A administradora de shopping centers BR Malls tem no nome as primeiras letras de Brasil seguidas por um complemento em inglês, que faz referência a seu setor de atuação: shopping centers (mall é praticamente sinônimo).
A BR Malls nasceu quando o fundo de private equity GP e o bilionário americano Sam Zell (1942-2023) compraram uma administradora de shopping centers, a Ecisa, em novembro de 2006, que contava com sete imóveis. Em oito meses, graças a um agressivo plano de consolidação, a GP comprou quase duas dezenas de shoppings e rebatizou a companhia. Em 2007 comprou o In Mont, englobando o Niterói Plaza Shopping, São Conrado Fashion Mall, Ilha Plaza Shopping e Rio Plaza. Em um ano, a BR Malls foi transformada no maior grupo de seu setor no país.
A BR Malls nasceu quando o fundo de private equity GP e o bilionário americano Sam Zell (1942-2023) compraram uma administradora de shopping centers, a Ecisa, em novembro de 2006, que contava com sete imóveis. Em oito meses, graças a um agressivo plano de consolidação, a GP comprou quase duas dezenas de shoppings e rebatizou a companhia. Em 2007 comprou o In Mont, englobando o Niterói Plaza Shopping, São Conrado Fashion Mall, Ilha Plaza Shopping e Rio Plaza. Em um ano, a BR Malls foi transformada no maior grupo de seu setor no país.
À frente do processo estava o carioca Carlos Medeiros, nascido em 1973. Presidente da BR Malls desde janeiro de 2007, Medeiros é sócio da GP desde 2002. No comando da administradora de centros comerciais, ele passou a aplicar à risca os mandamentos de gestão que fizeram a fama da companhia - uma receita baseada em meritocracia, busca obsessiva por resultados e controle espartano dos custos. Dos 40 funcionários da Ecisa, sobraram apenas dez. Medeiros foi buscar na concorrência e em empresas de outros setores, como a Cargill e o banco JP Morgan, profissionais que se adaptassem ao novo perfil exigido. Com a ajuda da consultoria INDG, dirigida por Vicente Falconi, a BR Malls mapeou os processos de todos os shoppings, de modo a identificar as melhores práticas e padronizar a gestão.
A BR Malls briu o capital em 2007 na BM&FBovespa (vide origem da marca BM&FBovespa neste blog).
Pouco a pouco, foi comprando novos empreendimentos chegando a 51, em abril de 2014 (45 em abril 2016), com mais de 1,5 milhão de metros quadrados de Área Bruta Locável. O executivo Carlos Medeiros era, na época da criação da empresa, sócio do fundo GP e desde então foi destacado para administrar o negócio.
O empreendimento foi um estrondoso sucesso, dentro de um setor dominado por grupos familiares. A ligação de Medeiros com a BR Malls era tamanha que, quando a GP vendeu suas ações em 2010, ele decidiu deixar o fundo para ficar na empresa, que passou a não ter controlador. Para Medeiros foi um grande negócio. Em 2014, por exemplo, a bolada foi de 61,6 milhões de reais, para ele, que recebe o maior naco, e seis subordinados. Nos anos seguintes, o valor diminui um pouco mas ainda é gritantemente superior aos dos concorrentes.
Quando tudo ia bem, esses valores estratosféricos ficavam despercebidos, mas, com a crise, a generosidade do conselho de administração chamou a atenção dos sócios como a gestora brasileira Squadra, que tem 2% das ações e a Gazit, operadora israelense de shopping centers, com 5% das ações.
No portfólio da companhia, estão empreendimentos como Minas Shopping, Shopping Metrô Santa Cruz (SP), Shopping Villa Lobos (SP), Goiânia Shopping (GO), Araguaia Shopping (GO), Shopping Recife (PE), Top Shopping (RJ), Shopping Curitiba (PR), Shopping Estação (PR), Shopping Campo Grande (MS) e o Shopping Vila Velha (ES).
