Total de visualizações de página

5 de out. de 2011

Pasv Restaurante

          De fachada discreta e ambiente de boteco, o restaurante Pasv era conhecido pelo menu em que clássicos da gastronomia espanhola, como puchero e paella, dividiam espaço com pratos brasileiros, a exemplo de churrasco, feijoadas e pê-efes. A cozinha simples, afetuosa, farta e de custo-benefício atraente rendeu à casa menções em colunas de Luiz Horta e André Barcinski no jornal Folha de S.Paulo.
          Pasv é uma sigla com as iniciais dos nomes dos primeiros sócios: Perez, Ares, Salcines e Villaverde.
          A casa teve unidades na Lapa e em Pinheiros, em 1966, mas, ao chegar ao centro, em 1970, manteve apenas o endereço da avenida São João.
          De portas fechadas como medida de combate à pandemia do novo coronavírus (Covid-19) desde meados de março de 2020, bares e restaurantes da capital paulista lutam para sobreviver.          
          O restaurante Pasv não aguentou e encerrou definitivamente as atividades —após o La Frontera também se despedir da clientela paulistana devido à pandemia do novo coronavírus.
          "Eles já queriam fechar há algum tempo", conta Eduardo Vieira Castromil, filho de José Ares, um dos sócios do Pasv. "Com a quarentena, teriam que continuar a pagar os dez funcionários e gastar as economias, para voltar pior ainda", comenta. Irmãos, José e Ramon Ares, os atuais sócios da casa, têm 77 e 80 anos, respectivamente.
          Depois de 50 anos, o restaurante Pasv, clássico do centro de São Paulo, fecha definitivamente as portas.

Homem passa em frente a fachada laranja e amarela de sobrado com cartaz branco escrito Pasv

Fachada do restaurante Pasv, na av. São João, centro de São Paulo, com portões fechados neste sábado (11) - Gustavo Simon/Folhapress 
José Ares, o Pepe, um dos sócios do PASV, em foto no salão - Karime Xavier/Folhapress
Fonte: jornal Folha de S.Paulo (GuiaFolha) - 11.04.2020

Nenhum comentário: