Jorge Street recebeu de herança do pai a participação em uma indústria têxtil no Rio de Janeiro e decidiu investir no ramo, adquirindo outras empresas. Tinha então a Fábrica de Juta São João, embrião da Companhia Nacional de Tecidos de Juta, e a fábrica Rnak. Em 1904, Street expandiu seus negócios para São Paulo. Comprou a fábrica de juta Santana e, três anos depois, transferiu tudo o que estava no Rio para a capital paulista.
A Companhia Nacional de Tecidos de Juta foi fundada por volta de 1917, na Zona Leste da cidade de São Paulo.
Concebida para abrigar as famílias dos 2.100 funcionários da empresa, a Vila Maria Zélia, cravada no limite entre o Tatuapé e o bairro do Belenzinho, foi inaugurada em 1917, após cinco anos de obras. Idealizado pelo industrial Jorge Street e projetado pelo arquiteto francês Paul Pedraurrieux, que se inspirou em vilas operárias da Europa, o complexo, uma espécie de cidade em miniatura, incluía escolas (uma para meninas e outra para meninos), restaurante, salão de baile, campo de futebol e uma igreja, a Capela São José. O industrial Jorge Street inova ao oferecer creches e outros benefícios a seus operários. A Vila Maria Zélia ganhou seu nome em homenagem a uma filha do empresário que morreu durante a construção.
Com residências que contrastavam com os precários cortiços do entorno, a vila operária passou poucos anos nas mãos de seu fundador. Street se desfez de tudo para quitar dívidas, em 1924. Todo seu conglomerado industrial acabou enquanto ainda estava vivo. Depois de honrar todas as dívidas, o industrial resolveu trabalhar como funcionário público no Ministério do Trabalho.
Depois de pertencer às famílias Scarpa e Guinle, o lugar acabou improvisado como cadeia durante o Estado Novo, na década de 1930, chegando a abrigar 700 presos políticos.
A venda de imóveis residenciais foi liberada em 1968, mas os endereços comerciais foram bloqueados, em ruínas.
Em 1992, tardiamente, o espaço foi tombado pelos conselhos de preservação do patrimônio histórico do município (Conpresp) e do Estado (Condephaat). Hoje, serve de locação para filmes e novelas. Mas o espaço ainda abriga residências, porém há construções em ruínas. Poucas casas mantiveram a arquitetura original.
A venda de imóveis residenciais foi liberada em 1968, mas os endereços comerciais foram bloqueados, em ruínas.
Em 1992, tardiamente, o espaço foi tombado pelos conselhos de preservação do patrimônio histórico do município (Conpresp) e do Estado (Condephaat). Hoje, serve de locação para filmes e novelas. Mas o espaço ainda abriga residências, porém há construções em ruínas. Poucas casas mantiveram a arquitetura original.
(Fonte: revista Exame - 10.12.2003 / revista Veja São Paulo - 24.05.2017 / 20.12.2017 / 08.05.2019)
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