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6 de out. de 2011

Copesul

          A Copesul, Companhia Petroquímica do Sul, está localizada na Central de Matérias-Primas do Pólo Petroquímico do Sul, em Triunfo, estado do Rio Grande do Sul.
          No momento em que se preparava para a privatização, a empresa tinha 1.354 funcionários e faturamento anual de 576 milhões de dólares (1991).
          Em 15 de maio de 1992, após um leilão disputado, realizado na Bolsa do Rio de Janeiro, o grupo Ipiranga alcançou uma posição cobiçada no setor petroquímico. Através da Polisul, da qual detém um terço do capital, e junto com a PPH e a Poliolefinas, arrematou 30% do capital Copesul.
          No ano de 1993, a Copesul era responsável por 31% da produção nacional de petroquímicos básicos.
          Em meados de 1995, foi definido o investimento de 1,3 bilhão de dólares que duplicaria o Pólo Petroquímico de Triunfo. A Copesul, sob o comando do diretor -superintendente que então produzia todo o eteno utilizado em Trunfo, sob o comando do diretor-superintendente Luiz Fernando Cirne Lima, bancaria sozinha 500 milhões de dólares do investimento previsto. Outras quatro empresas, produtoras intermediárias de plástico, investiriam em conjunto 700 milhões de dólares. O dinheiro restante sairia das 505 companhias menores que dão o processamento final aos produtos de plástico, as chamadas empresas de terceira geração.
          Em 1998, Cirne Lima salientava a importância que a empresa dava para o investimento na qualificação pessoal dos recursos humanos. E complementa: "a empresa tinha instalações de última geração, tecnologia de ponta e um sistema de gestão de classe mundial. Mas o ativo mais importante era a qualificação de seus colaboradores, a formação que cada um trazia em si e que contribuía para o resultado da empresa. Competência profissional, de caráter, de conhecimento geral e específico e, principalmente, da capacidade de interagir em grupo".
          No primeiro trimestre de 2000, esquentou a briga entre a Copesul e o grupo Ultra pela compra da Copene, a central de matérias-primas do pólo petroquímico da Bahia. Após o anúncio de apoio do BNDES ao Ultra, a Copesul resolveu contra-atacar. Tentou conseguir financiamento externo e teria negociado o apoio do governo baiano para a fusão entre as duas centrais. Nem Ultra, nem Copesul levou a Copene.
          Até o início de 2007, a Copesul deixou muito pequeno investidor da BM&FBovespa satisfeito. Com pouca liquidez, talvez não pudesse fazer parte de portfólios de fundos de investimentos. Mas, para o investidor paciente, tanto na hora de comprar como no momento de vender, a ação, esquecida pelos analistas, concomitantemente à valorização contínua, pagava ótimos dividendos.
          Mas a alegria acabou. Em 2007, a Braskem, com a Odebrecht e Petrobras, abocanha a empresa e fecha seu capital. O lucro da Copesul, firme na faixa dos 600 milhões de reais, desapareceu na balanço da Braskem, que inclusive apresentou prejuízo vultoso no ano seguinte, 2008, primeiro Balanço após após a fusão.
(Fonte: revista Exame - 13.05.1992 / 10.06.1992 / 16.08.1995 / 11.03.1998 / 05.04.2000 - partes)

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