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6 de out. de 2011

El Corte Inglés

     El Corte Inglés, a pequena alfaiataria que o empresário asturiano Ramón Areces comprou no Centro de Madri no início da década de 1930, transformou-se, no início dos anos 2000, no líder europeu e terceiro do mundo no ranking das lojas de departamentos. Sua fórmula reúne o atendimento personalizado do antigo comércio de rua ao que há de melhor em termos de conforto e variedade de lojas dos modernos shopping centers.
     A saga do El Corte Inglés se confunde com a aventura de um imigrante espanhol. Ramón Areces Rodríguez deixou o principado de Astúrias em 1919, aos 15 anos, para tentar a sorte em Cuba, onde foi trabalhar numa loja dirigida por um tio. De volta à Espanha depois de quase duas décadas, em 1934, comprou com o dinheiro economizado uma pequena alfaiataria (que havia sido fundada em 1890), localizada numa das ruas mais centrais de Madrid, a calle Preciados, especializada no "corte inglês", como ficou conhecido o acabamento de roupas ao estilo clássico (daí a origem do nome El Corte Inglés).
     O grande salto aconteceu depois da Segunda Guerra Mundial, quando a empresa começou a operar como uma verdadeira loja de departamentos, ocupando uma área de 2.000 metros quadrados na capital espanhola. Ramon Areces dedicou sua vida ao negócio e, ao morrer, em 1989, era uma das maiores fortunas da Espanha. A família continua até hoje à frente do negócio. Um de seus sobrinhos, Isidoro Alvarez, foi nomeado seu sucessor e tornou-se rapidamente um dos mais influentes empresários espanhóis. Com a morte de Isidoro Álvarez (14 de setembro de 2014), foi nomeado presidente do El Corte Inglés o seu sobrinho, Dimas Rodrigo Gimeno Álvarez.
     Em 1995 El Corte Inglés comprou seu único rival, as Galerías Preciados, que estavam indo à bancarrota. A expansão internacional do grupo começou em 2001 em Portugal, com a abertura de um grande armazém em Lisboa, seguido em 2006 pela abertura de outra unidade em Vila Nova de Gaia, na cidade do Porto.
    Nove milhões de pessoas, o equivalente a 20% da população espanhola, possuem o cartão de crédito próprio do grupo, o que proporciona uma poderosa base de dados com os desejos e hábitos da clientela. A empresa também foi a que melhor soube tirar vantagem da reserva de mercado que vigorou no setor de varejo espanhol entre as décadas de 1970 e 1980. Nesse período, a legislação proibia a abertura de centros comerciais e hipermercados das grandes cidades do país, Aproveitando a brecha, El Corte Inglés começou a trazer para suas unidades supermercados e grandes marcas que se encontravam nas ruas de comércio. Essa estratégia ocupou um vazio de mercado e consolidou um hábito de consumo que não foi sequer afetado pela posterior popularização dos shopping centers.
          Em 2008, a empresa agiu rápido para não perder clientes durante a maré baixa do consumo: lançou uma nova marca de produtos populares chamada Aliada. A "cesta básica" do El Corte reuniria alimentos, remédios, produtos de limpeza, cosméticos e até mesmo ração para animais domésticos. Todos os produtos da Aliada - a primeira marca exclusiva que o grupo lançou - teria os menores preços de suas categorias dentro da rede.
     Em cada unidade da rede são encontrados, em média, 3,5 milhões de itens, de alfinetes a carros. Com dados do final de 2006 são 132 unidades e 104.000 funcionários. O grupo não se limita às lojas de departamento, mas é composto de diversas empresas, como Viajes El Corte Inglés (agência de turismo), Hipercor (hipermercados), Opencor (loja de conveniência), Supercor (supermercados), entre outras.
(Fonte: revista Exame 08.11.2006 / 05.11.2008 / Wikipédia - partes)

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