A fábrica de barrilha (nome comercial dos carbonatos de sódio) Alcanorte é um dos projetos de indústria de base concebidos nos anos 1970 pelo governo militar, em nome do desenvolvimento econômico autônomo e da segurança nacional.
Por volta de 1978 a fábrica começou a ser erguida em Macau, no Rio Grande do Norte. Nas primeiras duas décadas (1978-1998), chegou a consumir 120 milhões de dólares do contribuinte e jamais conseguiu produzir um só grama desse insumo empregado na fabricação de mais de 2.000 produtos industriais, como o vidro e materiais de limpeza.
Em 1994, o controle da estatal foi adquirido pelo Grupo Fragoso Pires, sediado no Rio de Janeiro. Mas o grupo não conseguiu ativá-la por falta de recursos.
No final de julho de 1998, o Fragoso Pires reuniu-se no Rio de Janeiro com executivos da U.S. Salt Corporation, uma das cinco maiores produtoras de barrilha do mundo, e da Florida Power and Light, uma geradora de energia e ali deslancharam as negociações para a compra da Alcanorte.
O interesse da U.S. Salt se justificava: o Brasil só produzia 25% da barrilha consumida no país e o único produtor nacional, a Companhia Nacional de Alcalis, ex-estatal, não demonstrava fôlego na competição com os estrangeiros.
(Fonte: revista Exame - 12.08.1998)
Por volta de 1978 a fábrica começou a ser erguida em Macau, no Rio Grande do Norte. Nas primeiras duas décadas (1978-1998), chegou a consumir 120 milhões de dólares do contribuinte e jamais conseguiu produzir um só grama desse insumo empregado na fabricação de mais de 2.000 produtos industriais, como o vidro e materiais de limpeza.
Em 1994, o controle da estatal foi adquirido pelo Grupo Fragoso Pires, sediado no Rio de Janeiro. Mas o grupo não conseguiu ativá-la por falta de recursos.
No final de julho de 1998, o Fragoso Pires reuniu-se no Rio de Janeiro com executivos da U.S. Salt Corporation, uma das cinco maiores produtoras de barrilha do mundo, e da Florida Power and Light, uma geradora de energia e ali deslancharam as negociações para a compra da Alcanorte.
O interesse da U.S. Salt se justificava: o Brasil só produzia 25% da barrilha consumida no país e o único produtor nacional, a Companhia Nacional de Alcalis, ex-estatal, não demonstrava fôlego na competição com os estrangeiros.
(Fonte: revista Exame - 12.08.1998)
Nenhum comentário:
Postar um comentário