"Começamos a obra no momento menos indicado para novos investimentos, mas resolvi arriscar", reconheceu José Eduardo de Andrade Vieira, presidente da holding do Bamerindus, quando decidiu ir em frente, em 1990, com o projeto de instalação de uma fábrica de papel.
A Indústria de Papel e Celulose Arapoti, Inpacel, começou a funcionar no início de maio de 1992. Já na largada, os executivos José Carlos Gomes Carvalho, presidente, e Marco Antonio Dorigon, diretor-superintendente, cruzaram os dedos, torcendo por uma recuperação da economia. Os preços no mercado internacional haviam despencado no último ano da média de 1.100 dólares para 700 dólares a tonelada. A inauguração oficial ocorreu em 28 de agosto (1992).
A Indústria de Papel e Celulose Arapoti, Inpacel, começou a funcionar no início de maio de 1992. Já na largada, os executivos José Carlos Gomes Carvalho, presidente, e Marco Antonio Dorigon, diretor-superintendente, cruzaram os dedos, torcendo por uma recuperação da economia. Os preços no mercado internacional haviam despencado no último ano da média de 1.100 dólares para 700 dólares a tonelada. A inauguração oficial ocorreu em 28 de agosto (1992).
Andrade Vieira encontrou uma forma inusitada de homenagear sua mulher, Tânia. Batizou com seu nome a principal máquina da Inpacel.
O investimento na empreitada foi de 606 milhões de dólares, dos quais o Bamerindus bancou 60% e o restante foi financiado pelo BNDES.
A conclusão da fábrica é a realização de um sonho antigo de Vieira. Quando era ainda um garoto de oito anos, ele era levado pela mão por seu pai, Avelino, às plantações de araucária que a família então possuía na região de Arapoti, no Paraná, onde foi instalada a Inpacel. "Meu pai lia muito e já naquela época dizia que papel era um ramo nobre e rentável", disse Vieira.
A Inpacel foi criada para atuar no nicho de mercado de papel de imprimir e escrever, área em que o Brasil importava quase tudo o que consumia.
A previsão para o faturamento, por volta 1995, era de US$ 200 milhões. A capacidade de produção de 220 mil toneladas por ano só seria alcançada quando atingisse a capacidade plena. Seu quadro de pessoal era de pouco menos de 1000 funcionários e as 50 milhões de árvores plantadas eram suficientes para dezessete anos sem replantio.
A indústria só estaria produzindo em plena carga por volta de 1995, por certo, tarde demais para ajudar a tirar seu dono, o Bamerindus, do sufoco. Em 1997, Andrade Vieira viu seu banco encerrar suas atividades, ser incorporado pelo BC e deixar um buraco estimado em R$ 5,7 bilhões. No mesmo ano foi incorporado pelo HSBC. A Inpacel, segundo consta, teria ajudado a empurrar o Bamerindus para a bancarrota.
A Inpacel passou pelas mãos da fabricante sueco-finlandesa de papel e celulose Stora Enso, que vendeu a totalidade da sua participação de 80% para a produtora chilena de papel Papeles Bio Bio, no final de 2015.
(Fonte: revista Exame - 13.04.1992 / 16.09.1992 / jornal Valor - 31.12.2015 - partes)
O investimento na empreitada foi de 606 milhões de dólares, dos quais o Bamerindus bancou 60% e o restante foi financiado pelo BNDES.
A conclusão da fábrica é a realização de um sonho antigo de Vieira. Quando era ainda um garoto de oito anos, ele era levado pela mão por seu pai, Avelino, às plantações de araucária que a família então possuía na região de Arapoti, no Paraná, onde foi instalada a Inpacel. "Meu pai lia muito e já naquela época dizia que papel era um ramo nobre e rentável", disse Vieira.
A Inpacel foi criada para atuar no nicho de mercado de papel de imprimir e escrever, área em que o Brasil importava quase tudo o que consumia.
A previsão para o faturamento, por volta 1995, era de US$ 200 milhões. A capacidade de produção de 220 mil toneladas por ano só seria alcançada quando atingisse a capacidade plena. Seu quadro de pessoal era de pouco menos de 1000 funcionários e as 50 milhões de árvores plantadas eram suficientes para dezessete anos sem replantio.
A indústria só estaria produzindo em plena carga por volta de 1995, por certo, tarde demais para ajudar a tirar seu dono, o Bamerindus, do sufoco. Em 1997, Andrade Vieira viu seu banco encerrar suas atividades, ser incorporado pelo BC e deixar um buraco estimado em R$ 5,7 bilhões. No mesmo ano foi incorporado pelo HSBC. A Inpacel, segundo consta, teria ajudado a empurrar o Bamerindus para a bancarrota.
A Inpacel passou pelas mãos da fabricante sueco-finlandesa de papel e celulose Stora Enso, que vendeu a totalidade da sua participação de 80% para a produtora chilena de papel Papeles Bio Bio, no final de 2015.
(Fonte: revista Exame - 13.04.1992 / 16.09.1992 / jornal Valor - 31.12.2015 - partes)
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