A Alesat começou com um posto de combustíveis do pai do empresário Marcelo Alecrim, em Canguaretama, cidade de 25.000 habitantes no interior do Rio Grande do Norte, na década de 1970. Em 1996, foi criada a Satélite Distribuidora de Petróleo.
A Sat, como era conhecida, se fundiu em 2006 com a mineira Ale, que já era a quarta maior distribuidora do país, controlada pelo grupo mineiro Asamar. O fundo Darby tem participação minoritária. Por volta de 1998, o empresário mineiro Alberto Luis Soares, então presidente e um dos sócios do grupo Asamar, empregara parte do dinheiro que lhe coube nos 215 milhões de dólares recebidos dos franceses da Lafarge pela venda da cimenteira Matsulfor e da fábrica de concreto Beton, na criação da distribuidora Ale Combustíveis, que já contava então com 50 postos de serviços.
A Sat, como era conhecida, se fundiu em 2006 com a mineira Ale, que já era a quarta maior distribuidora do país, controlada pelo grupo mineiro Asamar. O fundo Darby tem participação minoritária. Por volta de 1998, o empresário mineiro Alberto Luis Soares, então presidente e um dos sócios do grupo Asamar, empregara parte do dinheiro que lhe coube nos 215 milhões de dólares recebidos dos franceses da Lafarge pela venda da cimenteira Matsulfor e da fábrica de concreto Beton, na criação da distribuidora Ale Combustíveis, que já contava então com 50 postos de serviços.
No caminho para chegar até aqui, a empresa comprou algumas operações, como a Polipetro, que tinha atuação no Sul do país, e as operações da multinacional Repsol no Brasil, ambas em 2008, e a recifense Ello-Puma, em 2012.
Em junho de 2016, então com 1.200 funcionários, a Alesat é vendida para a concorrente Ipiranga, por 2,17 bilhões de reais. O período que se seguiu foi de uma postura mais dura do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) que, após longos 14 meses, vetou a venda da Alesat, em agosto de 2017.
Enquanto esperava a decisão do Cade, a empresa viu sua participação de mercado e seu faturamento recuarem. Com a decisão negativa, a empresa, que estava com o freio de mão puxado, teve de acelerar para colocar o plano B em ação.
O plano B consistia em duas fases. Primeiro, era preciso melhorar imediatamente os resultados. A empresa renegociou contratos que estavam parados com fornecedores, montou uma importadora de combustíveis e fechou seus escritórios em Belo Horizonte e Rio de Janeiro para concentrar as operações em São Paulo. Também aumentou o relacionamento com os donos de postos, que estavam inseguros sobre o futuro. E seis meses, segundo a empresa, a fatia de mercado foi recuperada.
Para brigar com as grandes, a Alesat quer comprar as pequenas. Mas, um sócio internacional também poderia dar a estrutura necessária para a Alesat competir com as grandes, leia-se BR, Ipiranga e Raízen. Nesse sentido, a holandesa Vitol e a francesa Total estariam sondando e empresa como já fizeram no passado. Outra opção seria fazer uma oferta inicial de ações na bolsa brasileira, a B3.
Considerando dados de março de 2018, a Alesat é uma rede de 2017 postos com um faturamento anual de 11,2 bilhões de reais.
Em 29 de junho de 2018, então com 2,5% de market share no mercado interno, segundo a ANP, a Alesat é vendida para o grupo suíço Glencore, uma das maiores trading do mundo. Os vendedores foram o grupo Asamar, que desinvestiu 50%, o fundo de investimento Darby, 18% e o CEO da Alesat, Marcelo Alecrim, que vendeu 10%. A Glencore passa a ter então uma fatia de 78%. Marcelo Alecrim, que continua com 22% de participação passa a ser presidente do conselho de administração da empresa.
Pouco tempo antes o grupo Ultra, dono da rede Ipiranga tentou abocanhar a Alesat, mas recebeu negativa do Cade.
