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3 de out. de 2011

Siemens

           Werner von Siemens fundou a empresa na Alemanha, em 1847. No início, fabricava telégrafos, bondes e geradores de energia. Von Siemens enfrentou as questões mais urgentes de seu tempo, a exemplo de se os bondes seriam melhores do que as carruagens, e as solucionou com inovações importantes. No Brasil, o primeiro negócio da empresa foi em 1867. Por encomenda de dom Pedro II, foi desenvolvida a linha de telégrafo entre o Rio de Janeiro e o Rio Grande do Sul. Um poste usado nessa linha, que está na entrada da sede da empresa em São Paulo, foi transformado numa espécie de monumento da Siemens, simbolizando o primeiro negócio no país.
           O conglomerado alemão de engenharia tem como principais áreas de atuação energia, saúde e automação industrial.
           Com sede em Munique, a Siemens, no início da década de 2000 direciona parte da empresa para a tecnologia da informação, com ênfase para a área de saúde. Adquire, em 2000, a Shared Medical System, fornecedora de software para mais de mil clínicas e hospitais nos EUA. Logo, um terço dos registros hospitalares nos Estados Unidos passaram a ser feitos através da Siemens.
           E os sistemas da empresa passaram a marcar presença ao redor do mundo como nos exemplos (do início do século) a seguir: o que engarrafar, como fazê-lo e até mesmo quais fórmulas serão usadas são controlados pela plataforma desenhada pela Siemens em algumas fábricas da Anheuser-Busch; mistura, prensa e secagem das massas Barilla com a ajuda de máquinas controladas por software Siemens; desenho e construção de separadores de bagagens e esteira de passageiros no então novo terminal do aeroporto Charles de Gaulle; o sistema de separação da Siemens ajuda 95% do correio doméstico da Alemanha a alcançar seu destino em menos de um dia; a composição do trem Maglev de Xangai passou a deslizar em trilhos magnéticos a 400 quilômetros por hora.
           Em 2008, a Siemens passa por um escândalo de enormes proporções, considerado o maior escândalo corporativo da história da Alemanha. Foi confirmado que no período de 2001 a 2007, a gigante industrial alemã pagou 1,4 bilhão de dólares em propinas para funcionários de governos de 34 países - incluindo o Brasil. A multa foi de 1,6 bilhão de dólares. A cúpula da companhia caiu e alguns dirigentes foram presos.
           A Siemens apresenta números robustos: US$ 100 bilhões de faturamento anual, 400 mil empregados em 190 países.
          No final de outubro de 2023, a Siemens Energy AG promove negociações com o governo alemão para garantir até 16 bilhões de euros (US$ 16,9 bilhões) em garantias estatais, à medida que os problemas em sua unidade de turbinas eólicas se espalham para o resto do negócio. As ações chegaram a cair 40%.
(Fonte: revista Forbes - 18.07.2001 e 11.10.2002 / revista Exame - 13.04.2016 / Valor - 26.10.2023 - partes)

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