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5 de out. de 2011

Microsoft

          A Microsoft (software para microcomputadores) foi fundada por William (Bill) Gates III e Paul G. Allen (1953-2018), em 1975. Bill Gates abandonou a Universidade Harvard para criar a empresa. Ele logo se transformou num dos maiores símbolos da revolução dos computadores na vida das pessoas e dos negócios. A empresa foi criada como Micro-Soft e foi apenas em novembro de 1976, um ano após ser criada, que o termo perdeu o hífen.
          Em 1980, com apenas cinco anos de existência da Microsoft, um cliente em potencial abordou Gates pedindo que ele desenvolvesse um sistema operacional (OS) para seu novo computador pessoal. Gates não havia construído um sistema operacional antes, então ele encaminhou o potencial cliente para um concorrente chamado Digital Research. Por fim, o cliente em potencial não conseguiu chegar a um acordo com a Digital Research, e voltou a Gates e pediu novamente os serviços da Microsoft. Dada uma segunda chance, Gates concordou em desenvolver o sistema operacional para o cliente em potencial. O cliente em potencial era a IBM, e sua parceria de anos com a Microsoft lançou a empresa de Gates na estratosfera do mundo da computação. Se não fosse por um golpe de sorte, Gates e a Microsoft teriam perdido um acordo que mudaria a empresa. Se alguém avaliasse a decisão inicial de Gates de encaminhar a IBM para um concorrente com base apenas no resultado final, poderia chegar à conclusão errada. Se a Digital Research tivesse chegado a um acordo para construir o sistema operacional para a IBM, eles, em vez da Microsoft, poderiam ter se tornado os gigantes do mundo do desenvolvimento de software. O próprio Gates provavelmente admitiria que a boa sorte o salvou de uma má decisão.
          Em meados da década de 1990, o Windows 1995 tornou-se um sucesso global com suas janelas coloridas, seus ícones "realistas" e seu pacote de programas, capazes de criar documentos de texto, planilhas ou coleções de imagens. A utilidade do computador para o dia a dia cresceu exponencialmente.
          Em junho de 1996, com o lançamento do navegador Explorer 3, Bill Gates põe fogo na guerra para ver quem vai dominar a internet: ele ou Mark Andreessen, da Netscape.
          Em 1997, a Microsoft comprou o serviço de correio eletrônico Hotmail que, em setembro de 1999, atingia 30 milhões de usuários.
          Em 1998, o Departamento de Justiça dos Estados Unidos processou a empresa de Bill Gates, sob a alegação de que a companhia usara práticas ilegais para proteger e manter um monopólio, forçando os fabricantes de PCs a vender o Windows 95 com o navegador Internet Explorer atrelado aos códigos do sistema operacional, o líder do mercado. A organização esteve perto de ser dividida em duas: uma de sistemas operacionais e a outra de programas. Depois de três anos de disputa, a Microsoft selou acordo com a Justiça: aceitou dar flexibilidade aos fabricantes de computadores na escolha de programas e compartilhar dados do Windows com outros desenvolvedores.
          Em meados de 2006, a Microsoft tinha aproximadamente 61.000 funcionários, receita anual de 39,7 bilhões de dólares e como produtos principais Windows, Office e Xbox. Bill Gates se preparava para se aposentar e se dedicar integralmente à Fundação Bill e Melinda Gates (fundada em 1994). Gates contava então com um triunvirato. Dois eram executivos de sua confiança há anos: Steve Ballmer, seu braço direito e responsável pelo dia-a-dia do negócio desde 2000, e Craig Mundie, que passou a ter responsabilidade sobre as áreas de pesquisa e estratégia. Mas o nome decisivo no caminho da Microsoft era outro, relativamente novo na empresa. Tratava-se de Ray Ozzie, criador do software Lotus Notes, antecessor do então ubíquo Outlook. Ozzie chegou à Microsoft  nos primeiros meses de 2005, quando sua companhia, a Groove Networks, foi adquirida pela Microsoft.
