Segundo o próprio sócio da gestora Verde e do fundo de investimento Verde, Luis Stuhlberger, ele resolveu que seu primeiro fundo se chamaria Verde por três razões. Uma delas é por causa das commodities. Stuhlberger começou nessa área e o fundo aplicava parte do patrimônio em contratos de café, que davam um retorno interessante. Outra tem a ver com o dólar, cujas notas são verdes. Em 1997, 1 dólar valia um real e, como ele acreditava que essa paridade não duraria muito tempo, queria acertar o momento da desvalorização e gerar retornos para o fundo fazendo isso. O terceiro motivo é que Stuhlberger é palmeirense, e, na época, o Palmeiras era patrocinado pela Parmalat e tinha um time fenomenal, Juntando tudo isso, Verde era o nome perfeito.
O Verde, fundado em 1997, desde o início é um fundo multimercado.
Um das grandes tacadas (certeiras) de Stuhlberger, já nos primeiros anos do fundo, foi meio que por acaso, segundo ele mesmo conta. É sabido que operar no mercado de câmbio no Brasil é complicado porque os juros são muito elevados, então o custo de oportunidade de manter o dinheiro aplicado em dólar é alto. Se a moeda valorizar pouco, o ganho é inferior ao da renda fixa. Por isso, para ganhar dinheiro, é preciso comprar ativos em dólar na hora certa. No início de janeiro de 1999, tomou a decisão de aceitar perder um pouco de dinheiro para comprar dólares e ver no que aquele regime cambial, que fixava a paridade entre o dólar e o real, ia dar.
Segundo Stuhlberger, 18 é o número da sorte no judaísmo. Sua terceira filha nasceu em 18 de dezembro de 1998, no mesmo dia que completaram 18 anos de casamento. Sua esposa, por estar amamentando, sugeriu que ele viajasse com as outras duas filhas. Resolveu viajar para Foz do Iguaçu e Buenos Aires. Antes de viajar, investiu todo o patrimônio do fundo em dólar. Muita gente achava que o modelo de câmbio fixo, que vigorava desde o começo do Plano Real, não duraria muito tempo. Não queria ser apanhado de surpresa, em plena viagem, então fez a posição. No dia em que estava visitando Itaipu, o celular - que não era lá essas coisas naquela época, mas funcionava - tocou. Eram umas 9 horas da manhã de uma quarta-feira. Gustavo Franco, que era presidente do Banco Central, havia sido demitido, e entrou no lugar dele Francisco Lopes, que permitiu uma desvalorização maior do real. Era para ser um movimento controlado, não deu certo, e o dólar, que tinha começado janeiro cotado em 1,30 real, fechou o mês em 2 reais. O Verde teve um rendimento líquido de 50% só naquele mês.
A gestora passou a receber mais investimentos e havia dinheiro para aumentar a equipe, com a contratação de economistas e analistas. Em muitos momentos, Stuhlberger fica pensando se teria feito aquela posição em dólar se não tivesse marcado a viagem. Se ficasse no Brasil, talvez decidisse esperar mais um dia ou uma semana. Poderia ter perdido a oportunidade.
O Verde, fundado em 1997, desde o início é um fundo multimercado.
Um das grandes tacadas (certeiras) de Stuhlberger, já nos primeiros anos do fundo, foi meio que por acaso, segundo ele mesmo conta. É sabido que operar no mercado de câmbio no Brasil é complicado porque os juros são muito elevados, então o custo de oportunidade de manter o dinheiro aplicado em dólar é alto. Se a moeda valorizar pouco, o ganho é inferior ao da renda fixa. Por isso, para ganhar dinheiro, é preciso comprar ativos em dólar na hora certa. No início de janeiro de 1999, tomou a decisão de aceitar perder um pouco de dinheiro para comprar dólares e ver no que aquele regime cambial, que fixava a paridade entre o dólar e o real, ia dar.
Segundo Stuhlberger, 18 é o número da sorte no judaísmo. Sua terceira filha nasceu em 18 de dezembro de 1998, no mesmo dia que completaram 18 anos de casamento. Sua esposa, por estar amamentando, sugeriu que ele viajasse com as outras duas filhas. Resolveu viajar para Foz do Iguaçu e Buenos Aires. Antes de viajar, investiu todo o patrimônio do fundo em dólar. Muita gente achava que o modelo de câmbio fixo, que vigorava desde o começo do Plano Real, não duraria muito tempo. Não queria ser apanhado de surpresa, em plena viagem, então fez a posição. No dia em que estava visitando Itaipu, o celular - que não era lá essas coisas naquela época, mas funcionava - tocou. Eram umas 9 horas da manhã de uma quarta-feira. Gustavo Franco, que era presidente do Banco Central, havia sido demitido, e entrou no lugar dele Francisco Lopes, que permitiu uma desvalorização maior do real. Era para ser um movimento controlado, não deu certo, e o dólar, que tinha começado janeiro cotado em 1,30 real, fechou o mês em 2 reais. O Verde teve um rendimento líquido de 50% só naquele mês.
A gestora passou a receber mais investimentos e havia dinheiro para aumentar a equipe, com a contratação de economistas e analistas. Em muitos momentos, Stuhlberger fica pensando se teria feito aquela posição em dólar se não tivesse marcado a viagem. Se ficasse no Brasil, talvez decidisse esperar mais um dia ou uma semana. Poderia ter perdido a oportunidade.
Considerando dados de agosto de 2021, o Verde administra R$ 55 bilhões.
Em 23 de setembro de 2024, no rastro do mau desempenho dos multimercados e da renda variável no país, a Verde Asset Management cortou cerca de 19% de seu quadro de funcionários, que caiu de 74 para 60 pessoas.
(Fonte: revista Exame - 14.09.2016 - divulgação exclusiva de Exame de trechos do livro, então ainda não lançado: Fora da Curva - Os segredos dos Grandes Investidores do Brasil e o Que Você Pode aprender com Eles - Organizadores: Florian Bartunek, Giuliana Napolitano e Pierre Moreau)
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