Uma das pioneiras do turismo em massa, a CVC foi criada em 1972 a partir da sociedade entre Guilherme Paulus e o ex-deputado estadual Carlos Vicente Cerquiari (as iniciais do nome deram origem à sigla). O curitibano Paulus cansou da vida de funcionário de agência de turismo, abandonou o curso de direito e decidiu vender pacotes turísticos para os metalúrgicos do ABC paulista o que firmou o início dos negócios da empresa. A sociedade foi desfeita em 1976 e a CVC passou a ser administrada só por Paulus, que com sua esposa Luiza, comprou a parte do sócio.
Paulus passou a vender roteiros rodoviários curtos, de poucos dias, para cerca de dez destinos no Brasil. Ele acompanhava a maioria das viagens e fazia gincana com os passageiros. Em 1979, os shows do cantor Roberto Carlos no Canecão, no Rio de Janeiro, eram um dos principais eventos do calendário da CVC. A empresa fretava cerca de 40 ônibus num fim de semana para levar os fãs do artista. O fretamento de aviões, principalmente da Vasp, para pacotes de viagens internacionais começou em 1989. Era uma das únicas agências que parcelavam o pagamento em até seis vezes.
A empresa passou, porém, por maus bocados com o Plano Collor, em 1990, quando o consumo de pacotes turísticos despencou. A agência voltou a vender principalmente excursões baratas, de ônibus para praias e eventos religiosos.
Quando a economia melhorou, por volta de 1996, a procura por viagens de avião aumentou. Foram inauguradas lojas em shopping centers para vender pacotes além do horário comercial. No ano seguinte, a CVC passou a oferecer excursões para a Europa e Ásia. Em 2004 a empresa começou a oferecer excursões em navios fretados e poucos anos depois as vendas foram fortemente impulsionadas pelo aumento do poder aquisitivo da classe C. Paulus chegou a se aventurar no transporte aéreo com a aquisição da companhia aérea Webjet, em 2007, mas se desfez quatro anos depois vendendo-a para a Gol.
Em 2009, Paulus chegou à conclusão que o melhor caminho para seu patrimônio seria passar o comando do dia a dia da empresa para um fundo que levasse a gestão da empresa para outro patamar, mas reconhecendo que não é simples sair da linha de frente de uma empresa que capitaneou por 40 anos. A CVC foi adquirida pelo fundo americano de private equity Carlyle, em 2010, que passou a preparar a empresa para abertura de capital, que ocorreu em 2013, quando o fundo reduziu um pouco sua fatia na agência de viagens. Carlyle tem 45% da empresa, o fundador Guilherme Paulus, tem 24% e o restante é negociado na Bovespa.
Os números da CVC, já em 2011, eram impressionantes: 2,5 milhões de pessoas viajaram com a empresa. Isso significa que um em cada três turistas brasileiros comprou pacotes da operadora. 790.000 foi o número de passagens de avião vendidas pela CVC em 2011, o que representa 5% do total.
Em setembro de 2015 a CVC adquire o concorrente Submarino Viagens, por 80 milhões de reais, para aumentar suas vendas online. Em dezembro (2015), a empresa chega ao patamar de 1000 pontos de venda no Brasil. A operadora de viagens inaugurou sua unidade número 1000 em Piripiri, no Piauí, um município com 62.000 habitantes, a 165 quilômetros da capital, Teresina.
O Carlyle e Guilherme Paulus fizeram, em agosto de 2016, uma venda parcial de suas fatias na CVC, levantando R$ 1,3 bilhões de reais.
Em dezembro de 2016 a CVC adquire a companhia de viagens de negócios Rextur Advance, cuja conclusão se deu em junho de 2017 e, em maio de 2017, adquire a Trend.
Em 6 de março de 2018, a CVC informou, em Fato Relevante, que o presidente do conselho de administração, Guilherme de Jesus Paulus, pediu afastamento temporário para a apuração de notícias de investigações da Polícia Federal, dentro da Operação Descarte deflagrada em 1 de março.
