Total de visualizações de página

3 de out. de 2011

Sara Lee

          A americana Sara Lee, com sede em Chicago, é um dos maiores conglomerado dos Estados Unidos, com ênfase em alimentos e vestuário. Fabricante de bolos, tortas, croissants no setor de alimentos, meias e moletons Hanes, cintos Coach e roupas esportivas da Champion, são algumas das principais marcas do grupo. Tem negócios nas áreas de confecções, roupas íntimas, artigos de couso e produtos de higiene e limpeza.
          No Brasil, atua em áreas tão diversas quanto café e roupas íntimas (como as meias Kendall e cuecas Zorba). A operação brasileira da Kendall serviu para iniciar seus negócios no Brasil quando, em fevereiro de 1997, foi comprada pela Sara Lee, da Colgate-Palmolive.
          Como é do seu feitio, a Sara Lee chegou sem fazer alarde, montando seu escritório nas modestas instalações da Kendall em Cotia, em São Paulo.
          O início da operação no Brasil ficou a cargo do executivo Victor Serra, que assumiu a gerência-geral da subsidiária brasileira. Assim que se formou, em 1992, foi Serra foi admitido como gerente de produto da Hanes americana. Menos de um ano depois, pegava um avião para o México, onde assumiu a diretoria de marketing da Rinbras, fabricante de roupas íntimas, também do grupo. Seu objetivo era voltar ao Brasil para estruturar a entrada do grupo no país.
           A Sara Lee entrou no mercado brasileiro de café, ao comprar, em 1998, a paulistana Café Seleto, criada nos anos 1950 e que chegou a ser uma das marcas de café mais conhecidas do país.
          Em 2000, a Sara Lee adquiriu as marcas de café Caboclo, Pilão e União da Copersucar/União, aproveitando mudança estratégica da gigante do açúcar, que decidiu se concentrar no ponto forte - venda de grandes volumes para a indústria e para a exportação.
          Em espaço de tempo relativamente curto, a Sara Lee tornou-se líder do mercado brasileiro de café com cerca de 25% de participação. Era dona, além das marcas Seleto, Caboclo, Pilão e União, também do Café do Ponto.
          Discretamente, em meados de julho de 2002, a empresa iniciou a venda direta de cosméticos nas principais cidades do interior paulista. Eram 100 itens, todos produzidos por terceiros no Brasil, que circulavam nas sacolas de 12.000 consultoras da Sara Lee. Os planos para entrar nesse mercado começaram em agosto de 2000. Segundo Paulo Volterrini, então presidente da Sara Lee Cosméticos, a empresa por algum tempo avaliou a possibilidade de adquirir uma empresa local, mas não encontrou um bom negócio, por isso, tiveram que começar do zero. No posicionamento no mercado, a ideia era ocupar os espaço vago entre os públicos da Natura e da Avon praticando um preço intermediário.
          Uma das primeiras providências de Volterrini, um paulista nascido em 1948 que fez carreira na Avon, foi selecionar uma das mais de dez marcas de cosméticos da Sara Lee em 180 países. A opção ficou por Sara Lee "porque é simples e fácil de pronunciar".
          Na matriz, em fevereiro de 2005, a Sara Lee passa a ser comandada pela executiva Brenda Barnes, que ocupava a diretoria de operações. Em 2006, a Sara Lee tinha faturamento de cerca de 20 bilhões de dólares.
          Em setembro de 2008, a Sara Lee comprou a Café Moka, de São Paulo. A Café Moka, fundada em 1912, atendia então a mais de 4 mil clientes no varejo por meio de um sistema direto de distribuição, e era dona também da marca Jaraguá.
          Em 2011 amplia sua participação com a aquisição da sergipana Maratá, uma das maiores empresas de alimentos do Nordeste. Com a aquisição, os cafés da multinacional vendidos no Nordeste passariam a usar o nome Maratá, muito forte na região.
          Em agosto de 2011, a Sara Lee tinha em seu portfólio algumas das principais marcas de café do país, como Caboclo, Pilão, Jaraguá, Moka, Café do Ponto, União e Seleto.
          Em meados de setembro de 2012, a Sara Lee anunciou a compra da paranaense Café Damasco por 100 milhões de reais. A Café Damasco é detentora da marca Damasco além de outras menores, como Copacabana e Bom Taí. A transação iria oferecer sinergias de manufatura em São Paulo e auxiliar na competitividade no nordeste, segundo a Sara Lee.
          Em junho de 2012, a Sara Lee promove uma cisão na empresa. Para atuar no mercado americano, o nome escolhido foi Hillshire Brands e comercializa alimentos e bebidas e inclui as marcas Jimmy Dean e Hillshire Farm. A Sare Lee adquiriu a marca Hillshire Farm em 1971. O segmento de alimentação fora de casa continuou a ser chamado de Sara Lee Foodservice.
          A outra parte da Sara Lee, resultante da cisão, é a D.E Master Blenders 1753 da Holanda, que atua desde 1753 e ficou com todas as marcas de café da empresa americana. No ano seguinte, 2013, a D.E Master Blenders foi adquirida pela JAB Holding.
          O faturamento da Sara Lee era de cerca de 11 bilhões de dólares por ano, considerando como base os anos de 2011 e 2012.
          Em maio de 2014, a holandesa D.E Master Blenders 1753 se fundiu com a área de café da americana Mondelez, resultando na JDE.
(Fonte: revista Exame - 07.08.2002 / 21.08.2002 / Ag. Estado - 18.09.2008 / revista Exame - 10.08.2011 / 05.06.2012(online) / Exame.com - 14.09.2012- partes)

Nenhum comentário: