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31 de out. de 2011

Amazon

          Mega portal americano de vendas pela internet, o Amazon foi fundado em 1994, por Jeffrey (Jeff) Bezos, um ex-banqueiro de investimentos, formado em engenharia elétrica e ciências da computação pela Universidade Princeton, no Estados Unidos. Jeff Bezos começou a trabalhar com 16 anos na grelha do McDonald's.
          Bezos trabalhou em Wall Street, dentro de um fundo de hedge que buscava oportunidades com a popularização da web.
          Percebendo um mercado em crescimento, ele e sua então esposa, Mackenzie Scott, se demitiram e foram para Seattle, na costa oeste do país, onde criaram a Amazon, que mais tarde viria a vender muito mais do que livros.
          Seu plano de negócios teria sido escrito durante sua viagem, de carro, de Nova York para Seattle, no extremo noroeste do país. Seu objetivo era tentar alguma coisa, qualquer coisa, na internet. Formalmente, a empresa nasceu em julho de 1995 como uma loja eletrônica de livros.
          Naquela época, a rede ainda era pouco conhecida fora do mundo acadêmico, mas Bezos, cujo trabalho envolvia descobrir novas oportunidades de negócio, ficou intrigado com as taxas de crescimento da rede: mais de 2300% ao ano. Diz o mito de criação que Mackenzie (esposa de Bezos) foi dirigindo enquanto seu marido ia formulando o plano de negócios que seria a loja de livros online.
          Ao abrir a empresa, inicialmente vendia apenas livros, passando mais tarde a vender também outros produtos. Homenagem ao rio Amazonas (Amazon River), o mais extenso da América Latina, pelo seu porte e bravura. "O selvagem Rio Amazonas permanece uma metáfora para uma companhia que procura corajosamente novas áreas de expansão", consta num artigo sobre a possível entrada da Amazon.com no campo do lucro. O primeiro logo da empresa tinha um rio. Não teria sido essa a ideia inicial de Bezos, quanto ao nome da empresa. Relentless.com ("Implacável.com", em português) figurava no topo da lista de possíveis nomes para a empresa. O site relentless.com, redireciona um possível usuário ao site da Amazon. Alguns amigos achavam que a palavra tinha conotação negativa, e foi só quando folheou um dicionário com a letra A, que Bezos escolheu o nome Amazon - o maior rio do mundo em volume d'água, a maior livraria do mundo. A inspiração para Jeff Bezos nomear a sua então loja online de livros como rio Amazonas, o maior do mundo em extensão e vazão, foi também divulgada por Joshua Weinstein, amigo de longa data do empresário, em um documentário da rede americana “PBS”, de 2020. 
          O Rio Amazonas, com 6.992,06 km de extensão, nasce no Peru e deságua no Brasil, tendo ao longo do caminho mais de 1.000 afluentes, de acordo com a Agência Nacional de Águas (ANA).
          Esses dados casavam com a ideia de Bezos de criar um negócio “gigante”, de acordo com o livro “A Loja de Tudo: Jeff Bezos e a era da Amazon”, do jornalista Brad Stone.
          A escolha, ainda de acordo com a obra, também se deu quando o empresário pegou um dicionário e focou na letra “A”, pois os sites de busca na web eram em ordem alfabética naquela época. Ao passar pelo termo “Amazon”, decidiu que a palavra representava a ideia de criar a maior livraria do planeta.
          Porém, como ideia mais embrionária, Jeff queria colocar o nome da livraria virtual de Cadabra, mas o primeiro advogado da Amazon, Todd Tarbert, conseguiu convencê-lo que o nome era muito parecido com a palavra “cadáver”.
          Antes desse processo, Bezos chegou a registrar outros domínios, como “Awake.com”, “Browse.com”, “Bookmall.com” e “Relentless.com”, conforme descrito acima.
          A flecha no logo da Amazon liga as letras de A a Z, indicando o amplo alcance dos itens disponíveis à venda na Amazon, de A a Z.
          Em fins de 2007, Bezos já havia demonstrado que o negócio dele não é simplesmente movimentar caixas, e sim inovar. Foi a Amazon que criou o sistema de avaliaçõs dos próprios clientes, listas de sugestões e recomendações automáticas, só para mencionar três novidades hoje copiadas pela imensa maioria das lojas virtuais. Foram também os pesados investimentos em tecnologia - por exemplo, 200 milhões de dólares em 2007 - que permitiram que a empresa conseguisse vender nada menos que 2,5 milhões de exemplares do último livro da série Harry Potter.
          Se no início a Amazon era apenas uma loja eletrônica de livros, em 2007 já se posicionava também como uma grande provedora de serviços tecnológicos. Se os concorrentes no início eram somente livrarias, como a rede Barnes and Noble, depois o novo competidor passou a ter nomes como HP e IBM, duas das maiores vendedoras de serviços tecnológicos. Como exemplo, o S3, sigla para Simple Storage Service. A Amazon vende espaço de armazenamento de arquivos em seus data centers. Pode ser desde uma coleção de fotos de um indivíduo que queira ter uma cópia de segurança até todos os dados de uma empresa de médio porte. O cliente paga apenas pelo espaço em disco que utilizar.
          No livro The Everything Store de autoria do jornalista americano Brad Stone, aparece em inúmeras ocasiões a disposição de Bezos de sacrificar as já apertadas margens do varejo em nome do longo prazo, como na compra da Zappos, uma loja online de calçados. Bezos gastou 150 milhões de dólares em promoções e entregas expressas para forçar a mão dos fundadores da Zappos, que resistiam à ideia de vender. Quando veio a crise de 2008 e a Zappos se viu sem crédito, Bezos pôde declarar vitória - pagando 900 milhões de dólares pela concorrente. Em seu livro, Brad Stone revela com detalhes a trajetória extraordinária da Amazon e pinta um retrato bastante interessante de Bezos, um empreendedor brilhante, arrojado, grosseiro e sanguinário.
          Hoje já é considerada uma das maiores varejistas do mundo e transformou os hábitos de centenas de milhões de pessoas. Enveredando no caminho do mundo digital, oferece serviços de computação por aluguel, computação em nuvem (Web Services), através da Amazon Web Services, plataforma de serviços de computação em nuvem da Amazon, que tem forte competição de grandes companhias de tecnologia, como a Alphabet, dona do Google, ou a Microsoft. Startups de todo o mundo contratam servidores e armazenamento de dados da Amazon e pagam de acordo com o uso. O Kindle, leitor digital, levou a empresa em meros quatro anos, a vender mais títulos em formato eletrônico que em papel.
          Em junho de 2017 a Amazon anuncia a compra da rede americana de supermercados Whole Foods, por mais de 13 bilhões de dólares, em negócio concretizado no final de agosto. Esse foi o jeito que Jeff Bezos escolheu para anunciar seu plano de abalar o setor de supermercados e competir com rivais como Walmart, mas o "abalo" poderá ser sentido até pelos minimercados que enfrentam dificuldades frente à concorrência. Se Bezos já fez guerra de descontos para desafiar concorrentes com livros e fraldas, deverá fazer o mesmo com itens de supermercado.
          A Amazon tem também a Amazon Go, loja de conveniência da companhia que inovou ao introduzir sistema de compras sem caixas no estabelecimento.
          Em 22 de janeiro de 2019, a Amazon anunciou o lançamento de seu primeiro centro de distribuição próprio na América do Sul, em Cajamar, na Grande São Paulo. O armazém possui 47 mil metros quadrados.
          A Amazon pode ser uma das companhias mais valiosas do mundo, ter uma enorme gama de empresas e produtos a oferecer, porém nada disso serviu para seu sucesso no enorme e disputado mercado chinês. Diante de fortes concorrentes com Alibaba e JD.com, a empresa de Jeff Bezos anunciou, em abril de 2019, que fechará a operação local do e-commerce na China, e passará a oferecer somente produtos importados de Estados Unidos, Grã-Bretanha, Japão e Alemanha.
