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6 de out. de 2011

Casa Santa Luzia

     Em 1926, o comerciante Daniel Lopes já oferecia serviço de entrega aos clientes da região. Começou com uma loja de secos e molhados na rua Augusta, na capital paulista. Era o tempo de uma rua Augusta com outra numeração. A loja, na esquina com a rua Oscar Freire, tinha o número 426. O número do telefone (93), tinha dois dígitos. A lista de preços (em 1926) era em mil-réis. Cresceu com a população do bairro e depois se transferiu para a alameda Lorena. É um paraíso de produtos alimentícios importados e de fabricação própria de pães, doces e pratos pronto congelados. Um diferencial é a variedade de serviços, como distribuição de cestas de Natal e encomendas de tábuas de queijos e de vinhos. Na variedade de vinhos apresentada pela casa, há alguns vinhos catarinenses de altitude (acima de 1000 metros), pouco encontrados em São Paulo.
     A mudança da Casa Santa Luzia para a alameda Lorena em 1981, marcou a história do supermercado. O prédio foi construído no espaço de sete casas. Dez anos depois anexou mais três imóveis vizinhos e um terreno na rua Augusta. A área de vendas aumentou de 1500 para 2500 metros quadrados em 1998.
     Por que adquirir tantos imóveis para ampliação em vez de partir para filiais ou aderir a franquias? Abrir mão da supervisão do negócio colocaria em risco o padrão de qualidade alcançado. Conforme afirma Jorge Lopes, sobrinho do fundador,  Daniel Lopes dizia que a diferença entre o segundo e o décimo não importa. O modelo de negócio adotado pela Casa Santa Luzia desperta na clientela um sentimento de fidelidade. A oferta de produtos exclusivos atrai por uma relação que pode ser considerada lúdica. O consumidor se dispõe a pagar mais por um produto que só pode ser encontrado naquele local.
     Jorge lopes, da segunda geração, e Ana Maria Lopes, da terceira, são duas das nove pessoas da família, envolvidas no negócio.
     E a Casa Santa Luzia é forte em funcionários longevos. Ao completar 90 anos, em 2016, a casa tinha em seu quadro, por exemplo, e "seu" Francisco, com 49 anos de casa e o Paulo, com 38 ano de casa.  
(Fonte: Exame SP 2001 - Juliana de Moraes - parte)

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