          Em 2011, a empresa compra o Skype por US$ 8,5 bilhões.
          Em 13 de junho de 2016, a dona do Windows anuncia o fechamento de um acordo para a compra da rede social profissional LinkedIn por US$ 26 bilhões, a maior aquisição já feita pela Microsoft até então. O negócio reforça a estratégia do executivo-chefe Satya Nadella, que tem direcionado a companhia para a oferta de serviços. Desde que assumiu o posto, em 2014, o executivo tem investido no conceito de nuvem, com produtos como o Office 365, o OneDrive e o Azure.
         Uma das principais decisões de Nadella foi reverter o investimento feito por seu antecessor, Steve Ballmer, de comprar a Nokia para tentar avançar no mercado de telefones celulares. Nadella fez uma baixa contábil de US$ 7,6 bilhões referentes ao negócio e demitiu milhares de funcionários. No final de maio de 2016, a companhia anunciou a venda do negócio de telefones mais simples para a Foxconn por US$ 350 milhões.
          A companhia é dona do Dynamics, um programa que funciona nos moldes de produtos da alemã SAP, da americana Salesforce e da brasileira Totvs.
          A Microsoft Corp. é líder mundial na criação e na venda de serviços, software e hardware. Seus produtos incluem sistemas operacionais para computadores, servidores, celulares e dispositivos inteligentes. A empresa ainda oferece aplicativos para ambientes computadorizados distribuídos, produtividade, soluções de negócios, ferramentas para desktop e administração de servidores, desenvolvimento de software, videogames e publicidade online.
          “Será o sucessor da internet móvel”, disse Mark Zuckerberg sobre o metaverso em outubro de 2021 durante a Connect, a conferência anual do Facebook voltada à realidade virtual. O anúncio balançou o mercado de tecnologia – e não demorou para que outras empresas do setor abraçassem a ideia: em janeiro de 2022, a Microsoft adquiriu a desenvolvedora de jogos Activision Blizzard (Call of Duty, World of Warcraft, Candy Crush) por US$ 68,7 bilhões, sob a justificativa de que o acordo ajudaria a gigante a construir o seu próprio metaverso.
          Em janeiro de 2022, a Microsoft compra a Activision Blizzard por 68,7 bilhões. Trata-se da maior aquisição já feita no setor de games. Em comunicado, a gigante de tecnologia disse que a compra irá “acelerar o crescimento da área de games da Microsoft, incluindo jogos para celular, PC, console e nuvem”. A empresa acrescentou que, quando concluída, a transação fará da Microsoft "a terceira maior empresa de jogos do mundo em receita, atrás da Tencent e da Sony”. A Activision Blizzard é uma das maiores desenvolvedoras de jogos interativos do mundo, criadora de sucessos como “Call of Duty”, “Candy Crush” e “Warcraft”. Segundo o comunicado, Bobby Kotick continuará atuando como CEO da empresa.
          Pouco depois de meados de outubro de 2023, a Microsoft finalmente conclui a compra da Activision Blizzard. Ela concluiu a compra da produtora de videogames por US$ 69 bilhões, fechando uma das aquisições tecnológicas mais caras da história, que pode ter repercussões em todo o setor. O aviso de que o negócio foi concretizado veio sete horas depois que a Microsoft obteve a aprovação final do órgão de fiscalização da concorrência do Reino Unido.
          Em 18 de setembro de 2023, a Microsoft anunciou a saída de Panos Panay, do comando da área de produtos, que passará a ser ocupado por Yusuf Mehdi, atual diretor de esforços de marketing da companhia junto a consumidores. Com quase 20 anos na empresa, Panay liderou a criação da linha de computadores da Microsoft, Surface, e, mais recentemente, supervisionou o lançamento do sistema operacional Windows 11. Agora, de acordo com a Bloomberg, o executivo será contratado pela Amazon para comandar a unidade responsável pelos produtos Alexa e Echo.
