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1 de out. de 2011

Terra Brasil (ex-ZAZ/NutecNet)

          Pioneiro da Internet brasileira, Marcelo Lacerda, nascido em 1960, fundou a Nutec em 1987. O gaúcho Sérgio Pretto, nascido em 1956 era seu sócio. A Nutec Informática S.A. era uma empresa de software voltada para automação de escritórios em ambiente Unix e, numa segunda fase, revendedora de softwares e integradora de sistemas.
          Depois de uma temporada no Vale do Silício, Lacerda foi um dos primeiros a oferecer acesso à Internet, em 1995, quando transformou sua empresa de desenvolvimento de software num provedor de acesso à web, a NutecNet.
          Engenheiro eletrônico e analista de sistemas, Pretto trabalhou com desenvolvimento de softwares e foi sócio de uma empresa do ramo de aplicativos, com filial no Vale do Silício. No período em que (também) esteve lá, entre 1993 e 1999, viu no que a Web poderia se transformar, e a possibilidade de explorar esse mercado no Brasil.
          Após anos de investimento no mercado de TI e na automação comercial, a Nutec decidiu investir na internet a partir do contato com universidades americanas. Para lidar com os investimentos na internet, em 1995 foi criada a NutecNet, cujo primeiro produto foi um serviço de e-mail.
          Em outubro de 1995, a Nutec entrou no mercado de internet e se tornou o provedor NutecNet. O advento da internet permitiu que a NutecNet ampliasse suas ações para o mercado de varejo. A empresa cresceu e foi adquirida pelo Grupo RBS em 1996. Em dezembro do mesmo ano, o canal ZAZ foi criado.
          Em 20 de março de 1998, a marca ZAZ assimilou a marca NutecNet, tornando-se tanto ISP (Internet Service Provider) como ICP (Internet Content Provider). Com isso foi criado o Canal Interativo ZAZ, sendo este um dos primeiros canais de entretenimento e lazer no Brasil. Ainda assim, a marca NutecNet era mantida como ISP.
          Em fevereiro de 2000, o ZAZ foi adquirido da RBS pelo grupo Telefónica, substituindo a marca para Terra. Nessa ocasião, Lacerda tornou-se um multimilionário. Seu patrimônio, na época, foi estimado em 100 milhões de reais. A Telefônica rebatizou-o de Terra. Em ambos os casos, Lacerda foi mantido como executivo.
          Em maio de 2000, a Terra Networks e a Lycos Inc se uniram em um acordo, criando a Terra Lycos. Com isso, a empresa se tornou uma das redes mais populares da internet no mundo. Essa parceria se encerrou em 2004, quando a Daum Communications, um portal da Coreia do Sul, adquiriu a subsidiária norte-americana Lycos.
          Nos primeiros meses de 2001, o Terra já era um dos maiores provedores de acesso e conteúdo do país. O papel de Pretto era "liderar uma equipe que trabalha com tecnologia para melhorar a própria tecnologia e levar o Terra para o lado que o mundo tende a se mover", explicou. Cabia a Pretto o comando de todas as gerências técnicas. Uma de suas principais responsabilidades era fazer que cada um dos mais de 700.000 usuários se seus serviços conseguisse se conectar ao mundo www. Por suas mãos passavam decisões como a quantidade, o tipo e a potência dos servidores que seriam instalados do Terra, a arquitetura de e-mail que seria oferecida e os sistemas de segurança e de meios de pagamento que envolvem o canal de comércio eletrônico do portal.
          Em 2010, a Terra passa a apoiar a Fundação Wikimedia. A empresa declarou: "Terra orgulhosamente apoia a Fundação Wikimedia. Você também pode ajudar produzindo e distribuindo conteúdo livre e disseminando conhecimento."
          Marcelo Lacerda participou, em 2010, da criação da Blue Interactive, empresa de televisão por assinatura e acesso à internet em banda larga. A empresa opera em cidades médias, fora dos grandes centros urbanos.
          Em agosto de 2017, o portal Terra passou a funcionar somente no Brasil, encerrando suas atividades em parte da América Latina, Espanha e EUA. A operação brasileira da companhia, por sua vez, foi adquirida pela Telefônica Data, uma subsidiária integral da Telefônica Brasil, pela cifra de R$ 250 milhões. A divisão da Terra no Brasil era responsável pela maior parte do lucro global da companhia, que passou a atuar apenas no país.
          Em junho de 2018, o Terra fechou parceria com o Grupo Estado para aumentar a produção de conteúdo de notícias.
          Em 2021, o Terra lançou uma nova versão do seu portal de notícias. A capa passou a oferecer grandes blocos temáticos (Notícias, Esportes, Entretenimento e Vida e Estilo), além de tabelas de campeonato de futebol, previsão do tempo, horóscopo e informações financeiras como variações da Bolsa e Câmbio.
          O Terra tem sua sede no Brasil, com escritórios em São Paulo e Porto Alegre. O atual CEO da empresa é Christian Gebara.
(Fonte: Brasil em Exame - 1999 / Exame - 06.10.1999 / 18.04.2001 / 05.10.2011 / Wikipédia - partes)

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