Mercado Livre

          O Mercado Livre, plataforma de comércio online especializado em intermediar a venda de produtos de pequenos comerciantes e consumidores, foi fundado em 1999, durante a chamada bolha da internet. O site de comércio eletrônico foi fundado pelo argentino Marcos Galperín e  os sócios Stelleo Tolda e Hernan Kazahum, na Argentina, com o nome original de "Mercado Libre". Marcos Galperín é o único do trio que segue à frente da companhia.

          O carioca Stelleo Tolda se juntou aos sócios argentinos criando a versão brasileira do Mercado Livre.com, um site de leilões nos moldes do americano eBay. Em novembro (1999), três dos maiores fundos americanos - o Chase Capital Partners, o Flatiron e o Hicks, Muse, Tate & Furst investiram 7,6 milhões de dólares na empresa.

          Abriu o capital na bolsa americana Nasdaq em 2007. Em 2017, investe no Brasil cerca de 1 bilhão de reais e parte deste valor se destina à construção do primeiro centro de distribuição no país.
          Durante 2018, o Mercado Livre vendeu mais de 334 milhões de itens, totalizando mais de US$ 12 bilhões em volume de mercadorias vendidas (GMV). As transações de pagamento no Mercado Pago, sua unidade de negócios de pagamentos, aumentaram 70%, totalizando US$ 18 bilhões de volume total de pagamentos (TPV).
          Em março de 2019, o Mercado Livre anunciou que pretende oferecer aproximadamente US$ 1 bilhão em ações em uma oferta subsequente (follow on), já que a companhia é listada na Nasdaq desde 2007. Além disso, a empresa anunciou um investimento de US$ 750 milhões do PayPal e de US$ 100 milhões da Dragoneer, que vão subscrever a oferta, totalizando o volume de US$ 1,85 bi. Goldman Sachs, J.P. Morgan e Morgan Stanley estão atuando em conjunto, como agentes de estruturação e viabilização da oferta pública.

          Em 21 de janeiro de 2022, sem divulgar o valor da negociação, nem o percentual envolvido no negócio, o Mercado Livre informou a aquisição de participação acionária no Grupo 2TM, que controla a corretora Mercado Bitcoin e outras empresas do setor blockchain. O Mercado Livre também realizou investimentos na Paxos, companhia que oferece infraestrutura de blockchain e custódia das criptomoedas compradas via Mercado Pago no Brasil. Segundo a companhia, os dois investimentos reforçam o seu compromisso no desenvolvimento e uso de cripto ativos e tecnologia blockchain na região.

          A empresa tem 1600 funcionários no Brasil e 5000 no mundo. Seus concorrentes são de peso: Amazon, Alibaba, Ebay, Paypal, B2W, Netshoes, entre outros.

          Consolidada como a maior empresa de comércio eletrônico na América Latina, tendo o Brasil como principal mercado, a empresa teve faturamento de US$ 10 bilhões no segundo trimestre de 2023 e vale US$ 71,93 bilhões na Bolsa, considerando dados de setembro de 2023.

          A Mercado Livre anunciou na manhã de 31 de janeiro de 2024, o fechamento de um acordo de “naming rights” do estádio do Pacaembu, em São Paulo. O valor do acordo superou R$ 1 bilhão. O local passa a se chamar Mercado Livre Arena Pacaembu. A negociação ocorreu entre a plataforma e o consórcio Allegra Pacaembu, liderado pela construtora Progen, que assinou a concessão do Pacaembu com a Prefeitura de São Paulo, em setembro de 2019, por um prazo de 35 anos.

          Com investimentos de R$ 23 bilhões, o Mercado Livre aposta no uso de robôs em sua operação no Centro de Distribuição SP04, em Cajamar, na Grande São Paulo, que processa cerca de 500 mil pedidos por dia, ou seja, 347 pedidos por minuto. Isso correspondente à separação de até 100 mil compras por dia em 8 horas de trabalho.

(Fonte: revista Exame - 08.03.2000 / 30.08.2017 / jornal Valor - 12.03.2019 / Eleven Financial - 21.01.2022 / Estadão - 18.09.2023 / Valor - 31.01.2024 / Estadão - 07.06.2024  - partes)