          Em maio de 2021, após uma semana de especulações, a Amazon comprou o estúdio de cinema MGM, por US$ 8,45 bilhões.É a segunda maior aquisição da longa lista de compras da empresa de Bezos, atrás apenas da Whole Foods. Agora, tem nomes de peso como 007, RoboCop e Rocky Balboa para brigar com o Netflix e a mais variada gama de serviços de filmes e séries on demand que surgiram nos últimos anos. A MGM tem 4 mil filmes e 17 mil horas de séries em seu catálogo. É o início de mais um capítulo da guerra do streaming.
          Em julho de 2021, Jeff Bezos deixou a presidência da Amazon, após 27 anos como CEO.
          Em meados de 2022, a Amazon adquiriu a One Medical, plataforma online que oferece agendamento de consultas. O valor (US$ 4 bilhões) está entre as maiores aquisições da Amazon, atrás apenas da compra dos estúdios MGM por US$ 8,5 bilhões e da Whole Foods por US$ 13,7 bilhões. “Achamos que os cuidados de saúde precisam de reinvenção”, disse Neil Lindsay, vice-presidente sênior da Amazon Health Services, em comunicado.
          Olhando um panorama de meados de 2022, a gigante do comércio global – perdendo apenas para o Walmart, o maior varejista do mundo – a Amazon investiu nos últimos dois anos no Brasil para expandir sua participação no mercado. Desde 2020, a empresa aumentou o número de centros de distribuição no Brasil de um para 12, com tamanhos entre 30 mil e 50 mil metros quadrados. A logística, segundo especialistas, ganha cada vez mais importância no varejo, diante de um consumidor que deseja receber os produtos em prazos cada vez menores.
          Mesmo com a expansão, considerando até agosto de 2022, o número de unidades da Amazon ainda era menor que o de concorrentes, que tinham até 30 centros, como é o caso da então Via (dona das redes Casas Bahia e Ponto). Americanas S.A. (Lojas Americanas e B2W Digital) possuía 25 centros de distribuição, enquanto o Magazine Luiza totalizava 24 e o Mercado Libre possuía 10.
          Muitos varejistas também apostam no chamado modelo “cross-docking” — um armazém menor para redirecionamento de entregas dentro da própria rede, como um armazém — ou mesmo na utilização de lojas físicas como pequenos centros de distribuição, não apenas para produtos próprios, mas também para vendedores terceiros, caso do Magazine Luiza.
          Diferentemente do mercado mundial, onde era vice-líder, o desempenho da Amazon no Brasil, considerando meados de 2022,  ainda estava muito aquém do de suas rivais, segundo estimativas de mercado. O ranking da Sociedade Brasileira de Varejo e Consumo (SBVC) dos maiores marketplaces online mostrava a Amazon em sexto lugar, com R$ 3,832 bilhões em mercadorias vendidas em 2021. O número não incluá vendas de terceiros. Se consideradas essas outras vendas, o número estimado subia para R$ 10 bilhões, segundo a consultoria Varese Retail.
          Ainda assim, esses números eram bem inferiores aos quatro primeiros do ranking: Mercado Libre (R$ 68 bilhões), Americanas S.A. (R$ 42,2 bilhões), Magazine Luiza (R$ 39,7 bilhões) e Via (R$ 26,4 bilhões).
          O líder das operações da Amazon no Brasil, Ricardo Pagani, não revelou números de investimentos ou receitas, mas diz que foram feitos “investimentos importantes” e que a empresa estava apenas no início de suas operações no Brasil. Embora tenha chegado em 2012, comercializando inicialmente apenas livros digitais e e-readers Kindle, a ampliação da oferta de produtos e categorias foi gradual. Os livros impressos começaram a ser vendidos em 2014, depois vieram os itens em parceria com terceiros (vendedores) e somente em 2019 a Amazon começou a adquirir produtos para revenda e vender aparelhos como Alexa. Em agosto de 2022 havia uma variedade de 50 milhões de produtos à disposição dos clientes, em 30 categorias.
          “Assim como em outros mercados, a Amazon está no Brasil com uma visão de longo prazo. Estamos construindo uma operação de forma sustentada. “São investimentos importantes feitos agora, inicialmente com um horizonte de retorno do investimento de cinco a 10 anos”, disse ele. Sr. Pagani minimizou a disputa pela liderança no Brasil e reforçou que é possível avaliar a posição de cada concorrente em diferentes categorias. No caso dos livros vendidos pelo canal online, por exemplo, a Amazon era a líder em meados de 2022..