          Com dados de agosto de 2017, a empresa, com sede em Seattle, tem 124.000 funcionários e tem operação em 110 países.
(Fonte: revista Exame - 06.10.1999 / 05.07.2006 / jornal Valor online - 13.06.2016 / 14.06.2016 / revista Veja - 06.01.2016 / 10.05.2917 / Época Negócios - 18.01.2022 / Robert Glazer - 20.05.2022 / SuperInteressante - junho 2023 - partes)


Microsof - Versão II
          A Microsoft é a empresa que provavelmente fabricou o produto que está diante dos seus olhos. Fundada em 1975 por Bill Gates e Paul Allen, amigos de infância, a Microsoft surgiu de um sonho e de uma paixão por tecnologia.
          Empolgados em desenvolver um software interpretador de linguagens para o computador da época, o Altair 8800, eles conseguiram firmar um contrato com a MITS, fabricante da máquina. Na época, Gates largou seu terceiro ano na renomada Universidade de Harvard e Allen seu emprego como programador para que pudessem focar na nova empresa.
          Três anos após a fundação da companhia, a receita anual da Microsoft já ultrapassava 1 milhão de dólares. A startup fundada pelos dois amigos começou a chamar a atenção de grandes indústrias da tecnologia, como a International Business Machines (IBM). Prestes a lançar seu primeiro computador pessoal, em 1981, a companhia procurou por Gates e Allen para que eles pudessem licenciar seu sistema operacional – o MS-DOS – em suas máquinas.
          Desde então, a Microsoft continuou a todo vapor. Em 1985, lançou a primeira versão do Windows. Pela primeira vez, o sistema operacional possuía uma interface gráfica para os usuários que incluía menus suspensos, barras de rolagem e outros recursos totalmente inovadores.
          Com o passar dos anos, a Microsoft foi crescendo e expandindo o seu leque de produtos. A empresa sempre foi focada em inovação, mas nem sempre teve seus dispositivos reconhecidos pelo mercado. Em 2000, a Microsoft já falava em tablets e, em 2007, de smartwatches.
          No entanto, nem tudo são flores. A história da companhia está recheada de produtos que não tiveram o sucesso esperado, como o lançamento do smartphone Motorola Kin.
          A empresa de Gates investiu mais de 1 bilhão de dólares e dois anos para que o celular fosse criado, com a proposta de ter uma integração com as principais redes sociais da época. Em poucos dias no mercado, ficou claro que o produto não ia vingar, os estoques ficaram encalhados e em menos de dois meses ele foi descontinuado.
          Mesmo em seu negócio principal, o de Sistemas Operacionais, a Microsoft já errou bastante. Quem não se lembra do Windows Vista, que foi de “maior lançamento da história do software” para um dos maiores arrependimentos da história da corporação? Para se ter uma ideia, a equipe de tecnologia da Microsoft foi forçada a admitir que o Vista foi um completo fracasso e acelerar o desenvolvimento do Windows 7.
          De qualquer forma, entre os erros e acertos, a startup fundada por dois amigos com um sonho se tornou uma gigante da tecnologia que produz sistemas operacionais para computadores, oferece cloud service, celulares, dispositivos inteligentes, videogames e outros, o que tem proporcionado a ela uma receita anual de 143 bilhões de dólares, chegando aos 2 trilhões de dólares de mercado. Isso prova que os acertos foram muito superiores ao erros.
          É verdade que ninguém tinha noção de que a Microsoft se transformaria nessa gigantesca corporação quando Bill decidiu largar os estudos para abrir uma empresa. Hoje, Gates está entre os mais ricos do mundo e provavelmente ele faria tudo de novo, porém o risco que ele tomou é realmente algo a se pensar. Todos conhecem alguém que decidiu largar tudo para empreender e algo deu errado no caminho – é normal.
(Fonte: Nord Research - 26.06.2021)

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