Total de visualizações de página

5 de out. de 2011

OAS

          A OAS foi criada em 1976, em Salvador, na Bahia, por Cesar Mata Pires (1950-2017) e outros dois sócios - Durval Olivieri e Carlos Suarez, que saíram do negócio anos depois.
          A formação da sigla OAS, que passou a ser a marca do grupo baiano, vem de Olivieri, Araújo (nome de solteira da mãe de Pires) e Suarez.
          A sigla ganhou maior peso em fins dos anos 1970, quando Pires se casou com Tereza, filha do então governador da Bahia, Antônio Carlos Magalhães, e passou a disputar com a concorrente Odebrecht obras públicas do Estado.
          A saída de Carlos Suarez da sociedade ocorreu em novembro de 1996, quando foi fumado o cachimbo da paz na OAS. Por uma quantia não revelada, o dissidente Suarez, dono de 36% das ações da empreiteira, vendeu sua participação pondo fim ao conflito que quase a levou à bancarrota. A maior parte do lote foi distribuída entre o fundador remanescente, César Mata Pires, e os outros dois sócios, Nicolau Martins e Carlos Laranjeiras. Uma pequena fatia acabou nas mãos do então superintendente da OAS, o executivo José Aldemário. Com muito dinheiro no bolso, Suarez deveria continuar no ramo, mais provavelmente na construtora controlada por sua família.  
          A empreiteira, envolvida na Lava-Jato, entrou com pedido de recuperação inicial em 2015, depois de ficar sem caixa para honrar o pagamento de dívidas de 8 bilhões de reais.
          Desde julho de 2017, Pires estava acertando os últimos detalhes para uma colaboração premiada, que envolveria ao menos 20 pessoas, entre executivos e acionistas da construtora. A empresa é uma das investigadas na Operação Lava-Jato.
          Mata Pires, o maior acionista, morreu em 22 de agosto de 2017, aos 67 anos, depois de ter tido um enfarto fulminante enquanto caminhava pelo bairro do Pacaembu, na capital paulista.
          Hoje, a OAS conta com dez escritórios no Brasil, sendo a sede em São Paulo, e catorze fora do país.
(Fonte: revista Exame - 20.11.1996 / jornal O Estado de S.Paulo - 22.08.2017 / revista Exame - 27.06.2018 - partes)

Nenhum comentário: