Muito mais para o bem do que para o mal, a Confeitaria Colombo parece impermeável à modernidade. Fundada em 1894 e tombada como patrimônio histórico e artístico do Rio de Janeiro, como símbolo máximo do que representou a "belle époque" na vida da cidade, a Colombo resistiu ao tempo e não pode ter suas instalações nem sua atividade modificadas. Sua decoração "art nouveau" remete aos salões europeus da época e em seus espaços grandiosos destacam-se os espelhos belgas, o mobiliário de jacarandá e as bancadas de mármore italiano.
Quando foi idealizada pelos portugueses Manoel Lebrão e Francisco Meireles, o objetivo era transformá-la em um ponto de encontro da corte, da sociedade e da intelectualidade. Foi a confeitaria preferida de nomes como Olavo Bilac, Machado de Assis, José do Patrocínio, João do Rio, Washington Luiz, Epitácio Pessoa e Getúlio Vargas, entre outros artistas, escritores e políticos. O local serviu de palco para muitos debates e decisões históricas, não se limitando a ser o reduto ideal para os amantes da gastronomia e do entretenimento.
O nome, sim, vem do descobridor da América. Se olharmos o site da confeitaria, ao referir-se ao restaurante "Cristóvão", o texto diz: A descoberta do século. Localizado no segundo andar da Confeitaria Colombo, o Restaurante Cristóvão atende aos mais exigentes paladares. Assim como o descobridor das Américas, a inspiração para o cardápio vem do além-mar, integrando as culinárias portuguesa e espanhola. É possível saborear os mesmos pratos servidos, por exemplo, no jantar em homenagem ao príncipe Umberto de Savóia, em 1924.
Ao contrário do que ocorre com a maioria das empresas, a receita de sucesso da Colombo foi voltar ao passado. A confeitaria, que por quase 90 anos foi uma empresa familiar, tinha passado às mãos do grupo de alimentação Arisco e estava praticamente abandonada. Foi comprada no ano 2000, por um grupo de executivos, todos aparentados. Eles foram responsáveis pela grande transformação. "A Colombo sempre foi nossa paixão. E agora ela é nossa", diz Roberto Souza Assis, um dos sócios do empreendimento.
Os móveis seculares foram restaurados, a iluminação preparada para dar um clima de luz de velas, e as máquina recuperadas. Basta colocar os pés na entrada e já é possível perceber as mudanças. As trabalhadas vitrines de madeira estão iluminadas, restauradas e repletas de doces, pães e outros confeitos. O salão principal no térreo, com um delicioso burburinho. Jovens executivos, turistas e passantes param para uma rápida refeição.
(Fonte: revista Exame - 31.10.2001 / jornal Valor - 17.05.2011 / site da empresa - partes)
English Version:
Confeitaria Colombo, Rio de Janeiro, Brazil
Founded in 1894, Confeitaria Colombo remains an elegant stop in Rio for a cup of coffee and a pastel de nata (egg custard tart). The interior is utterly lavish – think stained glass and giant, brocaded mirrors – though be sure to head for the Centro branch rather than the less exciting one in Copacabana.
(Fonte: Love Foods - Emma Gibbs - 26.08.2019)
Quando foi idealizada pelos portugueses Manoel Lebrão e Francisco Meireles, o objetivo era transformá-la em um ponto de encontro da corte, da sociedade e da intelectualidade. Foi a confeitaria preferida de nomes como Olavo Bilac, Machado de Assis, José do Patrocínio, João do Rio, Washington Luiz, Epitácio Pessoa e Getúlio Vargas, entre outros artistas, escritores e políticos. O local serviu de palco para muitos debates e decisões históricas, não se limitando a ser o reduto ideal para os amantes da gastronomia e do entretenimento.
O nome, sim, vem do descobridor da América. Se olharmos o site da confeitaria, ao referir-se ao restaurante "Cristóvão", o texto diz: A descoberta do século. Localizado no segundo andar da Confeitaria Colombo, o Restaurante Cristóvão atende aos mais exigentes paladares. Assim como o descobridor das Américas, a inspiração para o cardápio vem do além-mar, integrando as culinárias portuguesa e espanhola. É possível saborear os mesmos pratos servidos, por exemplo, no jantar em homenagem ao príncipe Umberto de Savóia, em 1924.
Ao contrário do que ocorre com a maioria das empresas, a receita de sucesso da Colombo foi voltar ao passado. A confeitaria, que por quase 90 anos foi uma empresa familiar, tinha passado às mãos do grupo de alimentação Arisco e estava praticamente abandonada. Foi comprada no ano 2000, por um grupo de executivos, todos aparentados. Eles foram responsáveis pela grande transformação. "A Colombo sempre foi nossa paixão. E agora ela é nossa", diz Roberto Souza Assis, um dos sócios do empreendimento.
Os móveis seculares foram restaurados, a iluminação preparada para dar um clima de luz de velas, e as máquina recuperadas. Basta colocar os pés na entrada e já é possível perceber as mudanças. As trabalhadas vitrines de madeira estão iluminadas, restauradas e repletas de doces, pães e outros confeitos. O salão principal no térreo, com um delicioso burburinho. Jovens executivos, turistas e passantes param para uma rápida refeição.
(Fonte: revista Exame - 31.10.2001 / jornal Valor - 17.05.2011 / site da empresa - partes)
English Version:
Confeitaria Colombo, Rio de Janeiro, Brazil
Founded in 1894, Confeitaria Colombo remains an elegant stop in Rio for a cup of coffee and a pastel de nata (egg custard tart). The interior is utterly lavish – think stained glass and giant, brocaded mirrors – though be sure to head for the Centro branch rather than the less exciting one in Copacabana.
(Fonte: Love Foods - Emma Gibbs - 26.08.2019)
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