No final de novembro de 2018, a BR Malls apresentou uma proposta indicativa e não vinculante para a compra da participação do Grupo Almeida Jr., de Santa Catarina, em seis shoppings centers, localizados nas cidades de Blumenau (2), Joinville, São José, Balneário Camboriú e Criciúma. Não houve negociação.
O empreendimento foi um estrondoso sucesso, dentro de um setor dominado por grupos familiares. A ligação de Medeiros com a BR Malls era tamanha que, quando a GP vendeu suas ações em 2010, ele decidiu deixar o fundo para ficar na empresa, que passou a não ter controlador. Para Medeiros foi um grande negócio. Em 2014, por exemplo, a bolada foi de 61,6 milhões de reais, para ele, que recebe o maior naco, e seis subordinados. Nos anos seguintes, o valor diminui um pouco mas ainda é gritantemente superior aos dos concorrentes.
Quando tudo ia bem, esses valores estratosféricos ficavam despercebidos, mas, com a crise, a generosidade do conselho de administração chamou a atenção dos sócios como a gestora brasileira Squadra, que tem 2% das ações e a Gazit, operadora israelense de shopping centers, com 5% das ações.
No portfólio da companhia, estão empreendimentos como Minas Shopping, Shopping Metrô Santa Cruz (SP), Shopping Villa Lobos (SP), Goiânia Shopping (GO), Araguaia Shopping (GO), Shopping Recife (PE), Top Shopping (RJ), Shopping Curitiba (PR), Shopping Estação (PR), Shopping Campo Grande (MS) e o Shopping Vila Velha (ES).
No final de novembro de 2018, a BR Malls apresentou uma proposta indicativa e não vinculante para a compra da participação do Grupo Almeida Jr., de Santa Catarina, em seis shoppings centers, localizados nas cidades de Blumenau (2), Joinville, São José, Balneário Camboriú e Criciúma. Não houve negociação.
A BR Malls mudou a grafia de sua marca para brMalls.
Em 24 de setembro de 2021, a BR Malls comunicou a compra da Hello Mídia Brasil, empresa especializada em comercialização de mídia em elevadores de edifícios residenciais. A empresa afirma que "ao adicionar a comunicação nos edifícios residenciais, amplia os veículos de mídia disponíveis para os lojistas e anunciantes, fortalecendo os pontos de contato da jornada dos consumidores/residentes"
Considerando dados de outubro de 2020, a BR Malls possui 33 shoppings distribuídos em 12 estados.
Em 8 de junho de 2022, a BR Malls e a Aliansce Sonae confirmaram que seus acionistas aprovaram a fusão entre as companhias, em negócio que nasce avaliado em R$ 12 bilhões e conta com 69 shoppings. Em carta, os presidentes da Aliansce Sonae, Rafael Sales, e da BR Malls, Ruy Kameyama, dizem que a a nova companhia abrirá um leque de possibilidades e oportunidades para todos os parceiros e colaboradores das duas empresas. As operações das administradoras de shoppings seguirão independentes enquanto o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) não aprovar a fusão. Na assembleia da Aliansce Sonae, o apoio à proposta foi de 79,6% do total de ações e 2% de votos contrários, e o restante de abstenções. Na BR Malls, foram os 68,5% de apoio no capital total, 11,2% contra e o restante em abstenções. “Se você pensar bem, é algo inédito no Brasil, porque começamos com uma oferta não solicitada, que passou por ajustes, até obter o apoio do conselho de administração [da BRMalls] e avançar para aprovação dessa magnitude num negócio tão pulverizado [em termos de base acionária] como o nosso. Não é algo tão comum”, diz o CEO da BR Malls.
(Fonte: Exame - 29.08.2007 / 30.04.2014 / 27.04.2016 / Jornal Valor - 04.12.2018 / Eleven Financial - 24.09.2021 / Valor - 08.06.2022 - partes)
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