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31 de out. de 2011

Anhanguera (Universidade)

          A Universidade Anhanguera foi fundada em 1994, ainda como Anhangüera (com o trema, que caiu no Acordo Ortográfico de 2009), por Antonio Carbonari Netto e passou a ter forte presença no interior paulista.
          Tomando-se um panorama de 2003, os professores universitários Antonio Carbonari Netto, Maria Elisa Carbonari e José Luis Poli eram os desconhecidos donos de uma desconhecida rede de faculdades espalhadas pelo interior de São Paulo.
          Sob o comando do trio estavam 8.000 alunos, dispersos por uma região que ia de Jundiaí a Pirassununga. Conforme novos alunos chagavam aos milhares, vindos principalmente da emergente classe C, ficou claro para Carbonari Netto e seus sócios que aquele poderia ser um negócio maior. E que, para crescer, ele precisaria de uma identidade única - uma marca.
           A escolha do nome que, mais tarde, batizaria a então maior rede de universidades privadas do país não seguiu nenhum manual. A marca Anhanguera - uma palavra tupi-guarani, comprida, impronunciável fora do Brasil e sem nenhum vínculo com o conceito de educação - foi adotada porque a maior parte das faculdades do grupo estava localizada próxima à rodovia que corta o interior paulista.
          Em 2003, a Anhanguera recebeu seu primeiro aporte de investidores, entre eles o Pátria, um dos maiores gestores de recursos do país. Em 2005, foi comprada pelo próprio Pátria.
          Em 2007, a Anhanguera tornou-se a primeira universidade de capital aberto, com ações na Bolsa de Valores de São Paulo (BM&FBovespa). Com sucessivas injeções de recursos, a rede cresceu de forma vertiginosa por meio de aquisições. Apenas em 2008 foram 13 compras, no valor total de 299 milhões de reais. Todas as instituições compradas passaram a adotar o nome Anhanguera.
          Em 2009, a Anhanguera havia atingido números reluzentes. 250.000 alunos de formação superior, distribuídos em 53 campi e 38 cidades de oito estados. O grupo tinha ainda centenas de núcleos profissionalizantes e de ensino a distância em todos os estados brasileiros.  
          A Anhanguera se desfez, em 2010, da participação que tinha na rede de cursos de informática Microlins.
          Na Anhanguera, valeu a premissa de manter poucos sócios para acelerar decisões. O Pátria chegou a ter 82% do capital - e, após 30 aquisições, só sobraram os sócios da primeira universidade adquirida.
          Em 2013, quando já havia comprado a Uniban, foi anunciada a venda da Anhanguera para a Kroton, depois Cogna (vide origem da marca Cogna-Kroton neste blog), cuja conclusão ocorreu em 2014. Carbonari Netto tem ações da Kroton e está cumprindo cláusula de não competição no Brasil (ele está investindo em parceria com John Peterson, numa universidade nos Estados Unidos, chamada Miami University of Science and Technology (Must)).
(Fonte: revista Exame - 18.01.2006 / 17.06.2009 / jornal Valor online - 20.04.2016)

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