Empresa do setor de fertilizantes, a Fosfertil foi privatizada em agosto de 1992. O comprador foi um consórcio formado por dezoito empresas do setor de fertilizantes - entre elas Solorrico, Manah, IAP, Fertiza e outras - mais três bancos e uma seguradora. A Fosfertil era fabricante de insumos para o setor.
Desde que fora criada, em 1981, apenas em 1988 a Fosfertil apresentara lucro em seu balanço anual. No ano em que os novos donos assumiram o controle da empresa, 1992, ainda houve prejuízo, mas no ano seguinte já foi revertido.
Instalada no município de Araxá, em Minas Gerais, a empresa passou a ser comandada pelo executivo Mário Barbosa, vindo da Manah, uma das compradoras da Fosfertil, que passou a diretor-superintendente da companhia.
Para colocar a casa em ordem, os novos donos da Fosfertil tiveram de mexer em tudo. Para começar, enxugaram o quadro de funcionários, de 1970 para 1600. Ao mesmo tempo, negociaram todos os contratos, até o de importação de enxofre da Polônia. A companhia passou a produzir outras matérias-primas que antes era praticamente proibido de fabricar apenas para não invadir os mercados de outras estatais, como Goiasfertil, Arafértil e ICC. A Goiasfertil foi comprada pela própria Fosfertil no primeiro leilão do governo Itamar, em outubro de 1992, depois de ter sido rejeitada na tentativa anterior de leilão. O mercado em que atuava, de rocha fosfática, estava saturado. Passados três meses da privatização, a fase de prejuízos da Goiasfertil acabou.
Em junho de 1993, a Fosfertil adquire a Ultrafertil e dá início a um trabalho integrado para formar uma das maiores empresas de fertilizantes e químicos do país. Nos 10 anos seguintes (1993-2002), a produção passou de 780 mil toneladas para mais de 1,3 milhão de toneladas de nitrogênio e P²O5, nutrientes imprescindíveis para o mercado nacional de fertilizantes. Foram também levados a cabo projetos de modernização do Terminal Marítimo de Santos e a verticalização do complexo minero-químico de Catalão, em Goiás. Eram oito unidades produtivas instaladas nos estados de Minas Gerais, São Paulo, Goiás e Paraná.
Em maio de 2004, é publicado na imprensa escrita a mudança da marca Fosfertil Ultrafertil, uma das maiores empresas do setor de fertilizantes e da indústria química brasileira, passando a adotar um único nome - Fosfertil. Uma nova logomarca também é adotada. No próprio ano de 2004, a Fosfertil foi uma das mais rentáveis da Bolsa de Valores de São Paulo. Em bons anos, a Fosfertil tornava-de uma máquina de geral lucros.
Até abril de 2006, Bunge e Cargill (esta, representada pela Mosaic, sua controlada), maiores acionistas da empresa, tinham, surpreendentemente, uma relação amistosa. Mas então dá-se início a uma cruenta batalha pelo controle da Fosfertil. A digladiação maior era feita sempre via destituições e nomeações de representantes no conselho de administração. Em dezembro, a disputa ficou escancarada. Sem avisar a Cargill, a Bunge propôs aos acionistas a fusão da Bunge Fertilizantes com a Fosfertil, algo que colocaria a rival numa humilhante posição no bloco de controle da companhia.
Em 2011, a Fosfertil é adquirida pela Vale que, pouco tempo depois, fecha o capital da maior fabricante de matéria-prima para adubos do país. Praticamente a única representante do setor, a Fosfertil dá adeus à Bovespa.
Em dezembro de 2016, a Vale anuncia a venda dos seus ativos de fertilizantes para a multinacional americana Mosaic, além de uma aquisição de uma participação minoritária na companhia, por um valor total de aproximadamente US$ 2,5 bilhões. Portanto, o que era a Fosfertil, praticamente para nas mãos da Cargill, dona da Mosaic. A Vale continua exposta ao negócio de fertilizantes por meio de uma participação na Mosaic. A transação não incluiu ativos de nitrogenados e fosfatados de Cubatão (SP).
