A revista americana Playboy foi fundada em 1953 por Hugh Hefner, nascido em 1926.
Hefner pode não ser conhecido como entusiasta dos automóveis, mas muito de sua vida foi cercada e marcada por carros bem incomuns. O nome de seu famoso império foi inspirado em uma fabricante (que fechou as portas em quatro anos), segundo a história. A Playboy Automobile Company foi fundada em Buffalo, no estado norte-americano de Nova York, em 1947. Apesar de não ter chegado nem perto do sucesso obtido pelas outras fabricantes dos EUA, a pequena e respeitável montadora construiu alguns carros antes de falir em 1951, foram 97 no total. Dizem que o nome (da revista) veio de um funcionário da Playboy Antomonile Company, numa sugestão ao amigo do filho que batizasse sua nova revista de "Playboy". Esse amigo era Hugh Hefner.
Consta também que Hefner queria chamar a revista de Stag Party, influenciado por um livro de desenhos que ele tinha. Ele estava procurando por uma figura masculina de algum tipo e pensou em um animal vestido de smoking". Hefner decidiu pelo nome Playboy no último minuto, depois que recebeu uma carta de uma revista chamada Stag, ameaçando processar por violação de marca registrada.
A revista apresentou em suas páginas entrevistas com personalidades importantes, como Martin Luther King Jr., Malcolm X e Jimmy Carter, que fizeram a publicação ter um importante peso cultural e político. Uma das melhores entrevistas da publicação, considerada até hoje, foi feita pelo jornalista Alvin Toffler, autor nova-iorquino, popularizado pela trilogia de best-sellers O Choque do Futuro, A Terceira Onda e Powershift - As Mudanças do Poder. Toffler entrevistou, em 1964, o ficcionista russo Vladimir Nabokov, celebrado autor do romance Lolita (1955)
Hefner e sua revista estiveram na vanguarda da revolução sexual dos anos 1960 e 1970 – e o coelho símbolo da marca se tornou por si só um ícone pop. No ano de 1970 a circulação da revista chegou a 5,6 milhões de cópias.Nas primeiras décadas da publicação, os conservadores que se escandalizavam com a nudez nas bancas de revista eram uma dor de cabeça constante para o editor, mas as feministas também estavam entre as críticas do estilo vendido pela Playboy. Às acusações de que os ensaios “objetificavam” as mulheres, Hefner respondia com ironia. “Se nenhuma mulher fosse encarada como objeto, não existiria uma próxima geração. E muitas mulheres aprenderam a usar a Playboy como um meio de aumentar o seu poder sexual”, disse a VEJA..
Já na terceira idade, o empresário defendeu com entusiasmo uma outra revolução sexual, aquela provocada pelos remédios contra a impotência. “O Viagra é como a pílula anticoncepcional, uma conquista para a sexualidade. A pílula liberou a mulher para o sexo e o Viagra liberou o homem. No meu caso, com seis namoradas, é um recurso bem valioso”, afirmou a VEJA em 2004, quando tinha 77 anos e meia dúzia de companheiras.
“Sou o homem mais sortudo do mundo”, admitiu Hefner a VEJA em 2006, quando, aos 80 anos, dividia sua mansão com três jovens e loiras namoradas. Naquele momento, o empresário já havia consolidado ao longo dos anos a imagem de bon vivant, sempre de roupão de seda, cercado de coelhinhas e comandando festas disputadíssimas em seu palácio em Beverly Hills.
Com uma lenta queda, a circulação da revista chega em 2015 com 800 mil exemplares vendidos.
Em outubro de 2015 a revista anuncia que não vai mais trazer fotos de mulheres nuas, como parte do novo posicionamento da publicação. A decisão teria sido tomada no mês anterior durante uma reunião com o fundador, Hugh Hefner.
Segundo o jornal americano New York Times executivos da revista teriam dito que com a internet a nudez na revista não fazia mais sentido. Revistas de pornografia, "mesmo as respeitadas como a Playboy, teriam perdido seus valores comercial e de choque e sua relevância cultural". No entanto, os editores deixaram claro que ela continuará a conter fotos com mulheres em poses provocativas, mas não inteiramente nuas.
Executivos da revista admitiram que a Playboy, foi superada por mudanças ligadas ao seu próprio pioneirismo, ainda segundo a reportagem do New York Times. O CEO da empresa, Scott Flanders, disse que a "conjuntura" teve de ser "superada", pois agora "você está a um clique de distância de todo o conteúdo sexual possível".
