O nome, Restaurante Giratório, dá uma ideia, mas não chega a descrever a coisa, meio escondida na antiga Rua Amador Bueno, hoje do Boticário, perto do Largo Paissandu, no centro de São Paulo.
A comida era simples, mas cuidada, pois tudo era feito à vista do freguês, o qual girava, literalmente girava, em volta de uma ilha de preparação e lavação. Tentem visualizar: o freguês entrava por uma porta vaivém, tipo faroeste, lia o cardápio de pratos numerados escrito na parede, enquanto esperava a fila, escolhia, pagava, subia na geringonça giratória que tinha a altura de um degrau de escada, sentava-se na primeira cadeira vaga que passava, de frente para o balcão e para a ilha envidraçada dos cozinheiros e garçons, recebia seu prato por uma abertura, comia girando muito lentamente, olhando o movimento da cozinha e da copa, ao terminar entregava por uma abertura o prato e os talheres, que iam para uma grande máquina de lavar fumegante, tudo à vista, depois comia a sobremesa, sempre girando, terminava exatamente quando chegava à saída, portas no mesmo estilo saloon. Tudo, máquinas e o mais, foi inventado pelo dono, um imigrante italiano de nome Ezio Barioni.
(Fonte: revista Veja São Paulo - 22.11.2017 - Ivan Angelo)
A comida era simples, mas cuidada, pois tudo era feito à vista do freguês, o qual girava, literalmente girava, em volta de uma ilha de preparação e lavação. Tentem visualizar: o freguês entrava por uma porta vaivém, tipo faroeste, lia o cardápio de pratos numerados escrito na parede, enquanto esperava a fila, escolhia, pagava, subia na geringonça giratória que tinha a altura de um degrau de escada, sentava-se na primeira cadeira vaga que passava, de frente para o balcão e para a ilha envidraçada dos cozinheiros e garçons, recebia seu prato por uma abertura, comia girando muito lentamente, olhando o movimento da cozinha e da copa, ao terminar entregava por uma abertura o prato e os talheres, que iam para uma grande máquina de lavar fumegante, tudo à vista, depois comia a sobremesa, sempre girando, terminava exatamente quando chegava à saída, portas no mesmo estilo saloon. Tudo, máquinas e o mais, foi inventado pelo dono, um imigrante italiano de nome Ezio Barioni.
(Fonte: revista Veja São Paulo - 22.11.2017 - Ivan Angelo)
5 comentários:
Grande ou pelo menos bem afamado era esse Restaurante Giratorio,
uma especie de otimização de mesas, cadeiras e cozinha devidamente
entrelaçados...Eu travalhava na rua Brigadeiro Tobias e almoçava
ali por perto mesmo e o Giratorio era muito rapido pois quando
chegava na "reta final" era preciso se apressar para não atrapalhar
o proximo fregues...Parecia mesmo um hipodromo, pois era retilineo
e comprido com a fila de mesas-cadeiras que davam a volta pelo
fundo sempre circulando bem devagar. Era o ano de 1966...
Até hoje passo pelo local e vejo que se transformou num estacionamento
sem nenhuma originalidade...
Almoçava direto no giratório, pois trabalhava na rua Major Quedinho e depois na Nestor Pestana, tempo maravilhoso.
De 1966 até o ano de 1970 trabalhei na rua NEstor Pestana e depois na Rua Major Quedinho, almoçava direto no Giratório, tempo bom.
Eu lembro de ter comido lá. Minha avó era amiga do proprietário e eu adorava o lugar. Experiência incrível.
Uma vez almocei lá com o meu pai , eu era muito criança , mas ficou muito marcado na minha memória . Será que alguém teria alguma foto pra postar ?
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