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6 de out. de 2011

Eleva (carnes e laticínios)

          A empresa de carnes e laticínios Eleva, dona da Avipal e Elegê,  era comandada pelo chinês Shan Ban Chum, que, à frente da companhia, envolvia-se pessoalmente em questões que iam da negociação de ração animal ao preço dos produtos finais nos supermercados. Para tornar a reestruturação da companhia possível, foi preciso criar um sistema de relatórios, em que Chum era informado, diariamente, dos rumos da empresa.
          Em novembro de 2007, a Eleva foi adquirida pela catarinense Perdigão pelo equivalente a 1,7 bilhão de reais. Com essa aquisição, a Perdigão ultrapassou pela primeira vez a Sadia em faturamento.
          A Eleva era, por ocasião do negócio, a segunda maior empresa de leite em participação de mercado, atrás apenas da Parmalat. E passou a ser um desafio para a Perdigão tocar o negócio com lucro. Enquanto a Batávia, por exemplo, tinha a maior parte de seu faturamento atrelada a produtos de maior valor agregado, como leites especiais e iogurte, a Eleva trabalhava, basicamente, com commodities. Cerca de 30% do faturamento da empresa vinha do leite longa vida - um produto com margem de apenas 2%.
          A principal marca da Eleva era a Elegê. A Eleva não se relacionava diretamente com os varejistas, apenas por meio de representantes independentes. Esses vendedores eram bastante próximos das grandes redes, mas não chegavam até o comércio de pequeno porte.
          Das heranças da Eleva que ficaram para a Perdigão, a mais inusitada foi a presença de um novo acionista, Chum, que tornou-se o terceiro maior acionista da Perdigão, com 7% do capital, atrás dos fundos Previ e Petros, que detinham, respectivamente, 15,7% e 12% das ações.
(Fonte: revista Exame - 21.11.2007)

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