que a pandemia de Covid-19 afetou a demanda em bares. Esta é a primeira fábrica de latas da Ambev e está localizada em Sete Lagoas, no estado de Minas Gerais.
          Desde a segunda metade de dezembro de 2020, a Ambev começou a vender e entregar produtos da Beam Suntory em pontos de São Paulo, Espírito Santo, Minas Gerais, Goiás, Rio Grande do Sul e região Nordeste. A nipo-americana Beam Suntory, terceira maior fabricante mundial de destilados, atrás da inglesa Diageo e da francesa Pernod Ricard, fechou acordo com a Ambev para a distribuição de seu portfólio no Brasil.
          O portfólio da Ambev conta com cervejas, conforme descrito no parágrafo abaixo, refrigerantes (Guaraná Antarctica, Sukita e outros), H2OH! (suco/refrigerante), chás (Lipton), isotônicos (Gatorade), energéticos (Fusion), sucos (do bem), e AMA, a água mineral que destina 100% de seu lucro para projetos que levam acesso à água potável para famílias do semiárido brasileiro.
          Atualmente, como resultado de aquisições, fusões e criação de novas marcas, o portfólio de cervejas da AmBev (em território brasileiro), abrange as seguintes marcas: Brahma, Skol, Antarctica, Original,  Serrana, Serramalte, Bohemia (838 Pale Ale, Aura-Lager, 14-Weiss, Magna Pils), Caracu (desde 1899), Malzbier, Kronenbier (sem álcool), Polar (somente no RS), Nossa (somente em PE), Magnífica (somente no MA), Colorado, Wäls, Kona, Stella Artois, Budweiser, Spatn, Leffe, Corona, Becks, Goose Island e Hoegaarden.
          Suas unidades fabris estão espalhadas pelo país: Almirante Tamandaré (PR), Anápolis (GO), Aquiraz (CE), Camaçari (BA), Contagem (MG), Itapissuma (PE), Jacareí (SP), Jaguariúna (SP), Lages (SC), Louveira (SP), Piraí (RJ), Sapucaia do Sul (RS), Sete Lagoas (MG).
          Considerando dados de abril de 2018, a AmBev está presente em 19 países, sendo que a principal operação é a do Brasil, com mais de 32 mil pessoas, que responde por 53% da receita.
          Em junho de 2021, a Ambev divulga que vai começar a importar o vinho argentino Dante Robino para comercializar no aplicativo Zé Delivery. É a primeira vez que a companhia importa a bebida para o Brasil. A vinícola é da Ambev desde fevereiro de 2020, quando a subsidiária Quilmes comprou a marca na Argentina.     
          Em agosto de 2021, a Ambev anunciou a criação de uma nova unidade na companhia que ficará dedicada a cuidar de seu portfólio de bebidas alcoólicas diferentes de cervejas. Este movimento mostra a multinacional brasileira seguindo os passos de sua holding global que tem ampliado seus investimentos no universo de bebidas alcoólicas para além do mercado de cerveja. No primeiro semestre de 2021 cerveja representou 75% do volume vendido e 85% da receita líquida da Ambev. A nova unidade se chamará Future Beverages and Beyond Beer ( Bebidas do futuro e além da cerveja, em tradução livre) e já conta com um portfólio de oito produtos que possuíam sua operação realizada de forma separada. Essas marcas que devem ganhar uma estratégia, planejamento e operação mais coesos são a bebida mista Beats (que não se chama mais Skol Beats), os hard seltzers Mike’s e Isla, os vinhos em lata Somm e Blasfêmia e o vinho em garrafa Dante Robino. Para comandar a nova unidade, a empresa selecionou Daniela Cachich, que era a vice presidente de marketing da PepsiCo (a Pepsi é distribuída pela Ambev no país). A nova unidade de bebidas da empresa terá atuação em toda a América do Sul. Com esta mudança a Ambev dá foco no desenvolvimento e escalonamento de linhas de produtos com grande potencial de crescimento na região, onde o mercado de cerveja já atingiu um ponto de maturação em volume vendas bastante grande.
          Em 12 de abril de 2022, a Ambev apresentou um “novo capítulo” de sua história aos investidores. “Dizer que somos uma empresa de bebidas não nos representa mais inteiramente”, disse o CEO Jean Jereissati ao Valor. O grupo quer ser, cada vez mais, uma plataforma, que vá além da venda de cerveja ou refrigerantes e inclua alimentos e até serviços, como crédito e geração de energia renovável. “A empresa conquistou o mundo”, disse o executivo. “Mas quando completamos 20 anos [em 2019], repensamos como seriam os próximos 20 anos e ficou claro que o que nos trouxe aqui não era o que nos levaria até lá.” A empresa agora quer fazer alianças, como as que já tem com BRF, M. Dias Branco ou Pernod Ricard, para vender aos seus clientes salame, biscoito e vodca.


