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4 de out. de 2011

Rede Brasil (supermercados)

          Em meados da década de 2000, em um cenário dominado por colossos como Pão de Açúcar, Carrefour e Wal-Mart, supermercados como D'avó, de São Paulo, Gimenes, do interior paulista, ou Extrabom, de Vitória, no Espírito Santos, não chamam muita atenção. São empresas de médio porte, com atuação marcadamente regional e poder de negociação limitado com fornecedores. E, quanto maiores seus concorrentes ficam, menores são as chances de crescimento - um círculo vicioso do qual é complicado sair.
          No final de 2004, D'avó, Gimenes, Extrabom e outras dez redes de perfil semelhante juntaram-se para criar a chamada Rede Brasil. Nesse caso, a consolidação - tendência mundial no setor de varejo - não seguiu o caminho óbvio das fusões e aquisições. Apenas as operações de compras foram unificadas, numa tentativa de ganhar maior poder de negociação e competitividade. A estratégia criaria o que prometia ser o quarto maior grupo de supermercados do Brasil. Os faturamentos anuais somados das 13 chegavam a 3 bilhões de reais - mais que o dobro do da rede Zaffari, do Rio Grande do Sul, então quarta colocada no ranking da Associação Brasileira de Supermercados (Abras).
          Além de D'avó, Gimenes e Extrabom, faziam parte da Rede Brasil as redes ABC, Super Nosso, e Bahamas, de Minas Gerais, Condor (PR), Fortaleza (AP), Imperatriz (SC), Modelo (MT), Nordestão (RN), Tonin (MG) e Zona Sul (RJ).
          A Rede Brasil não seria exatamente uma empresa, mas uma central de relacionamento com a indústria. Cada um dos 13 supermercados manteria sua administração independente. Seus executivos se reuniriam apenas para trocar experiências e, principalmente, negociar em peso.
          Tornar-se um potência do varejo era um sonho e exigiria muitas transformações por parte da Rede Brasil. A mais imediata era unificar as visões e as expectativas de 13 companhias, muitas delas familiares. Dentro do grupo, existiam empresas afeitas às práticas mais modernas de gestão, como o supermercado Gimenes (que teve parte do controle acionário comprado pela GG Investimentos, do ex-ministro Antonio Kandir) e grupos regionais dirigidos com mão-de-ferro por seus fundadores.
          Lidar com a diversidade de visão e de gestão, poderia ser uma tarefa ainda mais completa do que brigar com Pão de Açúcar, Wal-Mart e Carrefour.
          Hoje, a Rede Brasil é composta de 16 redes de supermercados. Algumas das marcas fundadoras não fazem mais parte da lista.
  • Araújo (sede: Rio Branco/AC)
  • Arco-Íris (sede: Recife/PE)
  • Atacadão Atakarejo (sede: Salvador/BA)
  • Bahamas (sede: Juiz de Fora/MG)
  • Bonanza (sede: Caruaru/PE)
  • Coop (sede: Santo André/SP)
  • Extrabom (sede: Vitória/ES)
  • Formosa (sede: Belém/PA)
  • Fortaleza (sede: Amapá/AP)
  • Imperatriz (sede: Palhoça/SC)
  • Mercadinhos São Luiz (sede: Fortaleza/CE)
  • Nordestão (sede: Natal/RN)
  • Palato (sede: Maceió/AL)
  • Supernosso (sede: Contagem/MG)
  • Tonin (sede: São Sebastião do Paraíso/MG)
  • Zona Sul (sede: Rio de Janeiro/RJ)
(Fonte: revista Exame - 14.03.2007 / Wikipédia - partes)

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