A Casa Fretin foi fundada em 1895 e, em 1924, mudou-se para o prédio da esquina da rua da Quitanda com a rua São Bento, no coração de São Paulo. Ao longo de mais de um século, a família Fretim transformou um negócio pouco usual em um dos endereços mais tradicionais de São Paulo e um dos poucos a sobreviver à decadência do centro velho da cidade. Nas vitrines do andar térreo do imponente prédio (construído em 1886) que abrigava a loja da família, estavam expostos tubos de ensaio, lâminas para microscópios, cintas ortopédicas e estetoscópios. Com uma gama variada de artigos ópticos e médico-hospitalares, a empresa nadava de braçada nesse setor.
O problema é que, no início dos anos 2000, os herdeiros da Fretin começaram a sentir que não estava sendo fácil manter a tradição. Nos anos anteriores o faturamento havia caído sensivelmente e o mau desempenho detonou uma briga entre os irmãos, todos com mais de 70 anos, sócios da empresa fundada pelo avô. Jean Louis Fretin, o irmão que esteve à frente do negócio nas duas últimas décadas, abriu mão da ortodoxia e, para compensar a queda da receita, deixou de pagar impostos e algumas outras obrigações. O resultado, óbvio, foi uma dívida com a receita estadual, bancos e fornecedores.
Para sair do vermelho os irmãos passaram para o conselho de administração e contrataram o executivo Fernando Schiavetto para assumir a diretoria comercial e comandar e reestruturação da Casa Fretin. As vendas aumentaram e então, já atacando os cortes de custos, toda a administração e o estoque foram transferidos para a filial de Moema, instalada em imóvel próprio. Com isso, se livrava do caríssimo aluguel e facilitava a logística, saindo de região com restrições à circulação de veículos.
Era mister recuperar o prestígio da Casa Fretin com os médicos e profissionais de saúde, que, historicamente , eram os maiores clientes da loja, seja pela venda direta, seja pela indicação a pacientes. As medidas marcaram também o início de uma reação à concorrência, coisa com a qual a família Fretin nunca se preocupara. Naqueles últimos anos, novas empresas de produtos médicos se instalaram no país, absorvendo significativa parcela do mercado, antes dominado pela Casa Fretin.
(Fonte: revista Forbes Brasil - 15.08.2001)
O problema é que, no início dos anos 2000, os herdeiros da Fretin começaram a sentir que não estava sendo fácil manter a tradição. Nos anos anteriores o faturamento havia caído sensivelmente e o mau desempenho detonou uma briga entre os irmãos, todos com mais de 70 anos, sócios da empresa fundada pelo avô. Jean Louis Fretin, o irmão que esteve à frente do negócio nas duas últimas décadas, abriu mão da ortodoxia e, para compensar a queda da receita, deixou de pagar impostos e algumas outras obrigações. O resultado, óbvio, foi uma dívida com a receita estadual, bancos e fornecedores.
Para sair do vermelho os irmãos passaram para o conselho de administração e contrataram o executivo Fernando Schiavetto para assumir a diretoria comercial e comandar e reestruturação da Casa Fretin. As vendas aumentaram e então, já atacando os cortes de custos, toda a administração e o estoque foram transferidos para a filial de Moema, instalada em imóvel próprio. Com isso, se livrava do caríssimo aluguel e facilitava a logística, saindo de região com restrições à circulação de veículos.
Era mister recuperar o prestígio da Casa Fretin com os médicos e profissionais de saúde, que, historicamente , eram os maiores clientes da loja, seja pela venda direta, seja pela indicação a pacientes. As medidas marcaram também o início de uma reação à concorrência, coisa com a qual a família Fretin nunca se preocupara. Naqueles últimos anos, novas empresas de produtos médicos se instalaram no país, absorvendo significativa parcela do mercado, antes dominado pela Casa Fretin.
(Fonte: revista Forbes Brasil - 15.08.2001)
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