InBev
          Em 2004 os empresários, então já com o fundo 3G Capital (vide origem da marca 3G Capital neste blog), estavam prontos para levar a companhia a patamares globais. Em março daquele ano a AmBev e a belga Interbrew anunciaram uma fusão que combinava a quinta e a terceira maiores cervejarias do mundo criando a maior empresa do planeta em termos de volume. A empresa passou a chamar-se InBev com a junção de parte das palavras Interbrew e AmBev. A negociação foi entre a Ambev, a Braco (controladores da Brahma) e os belgas.
          No final de março de 2007, a Ambev adquire da cervejaria portuguesa Cintra, suas unidades de Piraí (RJ) e Mogi-Mirim (SP) (apenas os ativos, não a marca), por US$ 150 milhões. Juntas, as duas fábricas tinham capacidade de produção de 420 milhões de litros de cerveja e 280 milhões de litros de refrigerante por ano.


AB InBev
          Em julho de 2008 a InBev anunciou o maior negócio da história até então do setor cervejeiro em todo o globo: um acordo para comprar a fabricante da Budweiser, por U$ 52 bilhões. Estava formada a Anheuser-Busch Inbev (AB Inbev). O acordo foi levado a cabo dois meses antes da bancarrota do banco americano Lehman Brothers, quando o mundo praticamente mergulhou no caos financeiro, mas o andamento do processo aparentemente ocorreu sem interferências.
          Com a compra da Anheuser-Busch, a empresa garantiu uma fatia de 50% na cervejaria mexicana Grupo Modelo. Em junho de 2012 a AB Inbev comprou a metade restante da Modelo por US$ 21,1 bilhões, transação que foi concretizada um ano depois, em junho de 2013, após conseguir a autorização do Departamento de Justiça dos Estados Unidos. O negócio ampliou sua posição no México e a AB Inbev teve oportunidade de expandir as marcas da mexicana, inclusive da Corona, por todo o mundo.
          No mercado norte-americano, porém, a dona da marca de cervejas Modelo (que inclui a Modelo Especial) não é a AB InBev, mas sim a gigante americana Constellation Brands. Isso ocorre porque após a aquisição da Modelo pela AB InBev, desde de 2013 a companhia foi obrigada a não ter a propriedade da marca nos Estados Unidos devido uma ação da autoridade de garantia da concorrência norte-americana numa forma de enfraquecer um possível monopólio de mercado.
          Em outubro de 2015, depois de rejeitar três propostas, a anglo-sul-africana SABMiller, número dois do mundo no setor de cervejas, aceitou oferta de compra da líder do setor, a AB InBev. O valor foi o equivalente a 104 bilhões de dólares (96 bilhões de euros), uma das maiores aquisições da história. A aquisição da antiga rival deu origem à maior cervejaria do mundo, com 29% de participação de mercado.
          A fusão fará com que a companhia americana de tabaco Altria (proprietária da Malboro) e a família colombiana Santo Domingo, fabricante da cerveja Bavaria, representada por Alejandro Santo Domingo, passem a ser sócias da nova empresa.
          Se a transação for concretizada como previsto, o novo grupo terá em seu portfólio as marcas de cerveja americana Budweiser e belga Stella Artois, mais a mexicana Corona, a alemã Beck's, a belga Hoegaarden, a brasileira Skol e a australiana Victoria Bitter pertencentes à AB InBev, assim como a italiana Peroni, a tcheca Pilsner Urquell, a chinesa Snow e a holandesa Grolsch da SABMiller.
          Em abril de 2016, a Anheuser-Busch InBev (AB InBev) aceita a oferta feita pelo grupo japonês Asahi Group, de € 2,55 bilhões (US$ 2,9 bilhões), para adquirir as marcas europeias Peroni e Grolsch (da família Meantime) e os seus respectivos negócios localizados na Itália, Holanda e no Reino Unido. As marcas pertencem à SABMiller e a sua venda faz parte das ações tomadas pela AB InBev para garantir a aprovação de órgãos regulatórios europeus da fusão entre a companhia e o grupo anglo-sul-africano de bebidas. O negócio está condicionado à conclusão da fusão entre a AB InBev e a SABMiller.
