A história do Laticínios Bela Vista começa em 1955 em Piracanjuba, município a 90 quilômetros de Goiânia, quando duas famílias locais, a Rodrigues Nascimento e a Brasil Cavalcante, abriram uma pequena fábrica de manteiga e batizaram com o nome da cidade. Sem crescer muito, nove anos depois (1964) a empresa foi vendida para João Skaf.
Imigrante sírio, Skaf chegou ao Brasil nos anos 1920 e trabalhou em laticínios do Centro-Oeste do país nas décadas seguintes. Após a morte de sua mulher Haifa Helou Skaf em 1974, Skaf e o irmão dela, Saladi Helou - filho de imigrantes sírios e libaneses -, resolveram mudar de vida. Para isso fizeram uma troca: Skaf ficou com a casa do cunhado em São Paulo e Helou assumiu a fábrica em Piracanjuba, ao lado da mulher, Cleópatra, nascida numa família de imigrantes italianos.
Os dois filhos do casal, o primogênito Marcos e o caçula César, foram morar com uma tia em Goiânia para estudar. Em seguida, voltaram a São Paulo para cursar engenharia na Escola Politécnica da Universidade de São Paulo.
Imigrante sírio, Skaf chegou ao Brasil nos anos 1920 e trabalhou em laticínios do Centro-Oeste do país nas décadas seguintes. Após a morte de sua mulher Haifa Helou Skaf em 1974, Skaf e o irmão dela, Saladi Helou - filho de imigrantes sírios e libaneses -, resolveram mudar de vida. Para isso fizeram uma troca: Skaf ficou com a casa do cunhado em São Paulo e Helou assumiu a fábrica em Piracanjuba, ao lado da mulher, Cleópatra, nascida numa família de imigrantes italianos.
Os dois filhos do casal, o primogênito Marcos e o caçula César, foram morar com uma tia em Goiânia para estudar. Em seguida, voltaram a São Paulo para cursar engenharia na Escola Politécnica da Universidade de São Paulo.
Enquanto isso, uma das principais decisões de Helou foi começar a fabricar queijos, cujo início se deu em 1979, além da manteiga. Mas a preocupação com as dívidas e o hábito de fumar quatro maços de cigarro por dia abreviaram sua vida em 1985, num infarto, aos 59 anos.
Com a morte precoce do pai, Marcos e César, na época com 27 e 24 anos, passaram a cuidar da companhia, que processava 2000 litros de leite por dia e tinha cerca de dez funcionários. No ano seguinte, 1986, a família mais que dobrou a produção ao abrir uma fábrica de queijos no município vizinho Bela Vista de Goiás (GO).
Em 1994, uma nova ampliação da produção de queijo coincidiu com o Plano Real. Com a inflação sob controle e o poder de compra dos consumidores fortalecido, a demanda por queijo disparou.
Mais dinheiro em caixa possibilitou, em 1998, a transferência da produção das duas pequenas fábricas para uma maior e mais moderna em Bela Vista de Goiás. A partir dos anos 2000, a diversificação do portfólio foi a receita de sucesso para o crescimento sustentado. Primeiro, a inauguração da linha de leite longa-vida, depois o creme de leite, o leite condensado e o lançamento da marca Pirakids, direcionada ao público infantil.
Em 2011 abriu sua segunda fábrica no município de Maravilha, no oeste catarinense e em 2014 compra a marca Leitbom, por 25 milhões de reais, em leilão da quebrada LBR.
Em setembro de 2015, foi ao ar uma campanha com a atriz Bruna Marquezine. Bruna havia publicado numa rede social que tinha descoberto ser intolerante à lactose. No mesmo dia foi convidada (e aceitou) a gravar um comercial para divulgar a linha zero lactose da Piracanjuba.
No início de 2016 a marca Piracanjuba passa a ser divulgada em todo o país. Aproveitando o fato de ter uma cota de patrocínio da escola de samba Imperatriz Leopoldinense, que homenageou a dupla de cantores Zezé Di Camargo & Luciano no desfile de Carnaval, a dupla de irmãos, Marcos e César, contratou a dupla de cantores para a divulgação da marca, que deu uma visibilidade inédita à Piracanjuba.
Comerciais da marca mostram os personagens recitando o nome Pi-ra-can-ju-ba, sílaba a sílaba. O slogan quase soletrado começou a ser usado por volta de 2006, quando a marca chegou aos estados de Pará e Maranhão e muitos consumidores demonstraram dificuldade em pronunciá-la.
Em 7 de agosto de 2019, a empresa anunciou a compra de unidades produtoras de leite longa vida da mutinacional suíça Nestlé. Paralelamente, recebeu licença para uso das marcas Ninho e Molico da Nestlé, pelas quais pagará royalties. Estima-se que as operações de leite longa vida da múlti faturam cerca de R$ 500 milhões por ano. Com a aquisição, a Bela Vista assumirá as fábricas de leite longa vida que a Nestlé possui em Araraquara (SP) e Três Rios (RJ). Uma terceira unidade, localizada em Carazinho (RS), será compartilhada pelas duas companhias. A penetração da Bela Vista no negócio de leite longa vida já é robusto. Com as marcas Piracanjuba e LeitBom, está entre as três maiores do segmento.
