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3 de out. de 2011

São Martinho

          O grupo sucroenergético São Martinho foi fundado em 1948 e se insere na indústria de processamento da cana, um dos setores de destaque no agronegócio e um dos principais motores da economia brasileira.
          A principal usina, em Pradópolis, no interior paulista, é a maior processadora de cana do mundo, com capacidade de 10 milhões de toneladas por safra e um nível médio de automatização de 99,8%.
          Em 2007, a São Martinho começou a profissionalizar a área de gestão de pessoas, quando as ações passaram a ser negociadas no Novo Mercado, da Bolsa de Valores de São Paulo.
          A Usina Boa Vista, situada em Quirinópolis (GO) foi inaugurada em 2008, e é considerada uma das mais modernas do mundo. Em junho de 2010, a São Martinho S.A. e a Petrobras Biocombustível S.A. (PBio) - subsidiária da Petrobras - anunciaram uma parceria estratégica para a produção de etanol no Estado de Goiás. Foi constituída uma nova empresa denominada Nova Fronteira Bioenergia S.A., que controla a Usina Boa Vista S.A. e a SMBJ Agroindustrial S.A.. A PBio adquiriu 49% da nova sociedade enquanto que a São Martinho S.A. ficou com 51% das ações.
          Em outubro de 2011, a São Martinho anunciou a compra de 32,18% da Santa Cruz - Açúcar e Álcool (Usina Santa Cruz) e 17,97% da Agropecuária Boa Vista S.A. Em 2014 a São Martinho concluiu a aquisição de 59,95% de participação adicionais na Usina Santa Cruz, atingindo a participação de 92,14%.
          Em dezembro de 2015, a São Martinho anunciou a compra da participação da Petrobrás Biocombustíveis e minoritários na Nova Fronteira Bioenergia S.A. Em 23 de fevereiro de 2017 a Companhia finalizou o processo de incorporação. Em fevereiro de 2018, a Petrobras se desfez totalmente de sua participação na São Martinho.
          Para se precaver contra as intempéries climáticas, a companhia investe em tecnologia usando, por exemplo, dados que medem a temperatura dos oceanos para planejar operações futuras. O processo de transformação do campo, chamado de Agricultura 4.0, vai muito além da pluviometria. 
          Para continuar à frente da revolução tecnológica, a São Martinho procura transformar dados de operações agrícolas em indicadores para antecipar problemas e reduzir custos. Uma das experiências que a companhia já teve com a tecnologia foi relacionada à adoção de 4G em máquinas agrícolas da usina, o que permite a transmissão em tempo real de dados das atividades para a sede.
          A São Martinho tem unidades em Pradópolis, Iracemápolis (Iracema) e Américo Brasiliense (Santa Cruz), no Estado de São Paulo. Em Goiás, tem unidade no município de Quirinópolis (Boa Vista). A companhia também possui uma unidade para produção de ácido ribonucleico, a Omtek, também localizada em Iracemápolis.
          A São Martinho está entre os maiores grupos sucroenergéticos do Brasil. Com capacidade de moagem de 24 milhões de toneladas de cana, em quatro usinas em operação, a companhia emprega mais de 11 000 profissionais, que se dividem entre as fazendas de produção e o escritório que fica em São Paulo.
          Os primos Luiz Antônio Cera Ometto, nascido em 1935 e João Guilherme Sabino Ometto, nascido em 1940, são os maiores acionistas do grupo São Martinho, ao lado de um terceiro primo, Nelson Marques Ferreira Ometto, nascido em 1931. O trio é primo de outro bilionário, Rubens, da Cosan. A família Ometto começou a trabalhar com cana-de-açúcar em 1914 e a produzir álcool em 1937. Hoje a São Martinho é uma das maiores usinas sucroalcooleiras do mundo. O grupo também produz energia elétrica a partir do bagaço da cana.
          Em fins de outubro de 2023, a São Martinho anunciou seu próximo passo no segmento de produtos renováveis, que pode ser crucial para a redução da pegada de carbono da empresa: a construção de sua primeira planta de biometano, com investimento de R$ 250 milhões.
          A nova fábrica ficará anexa à usina de cana-de-açúcar Santa Cruz, em Américo Brasiliense, no estado de São Paulo, de onde sairá a matéria-prima para a fabricação do gás natural renovável. O principal insumo para a produção será a vinhaça (100% do volume produzido pela Santa Cruz), subproduto do etanol de cana-de-açúcar.
          A unidade terá capacidade para produzir 15,6 milhões de metros cúbicos de biometano durante o período de moagem. Com esse volume, ao substituir o consumo de gás natural fóssil, a São Martinho calcula que o biometano tem potencial para evitar a emissão de até 32 mil toneladas equivalentes de gases de efeito estufa, volume compatível com 91 mil viagens de caminhão entre as cidades de São Paulo e do Rio de Janeiro por ano, ou 250 viagens por dia.
          O início das operações está previsto para o segundo semestre de 2025, com aproximadamente 40% da capacidade da planta entregue na safra 2025/26, de acordo com o presidente da São Martinho, Fabio Venturelli. Na temporada seguinte, a expectativa é que a entrega chegue a 100%.
(Fonte: Wikipédia / revista Você S.A. - 07.11.2018 / Forbes Brasil - 27.08.2021 / Valor - 01.11.2023 - partes)

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