O vendedor de livros americano David McConnell (1858-1937) gostava de presentear clientes fieis com perfumes na segunda metade do século XIX, na Califórnia. Não demorou muitos anos para McConnel perceber que, alguns clientes, mais que os livros (sua empresa era aUnion Publishing Company) queriam os perfumes. Ele criou então a Companhia Califórnia de Perfumes, primeiro nome da Avon em 1886.
O nome hoje reconhecido como uma das marcas mais lembradas pelo consumidor quando o assunto é cosméticos surgiu por acaso. Leitor assíduo de William Shakespeare, McConnel gostou do final do nome da cidade onde o dramaturgo inglês havia nascido: Stratford-upon-Avon (que fica às margens do rio Avon, a noroeste de Londres, perto da cidade de Birmingham). A partir de 1939 Avon passou a ser o nome da empresa de McConnell. Outra versão é que, após uma viagem para Stratford-upon-Avon, cidade-natal de Shakespeare na Inglaterra, achou o lugar muito parecido com a região de Nova York onde cresceu. Nascia a Avon
Hoje a Avon está presente em 143 países e tem mais de 6 milhões de revendedoras espalhadas por todo o mundo e tem 42.000 funcionários. No Brasil chegou em 1952 e conta, com dados de novembro de 2016, com 6.500 funcionários.
Em 22 de maio de 2019, a Avon é adquirida pela Natura, que confirmou, após o fechamento do mercado, a compra da Avon Products (a Avon North America foi comprada em abril pelo grupo LG). A nova empresa será formada por 76% da Natura e 24% pelos acionistas da Avon. O acordo avalia a Avon em US$ 3,7 bilhões e o novo grupo em US$ 11 bilhões. Com a nova composição, a Natura se torna a quarta maior empresa do setor de beleza pessoal do mundo, com presença em 100 países. Junto com a Avon, a Natura deve ter um faturamento anual superior a US$ 10 bilhões e mais de 40 mil colaboradores em todo o mundo.
Em outubro de 2023, a Natura informa que a Avon está transferindo o centro de inovação localizado em Suffern, um subúrbio de Nova York para o da Natura em Cajamar, na Grande São Paulo, de olho no mercado latino-americano. Foi no centro de inovação de Nova York que a Avon desenvolveu o Protinol, presente na composição de alguns produtos antissinais da companhia. A mudança é mais uma etapa da aproximação das duas companhias. "Não estamos unindo os departamentos de pesquisa e desenvolvimento das duas empresas", esclarece Daniel Silveira, vice-presidente de marca, marketing e inovação da Avon na América Latina. “Cada uma tem características e ofertas distintas, mas nada disso impede a sinergia em pesquisas, o compartilhamento de tecnologias e o intercâmbio de ideias”. O perfil da vendedora da Avon rejuvenesceu. São mulheres mais práticas, que trabalham fora e complementam a renda vendendo os produtos. Aquela mulher ingênua, dedicada ao lar e à Avon como a que aparece no filme Edward, Mãos de Tesoura (Edward Scissorhands), de Tim Burton, corre o risco, sem Renew, de virar caricatura do passado.
Em dezembro de 2015, o fundo de private equity Cerberus adquire, por US$ 605 milhões, 80% da Avon na América do Norte, que compreende os Estados Unidos, Canadá e Porto Rico. Isso corresponde a 16,6% da companhia. Essa região terá administração separada do restante da empresa.Hoje a Avon está presente em 143 países e tem mais de 6 milhões de revendedoras espalhadas por todo o mundo e tem 42.000 funcionários. No Brasil chegou em 1952 e conta, com dados de novembro de 2016, com 6.500 funcionários.
Em 22 de maio de 2019, a Avon é adquirida pela Natura, que confirmou, após o fechamento do mercado, a compra da Avon Products (a Avon North America foi comprada em abril pelo grupo LG). A nova empresa será formada por 76% da Natura e 24% pelos acionistas da Avon. O acordo avalia a Avon em US$ 3,7 bilhões e o novo grupo em US$ 11 bilhões. Com a nova composição, a Natura se torna a quarta maior empresa do setor de beleza pessoal do mundo, com presença em 100 países. Junto com a Avon, a Natura deve ter um faturamento anual superior a US$ 10 bilhões e mais de 40 mil colaboradores em todo o mundo.
O pedido de recuperação judicial da Avon Products Inc. (API) nos Estados Unidos, o Chapter 11, solicitado em agosto de 2024, deve garantir à Natura uma total separação da companhia em relação às dívidas judiciais da subsidiária. Apesar do receio de alguns analistas de que o processo não seja aceito e que, por consequência, a enxurrada de litígios possa custar caro ao caixa da companhia brasileira, as regras da Justiça americana apontam para outro caminho.
Advogados ouvidos pelo Estadão explicam que o Chapter 11 cria uma “separação clara” entre uma empresa e sua subsidiária, especialmente dos problemas financeiros de sua controlada. Por isso, os quase 400 processos que a Avon Products tem nos Estados Unidos, que acusam o talco da empresa de causar câncer, terão de ser resolvidos pela própria companhia. A audiência para ouvir todas as partes do caso e definir os rumos do pedido foi marcada para o dia 15 de outubro de 2024.
Em agosto de 2024, em iniciativa da holding Natura & Co. para acessar novos canais de vendas, sua marca Avon estreou no varejo físico após um acordo B2B com a Soneda. Com essa inovação, itens das categorias maquiagem, cabelo e skincare passaram a ser oferecidos na rede de lojas de beleza de São Paulo.
Ainda assim, a empresa continua apostando nas vendas porta a porta com consultoras de beleza para expandir sua atuação na América Latina. A holding está agora na chamada Onda 2 de integração entre as operações da Natura e da Avon, criando uma base comum de consultoras para ambas as marcas e unificando armazenagem e logística para entregas.
O futuro da Avon International — divisão de negócios que inclui quase 40 países fora da América Latina — continua incerto sete meses após a empresa anunciar estudos para uma possível cisão.
Ainda assim, a empresa continua apostando nas vendas porta a porta com consultoras de beleza para expandir sua atuação na América Latina. A holding está agora na chamada Onda 2 de integração entre as operações da Natura e da Avon, criando uma base comum de consultoras para ambas as marcas e unificando armazenagem e logística para entregas.
O futuro da Avon International — divisão de negócios que inclui quase 40 países fora da América Latina — continua incerto sete meses após a empresa anunciar estudos para uma possível cisão.
(Fonte: jornal O Estado de S.Paulo 06.02.2002 / jornal Brasil Econômico 10.04.2012 / jornal Valor online - 17.12.2015 / revista Claudia - 18.08.2016 / ÉpocaNegócios - 22.05.2019 / 11.10.2023 / Valor - 15.10.2024 - partes)
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