          Os investimentos em centros de distribuição, segundo o executivo, foram planejados antes da chegada da Covid-19 no Brasil, mas foram acelerados durante a pandemia.
          Cinco dos 12 núcleos ficam na cidade de Cajamar, a cerca de 40 quilômetros de São Paulo, dois em Cabo de Santo Agostinho (Pernambuco), um em Nova Santa Rita (Rio Grande do Sul), um em São João de Meriti (Rio de Janeiro), um em Santa Maria (Distrito Federal), um em Betim (Minas Gerais) e outro em Itaitinga (Ceará). Cada um tem o nome do aeroporto mais próximo.
          A Amazon pretendia continuar investindo em novos centros de distribuição. A ideia era também ampliar o número de postos de entrega, que em agosto de 2022 eram cinco: (três em São Paulo, além do Rio de Janeiro e de Minas Gerais). As unidades são responsáveis ​​pela chamada “última milha”, que é a etapa final do consumidor, e atuam em determinadas situações.
          A logística, diz o fundador e diretor da 360Varejo, Luiz Claudio Dias de Melo, é a próxima grande novidade e exige altos investimentos. Um sinal da preocupação da Amazon com as entregas, segundo ele, era a então recente compra de 10% da Total Express, empresa de logística e distribuição.
          Mas a Amazon chegou mais tarde nesta ofensiva retalhista para expandir os centros de distribuição no Brasil, observa Melo, que afirma que a empresa enfrenta “um campo minado”. Embora domine mercado dos EUA, no Brasil enfrenta concorrentes maiores e à frente em termos de estrutura logística: “Esse movimento que a Amazon está fazendo é tardio. O mercado está muito movimentado e minado. “Os investimentos das grandes operadoras já aconteciam há anos”, disse.
          A avaliação do atraso é compartilhada pelo sócio e fundador da consultoria Varese Retail, Alberto Serrentino, que aponta uma atitude agressiva
(Fontes: revista Exame - 21.11.2007 / 28.12.2011 / 21.08.2013 / 13.11.2013 / msn Economia e Negócios - 04.12.2014 / The New York Times/Estadão - 28.08.2017 / Exame.com 26.10.2017 / Negócios (Luciana Caczan) - 10.12.2018 / ÉpocaNegócios - 22.01.2019 - IstoÉDinheiro - 29.07.2019 / Época Negóciso - 29.05.2021 / Valor - 30.11.2023 / Época Negócios - 21.08.2024 / Valor - 22.08.2022 - partes)


German version:
          Das Unternehmen wurde 1994 unter dem Namen Cadabra gegründet und kurz darauf in Amazon.com umbenannt. Dabei ließ sich der Gründer Jeff Bezos vom südamerikanischen Fluss Amazonas inspirieren. Als New Economy-Pionier ist Amazon.com schon seit 1995 online. Aus dem ursprünglich kleinen Buchhändler entstand das heute weltgrößte Internet-Kaufhaus.
          Bereits drei Jahre nach Gründung erfolgte der Börsengang, wodurch das Unternehmen die weltweite Expansion weiter forcieren konnte. Durch die Übernahme der ABC Bücherdienst GmbH 1998 setzte der Konzern erstmals die Füße auf den deutschen Markt. In den Folgejahren konnte das Produktsortiment und die führende Marktstellung dank zahlreicher weiterer Übernahmen ständig ausgebaut werden.
          Amazon.com ist ein führender Interneteinzelhändler, der eine sehr breite Produktpalette anbietet. Das Sortiment reicht von Büchern über Elektronikartikel bis hin zu Schuhen. Zudem vertreibt der Konzern den eBook-Reader Kindle, mit dem verschiedene digitalisierte Bücher heruntergeladen und gelesen werden können, sowie den Tablet-PC Kindle Fire. Auf dem Marketplace von Amazon.com können Privatpersonen, aber auch andere Unternehmen neue und gebrauchte Produkte vertreiben.
          Der Firmensitz befindet sich in Seattle.
(Fonte: Europas Erstes Finanzportal Boerse.de)

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