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6 de out. de 2011

Grow Mobility Inc. (Grin + Yellow)

          Yellow e Grin anunciam em 30 de janeiro de 2019 que estão realizando uma fusão. A Yellow é a startup líder em bicicletas sem estações e patinetes elétricos no Brasil. A Grin, mexicana, é a maior empresa de patinetes elétricos da América Latina e chegou ao Brasil comprando a concorrente brasileira Ride e fazendo uma parceria com o aplicativo de entregas Rappi. Da fusão das duas nasce a Grow Mobility Inc. A Grow ainda recebe US$ 150 milhões em uma linha de financiamento adicional.
          O nome Grow vem da junção de Grin e Yellow. Também quer dizer, em inglês, crescimento. De acordo com números divulgados pelas companhias, as duas contam com mais de 135 mil patinetes e bicicletas em sete países diferentes. Em seis meses, geraram 2,7 milhões de viagens e contam com 1,1 mil funcionários.
          O CEO da companhia será Sergio Romo, sócio cofundador da Grin. Ariel Lambrecht, cofundador da Yellow, que já contava com a 99 em seu currículo, será o diretor de produtos da nova companhia.
          A Grow manterá e ampliará a operação de bicicletas sem estações e patinetes da Grin e da Yellow no Brasil, México, Colômbia, Peru, Uruguai, Chile e Argentina, além de expandir para novos países no continente, afirma o comunicado enviado pelas empresas. A parceria com a Rappi continua e será expandida.
          “Estamos empolgados em unir duas empresas latino-americanas de tecnologia, que compartilham a mesma visão de transformar não apenas o transporte, mas também melhorar os serviços de infraestrutura e impulsionar a atividade econômica em toda a nossa região”, disse Jonathan Lewy, cofundador da Grin e presidente do conselho da Grow Mobility Inc.
          “Ambos os times são apaixonados por melhorar vidas em nossas áreas urbanas", afirma Lambrecht. “Juntos, temos o talento, os recursos e a experiência local para promover soluções inteligentes de infraestrutura diária para usuários em toda a América Latina e promover o ecossistema de tecnologia da região de forma mais ampla.”
          Lambrecht, no cargo de diretor global de produtos, será responsável pelas principais funções de produto e engenharia. Ele comandará as operações brasileiras ao lado de Marcelo Loureiro, que liderava a Grin no Brasil até a fusão (antes, ele cuidava da Ride, que já havia se juntado à Grin em outubro de 2018). O cofundador da Yellow Eduardo Musa deixa a administração da empresa. Musa é ex-presidente da fabricante de bicicletas Caloi.
          A Yellow havia começado no Brasil com o serviço de bicicletas compartilhadas sem estações. A empresa expandiu suas operações com a disponibilidade de patinetes elétricos, que começou a funcionar em outubro de 2018.
          No início de 2020, a Grow anunciou o fim das operações de bicicletas compartilhadas no Brasil e afirmou que manteria os patinetes elétricos em apenas 3 cidades: São Paulo, Rio de Janeiro e Curitiba. A empresa afirmou na ocasião que a decisão era "temporária" e que fazia parte de uma reestruturação da startup.
          Em 10 de março de 2020 a Grow anuncia que foi adquirida pelo fundo de investimentos Mountain Nazca, dono da Peixe Urbano e outras empresas na América Latina.
          Em 29 de julho de 2020, a Grow entrou com pedido de recuperação judicial na 1ª Vara de Falências da Justiça de São Paulo. Por meio de nota, a Grow informou que, assim como a maioria das empresas do mundo, as startups Yellow e Grin foram duramente afetadas pela pandemia. “Seus negócios são baseados na mobilidade diária das pessoas nas cidades e, com o isolamento social, suas operações foram diretamente afetadas, sendo interrompidas em 19 de março (2020), o que comprometeu sua receita”, diz o posicionamento.
          Em 6 de novembro de 2023 a Grow teve falência decretada pela Justiça de São Paulo. A decisão é do juiz João de Oliveira Rodrigues Filho, da 1ª Vara de Falências e Recuperações Judiciais. A sentença veio após a empresa afirmar que “por circunstâncias alheias à sua vontade”, não pode honrar com o cumprimento do plano de recuperação judicial e que não há expectativas de retomada da atividade.
(Fonte: Exame - 26.12.2018 / ÉpocaNegócios - 30.01.2019 / G1 - 10.03.2020 / InfoMoney - 29.07.2020 / G1 - 08.11.2023 - partes)

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