Para a estratégia da Bela Vista, a aquisição das fábricas da Nestlé é complementar. Dada a localização das unidades, não há sobreposição geográfica. Atualmente, a empresa goiana tem quatro fábricas, localizadas em Bela Vista de Goiás (GO), Governador Valadares (MG), Maravilha (SC) e Sulina (PR). Juntas, as unidades têm capacidade de processar mais de 5 milhões de litros de leite por dia. Com a aquisição, o grupo goiano assumirá as fábricas de leite longa vida que a Nestlé possui em Araraquara (SP) e Três Rios (RJ). Uma terceira unidade, localizada em Carazinho (RS), será compartilhada pelas duas companhias.
A Bela Vista, que tem foco no segmento de leite longa vida, captou 1,4 bilhão de litros de leite em 2018. A empresa teve faturamento de 2,9 bilhões de reais em 2017 e quase 7000 produtores de leite abastecem suas linhas de produção. A companhia emprega cerca de 2,6 mil pessoas e tem unidades em sete estados.
(Fonte: revista Melhores&Maiores de Exame - Julho 2016 / Valor - 08.08.2019 - partes)
Com a morte precoce do pai, Marcos e César, na época com 27 e 24 anos, passaram a cuidar da companhia, que processava 2000 litros de leite por dia e tinha cerca de dez funcionários. No ano seguinte, 1986, a família mais que dobrou a produção ao abrir uma fábrica de queijos no município vizinho Bela Vista de Goiás (GO).
Em 1994, uma nova ampliação da produção de queijo coincidiu com o Plano Real. Com a inflação sob controle e o poder de compra dos consumidores fortalecido, a demanda por queijo disparou.
Mais dinheiro em caixa possibilitou, em 1998, a transferência da produção das duas pequenas fábricas para uma maior e mais moderna em Bela Vista de Goiás. A partir dos anos 2000, a diversificação do portfólio foi a receita de sucesso para o crescimento sustentado. Primeiro, a inauguração da linha de leite longa-vida, depois o creme de leite, o leite condensado e o lançamento da marca Pirakids, direcionada ao público infantil.
Em 2011 abriu sua segunda fábrica no município de Maravilha, no oeste catarinense e em 2014 compra a marca Leitbom, por 25 milhões de reais, em leilão da quebrada LBR.
Em setembro de 2015, foi ao ar uma campanha com a atriz Bruna Marquezine. Bruna havia publicado numa rede social que tinha descoberto ser intolerante à lactose. No mesmo dia foi convidada (e aceitou) a gravar um comercial para divulgar a linha zero lactose da Piracanjuba.
No início de 2016 a marca Piracanjuba passa a ser divulgada em todo o país. Aproveitando o fato de ter uma cota de patrocínio da escola de samba Imperatriz Leopoldinense, que homenageou a dupla de cantores Zezé Di Camargo & Luciano no desfile de Carnaval, a dupla de irmãos, Marcos e César, contratou a dupla de cantores para a divulgação da marca, que deu uma visibilidade inédita à Piracanjuba.
Comerciais da marca mostram os personagens recitando o nome Pi-ra-can-ju-ba, sílaba a sílaba. O slogan quase soletrado começou a ser usado por volta de 2006, quando a marca chegou aos estados de Pará e Maranhão e muitos consumidores demonstraram dificuldade em pronunciá-la.
Em 7 de agosto de 2019, a empresa anunciou a compra de unidades produtoras de leite longa vida da mutinacional suíça Nestlé. Paralelamente, recebeu licença para uso das marcas Ninho e Molico da Nestlé, pelas quais pagará royalties. Estima-se que as operações de leite longa vida da múlti faturam cerca de R$ 500 milhões por ano. Com a aquisição, a Bela Vista assumirá as fábricas de leite longa vida que a Nestlé possui em Araraquara (SP) e Três Rios (RJ). Uma terceira unidade, localizada em Carazinho (RS), será compartilhada pelas duas companhias. A penetração da Bela Vista no negócio de leite longa vida já é robusto. Com as marcas Piracanjuba e LeitBom, está entre as três maiores do segmento.
Para a estratégia da Bela Vista, a aquisição das fábricas da Nestlé é complementar. Dada a localização das unidades, não há sobreposição geográfica. Atualmente, a empresa goiana tem quatro fábricas, localizadas em Bela Vista de Goiás (GO), Governador Valadares (MG), Maravilha (SC) e Sulina (PR). Juntas, as unidades têm capacidade de processar mais de 5 milhões de litros de leite por dia. Com a aquisição, o grupo goiano assumirá as fábricas de leite longa vida que a Nestlé possui em Araraquara (SP) e Três Rios (RJ). Uma terceira unidade, localizada em Carazinho (RS), será compartilhada pelas duas companhias.
A Bela Vista, que tem foco no segmento de leite longa vida, captou 1,4 bilhão de litros de leite em 2018. A empresa teve faturamento de 2,9 bilhões de reais em 2017 e quase 7000 produtores de leite abastecem suas linhas de produção. A companhia emprega cerca de 2,6 mil pessoas e tem unidades em sete estados.
(Fonte: revista Melhores&Maiores de Exame - Julho 2016 / Valor - 08.08.2019 - partes)
4 comentários:
Mto grande
Concordamos com o (a) leitor (a) que o texto estava talvez demasiadamente detalhado. Elaboramos então uma nova versão, mais enxuta.
N ajudou muito mais valeu
Não é muito grande não
Agora poderia ter falado do leite em pó a partir de que ano começou a ser produzido o leite em pó tradicional e o em pó desnatado
Aqui no PR usamos o leite em pó desde 2013 aproximadamente
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