          No final de setembro de 2016 os acionistas da SABMiller aprovam a oferta de aquisição da empresa feita pela Anheuser-Busch InBev por mais de 100 bilhões de dólares, abrindo caminho para reforçar o posto de liderança do grupo que controla a Ambev entre os fabricantes globais de cerveja.
          A partir de julho de 2021, Michel Doukeris passou a ser o CEO da AB InBev. Seu perfil é semelhante ao de Carlos Brito, que dirigiu a empresa por 15 anos: sério e muito focado no trabalho. Natural de Lages, em Santa Catarina, Doukeris, nascido em 1974, está na empresa desde 1996. Fontes próximas à empresa afirmam que a expectativa é que ele use ferramentas digitais, como tecnologia de dados, mais eficientemente. Isso pode aproximar o consumidor da AB InBev e tornar a operação mais ágil.
          Em meados de 2023, vem a lume que a AB InBev está se desfazendo parcialmente de uma parte de seu portfólio de cervejarias artesanais seguindo tendência das grandes nos EUA.  A AB-InBev, anunciou a venda de oito marcas artesanais que incluem algumas das suas cervejarias adquiridas nos últimos 10 anos. Quem compra é a Tilray Brands, uma empresa canadense focada no mercado de cannabis, mas que tem ampliado suas aquisições para dentro do mercado de cerveja artesanal nos Estados Unidos. A venda inclui as cervejarias Breckenridge Brewery, Blue Point Brewing Co. 10 Barrel Brewing Company, Redhook Brewery, Widmer Brothers Brewing. Além destas, a marca de cerveja Shock Top, a marca de cidras Square Mile Cider e a marca de hard seltzer HiBall Energy também fizeram parte do negócio que foi concretizado por um valor de 85 milhões de dólares. A transação inclui a força de trabalho, cervejarias e brewpubs relacionados as respectivas marcas. Com uma taxa de crescimento oscilante, muito diferente dos níveis meteóricos dos anos 1990/2000, o mercado de cervejas artesanais não parece ser um segmento tão interessante para grandes conglomerados, sendo uma categoria mais adequada ao interesse de empresas de uma menor magnitude.
          Enquanto a AB InBev acaba de vender uma parcela de suas marcas, a Constellation Brands, outra gigante do mercado norte-americano, saiu totalmente do segmento de artesanais vendendo as suas 4 marcas dentro do segmento. Mais recentemente a japonesa Sapporo anunciou que está se desfazendo da Anchor Brewing considerada a primeira cervejaria artesanal dos EUA. Mesmo com a venda a AB InBev ainda possui 12 cervejarias artesanais, com destaques como Goose Island e Elysian Brewing, mas parece não ter o mesmo interesse em manter um portfólio tão extenso com marcas que não apresentem um nível de crescimento almejado pela companhia.
          AB InBev vive também um momento de reorganização devido a queda acelerada em vendas de seu produto de maior volume, a Bud Light, o que levou recentemente ao anuncio de um corte de sua força de trabalho.
          Em 15 de dezembro de 2023, Marcel Telles doou ao filho, Max Herrmann Telles, sua participação na AB InBev, a maior cervejaria do mundo. O empresário doou as ações que detinha em uma entidade que exerce o controle da BRC, empresa por meio da qual Telles e os seus sócios Jorge Paulo Lemann e Carlos Alberto Sicupira detêm participação indireta na AB InBev. A BRC possui 50% de uma organização que, por sua vez, detém 33,47% das ações da AB InBev, segundo o site da companhia.
(Fonte: revista Exame - 12.01.2000 / revista Carta Capital - 15.05.2002 / revista Forbes Brasil - 05.12.2003 / jornal Folha de S.Paulo - 28.03.2007 / revista Exame - 09.06.2013 / jornal Valor online - 16.09.2015 - jornais diversos - 13.10.2015 / jornal Valor online - 20.04.2016 / MSN Reuters - 29.09.2016 / revista Exame - 21.03.2018 / jornal Valor - 09.05.2018 / IstoÉDinheiro - 09.11.2018 / 28.02.2019 / MoneyTimes - 23.09.2020 / NSC Total - 09.10.2020 / Valor - 18.01.2021 / Folha de S.Paulo - 07.06.2021 / Catalisi - 11.08.2021 / Valor - 12.04.2022 / Catalisi - 15.06.2023 / 08.08.2023 / Estadão - 27.12.2023 - partes)