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5 de out. de 2011

Motorola

          Paul Galvin começou consertando e depois fabricando baterias para rádios Sears. Galvin era movido pela ambição de trabalhar por conta própria e de transformar seu negócio - uma aventura de cinco sócios - numa grande e sólida companhia.   
          Desde a sua fundação em 1928, com a razão social de Galvin Manufacturing Co., a empresa criada pelos irmãos Paul e Joseph Galvin tinha um grande ideal: fazer com que a eletrônica ajudasse a melhorar a qualidade de vida das pessoas.
          O primeiro sucesso comercial da empresa aconteceu em 1930, com o lançamento de um rádio para automóvel, prático e de preço acessível. Paul Galvin deu ao aparelho o nome de Motorola, porque queria associar ao rádio as ideias de carro (motocar) com Victrola, uma conhecida marca de eletrola. Ainda nos anos 1930, outros produtos foram colocados no mercado, sempre com inovações importantes.
          No entanto, nos anos 1940, a empresa ganhou maior impulso com o lançamento de uma série de novos produtos. A marca Motorola tornou-se tão conhecida que, em 1947, a empresa decidiu mudar, passando a denominar-se Motorola Inc.
          A Motorola é precursora no lançamento de celulares. Os primeiros foram lançados por Martin Cooper, em 1973. 
           No Brasil, a Motorola aproveitou bem o boom da telefonia celular. Em 1996, era líder absoluta em seu meio. Em São Paulo, o maior mercado do país, 3 em cada 4 pessoas, quando colavam um celular no ouvido, usavam Motorola. Sob o comando de executivo carioca Flavio Grynszpan, em 1996, a empresa avançou como nunca no mercado de telecomunicações. Venceu a concorrência para implantação de sistemas de telefonia celular em Campinas (96 milhões de dólares) e Fortaleza (7 milhões). Construiu uma fábrica em Jaguariúna, no interior de São Paulo, capaz de produzir até 1 milhão de celulares por ano.
          A Motorola escolheu o Brasil para ligar toda a América Latina ao sistema de satélites Iridium, a mágica tecnológica que no futuro permitiria que uma pessoa usasse um único telefone em qualquer ponto do planeta. Em 1997, a agência de publicidade Ammirati Puris Lintas ganhou a desafiante incumbência de divulgar mundialmente o Iridium, que começaria, em setembro de 1998, a comercialização do primeiro telefone do tamanho de um celular capaz de funcionar via satélite em qualquer ponto do planeta (menos nos polos Norte e Sul), com um único número. A campanha global para promover a nova marca seria veiculada a partir d 22 de junho de 1998 em mais de 500 revistas e 350 jornais, além de emissoras de TV a cabo. Investimento previsto: 140 milhões de dólares.
          Em janeiro de 1999, assume a presidência da subsidiária brasileira da empresa o executivo paulista Dante Iacovone, nascido em 1956, com a incumbência de reanimar a empresa que em pouco menos de dois anos viu sua fatia de mercado de celulares cair de 80% para 30%. Os números traduzem a queda da fatia da empresa nas vendas de telefones celulares de 1997 até setembro de 1999, período em que o mercado explodiu de 4,5 milhões para 11 milhões de unidades. Nessa disparada, quem mais cresceu foram suas principais concorrentes, Ericsson e Nokia-Gradiente.
          O problema não se restringe à operação brasileira. Foi uma cochilada mundial da Motorola, uma das empresas mais reputadas na área de tecnologia. Culminou com a queda de vendas de 1% em 1998. Uma das causas dessa perda foi o revés do consórcio Iridium, de celular global via satélite, concordatário desde agosto de 1999. Escorregão pior foi ficar atrás de suas concorrentes na passagem da tecnologia analógica para a digital em celulares - negócio responsável por 42% da receita da Motorola. Isso lhe custou a perda da liderança para a finlandesa Nokia, que vendeu um quarto dos 163 milhões de celulares consumidos no mundo em 1998. 
          Em 1999, por exemplo, quando mais de 5 milhões de linhas eram vendidas, o StarTAC, da Motorola, menor que um maço de cigarros, torna-se o aparelho mais desejado pelos usuários.
          A Motorola foi comprada pela Google em agosto de 2013, por R$ 12,5 bilhões e logo a seguir lançou seu primeiro smartphone, o Motor X. Em 2014, a Google vende a Motorola Mobility (parte cindida da Motorola) para a chinesa Lenovo, por US$ 2,91 bilhões.
             A empresa está localizada em Schaumburg, um subúrbio de Chicago, no estado de Illinois, EUA.
(Fonte: livro: Gestão Estratégica de Negócios - Marly Cavalcanti (organizadora) - Ed. Pioneira - Pág.115 / revista Exame - 01.01.1997 / 03.06.1998 / 17.11.1999 / 15.12.1999 / Wikipedia - partes)

2 comentários:

Unknown disse...

Eu sou fã da Motorola. Desde 1999 que tenho aparelho celular da marca, logo que lançado os smartphones fui um dos primeiros à adquirir o produto. Mesmo antes dos celulares aparecerem eu já usava e era fã dos rádios transmissores. Veio daí a confiança de adquirir os celulares. Nunca me decepcionei.

Unknown disse...

Eu também sempre tive smartphones da Motorola e sem dúvidas Motorola já e uma velha marca conhecida no mercado brasileiro eu comprei um Motorola One é um smartphone fantástico