O logotipo da rede de distribuição de combustíveis Ale continua o mesmo: a letra A maiúscula nas cores azul, vermelha e branca. Mas ganhou no início de 2019 a expressão "by Glencore " em letras pequenas. A trading suíça, que assumiu o controle da companhia brasileira em setembro de 2018, ao manter a discrição na marca ilustra bem sua estratégia. Manter a forma de atuar da Ale que a levou ao quarto lugar no ranking do setor, mas introduzindo uma cultura de busca de eficiência e controle de custos em todos os níveis, além de novos padrões de "compliance".
Em junho de 2016, então com 1.200 funcionários, a Alesat é vendida para a concorrente Ipiranga, por 2,17 bilhões de reais. O período que se seguiu foi de uma postura mais dura do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) que, após longos 14 meses, vetou a venda da Alesat, em agosto de 2017.
Enquanto esperava a decisão do Cade, a empresa viu sua participação de mercado e seu faturamento recuarem. Com a decisão negativa, a empresa, que estava com o freio de mão puxado, teve de acelerar para colocar o plano B em ação.
O plano B consistia em duas fases. Primeiro, era preciso melhorar imediatamente os resultados. A empresa renegociou contratos que estavam parados com fornecedores, montou uma importadora de combustíveis e fechou seus escritórios em Belo Horizonte e Rio de Janeiro para concentrar as operações em São Paulo. Também aumentou o relacionamento com os donos de postos, que estavam inseguros sobre o futuro. E seis meses, segundo a empresa, a fatia de mercado foi recuperada.
Para brigar com as grandes, a Alesat quer comprar as pequenas. Mas, um sócio internacional também poderia dar a estrutura necessária para a Alesat competir com as grandes, leia-se BR, Ipiranga e Raízen. Nesse sentido, a holandesa Vitol e a francesa Total estariam sondando e empresa como já fizeram no passado. Outra opção seria fazer uma oferta inicial de ações na bolsa brasileira, a B3.
Considerando dados de março de 2018, a Alesat é uma rede de 2017 postos com um faturamento anual de 11,2 bilhões de reais.
Em 29 de junho de 2018, então com 2,5% de market share no mercado interno, segundo a ANP, a Alesat é vendida para o grupo suíço Glencore, uma das maiores trading do mundo. Os vendedores foram o grupo Asamar, que desinvestiu 50%, o fundo de investimento Darby, 18% e o CEO da Alesat, Marcelo Alecrim, que vendeu 10%. A Glencore passa a ter então uma fatia de 78%. Marcelo Alecrim, que continua com 22% de participação passa a ser presidente do conselho de administração da empresa.
Pouco tempo antes o grupo Ultra, dono da rede Ipiranga tentou abocanhar a Alesat, mas recebeu negativa do Cade.
O logotipo da rede de distribuição de combustíveis Ale continua o mesmo: a letra A maiúscula nas cores azul, vermelha e branca. Mas ganhou no início de 2019 a expressão "by Glencore " em letras pequenas. A trading suíça, que assumiu o controle da companhia brasileira em setembro de 2018, ao manter a discrição na marca ilustra bem sua estratégia. Manter a forma de atuar da Ale que a levou ao quarto lugar no ranking do setor, mas introduzindo uma cultura de busca de eficiência e controle de custos em todos os níveis, além de novos padrões de "compliance".
Em dezembro de 2022, a rede Ale contava com cerca de 1.500 postos e 2.500 grandes clientes. A empresa possui 43 centros de distribuição, 3 escritórios e atuação em 21 estados e no Distrito Federal. É a quarta maior distribuidora do país, pertence 100% ao grupo Glencore e tem faturamento em torno de R$ 20 bilhões, considerando previsão para 2023.
(Fonte: revista Exame - 02.12.1998 / 04.04.2018 / jornal Valor - 02.07.2018 / 08.03.2019 / 07.03.2023 - partes)
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