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5 de out. de 2011

Neoenergia

          A Neonergia (NEOE3 na B3) foi criada em 1997 a partir da compra da Companhia de Eletricidade do Estado da Bahia (Coelba) e da Companhia Energética do Rio Grande do Norte (Cosern) pelo grupo espanhol Iberdrola.
          Em 1999, a Neoenergia venceu o leilão para construir e operar a usina hidrelétrica Itapebi, no rio Jequitinhonha (BA), de 450 MW de potência instalada.
          Em 2000, a Neoenergia arrematou em leilão de privatização a Companhia Energética do Estado de Pernambuco (Celpe).
          Em 2005, a empresa criou a Afluente Energia, para operar os ativos de Geração e Transmissão que antes pertenciam à Coelba. Ainda nesse ano, junto com um consórcio, a Neoenergia venceu a concessão para construir a hidrelétrica de Baguari (MG) de 140 MW, e ainda viabilizou duas pequenas centrais hidrelétricas (PCHs): Goiandira e Nova Aurora (GO), com capacidade instalada total de 48 MW.
          Em 2010, a empresa entrou no segmento de energia eólica, com a aquisição de nove projetos greenfield totalizando 250 MW de potência, e assumiu 10% de participação na construção da 3a. maior hidrelétrica do mundo (Belo Monte), com capacidade de 11 MW (durante o período chuvoso). Ainda no mesmo ano, entrou com 50% de participação no Consórcio Teles Pires, hidrelétrica de potência instalada de 1.800 MW.
          Em agosto de 2017, a Neoenergia e a Elektro se fundiram. A Iberdrola já possuía posição relevante na Neoenergia (39% do capital) e detinha praticamente todo o capital da Elektro. Como resultado da fusão, a Iberdrola passou a deter 52,45% do capital total da Neoenergia. O Previ possui 38,21% e o Banco do Brasil, 9,34%.
          A participação acionária da Neoenergia em cada controlada é relevante: Celpe (89,65%), Coelba (96,30%), Cosern (91,50% e Elektro (99,97%).
          Por meio dessas distribuidoras, a companhia leva energia elétrica para cerca de 34 milhões de pessoas, o que corresponde a 20% da população brasileira, com forte presença na região nordeste abrangendo os estados da Bahia, Pernambuco, Rio Grande do Norte. Está presente também em São Paulo e Mato Grosso do Sul. Atualmente a companhia distribui energia em um território de aproximadamente 840 mil quilômetros quadrados.
          A Neoenergia foi o principal destaque de mais um leilão bem sucedido de transmissão de energia, realizado em 20 de dezembro de 2018, ao vencer a disputa por lotes envolvendo R$ 6 bilhões em investimentos, 45% dos R$ 13,2 bilhões então contratados, de acordo com estimativas da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). Esse foi o maior investimento único contratado em um leilão de transmissão no Brasil.
          Antes do IPO realizado em junho de 2019, a Iberdrola possuía uma participação de 52,45%, a Previ 38,21% e o Banco do Brasil, 9,34%. Depois da oferta, sem capital novo, sai o BB e houve desinvestimento relevante por parte da Previ. O capital ficou assim distribuído: 50,00% - Iberdrola; 26,86% - Previ e 23,14% Free float, incluindo os lotes adicional e complementar.
          O grupo registrou em 2019 expansão líquida de 257 mil novos consumidores nas suas quatro distribuidoras: Coelba (BA), Cosern (RN), Celpe (PE) e Elektro (SP). Ao todo, a companhia tem cerca de 14 milhões de clientes. O grupo atua também nas áreas de geração, comercialização e transmissão.
          Em 4 de dezembro de 2020, a Neoenergia vence disputa pela CEB com lance de R$ 2,515 bilhões. O grupo arrematou 100% das ações da empresa ao ofertar ágio de 76,63% sobre preço mínimo.
          Em leilão de transmissão realizado em 30 de junho de 2022 na B3 a Neoenergia venceu o lote 2 (6 instalações nos Estados de Minas Gerais e São Paulo, com valor de RAP) de R$ 360.000.000,00 e deságio de (-)50,33% abaixo do valor de referência. O investimento estimado é de R$ 4,94 bilhões. A Neoenergia foi vencedora também do Lote 11 (4 instalações no estado de Mato Grosso do Sul) com valor de RAP de R$ 38.200.000,00 com deságio de (-) 45,74% abaixo do valor de referência.
          O sol e o vento, que outrora castigavam os sertões nordestinos, são hoje riquezas que trazem desenvolvimento econômico e social para a região. Nos municípios de Santa Luzia, Areia de Baraúnas, São José de Sabugi e São Mamede, a cerca de 300 quilômetros de João Pessoa, na Paraíba, a Neoenergia inaugurou o primeiro complexo combinado de geração de energia renovável do Brasil.
Com investimento total de R$ 3,5 bilhões, o Complexo Renovável Neoenergia reúne três ativos de forma inédita: o complexo eólico Neoenergia Chafariz, a usina solar Neoenergia Luzia e um complexo de transmissão. Com a nova usina em pleno funcionamento, a empresa chega a 5,1 GW de capacidade instalada em operação no Brasil, sendo 90% provenientes de fontes renováveis. A geração a partir de fontes combinadas de energia é uma inovação regulatória recente no país. O processo da Neoenergia foi pioneiro no Brasil, aprovado pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) no segundo semestre de 2022.
          Na semana de 12 a 16 de junho de 2023, o Cade aprova a operação com a Warrington Investment, que consiste na aquisição de controle compartilhado através da aquisição de 50% do seu capital social total em ações. A Neoenergia destaca que assim continuará crescendo enquanto conta com parceria de um investidor institucional com atuação global. Em 29 de setembro de 2023 a Neoenergia concluiu a venda de 50% da participação que a empresa detém na Neoenergia Transmissão para a Warrington, por R$ 1,2 bilhão.
          A Neoenergia informou após o fechamento do mercado de 26 de setembro de 2023, que concluiu uma operação de troca com a Eletronorte, empresa controlada pela Eletrobras. Com o fechamento da transação, a Neoenergia passa a ter 100% da operação da Energética Águas da Pedra (Usina Hidrelétrica Dardanelos), com uma capacidade instalada total de 261 megawatts (MW) e deixa de ter qualquer participação na Usina Hidrelétrica de Teles Pires.
          Em comunicado de 27 de setembro de 2023, divulgado após o fechamenbti de mercado, a Neoenergia  informa que criou uma joint venture com a Comerc para desenvolver usinas fotovoltaicas. A empresa explicou que celebrou por meio de sua afiliada Geração CIII, conjuntamente com a Comerc Participações, também por meio de sua afiliada Mori 3 Participações, documentos vinculantes para formação de uma Joint Venture, com controle compartilhado entre as acionistas, que atuará no desenvolvimento e na operação de usinas fotovoltaicas focadas em geração distribuída, potencialmente nos estados da Bahia, São Paulo, Rio Grande do Norte, Pernambuco e Distrito Federal.
(Fonte: Jornal Valor - 28.02.2016 / 21.12.2018 / Empiricus Research / Operação Condor / G1 - 30.06.2022 / Valor - 21.03.2023 / Hot Pick Empiricus - 18.06.2023 / Dica de Hoje Research - 27.09.2023 / 28.09.2023 / Valor - 01.10.2023 - partes)

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