O site da Playboy já havia parado de publicar nudez, em parte para transferir esse conteúdo para suas redes sociais. A medida fez com que a popularidade da revista aumentasse rapidamente, com mais acessos via Facebook e Twitter.
Assim, segundo um correspondente da BBC, a marca conhecida pela obscenidade estaria tentando melhorar sua imagem – tudo, aparentemente, com a bênção de seu fundador, Hugh Hefner. A revista não divulgou informações sobre a conduta das edições da Playboy em outros países.
Em novembro de 2015, contudo, a editora Abril informa, através de seu presidente Alexandre Caldini, que a partir de janeiro 2016, não mais publicaria as revistas Playboy, Men's Health e Women's Health.
Em fevereiro de 2017, Playboy informa que está voltando às suas raízes e trazendo de volta o nu após um ano, depois de ter abandonado fotos de nu frontal de mulheres, argumentando que elas se tornaram ultrapassadas. Sob o título “Naked is Normal” (Pelado é Normal, em tradução livre), a revista passa a publicar fotografias de mulheres nuas na edição de março-abril (2017). A estrela de Baywatch Pamela Anderson foi a última pessoa nua na revista, na edição janeiro-fevereiro de 2016.
Em 27 de setembro de 2017, morre Hugh Hefner, fundador da Playboy, aos 91 anos, em sua mansão em Los Angeles.
Hefner pode não ser conhecido como entusiasta dos automóveis, mas muito de sua vida foi cercada e marcada por carros bem incomuns. O nome de seu famoso império foi inspirado em uma fabricante (que fechou as portas em quatro anos), segundo a história. A Playboy Automobile Company foi fundada em Buffalo, no estado norte-americano de Nova York, em 1947. Apesar de não ter chegado nem perto do sucesso obtido pelas outras fabricantes dos EUA, a pequena e respeitável montadora construiu alguns carros antes de falir em 1951, foram 97 no total. Dizem que o nome (da revista) veio de um funcionário da Playboy Antomonile Company, numa sugestão ao amigo do filho que batizasse sua nova revista de "Playboy". Esse amigo era Hugh Hefner.
Consta também que Hefner queria chamar a revista de Stag Party, influenciado por um livro de desenhos que ele tinha. Ele estava procurando por uma figura masculina de algum tipo e pensou em um animal vestido de smoking". Hefner decidiu pelo nome Playboy no último minuto, depois que recebeu uma carta de uma revista chamada Stag, ameaçando processar por violação de marca registrada.
Assim como a fabricante que a batizou, a revista colocou sua mira no público masculino. A marca de lifestyle para homens era uma das primeiras - mas não mostrava apenas mulheres bonitas. Carros eram parte integral da personalidade da Playboy, especialmente no prêmio Coelhinha do Ano, que acontecia anualmente desde a metade dos anos 1960. A primeira Coelhinha do Ano foi Lisa Winters, em 1953. Mas foi só em 1954 que a empresa passou a premiar as vencedoras com um carro. Donna Michelle foi a primeira a receber um veículo, após vencer a disputa em 1964 - ganhou um chamativo Ford Mustang 1964 pintado de rosa claro, com motor V8.
A proposta da publicação, que trouxe Marilyn Monroe em sua primeira capa, era revolucionária para a época: ensaios com mulheres nuas, entrevistas reveladoras e a defesa de um estilo de vida sofisticado e hedonista. A aposta deu certo e a revista se tornou a principal publicação do mundo voltada para o público masculino, dando origem a um império do entretenimento sob a marca Playboy que no auge incluiu cassinos, casas noturnas e canais de televisão. E o seu fundador virou uma espécie de garoto-propaganda do ideal pregado em suas páginas.A revista apresentou em suas páginas entrevistas com personalidades importantes, como Martin Luther King Jr., Malcolm X e Jimmy Carter, que fizeram a publicação ter um importante peso cultural e político. Uma das melhores entrevistas da publicação, considerada até hoje, foi feita pelo jornalista Alvin Toffler, autor nova-iorquino, popularizado pela trilogia de best-sellers O Choque do Futuro, A Terceira Onda e Powershift - As Mudanças do Poder. Toffler entrevistou, em 1964, o ficcionista russo Vladimir Nabokov, celebrado autor do romance Lolita (1955)
Hefner e sua revista estiveram na vanguarda da revolução sexual dos anos 1960 e 1970 – e o coelho símbolo da marca se tornou por si só um ícone pop. No ano de 1970 a circulação da revista chegou a 5,6 milhões de cópias.Nas primeiras décadas da publicação, os conservadores que se escandalizavam com a nudez nas bancas de revista eram uma dor de cabeça constante para o editor, mas as feministas também estavam entre as críticas do estilo vendido pela Playboy. Às acusações de que os ensaios “objetificavam” as mulheres, Hefner respondia com ironia. “Se nenhuma mulher fosse encarada como objeto, não existiria uma próxima geração. E muitas mulheres aprenderam a usar a Playboy como um meio de aumentar o seu poder sexual”, disse a VEJA..
