A Bemobi, é uma provedora brasileira de conteúdo móvel. A empresa é controlada pelo grupo norueguês Otello.
Três dias após o anúncio de sua primeira aquisição como empresa de capital aberto, a Bemobi, fechou um segundo acordo para expandir as operações de microfinanças. Comprou a chilena Tiaxa, especializada em nanocrédito em países emergentes.
A Tiaxa chega aos seus clientes principalmente pela tecnologia mobile e é aí que está a sinergia com a Bemobi, plataforma de aplicativos de jogos para celular que também passou a trabalhar com recarga. Além do mercado chileno, a Tiaxa possui escritórios nos Estados Unidos, México, Colômbia, Peru, Brasil e Filipinas.
“Traz para nós uma complementaridade geográfica, com uma presença forte na América Latina exceto no Brasil, enquanto nós temos exatamente o contrário, e também uma nova dinâmica em microfinanças, que pensávamos ter daqui a dois, três anos com o nível de sofisticação que eles têm”, diz o CEO da Bemobi, Petro Ripper.
A Tiaxa faz análise de crédito em parceria com cerca de 20 operadoras de celular – enquanto a Bemobi tem uma carteira de 80 operadoras no mundo – e atua na recarga de celulares pré-pagos.
“Eles têm outro negócio incipiente, quase uma startup lá dentro, que consegue usar as informações do usuário do celular para evitar fraudes ou dar crédito em outras plataformas, como eCommerce ou banco digital. A empresa monetiza os dados”, diz o Sr. Ripper.
“Para startups que estão penetrando na base da pirâmide, isso é crítico. A base de dados pode cruzar dados, por exemplo, para validar o endereço de um usuário segundo hábitos de compra e pedidos em um app de delivery, para saber que não está usando um endereço fraudulento em um crédito ou compra.”
O valor do negócio foi de US$ 17,4 milhões e pode chegar a US$ 20,7 milhões adicionais, dependendo das metas de crescimento de três anos. Depois de levantar R$ 1 bilhão em seu IPO em fevereiro de 2021, a Bemobi também anunciou em meados de agosto de 2021 que comprou a integradora de recargas virtuais e provedora de soluções M4U, subsidiária da Cielo, maior operadora brasileira de cartões de crédito e débito. A transação pode chegar a R$ 185 milhões.
(Fonte: Valor - 17.08.2021)
Nenhum comentário:
Postar um comentário