Em 12 de março de 2019, ação conjunta da PF, Receita e Procuradoria saiu às ruas para cumprir 23 mandados de buscas e um de prisão temporária, decretados pela juíza federal Michele Mickelberg, da 2ª Vara Criminal Federal de São Paulo. O lobista Átila Reys Silva foi preso. Essa ação é consequência da delação premiada,de Guilherme Jesus Paulus, presidente do Grupo CVC. Paulus contou que Atila Reys Silva “o procurou, por meio de emissário, por volta de janeiro de 2013, para oferecer serviços de advocacia, em especial, para atuar em relação a um procedimento junto à Delegacia da Receita Federal de Santo André”. Suas revelações levaram a Polícia Federal e a Procuradoria da República a deflagrar a Operação Checkout, terceira fase da investigação Descarte, que aponta propina de R$ 39 milhões do grupo CVC para cancelar autuação de R$ 161 milhões da Receita no âmbito do Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (Carf). Paulus procurou espontaneamente a PF e o Ministério Público Federal para fechar a colaboração premiada.
Em março de 2019, a CVC tinha mais de 1300 lojas franqueadas.
No início de agosto de 2019, a empresa, através de sua subsidiária Submarino, assinou acordo para adquirir 100% da Almundo, companhia digital de viagens pertencente à Iberostar, com operações na Argentina, onde tem 70 lojas, Colômbia, México e Brasil. O valor do negócio é de US$ 77 milhões.
Em 2020, após uma investigação interna conduzida pela Trindade Advogados e a consultoria ICTS, foram detectados R$ 362 milhões em erros contábeis. Tais equívocos levaram à conclusão de que houve indícios de fraude e manipulação de resultados da CVC nos 5 exercícios fiscais anteriores, sendo os mais pronunciados a partir de 2017.Paulus passou a vender roteiros rodoviários curtos, de poucos dias, para cerca de dez destinos no Brasil. Ele acompanhava a maioria das viagens e fazia gincana com os passageiros. Em 1979, os shows do cantor Roberto Carlos no Canecão, no Rio de Janeiro, eram um dos principais eventos do calendário da CVC. A empresa fretava cerca de 40 ônibus num fim de semana para levar os fãs do artista. O fretamento de aviões, principalmente da Vasp, para pacotes de viagens internacionais começou em 1989. Era uma das únicas agências que parcelavam o pagamento em até seis vezes.
A empresa passou, porém, por maus bocados com o Plano Collor, em 1990, quando o consumo de pacotes turísticos despencou. A agência voltou a vender principalmente excursões baratas, de ônibus para praias e eventos religiosos.
Quando a economia melhorou, por volta de 1996, a procura por viagens de avião aumentou. Foram inauguradas lojas em shopping centers para vender pacotes além do horário comercial. No ano seguinte, a CVC passou a oferecer excursões para a Europa e Ásia. Em 2004 a empresa começou a oferecer excursões em navios fretados e poucos anos depois as vendas foram fortemente impulsionadas pelo aumento do poder aquisitivo da classe C. Paulus chegou a se aventurar no transporte aéreo com a aquisição da companhia aérea Webjet, em 2007, mas se desfez quatro anos depois vendendo-a para a Gol.
Em 2009, Paulus chegou à conclusão que o melhor caminho para seu patrimônio seria passar o comando do dia a dia da empresa para um fundo que levasse a gestão da empresa para outro patamar, mas reconhecendo que não é simples sair da linha de frente de uma empresa que capitaneou por 40 anos. A CVC foi adquirida pelo fundo americano de private equity Carlyle, em 2010, que passou a preparar a empresa para abertura de capital, que ocorreu em 2013, quando o fundo reduziu um pouco sua fatia na agência de viagens. Carlyle tem 45% da empresa, o fundador Guilherme Paulus, tem 24% e o restante é negociado na Bovespa.
