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4 de out. de 2011

Quibi

          Netflix, HBO Go, Amazon Prime, Hulu e Disney+ ganharam um novo concorrente em tempos de quarentena. Em abril de 2020, um ano depois de ser anunciado, o Quibi (de quick bite) finalmente foi lançado.
          A dupla de fundadores do streaming é estrelada: Jeffrey Katzenberg, criador do estúdio de animação DreamWorks, e Meg Whitman, ex-CEO do eBay e da HP.
          A proposta é diferente dos concorrentes. Os vídeos são de até 10 minutos e foram feitos para serem assistidos no celular. A grande inovação é que todo o conteúdo foi editado para dois formatos: retrato e paisagem. É possível mudar a orientação mesmo com o vídeo rodando. A transição é suave, e é um pouco viciante girar a tela do celular enquanto você assiste a um programa.
          O conteúdo é bem variado. Passear pelo menu dá um certo FOMO. São vários canais e fica difícil decidir o que assistir. Diferente do Netflix e similares, há muitos programas com formato parecido à televisão, como noticiários. Ao assistir à badalada série de suspense The Stranger, é interessante acompanhar a forma como uma narrativa — que poderia ser contada em 40 minutos — é condensada em 9. Ver os vídeos no celular também é uma experiência diferente. A atenção se dispersa mais rápido, ainda que não haja a possibilidade de usar uma “segunda tela” para checar as mensagens de WhatsApp durante os episódios.
          As apostas no Quibi são altas. Foi investido US$ 1,75 bilhão no conteúdo para a plataforma. Steven Spielberg vai lançar uma série de terror no app. Programas feitos por Jennifer Lopez, LeBron James, Liam Hemsworth, Reese Witherspoon e Sophie Turner já estão planejados.
          É possível baixar e assinar o serviço no Brasil, mas não há legendas em português. A assinatura mais barata custa US$ 4,99.
(Fonte: revista Época - abril 2020)

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