A fabricação do automóvel em série foi um sonho de alguns empresários a partir de 1900. Eles entenderam que a invenção do século poderia fazer parte da classe trabalhadora. Uma outra vertente, porém, se estabeleceu: a dos automóveis suntuosos e especiais, dedicada a pessoas com grande poder aquisitivo. Os europeus foram os primeiros a desenvolver esses sofisticados carros em razão da cultura e mão-de-obra especializada na construção de carruagens.
Para a maioria dos fabricantes de veículos do início do século passado a principal preocupação era a parte mecânica, pois o grande argumento de venda era a eficiência, seguida da durabilidade. A carroceria tinha evidentemente um papel importante. Assim como atualmente, é fator determinante na escolha da compra para a maioria dos consumidores, que consideram a estética e conveniência da utilização do modelo no seu dia-a-dia.
Para os apaixonados por automóvel a realidade é outra. O prazer de possuir um determinado carro é mais importante do que qualquer outra função que possa conceder. Isso é o que justifica a existência dos veículos especiais na história do automóvel, como os modelos criados pela Saoutchick (1907), uma empresa francesa especializada no desenvolvimento de carrocerias, fundada pelo russo Jacques Saoutchick.
Até o final dos anos 1920 as carrocerias não tinham grandes variações, mas com aplicação de conceitos aerodinâmicos e design, os automóveis rapidamente se transformaram. Saoutchick modelou carros fantásticos sobre chassis Mercedes-Benz (vide origem da marca Mercedes-Benz neste blog), Bentley e Rolls-Royce (vide origem da marca Rolls-Royce neste blog). Em 1945 surgiu o protótipo Xenia, com para-brisa em uma só peça e o desenho da capota em gota perfeita.
O chassi utilizado foi um Hispano-Suiza, de 1932, com 3,75 metros entre os eixos e um motor de seis cilindros em linha de 8.0 litros e 150 cv de potência. As portas eram pantográficas, que se afastavam da carroceria e ainda iam para trás, passando por cima do destacado para-lama traseiro. Com seus 5,7 metros de comprimento podia atingir 200 km/h de velocidade máxima.
O habitáculo não era rebuscado, mas os manípulos do painel e da alavanca de marchas foram confeccionados em âmbar. A Saoutchick desapareceu em 1954. No entanto boa parte dos modelos por ela construídos estão impecáveis até hoje.
(Fonte: jornal Gazeta Mercantil - 06.02.2002 - Ricardo Bock, engenheiro automobilístico e professor da FEI-USP)
Para a maioria dos fabricantes de veículos do início do século passado a principal preocupação era a parte mecânica, pois o grande argumento de venda era a eficiência, seguida da durabilidade. A carroceria tinha evidentemente um papel importante. Assim como atualmente, é fator determinante na escolha da compra para a maioria dos consumidores, que consideram a estética e conveniência da utilização do modelo no seu dia-a-dia.
Para os apaixonados por automóvel a realidade é outra. O prazer de possuir um determinado carro é mais importante do que qualquer outra função que possa conceder. Isso é o que justifica a existência dos veículos especiais na história do automóvel, como os modelos criados pela Saoutchick (1907), uma empresa francesa especializada no desenvolvimento de carrocerias, fundada pelo russo Jacques Saoutchick.
Até o final dos anos 1920 as carrocerias não tinham grandes variações, mas com aplicação de conceitos aerodinâmicos e design, os automóveis rapidamente se transformaram. Saoutchick modelou carros fantásticos sobre chassis Mercedes-Benz (vide origem da marca Mercedes-Benz neste blog), Bentley e Rolls-Royce (vide origem da marca Rolls-Royce neste blog). Em 1945 surgiu o protótipo Xenia, com para-brisa em uma só peça e o desenho da capota em gota perfeita.
O chassi utilizado foi um Hispano-Suiza, de 1932, com 3,75 metros entre os eixos e um motor de seis cilindros em linha de 8.0 litros e 150 cv de potência. As portas eram pantográficas, que se afastavam da carroceria e ainda iam para trás, passando por cima do destacado para-lama traseiro. Com seus 5,7 metros de comprimento podia atingir 200 km/h de velocidade máxima.
O habitáculo não era rebuscado, mas os manípulos do painel e da alavanca de marchas foram confeccionados em âmbar. A Saoutchick desapareceu em 1954. No entanto boa parte dos modelos por ela construídos estão impecáveis até hoje.
(Fonte: jornal Gazeta Mercantil - 06.02.2002 - Ricardo Bock, engenheiro automobilístico e professor da FEI-USP)
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