A compra do título do jornal da capital americana foi feita por Eugene Meyer, em 1933, e até a estabilidade financeira do jornal, passaram-se 20 anos. Muito tempo depois, numa época de forte presença do jornal, na década de 1970, o The Washington Post, através da cobertura do escândalo de Watergate, com pesquisas e textos dos jornalistas Bob Woodward e Carl Bernstein, foi responsável pela renúncia do presidente Richard Nixon, eleito pelo Partido Republicano. Um dos filmes que tratam do assunto, é Todos os Homens do Presidente, de 1976, do diretor Alan J. Pakula e os atores Robert Redford e Dustin Hoffman, e baseado no livro do mesmo nome dos jornalistas Woodward e Bernstein.
Em 2014, o jornal é adquirido pelo fundador da Amazon, Jeffrey P. Bezos. Se a pergunta é "será que um dos empreendedores mais bem-sucedidos da era digital pode salvar um negócio cujas raízes continuam firmemente plantadas no século passado?", a resposta é: em termos de finanças ele é paciente, pois a Amazon demorou muitos anos até apresentar seu primeiro trimestre de lucro. E, além de paciência, ele tem dinheiro. Os 250 milhões de dólares pagos pelo jornal representam 1% da fortuna de Bezos.
Apesar do enorme prestígio, o The Washington Post é um jornal basicamente regional e está atrasado na corrida pela audiência digital. Sua penetração é muito grande na região metropolitana da capital americana, que concentra a maioria de suas vendas. O The New York Times tem 60% de suas vendas fora de Nova York.
O The Washington Post, como a maioria dos grandes jornais americanos, tinha ações na bolsa (como parte de um grupo que tem outros negócios, como a companhia de educação Kaplan). Bezos comprou apenas o jornal. Quando as receitas de publicidade e classificados começaram a diminuir, as ações das companhias de mídia caíram. Com a compra, o capital do jornal será fechado. E por isso, Bezos não sofrerá pressão de Wall Street.
(Fonte: revista Exame - 21.08.2013 - parte)
Em 2014, o jornal é adquirido pelo fundador da Amazon, Jeffrey P. Bezos. Se a pergunta é "será que um dos empreendedores mais bem-sucedidos da era digital pode salvar um negócio cujas raízes continuam firmemente plantadas no século passado?", a resposta é: em termos de finanças ele é paciente, pois a Amazon demorou muitos anos até apresentar seu primeiro trimestre de lucro. E, além de paciência, ele tem dinheiro. Os 250 milhões de dólares pagos pelo jornal representam 1% da fortuna de Bezos.
Apesar do enorme prestígio, o The Washington Post é um jornal basicamente regional e está atrasado na corrida pela audiência digital. Sua penetração é muito grande na região metropolitana da capital americana, que concentra a maioria de suas vendas. O The New York Times tem 60% de suas vendas fora de Nova York.
O The Washington Post, como a maioria dos grandes jornais americanos, tinha ações na bolsa (como parte de um grupo que tem outros negócios, como a companhia de educação Kaplan). Bezos comprou apenas o jornal. Quando as receitas de publicidade e classificados começaram a diminuir, as ações das companhias de mídia caíram. Com a compra, o capital do jornal será fechado. E por isso, Bezos não sofrerá pressão de Wall Street.
(Fonte: revista Exame - 21.08.2013 - parte)
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