(Fonte: revista Exame - 03.02.1993 / 21.08.2002 / 12.05.2004 / 28.12.2006 - partes)
Desde que fora criada, em 1981, apenas em 1988 a Fosfertil apresentara lucro em seu balanço anual. No ano em que os novos donos assumiram o controle da empresa, 1992, ainda houve prejuízo, mas no ano seguinte já foi revertido.
Instalada no município de Araxá, em Minas Gerais, a empresa passou a ser comandada pelo executivo Mário Barbosa, vindo da Manah, uma das compradoras da Fosfertil, que passou a diretor-superintendente da companhia.
Para colocar a casa em ordem, os novos donos da Fosfertil tiveram de mexer em tudo. Para começar, enxugaram o quadro de funcionários, de 1970 para 1600. Ao mesmo tempo, negociaram todos os contratos, até o de importação de enxofre da Polônia. A companhia passou a produzir outras matérias-primas que antes era praticamente proibido de fabricar apenas para não invadir os mercados de outras estatais, como Goiasfertil, Arafértil e ICC. A Goiasfertil foi comprada pela própria Fosfertil no primeiro leilão do governo Itamar, em outubro de 1992, depois de ter sido rejeitada na tentativa anterior de leilão. O mercado em que atuava, de rocha fosfática, estava saturado. Passados três meses da privatização, a fase de prejuízos da Goiasfertil acabou.
Em junho de 1993, a Fosfertil adquire a Ultrafertil e dá início a um trabalho integrado para formar uma das maiores empresas de fertilizantes e químicos do país. Nos 10 anos seguintes (1993-2002), a produção passou de 780 mil toneladas para mais de 1,3 milhão de toneladas de nitrogênio e P²O5, nutrientes imprescindíveis para o mercado nacional de fertilizantes. Foram também levados a cabo projetos de modernização do Terminal Marítimo de Santos e a verticalização do complexo minero-químico de Catalão, em Goiás. Eram oito unidades produtivas instaladas nos estados de Minas Gerais, São Paulo, Goiás e Paraná.
Em maio de 2004, é publicado na imprensa escrita a mudança da marca Fosfertil Ultrafertil, uma das maiores empresas do setor de fertilizantes e da indústria química brasileira, passando a adotar um único nome - Fosfertil. Uma nova logomarca também é adotada. No próprio ano de 2004, a Fosfertil foi uma das mais rentáveis da Bolsa de Valores de São Paulo. Em bons anos, a Fosfertil tornava-de uma máquina de geral lucros.
Até abril de 2006, Bunge e Cargill (esta, representada pela Mosaic, sua controlada), maiores acionistas da empresa, tinham, surpreendentemente, uma relação amistosa. Mas então dá-se início a uma cruenta batalha pelo controle da Fosfertil. A digladiação maior era feita sempre via destituições e nomeações de representantes no conselho de administração. Em dezembro, a disputa ficou escancarada. Sem avisar a Cargill, a Bunge propôs aos acionistas a fusão da Bunge Fertilizantes com a Fosfertil, algo que colocaria a rival numa humilhante posição no bloco de controle da companhia.
Em 2011, a Fosfertil é adquirida pela Vale que, pouco tempo depois, fecha o capital da maior fabricante de matéria-prima para adubos do país. Praticamente a única representante do setor, a Fosfertil dá adeus à Bovespa.
Em dezembro de 2016, a Vale anuncia a venda dos seus ativos de fertilizantes para a multinacional americana Mosaic, além de uma aquisição de uma participação minoritária na companhia, por um valor total de aproximadamente US$ 2,5 bilhões. Portanto, o que era a Fosfertil, praticamente para nas mãos da Cargill, dona da Mosaic. A Vale continua exposta ao negócio de fertilizantes por meio de uma participação na Mosaic. A transação não incluiu ativos de nitrogenados e fosfatados de Cubatão (SP).
(Fonte: revista Exame - 03.02.1993 / 21.08.2002 / 12.05.2004 / 28.12.2006 - partes)
Nenhum comentário:
Postar um comentário