Já na terceira idade, o empresário defendeu com entusiasmo uma outra revolução sexual, aquela provocada pelos remédios contra a impotência. “O Viagra é como a pílula anticoncepcional, uma conquista para a sexualidade. A pílula liberou a mulher para o sexo e o Viagra liberou o homem. No meu caso, com seis namoradas, é um recurso bem valioso”, afirmou a VEJA em 2004, quando tinha 77 anos e meia dúzia de companheiras.
“Sou o homem mais sortudo do mundo”, admitiu Hefner a VEJA em 2006, quando, aos 80 anos, dividia sua mansão com três jovens e loiras namoradas. Naquele momento, o empresário já havia consolidado ao longo dos anos a imagem de bon vivant, sempre de roupão de seda, cercado de coelhinhas e comandando festas disputadíssimas em seu palácio em Beverly Hills.
Com uma lenta queda, a circulação da revista chega em 2015 com 800 mil exemplares vendidos.
Em outubro de 2015 a revista anuncia que não vai mais trazer fotos de mulheres nuas, como parte do novo posicionamento da publicação. A decisão teria sido tomada no mês anterior durante uma reunião com o fundador, Hugh Hefner.
Segundo o jornal americano New York Times executivos da revista teriam dito que com a internet a nudez na revista não fazia mais sentido. Revistas de pornografia, "mesmo as respeitadas como a Playboy, teriam perdido seus valores comercial e de choque e sua relevância cultural". No entanto, os editores deixaram claro que ela continuará a conter fotos com mulheres em poses provocativas, mas não inteiramente nuas.
Executivos da revista admitiram que a Playboy, foi superada por mudanças ligadas ao seu próprio pioneirismo, ainda segundo a reportagem do New York Times. O CEO da empresa, Scott Flanders, disse que a "conjuntura" teve de ser "superada", pois agora "você está a um clique de distância de todo o conteúdo sexual possível".
O site da Playboy já havia parado de publicar nudez, em parte para transferir esse conteúdo para suas redes sociais. A medida fez com que a popularidade da revista aumentasse rapidamente, com mais acessos via Facebook e Twitter.
Assim, segundo um correspondente da BBC, a marca conhecida pela obscenidade estaria tentando melhorar sua imagem – tudo, aparentemente, com a bênção de seu fundador, Hugh Hefner. A revista não divulgou informações sobre a conduta das edições da Playboy em outros países.
Em novembro de 2015, contudo, a editora Abril informa, através de seu presidente Alexandre Caldini, que a partir de janeiro 2016, não mais publicaria as revistas Playboy, Men's Health e Women's Health.
Em fevereiro de 2017, Playboy informa que está voltando às suas raízes e trazendo de volta o nu após um ano, depois de ter abandonado fotos de nu frontal de mulheres, argumentando que elas se tornaram ultrapassadas. Sob o título “Naked is Normal” (Pelado é Normal, em tradução livre), a revista passa a publicar fotografias de mulheres nuas na edição de março-abril (2017). A estrela de Baywatch Pamela Anderson foi a última pessoa nua na revista, na edição janeiro-fevereiro de 2016.
Em 27 de setembro de 2017, morre Hugh Hefner, fundador da Playboy, aos 91 anos, em sua mansão em Los Angeles.
Muitos não conseguiam entender o estilo de vida alternativo de Hugh Hefner. Certa vez, ele explicou: "Toda a ideia dos anos 1950 era encontrar a garota certa, casar, mudar para o subúrbio e depois sair para se divertir com os rapazes enquanto ela ficava em casa com os bebês. Achei isso meio triste."
Aqui, o vintage Hugh chega ao aeroporto de Londres em 1966. Sua missão era abrir o London Playboy Club, e isso exigia uma comitiva. Apenas as coelhinhas mais arrebatadoras serviriam!
(Fonte: MSN Notícias/BBC Brasil - 14.10.2015 / jornal Valor online - 20.11.2015 / Veja.com - 14.02.2017 / 28.09.2017 / Carplace-msn - 29.09.2017 / msn - 19.09.2018 / History Talk - partes)
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