Os números da CVC, já em 2011, eram impressionantes: 2,5 milhões de pessoas viajaram com a empresa. Isso significa que um em cada três turistas brasileiros comprou pacotes da operadora. 790.000 foi o número de passagens de avião vendidas pela CVC em 2011, o que representa 5% do total.
Em setembro de 2015 a CVC adquire o concorrente Submarino Viagens, por 80 milhões de reais, para aumentar suas vendas online. Em dezembro (2015), a empresa chega ao patamar de 1000 pontos de venda no Brasil. A operadora de viagens inaugurou sua unidade número 1000 em Piripiri, no Piauí, um município com 62.000 habitantes, a 165 quilômetros da capital, Teresina.
O Carlyle e Guilherme Paulus fizeram, em agosto de 2016, uma venda parcial de suas fatias na CVC, levantando R$ 1,3 bilhões de reais.
Em dezembro de 2016 a CVC adquire a companhia de viagens de negócios Rextur Advance, cuja conclusão se deu em junho de 2017 e, em maio de 2017, adquire a Trend.
Em 6 de março de 2018, a CVC informou, em Fato Relevante, que o presidente do conselho de administração, Guilherme de Jesus Paulus, pediu afastamento temporário para a apuração de notícias de investigações da Polícia Federal, dentro da Operação Descarte deflagrada em 1 de março.
Em 12 de março de 2019, ação conjunta da PF, Receita e Procuradoria saiu às ruas para cumprir 23 mandados de buscas e um de prisão temporária, decretados pela juíza federal Michele Mickelberg, da 2ª Vara Criminal Federal de São Paulo. O lobista Átila Reys Silva foi preso. Essa ação é consequência da delação premiada,de Guilherme Jesus Paulus, presidente do Grupo CVC. Paulus contou que Atila Reys Silva “o procurou, por meio de emissário, por volta de janeiro de 2013, para oferecer serviços de advocacia, em especial, para atuar em relação a um procedimento junto à Delegacia da Receita Federal de Santo André”. Suas revelações levaram a Polícia Federal e a Procuradoria da República a deflagrar a Operação Checkout, terceira fase da investigação Descarte, que aponta propina de R$ 39 milhões do grupo CVC para cancelar autuação de R$ 161 milhões da Receita no âmbito do Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (Carf). Paulus procurou espontaneamente a PF e o Ministério Público Federal para fechar a colaboração premiada.
Em março de 2019, a CVC tinha mais de 1300 lojas franqueadas.
No início de agosto de 2019, a empresa, através de sua subsidiária Submarino, assinou acordo para adquirir 100% da Almundo, companhia digital de viagens pertencente à Iberostar, com operações na Argentina, onde tem 70 lojas, Colômbia, México e Brasil. O valor do negócio é de US$ 77 milhões.
Em 25 de abril de 2021, a CVC Brasil informou que adquiriu 39,94% de participação societária nas empresas Biblos e Avantrip, sediadas na Argentina. A CVC já detinha 60,06% de participação em ambos os negócios e, portanto, tem agora 100% das empresas.
Em agosto de 2021, a CVC adquiriu as ações remanescentes da VHC Hospitality, elevando sua participação na empresa de 69% para 100%.
Em 1º de novembro de 2021, a CVC informou que concluiu a aquisição dos 40,0% remanescentes do capital da Ola, empresa sediada na Argentina, passando, dessa forma, a deter 100% da Ola.
(Fonte: revista Exame 25.01.2012 / jornal O Estado de S.Paulo - 29.06.2005 / revista Exame - 25.05.2016 / 07.12.2016 / jornal Valor - 06.03.2018 / IstoÉDinheiro - 12.03.2019 / Valor 02.08.2019 / 26.04.2021 / 01.11.2021 / Dica de Hoje Research - 12.01.2023 - partes).
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