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5 de out. de 2011

MZK

          A MZK foi criada em 2018 por egressos da mesa proprietária do HSBC. A sintonia entre os sócios desde o início é resultado de mais de uma década de convivência. Marco Antonio Mecchi, diretor de investimentos, e Gustavo Menezes trabalharam juntos até então por 12 anos. Os outros sócios Danilo Macari e André Kitahara também são conhecidos de longa data.
          O "M" de MZK é facilmente identificável de onde saiu: Mecchi, Menesez e Macari são sobrenomes dos sócios. O "K" vem de Kitahara, outro sócio. Só falta identificar de onde veio o "Z".
          Os profissionais decidiram deixar a tesouraria e abrir sua própria gestora de investimentos. Tesouraria, é o setor responsável por investir o valor parado na conta dos clientes, por exemplo, gerando retorno para o banco.
          A ideia foi dar continuidade ao modelo que deu certo na antiga casa. Na verdade, a equipe chegou a ser incorporada pelo Bradesco na aquisição do HSBC, em 2016, mas pouco depois saiu para alçar voo próprio.
          Basicamente, a expertise de um fundo gerido por ex-tesoureiros é operar de forma dinâmica – ou seja, com negociações intensas – nos mercados de juros e câmbio. Aliás, o nome do filho único da gestora é MZK Dinâmico.
          É como ter uma equipe de traders à disposição, passeando em alta frequência entre diversos ativos. Diferentemente dos fundos multimercados mais tradicionais, em que o gestor escolhe uma grande convicção e fica por anos esperando a maturação da tese, aqui a ideia é diversificar com um grande número de pequenas posições, não havendo intenção de se beneficiar integramente do movimento de alta de um ativo.
          As estratégias são traçadas com base nos comitês macroeconômicos realizados pela equipe toda segunda e quinta-feira, e nos comitês de trading.
          O fundo começou com a atribuição de risco dividida igualmente entre os quatro sócios, como portfólios independentes, mas, aos poucos, a tendência é isso mudar. São feitas avaliações semestrais de desempenho e quem acertar mais na seleção de ativos ganhará cada vez mais limite para arriscar.
          Como tudo é muito dinâmico e controlado, na sala de trade há uma tela que mostra em tempo real o risco que cada gestor está utilizando, além de um termômetro da volatilidade do fundo. A meta é 6 por cento, mas pode chegar ao limite de 9 por cento, dependendo da convicção sobre o cenário.
          Uma novidade é que a MZK, que até então era mais focada em câmbio e juros, tem, a partir de fevereiro (2019), um novo profissional. Fernando Siqueira tem 15 anos de experiência no mercado, a maior parte deles na área de ações do Citibank, e terá a missão de tocar a parte de Bolsa com mais profundidade. Ele vai começar operando pouco dinheiro e, aos poucos, ganhar mais orçamento de risco.
(Fonte: Luciana Seabra - Empiricus - 10.01.2019 - parte)

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