Na década de 1970, Lírio Parisotto, nascido em 1954 em Nova Bassano, interior do Rio Grande do Sul, vendia toca-fitas para automóveis comprados em São Paulo. Na época, poucos carros que saíam de fábrica tinham o aparelho como item de série e a empreitada foi um sucesso.
A trajetória de Parisotto é genuinamente impressionante. Nasceu em família de sitiantes pobres no Rio Grande do Sul e saiu da roça para trabalhar - foi seminarista e se formou em medicina.
Em 1980, abriu uma loja de equipamentos eletrônicos em Caxias do Sul, na Serra Gaúcha. Em 1985 foi convidado pela Sony para participar de uma convenção no Japão e, lá, conheceu o processo de fabricação de fitas de vídeo sob medida par o tamanho do filme e de gravação de filmes - o que evitava desperdícios e, portanto, custos. Mais tarde, em uma viagem a Nova York, conheceu o videocassete. Dois anos depois, com o país em crise, Parisotto vendeu a loja aos sócios e, em 1988, com 2 milhões de dólares em caixa, montou a Videolar, em Caxias do Sul.
A Videolar foi criada para fazer reproduções de fitas de vídeo (VHS) e cassete. Inicialmente sua denominação era Audiolar. A primeira loja funcionava em Caxias do Sul. A empresa, localizada a mais de 1.000 quilômetros do principal mercado consumidor - a cidade de São Paulo -, foi a primeira fábrica brasileira de gravação de conteúdo em fitas fabricadas sob medida para o tempo de reprodução. Em 1990, Parisotto, transferiu o negócio para São Paulo. No mesmo ano, incentivado pelos subsídios fiscais da região, instalou na Zona Franca de Manaus sua primeira fábrica.
No final de 2001, a Videolar tinha 80% do mercado brasileiro de legendas e distribuição de fitas de vídeo. Além disso, a empresa fabricava CDs, DVDs, CDs regraváveis e fitas cassete. E um dilema de Parisotto era saber se sua liderança seria mantida com a substituição do videocassete pelo aparelhos de DVD nos lares brasileiros. Com política de custos menores a empresa tinha clientes como a Warner Home Video e conseguia enfrentar concorrentes do tamanho da multinacional alemã Basf, que importavam as fitas de vídeo no país.
Em 2002, a Videolar começa em Manaus com a operação de resinas plásticas. O foco era suprir as indústrias eletrônicas e fabricantes de VHS.
No ano de 2007, a Videolar teve queda de faturamento, com desempenho sofrível na comercialização de CDs e DVDs. Para Parisotto, é impossível concorrer com os preços praticados pelos camelôs das grandes cidades. Mesmo assim, em fins de 2008, faturava 1,4 bilhão de reais e era líder de mercado entre os fabricantes nacionais de CDs e DVDs. Parisotto deixa o comando da Videolar no início de 2008 para se dedicar (mais) ao investimento em ações com recursos próprios, que começara em 1998.
Em 2014 a Videolar adquire a Innova, da Petrobras, formando a companhia de resinas termoplásticas Videolar-Innova. Em junho de 2016 inaugura uma nova planta no Polo Petroquímico de Triunfo, no Rio Grande do Sul. Projeta-se um faturamento bruto de 2,8 bilhões de reais para a Videolar-Innova em 2016.
(Fonte: revista Forbes - 07.11.2001 / Exame - 07.11.2007 / 05.11.2008 / jornal Valor International Edition - 23.06.2016 / revista Veja - 15.02.2017 - partes)
No final de 2001, a Videolar tinha 80% do mercado brasileiro de legendas e distribuição de fitas de vídeo. Além disso, a empresa fabricava CDs, DVDs, CDs regraváveis e fitas cassete. E um dilema de Parisotto era saber se sua liderança seria mantida com a substituição do videocassete pelo aparelhos de DVD nos lares brasileiros. Com política de custos menores a empresa tinha clientes como a Warner Home Video e conseguia enfrentar concorrentes do tamanho da multinacional alemã Basf, que importavam as fitas de vídeo no país.
Em 2002, a Videolar começa em Manaus com a operação de resinas plásticas. O foco era suprir as indústrias eletrônicas e fabricantes de VHS.
No ano de 2007, a Videolar teve queda de faturamento, com desempenho sofrível na comercialização de CDs e DVDs. Para Parisotto, é impossível concorrer com os preços praticados pelos camelôs das grandes cidades. Mesmo assim, em fins de 2008, faturava 1,4 bilhão de reais e era líder de mercado entre os fabricantes nacionais de CDs e DVDs. Parisotto deixa o comando da Videolar no início de 2008 para se dedicar (mais) ao investimento em ações com recursos próprios, que começara em 1998.
Em 2014 a Videolar adquire a Innova, da Petrobras, formando a companhia de resinas termoplásticas Videolar-Innova. Em junho de 2016 inaugura uma nova planta no Polo Petroquímico de Triunfo, no Rio Grande do Sul. Projeta-se um faturamento bruto de 2,8 bilhões de reais para a Videolar-Innova em 2016.
(Fonte: revista Forbes - 07.11.2001 / Exame - 07.11.2007 / 05.11.2008 / jornal Valor International Edition - 23.06.2016 / revista Veja - 15.02.2017 - partes)
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